Bade - Sempre Juntos escrita por Victane


Capítulo 50
Tori Banca o Cupido


Notas iniciais do capítulo

Hello meus DIVOS, animados pra hoje? Porque eu estou u.u.u.u.u kkkk, o melhor capitulo e também o de número 50, VIIIVAAAA! kkk... Kay! Essa fic é bem importante pra mim e já faz um bom tempinho que foi postada, mais ou menos 5 meses. Nossa isso é muito né? Mas o que é muito são as quantidades de paginas que tem no meu WORD, sério, tem 632 páginas de fic, acreditam? OMG! Acho que essa é a maior quantidade de paginas de uma fic minha, u.u..uu. Enfim, sem querer acabar com a animação de vocês eu quero dar um AVISO bem ruim.
AVISO = Como eu já havia falando anteriormente, eu tava vendo se ia poder continuar postando duas vezes na semana e fiquei de dar a resposta definitiva, e a reposta definitiva é: "Eu não vou poder postar na terça", sim, amoris, eu sei é triste, pois é, eu também vou sentir saudades, mas convenhamos... A quantidade de palavras que eu coloco no capitulo já exigi demais da minha pessoa e se eu colocasse menos palavras, ia ficar xoxo e também eu mesma não ia gostar dele. Então... Sendo assim, é melhor um capitulo grande postado uma vez na semana, do que um capitulo pequeno postado duas vezes por semana. Me desculpem, mas o ENEM já é praticamente mês que vem, e mesmo que eu vá fazer apenas por experiência, já que sou 2ª ano E.M. eu to levando isso muito a sério. Fora o seriado da UPE que já tá chegando e eu acabei de me inscrever, então torçam por mim, mas mesmo assim eu tenho que estudar muito, kay? (se alguém tiver alguma duvida, do tipo "você tem 14 anos e é 2ª ano, tia Vic?" Sim eu sou, problems? kkkk eu pulei o Jardim 2 gente, todo mundo pergunta isso) enfim...
Agora vamos falar do capitulo...
Não terá cenas hots, como a maioria das BADES forever acharam que ia ter, NÃO, NÃO, NÃO amoras, isso vocês vão ter que deixar pra depois, eu encaixei a cena hot deles, pra um capitulo que coubesse, porque se não esse ia ficar muito grande, fora que tem outro motivo que vocês só vão saber no próximo capitulo, então não me matem. Esse capitulo é muito especial pra mim, eu tive um trabalhão pra fazer assim como nos outros, por isso quero que me deixem reviews me mandando suas reais opiniões sobre ele. Eu queria que o capitulo saísse perfeito, mas como nada é perfeito, eu tentei me convencer disso, pois estava nervosa com o que vocês achariam dele. Dei o máximo de mim e espero que gostem, porque sinceramente eu gostei (não é falta de humildade, ou o fato de eu estar me achando, simplesmente eu curti o capitulo) enfim... Sem mais avisos. Aproveitem... ♥
*Esse capítulo segue a série:
Brilhante Victoria ou Victorious (4º - Temporada)
Como descrito: Não seja rígido, pois cenas serão mudadas, acrescentadas ou invertidas. Aqui a imaginação é livre e o prazer é seu em ler!



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Beck Oliver

Acordei sonolento. Tinha dormido bastante mal devido ao show de ontem. Tomei banho, vesti uma roupa qualquer e peguei a estrada. Algumas meninas entraram em meu carro pra que eu lhes desse carona. Elas apenas reagiam enquanto eu dirigia. Tinha acontecido tanta coisa essa semana.

