Jade West

Acordei e fitei Beck ao meu lado, ele ainda dormia... Parecia um anjo e na verdade era, um anjo que agora me dava paz, apenas isso, me fazendo feliz. Levantei da cama e tomei meu banho, ao sair o encontrei acordado. Ele fez sinal para que eu me deitasse de novo e eu o fiz. Ficamos de frente um para o outro.

– Está feliz? – Perguntou sorrindo bobo. Eu sabia do que ele falava, mas me fiz de desentendida.

– Não! – Respondi fria. Ele me lançou um olhar de “conta a verdade”. Ah que saco! – Sim, o que mais você quer ouvir? – Perguntei fazendo uma careta pra ele que riu.

– Nada! Sabe Jade... Muita coisa aconteceu quando estávamos separados... Algumas foram boas. Mas a maior parte foi ruim, por ficar longe de você. – Disse olhando para o teto do RV.

– Tipo o que? – Do que ele tava falando?

– Nós... Mudamos... – Não entendi! – Enquanto estávamos separados. Éramos nós mesmos, sabe... Eu acho que estávamos passando tanto tempo juntos que deixamos de lado nossa vida, nossos amigos e tudo mais... Isso fazia nós brigarmos mais e deu no que deu. – Parece fazer sentido! Então ele não quer brigar comigo? Mas isso perde a graça! Ri malvada.

– Não via nada demais em ficarmos juntos. – O provoquei.

– Eu também não, mas sabe... Nós mudamos... Por exemplo. Eu tive mais tempo para meus amigos, coisa que você não deixava enquanto estávamos juntos. Eu comecei a prestar mais atenção nas coisas e em você. Eu prestei muita atenção em você... Ah... E tentei ignorar as garotas que dão em cima de mim, por sua causa, porque sei que não gosta e mesmo assim você diminui seus ciúmes. – Droga! Porque ele tinha que ser tão sincero? – E no que você acha que mudou?

– Eu não vou falar nada. – Decretei. Qual é? Eu estava tão feliz com a nossa volta, nunca nos separaríamos de novo. E eu passei a pensar de outras formas e agora ele ainda quer que eu dê uma palestra sobre sentimentos e outras coisas?

– Vai! Jade. Qual é? – Perguntou cutucando minha barriga. Eu ri. Porque eu sempre cedo aos seus charminhos?

– Tudo bem, Oliver... Eu falo. – Falei bufando um pouco irritada, eu odeio quando ele me controla mesmo sem querer controlar! Argh! – Acho que mudei... Em... Han... Pensar mais sobre seus amigos... – Ele arqueou a sobrancelha. – Em nossos amigos. Ufs. Satisfeito?

– Ainda não! – Ele sorriu bobo.

– Argh! Eu mudei sobre meus pensamentos. Sei lá... Pensar mais nos outros. Isso me deixa enojada de mim mesma. – Ele riu. – Para de rir, Oliver. Antes que eu te bata.

– Ok! Eu paro! Já estou satisfeito. – Dessa vez foi a minha vez de rir, ele ficava tão fofo daquele jeito. – Só não quero brigar com você. Só isso. Te amo. – Ele me deu um selinho e se levantou indo tomar banho. Abri meus braços na cama e sorri boba. Isso nem parece coisa de Jade West, mas acredite... Beck não estava aqui pra ver, então era permitido. Ele saiu do banho e fomos pra HA. Saímos do carro e ele me beijou, eu queria mais que isso, eu queria sentir seu corpo de novo, porque só o corpo dele que eu buscava pra ficar de encontro ao meu. Foi um beijo tão cheio de desejo que meu corpo tremeu um pouco. – Pensa em fazer isso, tanto quanto eu?

– O que? – Perguntei não entendendo.

– Sabe... Matar a saudade. – Ah eu pensava, mas eu não diria isso. – Ok! Talvez não seja uma boa ideia, não vamos brigar... Faremos quando estivermos prontos pra isso. – Ele segurou minha mão e fomos para as nossas aulas separadas. Espera! Que papo era aquele? Depois que saí dali, percebi que Beck ainda estava assistindo sua última aula do dia, então fui guardar meus livros no armário, foi quando Cat chegou.

– Jade! Eu tenho um problema, eu preciso de ajuda. – Falou Cat. Odeio os problemas dela! Avistei Tori e André conversando perto dos armários, eu sabia o que fazer.

– Bem, Tori e André estão ali. – Falei olhando os dois. Eles são melhores pra resolver qualquer problema da Cat.

– Mas eles me disseram pra vim falar com você. – Disse Cat. Os fitei séria e eles acenaram pra mim. Idiotas, era meu plano jogar a Cat pra eles, eu até gostaria de resolver seus problemas, mas... No momento, eu estava sem saco pra isso. – Então... Você sabe o Cowboy Luau nesse sábado à noite?

– Sim, eu sei sobre o Cow Wow. – Falei fechando meu armário e a olhando, tentando ter paciência pra ajudar a Cat em seus problemas bobos, como sempre. Beck e eu gostávamos de falar Cow Wow, era divertido!

– Bem, Robbie me mandou uma mensagem ontem á noite dizendo que ele quer falar comigo, e eu sei que ele vai me pedir pra ser seu par. – Explicou.

