Live While We're Young escrita por Mi Cullen


Capítulo 2
Amor a Primeira Vista




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/339142/chapter/2

POV EDWARD

Um mês depois do triste acidente que matou minha mãe, eu já havia conseguido solucionar todas as dívidas com a ajuda de meu pai.

Menor de idade ainda, eu não podia ficar sozinho na Califórnia, então embarquei junto com ele em direção a Seattle, seriam 2 horas de viagem de avião, depois mais uma hora num avião menor até Port Angeles e por fim uma hora de carro a minha cidade natal.

Forks é uma pequena cidade do condado de Clallam, fica a noroeste do estado de Washington, com uma pequena população em torno de 3545.

Nesse ovo, chove quase todos os dias do ano e algumas vezes neva, é considerado o lugar mais chuvoso do país.

Fazia quase dois anos que eu não vinha visitar meu pai aqui, o time estava me tomando muito tempo nas férias escolares e eu precisava dos pontos extras para a universidade.

Apesar da situação triste que me trouxe a vir morar com ele, Charlie parecia feliz em me ter por perto.

Estavamos no fim das férias e logo começaria o ano letivo nessa cidadezinha do interior.

Eu tinha pouco mais de uma semana para me adaptar a vida sem sol e apagada.

Charlie não era o tipo falante como minha mãe, costumava ficar mais na dele e conversar só o necessário, por isso seguimos a viagem toda em silêncio.

Desembarcamos no aeroporto de Port Angeles ao meio dia, eu estava sem fome e ele também parecia estar, sem mais paradas seguimos de táxi até a pequena casa onde ele morava.

Durante todo o caminho eu fiquei em silêncio olhando as árvores passarem rápidas por nós e Charlie respeitava meu espaço.

Uma placa passou por nós “Bem Vindo a Forks” soltei um suspiro cansado atraindo a atenção de meu pai, nunca foi segredo para ninguém que eu odiava a chuva tanto quanto minha mãe, mas ele nada disse a respeito.

Passando por um dos poucos sinais no centro da cidade, foi aí que ele resolveu puxar assunto comigo. Comprei um carro para você, bem barato e antigo, mas você pode se locomover por aí sem problemas com ele. falou meio sem jeito.

Olhei curioso em sua direção. Quando comprou o carro se passou o último mês comigo na Califórnia?

Pareceu desconcertado. Er...eu já ia comprá-lo para ajudar um amigo, mas agora com você aqui ele não vai ficar sem uso na garagem da nossa casa. falou com as bochechas meio coradas.

Que tipo de carro? perguntei sem me importar muito, qualquer coisa que andasse e me livrasse de ir para a escola de ônibus ou no carro de polícia com luzes vermelhas e azuis no teto valia a pena.

Bem, na verdade é uma caminhonete, um chevrolet.

Hum! Qual amigo você ajudou com isso? perguntei voltando minha atenção para a rua.

Lembra-se de Billy Black? O de La Push.

“Billy de La Push?” forcei minha mente, mas nenhuma imagem vinha. Não. respondi depois de uns minutos pensando.

Ele costumava ir pescar conosco no verão, algumas vezes você brincava de fazer bolo de lama com Jacob e até falava que se casaria com as duas irmãs dele. deu uma risada alta se lembrando de algo e o taxista olhou pelo retrovisor sério.

Uma lembrança de duas garotas morenas e cabelos lisos, negros como seus olhos invadiu a minha mente.

Elas cheiravam a flores selvagens e eram muito bonitas, sorri de canto acenando afirmativamente com a cabeça para ele.

O restante da viagem foi silenciosa, o táxi parou de frente a casa branca de dois andares, não havia mudado nada nesses últimos anos.

Suspirei tirando o cinto e saindo do carro, do lado da casa estava estacionada a tal caminhonete.

Parecia idosa demais para andar e eu nunca gostei muito de carros velhos, planejava estudar muito para no futuro possuir muitos carros esporte, mas por incrível que pareça eu adorei a velha caminhonete vermelha enferrujada.

Uau! falei me aproximando dela e dando um tapinha na lataria, não tinha cem por cento de certeza que ela andaria, mas pelo menos se eu sofresse um acidente, sairia sem nenhum arranhão desse tanque de guerra. Pai eu adorei, obrigado. me virei olhando sinceramente para Charlie que ajudava o taxista a retirar as malas do carro.