Primeiro: Jade tinha me surpreendido com aquele discurso de aceitar o meu encontro oposto com a Tori. Acho que ela não aguentaria que eu saísse com outra garota, então chamar a Tori pra ver o grande osso pareceu uma boa ideia, já que Jade e Tori estavam começando a se entender. Depois que Tori me disse que não queria ter um encontro comigo, eu apenas fiz de tudo pra que nada acontecesse igual a um encontro, pois se ela achava que Jade ia ficar com raiva mesmo as duas sendo amigas, então eu não iria arriscar. Resumindo... Jade podia ter me surpreendido em dizer que não tinha ficado com ciúmes pelo falso encontro, mas eu não ousaria sair com uma garota de verdade, quer dizer... Uma garota que quisesse ficar comigo, o oposto de Tori. Eu sabia que Jade sentia ciúmes e eu me importava em não fazê-la ter ciúmes, mas não fazia parte da promessa que eu tinha lhe feito, apenas sei que eu não queria machucá-la.

Segundo: Jade tinha até saído com Moose pra provar que não tinha ficado magoada e que podia sim sair com outros caras, mas... Algo me dizia que ela não estava afim mesmo dele, apenas pra me causar ciúmes assim como causei nela com a Tori, mesmo eu não tendo essa intenção. Por isso relaxei, tentei me controlar pra não dizer pra ela que eu sentia ciúmes, mas me provei calmo e paciente, já que tudo que eu acreditava realmente aconteceu. Jade pode ter ficado com Moose, mas ela não insistiu nisso depois, o que significa que talvez fosse apenas pra me causar ciúmes mesmo.

Terceiro: Ontem no show, todas as palavras daquela música me faziam lembrar a gente, mais de mim do que dela, porque eu tentava reconquistá-la, mesmo secretamente sem que eu mesmo soubesse, mas eu tentava. Sobre o nosso namoro, o que eu disse a Tori estava meio que valendo. Estou confuso, me contradigo o tempo todo. Eu sabia que o nosso namoro tinha acabado, já fazia meses, mas eu sempre ficava incerto quanto á isso. Eu gostava da Jade como amiga? Por quem ela tava se provando boa, bem diferente da Jade de antigamente que nem assumia que tinha amigos. Ou... Eu gostava da Jade como namorada? Sobre essa resposta eu tinha quase certeza, mas uma coisa me incomodava, e era isso que fazia as minhas palavras á Tori valerem. Eu me incomodava com as babaquices da Jade, sabe... O jeito como ela implicava com tudo que eu fazia, e coisas como essa me fazia acreditar que eu estava bem do jeito que estava.

– Garotas! Chegamos... – Falei estacionando o carro já na escola. Elas saíram me agradecendo sem parar. Essas coisas às vezes me estressavam. Assim que entrei na escola, vi uma multidão unida em um único corredor. O que tava acontecendo?

– SAIAM! – Gritou Jade com o seu mau-humor habitual, ri de canto com isso. As pessoas se afastaram e ela passou na frente de todo mundo, colocando seu nome em um papel. Assim que ela saiu dali, fui ver do que se tratava. Era o Improviso da Lua Cheia, isso já era comum na HA. Como pude me esquecer?

– Oi Beck! – Cat me abraçou por trás. – Você viu a Tori?

– Oi pequena. – Me virei e sorri pra ela. – Na verdade não. Por quê?

– É que ontem eu fiquei de dormir na casa dela, mas quando eu liguei pra ela, Tori disse que estava sem ânimo pra isso. Eu não entendi. Será que ela não gosta de mim? – Perguntou a ruivinha ficando um pouco triste.

– Ela adora você... Todo mundo te adora. – Falei rindo de canto pra o sorriso que ela me mandou de volta.

– A Jade também? Porque às vezes não parece que ela gosta de mim. – Disse voltando a expressão de tristeza.

– Tenho certeza que ela te ama, porque você não vai perguntar a ela, sei que ela vai dizer “não”, mas garanto que ela coça o nariz. – Cat saiu animada dali. Ah ruivinha! Avistei Tori com uma expressão triste no rosto, ela vagava pelos corredores como uma múmia. – O que houve? – Perguntei assim que me aproximei dela. Tori disse: “nada” no tom mais desanimado possível. – É mentira, anda me conta.