– Grosseiro. – Falei.

– Não diga grosseiro, eu gosto do Robbie. – Disse Cat. E qual é o problema então?

– Então, vá à festa com ele. – Falei tendo pra mim que o problema estava resolvido.

– Não, grosseira. – Disse. Porque a Cat tem que ser tão complicada? Ela tinha acabado de dizer pra não falar essa palavra... E se ela gostava do Robbie como me disse algumas vezes, que ela vá com ele então, apesar de que eu acho que pra uma pessoa sair com o Robbie ela deve ter sérios problemas mentais, e isso se encaixa perfeitamente a Cat. Tentei falar algo, mas ela me interrompeu. – Robbie é um dos meus melhores amigos, seria estranho se eu fosse à festa com ele. – Ouvi a voz de Robbie.

– Bem, pense rápido, porque ai vem ele. – Falei avistando Robbie nas escadas.

– Me esconde! Rápido! – Disse apressada.

– Aonde Cat, no meu sutiã? – Perguntei irônica, não tinha como esconder uma garota tão rápido assim, nem se fosse uma do tamanho da Cat.

– Oh... – Ela se aproximou de mim. – Não, isso não vai funcionar. – Não me diga? Robbie falou com ela e ela o cumprimentou ainda nervosa. Sério, eu não consigo entender os dois!

– Vou indo! – Falei indo sair dali.

– NÃO! – Gritou me interrompendo. Meu Deus, que saco! Calma Jade, talvez fosse divertido ver o Robbie levar um fora da Cat! Robbie começou dizendo que ele só queria perguntar... – Ah, você sabe sobre o meu filme favorito sobre o melhor vice-presidente de todos os tempos? Fácil. Dick Cheney. – Cat interrompeu Robbie e começou a atropelar as palavras. Era só ela dizer “não”, ele já tava acostumado!

– Não! Ah, eu só queria te perguntar... Você sabe que a festa Cow Wow irá acontecer esta semana... – Começou Robbie. Antes que ele terminasse, Cat saiu correndo. É! Essa era uma ótima maneira de acabar uma conversa. – Ela fugiu. Eu estava no meio de uma conversa com ela e ela fugiu de mim. Porque uma garota faria isso? Por que... – Antes que ele me enchesse com perguntas bobas, agi como a Cat e saí dali o deixando falar sozinho. Posso ter ficado algum tempo com meus amigos, mas aguentar o Robbie já é pedir demais! Fui para o almoço e logo depois Beck veio ao meu encontro. Ele me deu um selinho e se sentou ao meu lado começando a comer seu almoço.

– Como foi sua aula? – Perguntou sorrindo bobo. Qual é? Ele estava de bom humor até demais. Ok! Talvez isso fosse bom, mas ele tava relaxado de mais, às vezes incomodava, o fato dele não ligar pra nada que eu faça de errado. Ou será que ele liga? Avistei Meredith passando perto de nós.

– Ei Meredith, não fala mais comigo e com o Beck? O novo casal? – Perguntei sorrindo malvada.

– Ah... Desculpe. Oi Jade... Oi Beck. – Ao pronunciar a palavra “Beck” ela sorriu desconfortável devido ao encontro com Beck ter sido horrível pra ela já que o encontro acabou com ele namorando comigo. O jeito dela me incomodava ao extremo, ela sempre era fofa e sorridente, e isso irritava! Olhando por esse ângulo, até a Vega parece melhor opção do que a Meredith.

– Oi Meredith! Então... Sobre o que estávamos falando mesmo? – Beck cumprimentou a garota e focou seus olhos em mim novamente. Meredith percebeu que estava sobrando aqui e saiu seguida.

– Você só pode estar de brincadeira! – Falei baixo, e Beck começou a comer o seu Burrito. Tori se sentou conosco.

– Oi! – Disse animada, revirei os olhos, lá vem mais uma animadinha. Argh! Beck a cumprimentou e dei de ombros comendo minha salada. Zac chegou perto de nós e se sentou ao lado de Tori.

– Então... Novidades? – Perguntou o loiro dando seu sorriso charmoso de canto.

– Só que voltamos. – Respondeu Beck. Apenas lhe mandei um sorriso.

– Eu sei! Está em 1ª lugar dos vídeos mais vistos no The Slap. Ficamos na segunda posição. – Disse Zac. Arquei a sobrancelha pra ele. Do que ele tá falando? – Só acho que deveriam saber que... Tori e eu estamos namorando depois do Improviso de ontem à noite. – Tenho certeza que meu queixo caiu totalmente. Como assim ele tava namorando a Vega? Isso era o que... Uma pegadinha nova?

– Nossa! Parabéns pra vocês. – Disse Beck ficando todo feliz e fazendo um cumprimento com o Smith. – Até que enfim! – Tori sorriu e os dois mostraram as mãos entrelaçadas por debaixo da mesa.

– Isso é mentira, né? – Perguntei tentando me convencer disso.

– Não, é a mais pura verdade. Se quiser ver, tá no The Slap. – Disse Zac.

– Ok! Eu tenho que ir ao banheiro ter uma crise de vômito. – Beck riu e Tori fez uma careta pra mim que retribui. Zac apenas me olhava como se pedisse minha opinião. – Você deve ser bem idiota, pra namorar ela... Mas tudo bem... Se vocês vão ser um casal, sejam um casal, mas bem longe de mim. Argh! – Continuei.