Ele sorriu aquele sorriso que o deixava vinte anos mais novo. Fico feliz que tenha gostado, agora me ajude a carregar as malas para dentro moleque. pagou o taxista e fui rindo do seu jeito engraçado de me tratar.

Carregamos todas para o meu antigo quarto que dava a vista para a rua, ele ainda continuava igual.

O mesmo chão de madeira, as mesmas paredes brancas, a cadeira de balanço num canto do quarto, o tento encurvado, o quadro de fotos variadas que eu havia colocado da última vez que o visitei e não podia faltar as cortinas de um tom azul claro.

Charlie mudou a cama de solteiro que havia antes por uma de casal enorme que estava coberta com um edredom da NFL, ele sabia o quanto adoro esporte.

Havia também uma escrivaninha com um computador velho, uma prateleira para colocar meus troféus e medalhas que ganhei como jogador.

Observava tudo no quarto detalhadamente até ser interrompido com o pigarrear de Charlie na porta. Separei algumas prateleiras no banheiro para você, tome um banho e desça para comermos. falou saindo do quarto.

Uma das coisas boas do meu pai é que ele não fica em cima da gente perturbando, ele sabe respeitar o espaço alheio.

Tirei um par de roupa da mala e segui para o banheiro com meus produtos de higiene pessoal.

Tomei um banho quente e demorado, a água quente caia em minhas costas me fazendo relaxar, eu sabia que as coisas não serão fáceis de agora para frente, mas eu precisava ser forte e seguir a vida.

Sabia que de onde estivesse minha mãe, ela estaria olhando e zelando por mim.

Meu coração se apertou no peito e meus olhos transbordaram com a lembrança de seus olhos grandes e infantis, aquele lindo sorriso doce que acalmava qualquer um, a saudade em meu peito ardia como ácido, porque eu sabia que nunca mais a veria.

Sentei na banheira e deixei a água lavar as lágrimas que saiam de mim.

A última vez que chorei foi no dia do enterro, a um mês atrás, com tantas coisas para se fazer a minha mente havia ficado cheia, me impossibilitando de pensar na ausência dela.

Um soluço estrangulado alto saiu de minha garganta.

TOC TOC Está tudo bem aí Edward? perguntou Charlie num tom preocupado do lado de fora da porta.

Pigarreei para limpar a garganta e ele não notar como seu filho é um fraco. Es-está sim pai, já estou saindo. levantei segurando as lágrimas e terminando meu banho.

Ouvi passos no chão de madeira se afastando da porta, com certeza ele estava me dando espaço por saber o tanto que isso dói, ele também havia perdido a mãe três anos atrás, vovó Marie morreu de velhice, mas foi muito doloroso para todos nós e agora eu sinto na pele como ele estava aqueles dias.

Depois de terminar, me enrolei na toalha e fiquei alguns minutos me olhando no espelho grande do banheiro, o meu bronzeado da praia de Malibu estava deixando minha pele e a cor ficando estranha, meus olhos estavam apagados e sem vida, meu rosto vermelho pelo choro deixando pior a minha expressão abatida.

Lavei mais uma vez meu rosto, mas agora na água fria da pia, comecei a me secar e vestir as roupas quentes que havia comprado para minha mudança.

Passei a mão pelos fios cobre do meu cabelo e saí do banheiro indo em direção ao meu quarto deitar um pouco na cama, quando chegamos não chovia o que é um milagre para Forks, mas agora a chuva caia forte lá fora fazendo barulho no telhado e na janela, me irritando completamente.

Me ajeitei melhor na cama colocando meus braços atrás da cabeça e fechei os olhos me entregando ao sono, fazia dias que não dormia direito.

[...]

Edward...Edward filho, Edward acorda. sentia alguém balançar meu ombro levemente.

Abri os olhos e vi o rosto de Charlie a minha frente parcialmente iluminado pela luz que vinha do corredor. Que foi pai? perguntei meio grogue de sono, fechando os olhos novamente e virando de lado.