– É só que... A Trina me contou que o Zac disse á ela que gostava de mim... – WOW! Isso é genial! – Eu ia esclarecer as coisas com ele, mas... Quando ouvi uma conversa dele com a Jade, ele tinha me chamado de babaca, insuportável, idiota e ainda disse que me odiava. – Tori terminou e engoliu em seco. Ai Zac! Mas que droga!

– Não liga, o Zac anda bem confuso esses dias... – Por gostar de você. AH! – Só dá um tempo e quando você o vir, tenho certeza que ele vai pedir desculpas e ficará tudo bem. Até lá, não fica triste! – Falei e Tori sorriu me agradecendo. Ótimo! O Beck aqui tá alegrando geral! Assim que Tori saiu dali, me senti culpado por falar uma coisa da qual não tinha certeza. Eu não sabia se Zac ia pedir desculpas á ela. Peguei meu telefone pra tentar colocar as coisas no rumo, disquei o número de Zac e...

– Aqui é o Zac, não posso atender no momento. Se eu não te atendi é porque você é considerada uma pessoa insignificante para o Smith aqui. Deixe seu recado, ou melhor, nem me dê trabalho... – Disse a voz gravada de Zac. Desliguei antes que fosse pra Caixa Postal, ele não gostaria nada disso. Fui pra minha aula de Instrumentos e Desenho técnico e Produção. Depois almocei normalmente. Jade não estava na mesa assim como nenhum dos meus amigos, com exceção de Robbie e Cat que conversavam sobre sonhos que tinham haver com doces. Depois de comer, caminhei até o estacionamento.

– Oi Beck! – Uma garota acenou pra mim. Acenei de volta, eu a conhecia. Seu nome... Meredith, ela parecia legal, mas não tive tempo de saber, pois na época eu namorava com Jade e ela não deixava que eu falasse com garotas como Meredith. Fui pra meu carro rapidamente antes que algumas garotas quisessem azucrinar meus ouvidos enquanto eu lhes dava carona. Cheguei ao RV, apenas tomei banho, comi alguma besteira e fui dormir, pois ainda estava cansado do show com Jade. Acordei, tomei banho, me arrumei e fui pra HA. Hoje era o dia que iriam arrumar tudo para o Improviso da Lua Cheia.

– Hey Beck! – Disse Sikowitz, apenas o cumprimentei. – Pode fazer um favor pra mim? – Perguntou e assenti. – Pergunte á Tori e ao André se eles vão participar do Improviso a Lua Cheia. Toma meu Perapad. – Falou me entregando o objeto. – Cara! Eu preciso urgente ir ao banheiro, acho que os sanduíches de atum que guardo embaixo da minha cama, não estão me fazendo muito bem. – Sikowitz saiu correndo para o banheiro. Nossa! Eca! Tá então né. Cruzei o corredor e avistei Tori e André rindo, era bom ver Tori feliz, ficar triste não combinava com o jeito dela.

– Ei! – Falei os parando. Eles me cumprimentaram. – Então... O Sikowitz quer saber se vocês vão cantar no Improviso da Lua Cheia.

– Ah eu não posso, eu to com dor de garganta. – Disse Tori.

– Eu to pensando em ser só o D.J esse ano. – Explicou André.

– D.J e dor de garganta... Saquei. – Falei anotando tudo no Perapad como Sikowitz havia me pedido. O celular de André tocou e quando ele atendeu, era a sua avó, ela falou tão alto que deu pra ouvir daqui, e eu nem tava tão perto dele. A velha ainda continuava gritando. – Tira ela do viva-voz. – Mandei mais do que pedi. Isso já tava incomodando. André disse que ela não estava no viva-voz. Caramba! Então ela fala tão alto assim mesmo? A velha gritou que tinha uma árvore na sua sala e que alguém havia roubado seu teto. Do que ela tava falando? André explicou que ela estava no quintal e ela pareceu sacar. O que tem de errado com essa mulher? Ele saiu dali enquanto ainda continuava a falar com ela. – E ai, novidades? – Perguntei.