– Jade! – Beck passou delicadamente o seu polegar por cima da minha mão.

– Ah! Que seja... Tristezas... Ou felicidades pra vocês. – Dei de ombros. Eu nem sabia o que falar direito. Era muito improvável tudo isso. O Zac era legal demais pra ser conduzido a chatice eterna pela Vega. Ela era mais ou menos legal, mas ai os dois se juntam e formam um casal chato.

– Então... Você vai à fazenda? – Perguntou Zac mudando de assunto.

– Eu tava pensando em ir no domingo, talvez... Eu to precisando de grana e o chefe do André precisa de alguém pra distribuir bolas de iogurte de amostra grátis amanhã, então eu serei... Uma garota Bola Berry. – Disse Tori. Zac ficou sem entender e Beck me olhou como se perguntasse o que ela tinha dito. – É o nome das amostras grátis. – Explicou e todos entendemos. Beck riu e Zac e eu apenas ficamos calados.

– Foi uma piada péssima, mas você fica linda assim mesmo. – Disse Zac. – Se quiser eu posso te emprestar dinheiro.

– Não, valeu! Eu prefiro trabalhar pra conseguir. Obrigada, lindo. – Falou Tori apertando o nariz dele. Meu Deus!

– Beck me passe o saco de vômito. – Pedi e Beck riu.

– Então... Agora eu tenho uma aula, mas te vejo mais tarde e na festa de amanhã, pode ser? – Perguntou Zac e Tori assentiu. – Ah e cuidado com o André... Bom... Vocês dois e... Só cuidado. – Terminou Zac dando um selinho na Vega que ficou toda melosa, depois ele se foi.

– Ele não é um fofo? – Perguntou sorrindo boba.

– Não, não é não! Vocês são... Eca! – Falei me levantando da mesa e Beck veio atrás de mim. – Dá pra imaginar os dois juntos? É nojento... Pra começar a Tori não deveria nem existir.

– Ciúmes do Zac? – Perguntou Beck quando nos dirigimos para o estacionamento.

– Não! Talvez eu tenha ciúmes de outra pessoa. – Falei o pegando pela gola da camisa e o puxando contra meu corpo.

– E de quem seria? – Perguntou entrando no joguinho.

– Eu realmente não sei, Oliver. – Falei colando nossos lábios. Pude senti-lo sorrir ainda enquanto nos beijávamos. Sua língua entrou com força na minha boca e suas mãos automaticamente me empurraram para perto do carro. Me deixando contra o mesmo, ele me apertou contra seu corpo e pude sentir meu corpo tremer devido ao toque. Descolei nossos lábios. – Lembra? Na hora certa! – Perguntei pra ver se sua pose de “Ah sou o Beck e não quero discutir”, caía.

– Claro! Eu posso esperar. – Disse abrindo a porta do carro pra mim. Mas que droga! Como assim ele podia esperar? Ele não me desejava mais? Ele tava estranho! Normalmente ele me agarraria na melhor hora e me jogaria na cama assim que pudesse. O que aconteceu com o Beck safado e apressado que não podia esperar? Argh! Beck me levou pra casa e assim que chegamos eu o fitei desconfiada. Eu tinha mais uma carta na manga.

– Eu vou atualizar meu status no The Slap, ainda estou como solteira, havia me esquecido. – Falei esperando que ele dissesse que também havia esquecido, afinal era tão bom ficar com ele, que eu me esquecia de todo resto.

– Eu já fiz isso pra você. Enquanto você estava tomando banho essa manhã, eu atualizei os nossos status. – Disse abrindo um sorriso bobo enquanto mexia nos meus cabelos. Mas que droga! Como assim ele tinha se lembrado de tudo? Isso não era dele! Primeiro: Ignora a Meredith, coisa que ele não fazia mesmo se não quisesse falar com ela; Segundo: Diz que vai esperar pra transarmos; Terceiro: Se torna mais prestativo do que de costume a ponto de entrar na minha conta do The Slap pra fazer coisas das quais eu tinha me esquecido. Saí do carro um pouco irritada, ele não tava sendo ele, ele só concordava com tudo que eu fazia e não se zangava com nada. Argh! – Não ganho um beijo?

– NÃO! – Gritei indo para a porta da minha casa.

– Tá então... Boa noite, Jade. – Falou acelerando o carro e saindo dali. Viu? Se ele tivesse sendo ele mesmo, Beck tentaria me fazer voltar e dar um beijo nele, coisa que eu provavelmente faria, mas agora vem com essa? Affs! Entrei em casa sem nem ligar para a presença da minha mãe ali, depois de tomar banho, dormi, pois estava um pouco cansada. Acordei, tomei banho, me arrumei. Ainda era cedo, então entrei no The Slap e postei:

“Esperando Beck Oliver vir me buscar, afinal, ele não deve mais caronas para outras garotas.”

Humor: Possessiva.

Em alguns minutos Beck respondeu embaixo.

“Estou me arrumando amor, já chego ai.”

E depois disso um monte de garotas curtiram sua resposta. Garotas estúpidas! Vi que Zac estava On, ótimo! Preciso mesmo conversar com ele. Abri um chat e ele aceitou.