São 20 horas, desça para comer filho, eu comprei pizza. falou sentando ao meu lado de um modo muito paternal. Eu sei o que está sentindo, eu já passei por isso, mas você precisa se alimentar filho, sua mãe está lá do céu olhando por você e não gostaria do filho querido dela ficar doente. falou baixinho tentando me convencer.

Soltei um suspiro baixo, ele tinha razão em tudo que disse, sem opção esfreguei os olhos para acordar. Já estou indo pai.

Te espero na sala, está passando futebol universitário, não demore. deu um soquinho de brincadeira em meu braço e saiu do quarto.

Levantei lentamente e fui ao banheiro escovar os dentes, olhei no espelho e meu rosto parecia de um doente, respirei fundo desviando o olhar e seguindo pelo corredor.

Desci as escadas ouvindo Charlie resmungar quando um dos times fazia Touchdown, sorri para sua atitude e segui para a cozinha.

Abri o armário retirando um prato e um copo, fui a geladeira pegando a caixa de pizza e a coca deixando ambos em cima do balcão.

Coloquei dois pedaços da pizza no prato e levei ao microondas, nesse meio tempo coloquei refrigerante no meu copo.

Varri a cozinha com os olhos e por aqui tudo também continuava igual, até o armário que mamãe pintou de amarelo, numa tentativa patética de trazer luz para dentro de casa estava igual.

O microondas apitou e eu retirei meu prato seguindo para a sala.

Charlie estava esparramado em sua poltrona, sentei no sofá maior e coloquei o prato na mesinha de centro, comecei a comer olhando para o jogo na enorme televisão de plasma a minha frente.

Quem está jogando? perguntei de boca cheia.

Universidade de Nova York contra a universidade de Washington. respondeu sem olhar para mim e eu dei uma risadinha para sua resposta.

O que foi? me olhou sem entender.

Quem está ganhando? perguntei me fazendo de bobo, sabia que para ele estar resmungando daquele jeito quando desci as escadas devia ser os nova iorquinos.

Os caras de Nova York, mas o juiz está roubando no jogo para eles. falou com o cenho franzido e fazendo bico como uma criança de cinco anos.

Soltei uma sonora gargalhada e ele me olhou de cara feia.

Que foi agora menino?

Você...é muito...engraçado. falei entre o riso.

Soltou um bufo e perguntou. Por que? ele pelo visto não tinha entendido sua atitude infantil.

Alguns segundos depois respirei fundo para me acalmar e responder para ele. Esse nem é um jogo oficial pai , ainda é pré temporada e nem são times tão importantes, se pelo menos fosse a UCLA, algum time da Ivy League, Flórida ou sei lá ainda ia. falei mordendo outro pedaço da pizza. E principalmente, se pelo menos fosse um jogo da NLF e do seu time do coração tudo bem você parecer como uma criança. falei sorrindo de lado e debochando.

Um travesseiro voou em minha cabeça e foi a vez de Charlie rir bem alto. Hey, por que fez isso? falei passando a mão no meu cabelo que ficou pior depois da almofadada.

É pra você calar a boca e assistir moleque atrevido.

O restante da noite se passou a base de piadas e jogos na TV, assistimos ainda o programa de esporte que passava depois dos jogos.

Esse foi o primeiro de muitos dias, meu pai era uma boa companhia, eu ainda sentia falta de minha mãe e nunca a esqueceria, mas precisava tocar a vida.

[...]

Dias depois...

Hoje é segunda feira e o primeiro dia do ano letivo na Forks High School.

Quase não dormi durante a noite e levante seis horas da manhã, tomei banho e fiz minha higiene matinal.

Vesti uma roupa quente e descolada para entrar na escola sem ser taxado como nerd idiota.

Segui pelo corredor e a porta de Charlie estava fechada, com certeza ainda estava dormindo.

Fui para a cozinha preparar algo para comer, havia alguns pães velho no armário, retirei o queijo da geladeira colocando dentro de alguns e liguei o microondas para derreter, enquanto eu fazia um café.

Como minha mãe não era boa na cozinha eu resolvi aprender a cozinhar e o pior é que Charlie também não sabia cozinhar nada, só pedia pizza.

Arrumei a mesa e me sentei começando a comer, quando estava terminando ouvi os passos de Charlie atrás de mim.