– Ah claro, a mais nova da Trina... – Começou. – Ontem fomos a um jantar em família num restaurante, e eu falei pra ela que o jeans dela tava apertado, mas ela não me ouviu... – Tori começou a rir e a acompanhei rindo também, a risada dela contagiava as pessoas. – Então no jantar, a calça ficou tão apertada que explodiu... – Começamos a rir. Só a Trina mesmo pra fazer esses tipos de coisas.

– Fala sério! A calça dela explodiu mesmo? – Perguntei rindo e guardando o Perapad de Sikowitz em minha bolsa, depois eu lhe daria.

– É! E o zíper dela foi parar na sopa de uma velhinha... – Eu ri e estremeci com a ideia de uma pessoa achar o zíper de alguém, especialmente o da Trina em sua sopa. Argh!

– Oi Tori, oi Beck. – Disse uma garota chegando perto de mim. Ah... Era a Meredith de novo. Nós a cumprimentamos. – To escolhendo uma música pra o Improviso da Lua Cheia. Então... Beck... Se quiser eu pensei que a gente podia se ver mais tarde. – Sugeriu. Droga! Não! Fiquei meio que com o pé atrás. – Eu canto algumas músicas e você escolhe uma. – Ofereceu. Eu não queria sair com ninguém, talvez, eu precisasse me distrair, mas eu não queria machucar Jade.

– Ah é... Podia ser... Mas... Hoje num vai dá. – Falei nervoso e Meredith assentiu.

– Como assim hoje num vai dá? O que é que tem hoje? – Perguntou Tori atrás da garota e me fitando. O que ela tava fazendo?

– Hoje... Eu... Tenho... – O que eu digo? Sou péssimo em mentir, normalmente eu deixava isso pra Jade que fazia parecer tão fácil. – Um vidro cheiro de moedas... E eu preciso contá-las. – Falei fazendo gestos com a mão. Meredith assentiu e ia saindo dali, mas Tori a puxou de volta. Mas que droga! Tori perguntou como assim eu teria que contar as moedas, ela tava dificultando cada vez mais minhas mentiras. – Você sabe... – Desviei o olhar, eu sou péssimo nisso. Affs! – Eu colecionei um monte de moedas de 5 e de 10 centavos... E agora eu tenho que contá-las. – Falei mais pra que Tori me deixasse em paz. Meredith falou que tinha mesmo que ir e ela se foi. Ufa! Tori me fitou com os olhos estreitos. - Na verdade eu não tenho nenhum vidro de moedas. – Ela fez cara de quem já sabia. – Eu não posso sair com a Meredith, tá bom? – Perguntei olhando Jade conversando com uma garota, provavelmente ela era da equipe de pessoas que ajudariam na montagem do palco para o Improviso da Lua Cheia.

– Porque não? Ela é bonita e tá totalmente afim de você... – Disse Tori, fiz sinal pra que ela ficasse quieta. Jade não poderia escutar. – Porque eu tenho que...

– SHII! – Continuei a mandando calar a boca. Apenas a puxei pela mão até o armário do zelador, antes de fechar a porta conosco lá dentro, dei uma última olhada em Jade pra ver se ela não tinha visto algo. Ela poderia pensar besteira se visse Tori e eu sozinhos no armário. – Tá legal! Eu sei que a Meredith gosta de mim, e talvez eu pudesse gostar dela, mas você sabe... Jade. – Comecei a explicação quando já estávamos no armário.

– Ah, você e a Jade terminaram há meses. – Disse Tori, eu já sabia disso.

– É! Mas quando estávamos namorando, num verão, a Meredith e eu estávamos juntos numa peça, isso deixou a Jade muito louca de ciúmes. – Expliquei e ela começou a entender, dizendo que se Jade descobrisse que eu estava saindo com a Meredith... – Explodiria igual à calça da Trina. – Terminei sua fala.