– E ai Jade! – Falou animado.

– Desde quando você está com esse bom-humor todo? Você namora a Vega, você devia estar triste. – Provoquei.

– Pensei que estivéssemos resolvidos. – Retrucou.

– Não, não! Você namora a Vega, nunca estaremos resolvidos. – Revidei. Talvez fosse exagero de minha parte, mas no momento, Tori está feliz e a culpa é dele, isso é meio chato! – Tá, namore quem você quiser. – Falei sinceramente. Droga! Por mais que a Vega fosse chata, se era ela que o fazia feliz, eu não me importava. Mas isso é ridículo, o que tá acontecendo comigo?

– Obrigado Jade, eu realmente gosto dela. – Disse sorrindo. Ouvi o barulho da buzina. – É melhor ir, príncipe Beck não pode esperar. – Ele me mandou um sinal de continência e desativou o chat. Idiota! Peguei minha bolsa e desci as escadas. Beck estava já dentro de casa conversando com minha mãe.

– Bom dia Jade, imagina que o Beck tava passando por aqui e resolveu parar pra me dizer que vocês voltaram a namorar... – Minha mãe sorriu pra mim da forma mais irônica possível. – Porque não me contou?

– Sei lá! Tanto faz. – Falei dando de ombros e saindo pela casa, voltei e fiz um sinal de despedida pra ela e puxei Beck pela mão, o arrastando até o carro.

– Porque não contou pra sua mãe? – Perguntou me olhando sério. Oba! Ele voltou ao normal.

– Sei lá, eu esqueci... – Falei. Não dou mínima importância em ficar fofocando da minha vida pra minha mãe. O que importa é que estou feliz, apena isso!

– Tudo bem, então. – Respondeu vindo me beijar. O que? Ele me deu um selinho e ligou o carro. O que tá acontecendo com ele? Argh! O meu Beck reclamaria comigo. Ele tá estranho até demais. Chegamos á HA e ele foi pra aula do Sikowitz e eu fui procurar uma roupa decente pra vestir hoje. O Cow Wow era uma festa com condições. A condição era... Vínhamos à escola no sábado e no mesmo dia ganhávamos uma festa, isso acontecia anualmente, então ninguém ligava de vir estudar no sábado. Que no caso era hoje, todos de HA, estavam presentes, a festa era bem legal! Mas o que estava me matando, era Beck daquele jeito, sabe... Ele devia voltar ao normal, me criticar de vez em quando, isso também era bom. Tentar me controlar, mas ele tava lá como se tivesse no automático e não ligasse pra nada do que eu dissesse. Peguei algumas roupas que eu nunca usaria, e fui à sala do Sikowitz pedir a opinião do Oliver. Ele tava lendo um livro, acho que Sikowitz tinha se atrasado de novo, pois não estava na aula. O chamei. – Oi! – Disse tirando sua atenção do livro e me fitando.

– Eu vou usar isso no Cow Wow. – Falei mostrando a roupa ridícula em minhas mãos.

– Okay! – Assentiu. Como assim? Ele sabe que odeio essas roupas e diz “Okay”?

– O que? Você não gosta? – Perguntei tentando entender seu “Okay”, ele não dava a opinião quando não gostava da roupa ou de algo. Ele ficava calado pra não magoar ninguém, era típico dele. E eu não iria numa festa com uma roupa que meu namorado não havia gostado. Pelo menos não agora, já que eu sempre uso coisas que ninguém gosta e mesmo assim me criticam, mas eu não ligo. O caso é que ele estava diferente.

– Eu, eu disse, tudo bem. – Respondeu simplesmente.

– Você mal olhou pra roupa. – Revidei. Ele não tava dando importância nenhuma.

– Eu só, eu realmente não... – Tentou.

– Esta é a primeira festa nessa escola que vamos desde que voltamos a ficar juntos... – Informei-o. Ele assentiu. – Você quer saber o que eu vou vestir? – Tentou falar alguma coisa. – Eu vou usar uma saia havaiana, um top ocidental e um chapéu de cowboy. – Talvez eu tivesse arrumando motivos pra brigarmos, mas eu tinha que conseguir alguma coisa dele, nem que fosse um comentário legal sobre minha roupa, já que ele adorou quando me vesti de fazendeira do desafio idiota do Sikowitz, ele adorou até demais.

– Isso soa muito bem. – Disse calmamente.

– O que há de errado com você? – Perguntei quase gritando. Eu gritei! Porque ele não falou nada? Argh! Robbie apareceu chamando Cat que estava do lado de Beck com um notebook, mas ela apenas saiu correndo de novo com Robbie a seguindo. – Que botas devo calçar, pretas ou marrom? – Perguntei tentando fazer com que ele se importasse.

– Marrom. – Disse naturalmente.

– Basta fazer uma decisão. – Gritei novamente. Eu devo estar desesperada, mas ele não está percebendo isso, será que ele não tá me notando e só tá respondendo no automático? Eu preciso dele comigo, preciso do Beck normal, mas que droga! Isso só pode ser problemas hormonais, eu não sou assim, sou?