Levantou cedo, isso tudo é vontade de entrar na escola nova? perguntou se sentando a minha frente e colocando café na sua caneca e eu fiz uma careta para sua pergunta.

Perdi o sono, só isso. murmurei de boca cheia.

Ok.

O tempo se passou rápido e meu pai foi trabalhar, voltei ao meu quarto para escovar os dentes e pegar meu material.

Vesti a capa de chuva e abri o guarda chuva saindo de casa até a minha caminhonete, mas como a sorte parece ter me abandonado escorreguei no caminho caindo deitado no chão molhado. Merda! Parece que a chuva também me odeia como eu a odeio. xinguei me levantando e entrando na pick up.

Não sabia o caminho da escola, mas numa cidade desse tamanho não foi difícil encontrar.

Desde que cheguei não tive vontade de sair para fazer nada, mas agora era obrigado a vir para a escola se quisesse entrar na universidade e voltar para as praias da Cali.

As ruas de Forks estavam escorregadias com a chuva, por isso segui bem lentamente.

Cheguei ao estacionamento e haviam poucos carros parados, mas com o barulho alto que a velha caminhonete fazia, toda a atenção se voltou para mim.

Estacionei e tomei uma respiração profunda saindo da cabine, não olhei para ninguém e fingi que não me olhavam também.

Na entrada do prédio principal havia uma placa enorme escrito “Escola de Forks, lar dos espartanos” soltei um suspiro e entrei procurando a sala da minha primeira aula.

[...]

Quatro meses depois...

O tempo passou bem rápido nessa cidade alienígena, eu havia feito amigos, entrei no time e tinha várias garotas atrás de mim.

Não descuidei das minhas notas e tudo parecia se encaixar perfeitamente.

Essa última semana todos os alunos falavam dos novos moradores de Forks e eu me perguntava se eles tinham feito isso quando cheguei.

Segundo eles, a família era absurdamente linda, se mudaram do Alasca quando o pai que é médico recebeu uma proposta melhor de emprego por aqui.

Jéssica Stanley, a mais fofoqueira e rodada da escola espalhava que eram todos adotados porque a esposa do doutor Cullen não podia ter filhos.

Eram três moças e dois rapazes, sendo dois gêmeos e que todos namoravam entre si.

O que só é absurdo para uma cidade pequena, onde todo mundo cuida da vida alheia.

Chateado com tanta fofoca segui para o refeitório entrando na fila em silêncio.

Peguei dois pedaços de pizza e uma lata de coca e me sentei na mesa dos populares, com os jogadores e as líderes.

Jéssica Stanley se sentou de um dos meus lados e Ângela Weber do outro.

Comia alheio a todos, até os alunos novos entrarem no refeitório atraindo minha atenção, como uma força magnética, foi então que eu os vi pela primeira vez.

Eles eram quatro, pegaram seus almoços e caminharam em direção a mesa mais afastada do refeitório, durante o trajeto eu observei cada detalhe.

As garotas eram maravilhosas, a mais alta era loira, com uma silhueta linda, do tipo que se vê na capa da revista Sport Illustrated, na edição das roupas de banho colocando todas as outras no chinelo.

Seu cabelo era um dourado que seguia até o meio de suas costas e parecia clamar para ser tocado com delicadeza por mãos másculas.

Ela estava acompanhada de garoto grandão e musculoso, como lutador de boxe, seu cabelo era escuro e encaracolado.

A segunda era baixinha e parecia uma fadinha, magra e de feições pequenas, o cabelo era cortado curtinho apontado em todas as direções e era tão linda quanto a primeira, ela estava acompanhada de um garoto alto e mais magro que o primeiro, seu cabelo era num tom de loiro escuro.

Pela aparência o grandão e a loira escultural podiam estar na faculdade.

Como um campo magnético minha atenção foi atraída novamente para a porta do refeitório e eu perdi o fôlego ao ver um anjo passando pela porta, era a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida.

Seus cabelos castanhos eram compridos até a cintura e lisos, dando um contraste incrível com a pele pálida do rosto, os cílios grandes davam destaque em seus olhos dourados.

Seu corpo era magro e pequeno, ela era talvez um pouco maior que a fadinha, estava bem vestida e caminhava levemente, como uma modelo na passarela, seguiu o mesmo caminho que os outros quatro.

Eu estava literalmente de boca aberta olhando para ela, que me direcionou um olhar dando um lindo sorriso com os seus dentes branquinhos “Foi para mim aquele sorriso?” pensei abobalhado com tanta beleza e graciosidade.

Sem reação eu continuei olhando para ela até se sentar com os outros, forcei a minha respiração a se controlar para minha voz sair, eu precisava saber de qualquer jeito quem eram.

Quem são eles? Eu nunca os tinha visto antes aqui na escola. murmurei rouco para Jéssica, a maior fofoqueira saberia a resposta.

Eu ainda olhava na direção deles que pareciam alheios a mim, então ela seguiu meu olhar e deu uma risadinha. São os Cullens, filhos adotivos do doutor e a senhora Cullen. O grandão é Emmett Cullen, a baixinha é Alice Cullen e a outra morena é a Bella Cullen, já os loiros são Rosalie e Jasper, os gêmeos Hale. respondeu voltando a comer seu almoço sem se importar.

Olhei para Jéssica rapidamente, mas voltei meu olhar fixando na garota deslumbrante que segundo ela chamava Bella Cullen.

Os Cullens riam de algo que o grandão estava falando e Bella me direcionou um olhar.

Envergonhado por ter sido pêgo os encarando, virei para minha bandeja e comecei a pensar a respeito deles “Os nomes eram estranhos e poucos populares, os tipos de nomes que os avós tinham, eles se pareciam muito só que ao mesmo tempo eram diferentes, isso faz sentido? Acho que não, além da beleza inumana que todos eles tinham.” suspirei balançando a cabeça para espantar esses pensamentos e voltei a falar com Jéssica.

Os Cullens são...muito bonitos e Bella Cullen é...é... murmurei sem encontrar palavras, olhando mais uma vez em sua direção que ainda me encarava.

Perfeita... respondeu Mike para mim e eu acenei positivamente com a cabeça sem desviar os olhos da mesa deles. Ela é maravilhosa, lógico, mas não perca seu tempo. Ela tem a fama de não namorar. Nenhum dos garotos da terra parecem ser bonitos o suficiente para ela. disse de maneira amarga.

Mordi o lábio inferior para não rir e permaneci olhando na direção dela “Será que a garota acabou de chegar e já deu um fora nele?” pensei achando engraçado a situação.

Esquece Edward...a rainha do gelo não vai dar mole nem para um pegador como você. falou mais uma vez Mike atraindo minha atenção, abri a boca para dar uma resposta mal criada, mas o sinal informando que intervalo havia terminado soou.

Desisti do idiota e me virei rapidamente na direção da mesa dos Cullens na esperança de vê-la antes de me retirar, mas ela já não estava mais lá e meu coração se afundou no peito.

Me sentia triste e não sabia o exato motivo de estar assim, segui Ângela em silêncio para a minha próxima aula.

Me sentei sozinho na mesa de costume na aula de Biologia II, Mike fazia dupla com Jéssica a minha frente e do lado Ben fazia dupla com Ângela, nessa aula todos tinham duplas para os exercícios, menos eu.

Batucava minha caneta no caderno olhando pela janela a chuva cair do lado de fora, estava alheio a todos me lembrando da linda Cullen, soltei um suspiro cansado “Esquece Edward! Ela é perfeita demais para ficar com qualquer cara, principalmente um do meu tipo” pensei deprimido.

Eu podia ter qualquer uma das garotas da escola e até mesmo mulheres mais velhas, no entanto sabia que Bella Cullen era perfeita demais para um simples mortal como eu e os demais cara dessa escola, mas lá no fundo eu desejava que ela olhasse para mim, será que eu me apaixonei a primeira vista? Balancei a cabeça negando, afinal não me adiantaria de nada estar apaixonado por alguém que jamais iria querer algo comigo.

Tudo bem se eu me sentar com você? uma voz melodiosa e afinada soou próximo a mim, virei meu rosto na direção e arregalei os olhos ao notar de quem se tratava.

Era Bella Cullen de pé ao meu lado e querendo se sentar na minha mesa, desorientado olhei para os lados e todos os caras olhavam para mim com inveja.