– Vem! Senta aqui! – Apontou para a cadeira do seu lado. Sentei-me, Ufs! Preciso relaxar. – O que você tem?

– Não sei, você... Você não está normal. – Falei.

– Estou sim, claro que estou. – Disse colocando a mão nos seus cabelos.

– Não, não está! Você nem liga pra o que eu digo, você tá no automático. Você até quer esperar pra nós... Você sabe... É como se não ligasse. – Desviei o olhar. Ele tá sendo um grande idiota!

– Eu ligo muito pra você, você não sabe o quanto eu ligo. Espera! Mas eu queria fazer aquilo... Han... Mas você que... Tá, eu posso ter interpretado de maneira errada. Escuta! Eu quero muito isso... – Ele olhou de um lado para o outro pra ver se ninguém escutava. – Eu quero muito ver sua fantasia de vaqueira... Você fica muito, muito sexy com ela. – Disse no meu ouvido.

– Tudo bem, você está normal. – Falei saindo dali e ele me deu um sorriso. Ótimo! O meu Beck de volta. Ufa! Fui pra minha aula separada da do Beck e depois ele me levou pra casa. Me arrumei e esperei Beck chegar. Ele tocou a campainha e minha foi atender, ela estava mais caseira depois que recebeu a notícia que estava grávida, por sorte, ontem quando dormi com Beck ela tinha saído com minha tia e chegou tarde e cansada e não notou minha falta. Ainda bem que Sara não era como aquelas mães que vivem pegando nos pés das filhas, ia ser muito chato se fosse assim! Desci as escadas e em poucos minutos chegamos ao Cow Wow que estava bem movimentado. A música começou a tocar e Beck me chamou pra dançar.

– Você está linda, e muito sexy eu diria. – Ele mordiscou minha orelha enquanto dançávamos no ritmo da música. Sorri convencida, eu adorava elogios, também, quem não adora? Cansamo-nos de dançar e ficamos apoiados na mesa olhando a festa.

– Eu estou chateada. – Disse Cat chegando perto de nós. Beck disse “Olá”, mas ela não deu bola.

– Eu ia perguntar o porquê de você estar chateada, mas eu não me importo. – Falei a ignorando. Quem sabe assim ela se canse de me dar trabalho! Ela não ligou para o que eu disse e apontou o que lhe incomodava. Olhei para Robbie e uma garota, eles estavam atrás de um daqueles papelões que se colocam a cabeça pra se tirar fotos. O detalhe é que Robbie estava colocando a cabeça na foto da mulher e a garota na foto do homem. Olhei torto para aquilo, era esquisito!

– Eu pensei que você disse que Robbie não ia vir com ninguém essa noite. – Disse Beck.

– Então?! Isso não faz bem pra ele, trazer outra menina. – Disse Cat.

– Então, você não quer vir pra festa com o Robbie... – Comecei.

– E não quer que o Robbie venha com outra garota? – Continuou Beck. Ela afirmou e nos agradeceu saindo dali. – Você consegue entender a Cat?

– Não mesmo! – Falei observando a ruivinha indo convidar o Sinjin pra dançar. O Sinjin? Porque ele? Tem tantos caras mais bonitos aqui. - Vou pegar ponche pra mim, você quer? – Perguntei e Beck assentiu. Saí dali, peguei o ponche e voltei, Cat ainda estava dançando com o Sinjin, ela tava fazendo ciúmes ao Robbie? Não, acho que não! Beck agradeceu quando lhe entreguei a bebida. – Claro! – Falei no automático ainda olhando a Cat dançar desastrosamente com o idiota com cabelos de musgo. Beck falava alguma coisa sobre ter uma salsicha no seu ponche, mas não dei bola eu queria ver como a ruiva ia se sair nessa. – Você acha que a Cat está tentando fazer ciúmes no Robbie? – Perguntei esperando que ele esclarecesse minhas dúvidas. Ela não era de provocar, e agora inventa de fazer ciúmes? Beck não respondeu, mas o que me chamava atenção era a dança que os dois faziam. Sei lá! Era uma mistura de capoeira com hula hula. Muito estranho! Num minuto de distração enquanto Cat passava na cara de Robbie que Sinjin era o melhor dançarino, ela não prestou atenção na dança e levou um chute na cara. Caraca! CAT! – Você viu isso? – Perguntei para Beck, eu ainda estava boba com o acontecido. Não ouvi o que Beck falou, alguém tinha que ajudar a Cat!

– Pessoal! Alguém chame o Lane! – Disse alguém e colocaram Cat em cima de uma mesa. Puxei Beck pela mão pra que fossemos verificar se ela estava bem. Depois de alguns minutos colocando gelo na cabeça dela, Lane perguntou se ela estava bem.

– Sim! Eu só tive uma pequena colisão em minha cabeça. – Cat falou mais tonta do que o normal, se isso é possível!

– Você foi pra escola de enfermagem? – Robbie perguntou a Lane. Os dois ficaram discutindo por um tempo porque Lane havia dito que Robbie tinha o desrespeitado. Olhei pra Beck, era uma discussão tão idiota! – Tudo bem! – Robbie quase gritou encerrando a briga boba.

– Ok! Todo mundo volte a dançar e deixem a Cat tomar um pouco de ar. – Avisou Lane e o pessoal em volta da Cat o obedeceu. Beck me puxou e fomos pra área de dança. Se Cat estava bem, eu estava tranquila. Tá! Eu me preocupava com a ruivinha, ela levou um chute na cabeça, mas qual é? Eu não preciso ficar babando ela, é só preocupação de colega... De amiga. Droga! Agora to me corrigindo como se o Beck tivesse na minha cabeça. Argh!

– Okay, Hollywood Arts. Quem está pronto pra agitar o Cow Wow? – Gritou Tori com o microfone lá em cima do Asphalt Café. - Tudo bem, então pendure suas Hulas...

– E seus chapéus de cowboy... – Continuou André. Apenas prestávamos atenção.

– E qualquer outra coisa que queira pendurar. Essa é uma canção escrita por André e eu e se chama Here's two Us. – Depois de falar os dois começaram a cantar e até que a música era legalzinha, Beck e eu curtimos e dançamos enquanto trocávamos caricias.

Fizemos bastante barulho, aqui com certeza é pra nós. Tori e André acabaram de cantar e toda HA os aplaudiu, inclusive eu.

– Hey! Ótima música... André. – Falei quando subimos ao palco. Tori revirou os olhos, eu amava irritá-la, era uma coisa que sempre iria acontecer e que nunca perdia a graça. André me mandou um sorriso.

– Bom trabalho. – Elogiou Beck.

– Obrigada... Beck. - Disse Tori me provocando. Revirei os olhos e tomei um gole do meu ponche. Como eu disse, era uma via de mão dupla, eu a irritava e ela me irritava apenas por respirar, mas... Se ela não rebatesse de volta, acho que não ia ter graça. Oh Deus, eu estou de alguma forma elogiando a Vega? Isso é repugnante de minha parte! – Uh... Uma salsicha? – Perguntou Tori quando bebeu o ponche de Beck e encontrou uma salsicha no mesmo, pensei que ele estivesse brincando em relação á isso.

– Ela veio com o ponche. – Avisou Beck. Uma salsicha? Isso é estranho! Mas se os caras que fizeram o ponche colocaram uma salsicha nele, acho que é pra se tomar assim mesmo. Dei de ombros, até porque seria estranho ele mesmo ter colocado a salsicha na bebida. Tori tomou assim mesmo, é... Fazer o que? Fitei a festa procurando a ruiva que estava com uma pequena colisão na cabeça, segundo ela. Havia apenas Robbie na mesa, é, ele tinha feito alguma coisa com ela. Será que os dois brincaram de piratas? Ele era péssimo nisso, e isso sempre deixava a Cat triste. Não, acho que não! De qualquer forma, amanhã eu falo com ela.

– Ótima música. – DisseZac chegando ao nosso lado vestido de cowboy. Sorrimos para ele e o mesmo cumprimentou todos e deu um selinho á Tori. Eca! – Então... Trabalhou muito hoje? – André começou a rir.

– A gente pode pular esse assunto? – Perguntou Tori e André continuou a rir, deixando um Zac sem entender nada.

– Ok! Isso é pra você. – Zac lhe deu uma caixinha preta bem pequena. Ele ia pedir ela em casamento? Tori abriu e eram duas alianças de compromisso.

– São lindas, obrigada! – Ela pulou no pescoço dele e os dois começaram a se beijar.

– Eu quero ir pra casa. – Decretei. Esse clima tá me enojando. O casal feliz não ligou.

– Por quê? Aqui tá chato? – Perguntou Beck não entendendo.

– NÃO! – Droga! Falei alto demais. – Nós queremos ir pra casa... – Beck continuou sem entender. Inclinei-me e falei com a voz mais suave e sexy que consegui. – Nós temos que ir pra casa, agora! – Ao escutar isso, Beck se despediu de todo mundo, eu apenas saí dali. Fomos pra seu carro, ele dirigiu e rapidamente chegamos ao seu RV, e os beijos começaram, um atrás do outro, só aumentando e aumentando.

– Adorei a sugestão. – Disse no meu ouvido. Tentei esconder a sensação que ele causou em mim.

– Foi uma ordem, Oliver. – O cortei e ele parou de beijar meu pescoço.

– Você sabe que fico ainda mais louco quando você manda em mim, não sabe? Então porque faz isso? – Perguntou desconcertado.

– Porque você me pega de um jeito que não é como das outras vezes. – Falei sorrindo maliciosa.

– Desse jeito? – Perguntou Beck depois que me puxou contra seu peito, ele me inclinou pra trás me jogando com força na cama.

– Ainda está muito ruim, Oliver. – Ele coçou os cabelos com se tentasse entender como ele faria aquilo. De todo jeito, ele tava falando certo, porque ele era o Beck e apenas ele fazia o certo quando o assunto era me deixar excitada.

– Quem sabe se... – Eu arqueei a sobrancelha. O que se passava pela cabeça dele? – Se eu te perguntar uma coisa. – Assenti tomada pelo desejo.

– Faça o que quiser, Oliver. – Falei revirando os olhos. Como ele quer perguntar algo logo agora?