Cla-cla...claro. apontei para a cadeira e ela sorriu se sentando.

Eu não conseguia desviar os olhos de sua pessoa e seu cheiro doce inebriante me atingiu em cheio.

Puxei o ar para dentro de mim com mais força para sentir melhor.

Era algo floral, adocicado e com morangos? Sim, com certeza morangos.

Nunca havia sentido um cheiro tão bom como esse, fechei meus olhos para apreciar melhor.

Muito prazer sou Bella Cullen e você deve ser Edward Swan, certo? abri os olhos automaticamente olhando para a dona da voz.

Er...sou Edward. falei baixinho apertando a mão branca que ela estendia para mim e senti as bochechas quentes.

Merda! Eu nunca fico sem graça e agora de frente a mulher dos meus sonhos eu fico parecendo um idiota.

Assim que nossas peles se tocaram senti uma corrente elétrica saindo dela e passando por todo o meu corpo, puxei minha mão rápido a olhando com os olhos arregalados “Será que ela sentiu isso?” pensei.

Depois desse momento estranho a aula se seguiu em silêncio entre nós.

Eu queria puxar assunto com ela, mas me sentia intimidado com sua beleza estonteante.

[...]

A aula de biologia acabou e eu precisava falar algo antes que ela se fosse.

O que está acontecendo comigo? Eu realmente não sei dizer, só que essa mulher me atrai como nenhuma outra e eu faria tudo para ficar junto dela.

Precisa de ajuda para encontrar sua próxima aula? perguntei passando a mão direita no cabelo, num claro sinal de nervosismo.

Mas para o meu espanto ela sorriu. Não vai se atrasar para a sua aula?

Não se preocupe, agora me diz para onde. falei dando um sorriso de lado numa tentativa de ser sedutor, dava certo com todas as mulheres e pela cara abobalhada que ela me olhava pareceu ter dado com ela também.

Queria fazer a dancinha da vitória nesse momento, mas me controlei para não pagar mico.

Na verdade estou indo para o ginásio. disse ela parecendo desconcertada.

O sorriso que ainda estava em meu rosto aumentou. É a minha também, vamos? apontei para a porta.

Seguimos em silêncio até o ginásio, Bella foi para o vestiário feminino se trocar e eu para o masculino.

Ao passar da porta uma chuva com bola de papel me acertou PORRA...parem com isso. gritei irritado com os caras.

Bella Cullen? Como você conseguiu? perguntou Tyler balançando as sobrancelhas maliciosamente e jogando um braço por cima do meu ombro que foi retirado no instante seguinte por mim.

Eu não consegui nada, só troquei algumas palavras com ela, o que tem demais? falei sério começando a me trocar.

E você acha isso pouco? os caras do time riam Mike chegou perto dela e já levou um fora como a maioria dos caras aqui, mas você a acompanhou pelo corredor, isso significa alguma coisa, nos conte quando vai ficar com ela irmão. insistiu ele me dando um soco no braço.

Não tem nada e ela não é igual as outras. disse irritado me retirando do vestiário, puxei meus cabelos com força ao sentar na arquibancada “Por que eu estava agindo assim? Não faz sentido, ela é só mais uma garota e eu acabei de conhecer” me sentia confuso com tudo.

[...]

A aula se arrastou, eu não conseguia me concentrar no basquete vendo Bella Cullen jogar vôlei com as garotas na quadra ao lado.

Assim que a aula terminou eu nem fui para o chuveiro, juntei minhas coisas e corri para o estacionamento.

Minha cabeça estava uma confusão e eu precisava pensar antes do treino de hoje ou não conseguiria treinar com o time.

Entrei como um foguete na minha caminhote e dei partida saindo rápido da escola, como se fosse um foragido do governo.

Por que ela está mexendo tanto comigo? O que ela tem de diferente das outras? Ela vai acabar me deixando louco desse jeito. dei um soco forte no volante e senti meu pulso latejar.

Precisava me controlar ou teria que me aposentar do time antes da hora.

Estacionei a caminhonete na rua de frente a minha casa e corri para dentro.

[...]

Tomei um banho demorado e depois caí na cama, poderia dormir uma hora antes do treino.

Quem sabe assim minha mente desprenderia de Bella Cullen.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Live While We're Young" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.