– Então... – Beck se sentou na cama e eu o fitei, ainda deitada sobre os travesseiros. – Eu sei que errei quando não abri aquela porta, mas... Eu sabia o que estava pensando, mesmo meus pensamentos não fazendo nenhum sentido. Mas... O que você tava pensando? – Tudo bem! Aquela pergunta me pegou tão de surpresa quanto uma facada sendo atirada em meu peito. Porque ele queria tocar na minha ferida logo agora?

– Han... O que eu pensei? – Minha voz saiu fraca, droga! – Han... Eu...

– A verdade. – Interrompeu Beck.

– Hum... A verdade é que eu queria abrir aquela porta e pensei em tocar na maçaneta e abri-la. Eu sabia que tava errada, mas eu... Meu orgulho... Han... Todos ficariam me olhando com pena se eu entrasse. – Falei desviando o olhar. – Mas... Acima de tudo, eu... Pensei e acreditei que realmente você viria e... Abriria aquela porta, mas... Você... Você não abriu. – Dessa vez eu olhei no fundo dos seus olhos e foi como se Beck estivesse surpreso, mas acima de tudo ele sorriu e aquele sorriso me garantia tranquilidade, me garantia paz, me garantia que ele não iria embora de novo. Não mais. – Tá! Agora que você já me fez perder a vontade, o que quer fazer? – Falei dando de ombros e fitando o teto. Porque me deixei levar? Porque me deixei tão vulnerável por ele? Eu não conseguia controlar isso. Que droga Jade!

– Eu não vou te deixar de novo, pode escrever isso. – Ele deitou sobre mim, e segurou meus braços contra a cama. Meus olhos arregalaram, o que ele tava fazendo? – E ainda mais interessante que isso, é que eu faço você ficar com vontade rapidinho. – Disse no meu ouvido e me arrepiei completamente, é... Completamente mesmo! Beck tirou minha blusa e a cada peça tirada, ele me dava um beijo, um beijo que me deixava com saudades e desejo, desejo de beijá-lo de novo. Porque seu beijo era viciante pra mim e é isso que se resume o amor. Sabe... Eu não devo ser a pessoa correta pra dizer o que é amor, por quê? Porque eu amo, mas não sei explicar e acho que é isso que faz você amar. As pessoas que nunca amaram são aquelas que caracterizam esse sentimento, dizendo que ele te faz sentir nas nuvens, te faz revirar do avesso, te faz sentir borboletas no estômago, claro, isso também é amor, mas sinceramente, o amor não é apenas isso. Porque a pessoa que ama não sabe dizer a definição do amar, pois se ela falar aquilo se torna vago, mas uma coisa eu digo, e talvez seja muita melosidade para a orgulhosa Jade West aqui. Mas as pessoas hipócritas responder o que é o amar, eu sei que amo, e sei que não se deve dar definição pra isso, apenas achar. E acho que pra definir o amor, é só você pensar no sentimento e o rosto de uma pessoa vem em sua mente. E no meu caso, o rosto por trás da minha definição do que eu acho ser amor, é um sujeito de cabelos negros e lisos. Uma boca com gosto exclusivamente de hortelã e olhos tão profundos que me fazem delirar apenas de fitá-lo. O nome do meu amor? Hum... Fácil... Beck Oliver. Mas SHIIUU, não vamos deixá-lo saber disso!

Zac Smith

Estava na fazenda, pintando a parte de trás da casa, quando ouvi o barulho de um carro, ignorei, ninguém vem por aqui mesmo. Minutos depois senti alguém cutucando minha barriga que no momento estava despida devido ao calor que se fazia. Com o toque caí da escada, pois não esperava isso. Pisquei duas vezes pra me certificar de que ela estava lá, sim, sim... Tori Vega.

– Você veio! – Falei levantando animado.

– Eu vim. – Ela me abraçou e sorri. – Você tá bem? Me desculpe...

– Relaxa! Bom... Eu preciso de um banho, vem comigo! – A puxei pela mão, mas Tori não se moveu.

– Pra o chuveiro? Quer dizer... Você e eu... Banho... O que? – Perguntou nervosa.

– Claro que não! No lago... A menos que queira ir pra o chuveiro. – Falei a fazendo corar. – Eu to brincando. – Alertei e ela pareceu relaxar. A puxei pra perto do lago e nos sentamos na grama de frente para o mesmo. – Você não me contou muito sobre você... O que eu ainda não sei? – A fitei e ela sorriu. Nossa, como seu sorriso é lindo!

– Bom... Meu nome é Victoria Dawn Vega, meu sonho é ser uma grande estrela do pop, mas eu quero conseguir isso com meu próprio esforço... Eu adoro queijos especiais... Tenho alergia á margaridas do campo. Amo música e adoro garotos loiros e bonitos. – Ela cutucou minha barriga enquanto sorria. Apenas ri, mas retornei a minha pose séria.

– A Cat me disse que uma vez você roubou o namorado dela que na verdade, era seu namorado antes... Quantos namorados você já teve? – Perguntei sabendo que fui indelicado.

– Na verdade eu nunca fiz nada de ruim pra ninguém... – Tori começou a surtar. – Eu nunca roubei o namorado de uma amiga, nunca, mas sabe... Eu agi por impulso. – Ela pareceu com raiva dela mesma. Toquei de leve em sua mão. Tori pareceu se acalmar. – Respondendo sua pergunta, eu só namorei o Daniel e outro cara que me traiu com uma apresentadora de um Web show chamada Carly, mesmo assim eu nunca disse... – Ela não completou a frase. Ficamos em silêncio por um tempo.

– Você nunca disse que o amava? – Perguntei fitando o horizonte, o sol estava se pondo naquela linda tarde de domingo. Olhei pra ela e Tori assentiu.

– E você... Me conta algo que eu não saiba. – Disse deitando na grama, fiz o mesmo.

– Han... Meu nome é Zac Dylan Smith... – Ela pareceu se surpreender. Ninguém sabia do meu segundo nome, eu prefiro deixar desse jeito. – Minha mãe faleceu quando eu era pequeno... Mas eu não vou me aprofundar nesse assunto... Eu adoro sushi, mas não dispenso um hambúrguer. Eu gosto de peças originais, sonho em ser ator profissional, mas isso eu já meio que sou... – Eu sei, meu ego é inflado demais, mas o que eu posso fazer? Sou lindo mesmo! – Eu só tive duas namoradas... E eu também nunca disse “eu te amo” nesse sentido. – Os olhos dela pesaram de encontro ao meu.

– Nem pra Cat? Quer dizer... Você já namorou com ela, você já trouxe ela aqui... Não acredito que um garoto como você só teve duas namoradas. – Disse Tori.

– É verdade, eu só tive duas namoradas... A Cat... E você, as outras foram apenas... Han... Ficantes, pra dizer a verdade. – Ela sorriu. – Respondendo sua pergunta... É! Eu trouxe a Cat aqui, mas a Cat foi à única por quem me apaixonei... Claro... Teve a Jade, mas com ela foi tão diferente, eu disse que tinha me apaixonado por ela quando na verdade o que eu sentia era amor, amor de irmão, sabe? – Tori assentiu. – Com a Cat sim, foi paixão de verdade. Eu planejava passeios românticos e coisas que eu não fazia antes... Mas ela é a Cat, não fazia muito sentido ficar perto dela... – Tori me olhou confusa. – Acredite... Eu tentei pescar com ela e ela ficou com pena das minhocas que eu colocava como isca, então ela resolveu libertá-las dentro do lago e quando eu disse que minhocas não sabiam nadar, ela chorou a tarde toda. Depois fomos fazer um passeio a cavalo e ela ficou falando com o Scar, o meu cavalo, e a Cat perguntava pra ele onde estavam os seus outros amigos unicórnios, acredite foi difícil pra mim. – Nós rimos. – Mas o que importa é que estou com você, estou apaixonado por você e não ligo pra nenhuma outra garota. – Falei a puxando para um beijo calmo e relaxante, mordi levemente seu lábio inferior, aprofundando a intensidade da minha boca contra a sua, aproveitando cada contorno. O seu cheiro de limão com folhas de laranja passava pelas minhas narinas como se fosse o melhor odor do mundo. Ao desgrudar minha boca da dela, percebi que Tori tinha os lábios muito vermelhos no momento. – Melhor irmos tomar banho, né? – Perguntei notando o calor que aqui se formava. Ela assentiu e a puxei pra dentro do lago, jogando água nela e ela fazia o mesmo comigo, rimos, brincamos, resumindo... Nos divertimos. Puxei Tori pela mão e saímos do lago, nos dirigimos até o pequeno estábulo da fazenda. Coloquei Tori em cima do cavalo e subi na frente dela, com suas mãos em volta da minha cintura, mas em um descuido o Scar pisou em uma pedra e se agitou, fazendo com que eu caísse para o lado com Tori por cima de mim. Devo admitir que doeu um pouco. – Você está bem? – Perguntei preocupado.

– Sim! – Respondeu minimamente me fitando como nunca havia feito antes. Pude contar cada tom amarronzado no brilho de seu olhar. – O que foi?

– Você é linda! – Falei a virando e ficando por cima, só agora vim perceber que a roupa de Tori ainda estava molhada, o que me deixava ter uma bela visão de sua barriguinha sarada e das suas curvas que devo dizer, eram de arrepiar qualquer um. Não pensei duas vezes, a beijei. Dessa vez foi um beijo de puro desejo, passei minhas mãos pelas coxas de Tori, eu ainda por cima dela. Levantei sua blusa pela metade e passei minhas mãos por sua barriga, fui subindo e... O que eu tava fazendo? – Han... Você deve estar com frio, melhor entrarmos antes que fique doente. – Falei saindo de cima dela. Tori corou e me deu a mão. – Han... Me desculpe... – Continuei sendo cuidadoso, o que eu tava pensando? Tudo isso necessita de calma e eu tava apressando tudo.

– Tudo bem! Han... Zac... Eu... – A olhei desconfiado, ela tinha odiado a minha atitude, não tinha? Droga Zac! – Nada, eu só... – Incentivei que ela continuasse. – Só acho que devíamos planejar isso com cuidado. – Disse fazendo com que eu me iluminasse por dentro. Quer dizer que ela queria tanto quanto eu? Minha nossa, isso não podia ficar melhor!

– Claro! – Assenti sorrindo bobo. Depois de prontos, saímos da fazenda e levei Tori pra casa, e em seguida fui pra minha casa também. Minha primeira vez com a Tori ia ser demais! WOW!