– Então... O seu plano é passar o resto da vida com medinho da Jade? – Perguntou.

– Esse não é meu único plano... Algum dia eu também gostaria de fazer uma horta. – Falei, afinal não era medo, era respeito á ela e a minha promessa e eu gostaria mesmo de ter uma horta. Tori me perguntou o que faria a Jade deixar que eu tivesse outra namorada. – A outra namorada não ter cabeça? – Perguntei tentando entender a sua pergunta. Tori respondeu que Jade só precisava namorar outro cara. Ela viajou agora. – Nenhum dos caras daqui da escola vai chamá-la pra sair. – De um lado isso era bom. Tori perguntou por quê. – Porque a Jade é assustadora... Ela só precisava olhar pra maioria dos caras e eles começam a tremer... E urinar. – Expliquei a verdade. Todos tinham medo dela, bem... Eu não tinha e nem entendia porque todo esse medo das pessoas. Jade é uma pessoa incrível.

– Deve ter algum cara na Hollywood Arts que chamaria a Jade pra sair. – Disse Tori. Sinjin apareceu dizendo que não tinha namorada no momento. Como se a Jade fosse namorá-lo. Tori apenas fechou a parte pra que ele saísse dali.

– Talvez tenha, mas não quero me preocupar com isso no momento. – Falei lhe dando um sorriso amigável e saindo dali. A ideia de ver Jade saindo com outro cara era assustadora pra mim, porque eu sabia que os caras achavam ela tudo de bom, mas não tinha coragem de chegar nela, por terem medo, muito medo, aliás. Fui pra minha aula de Modelagem e Produção de Roteiro, depois almocei. Vi Jade gritando com o Sinjin e o ameaçando se ele não ajeitasse as coisas do Improviso da Lua Cheia como ela queria. Era engraçado ver a Jade furiosa, porque comigo ela não era tão furiosa, e quando era, eu não ficava com medo, ver outras pessoas com medo dela, era esquisito e divertido, não para as pessoas. De certa forma eu sentia saudades do tempo que ela gritava comigo. No caminho pra minha aula de Francês, avistei Robbie andando junto com a Cat, o detalhe é que a Cat estava com uma banana no ouvido e ele a segurava. Melhor nem perguntar. - Hey! Sikowitz! – Chamei o meu professor esquisito. – Toma aqui, seu Perapad. – Falei lhe entregando. – Todas as anotações estão ai.

– Obrigado Beck... Será que pode fazer mais um favor pra mim? – Perguntou colocando a mão em sua barriga. O que ele tinha de errado? Assenti. – Pode pegar cabos no armário do zelador pra minha próxima aula? Juro que nunca mais como sanduíches de debaixo da cama. – Falou correndo para o banheiro. Nossa! Que estrago! Fui para o armário do zelador e quando abri a porta, ouvi gritos. Virei-me e vi Tori e André abraçados e gritando.

– Achamos que era a Jade. – Disse André.

– Vocês querem que eu chame ela? – Perguntei indo para a porta. Eles me impediram desesperados. – Qual o problema de vocês? – Perguntei estranhando.

– Bom... O André e eu estávamos tentando... – Tori começou, mas André a interrompeu dizendo que ele tinha sido arrastado pra tudo isso. – A ideia foi sua de pagarmos... – Os dois começaram a discutir. Não havia entendido nada! Jade pulou da escada que tinha para a Biblioteca e os dois começaram a gritar.

– Eu devia ter falado... Esse lugar é péssimo pra se esconder da Jade. – Falei sacando o medo deles.

– Eu devia pegar isso e machucar vocês dois. – Falou Jade segurando um rolo de papel higiênico.

– Como você nos machucaria com papel higiênico? – Perguntou Tori. Eu também não sabia, mas vindo da Jade, era melhor nem saber.

– Solta isso... – Falei pra ela. – Solta isso! – Apontei para o chão, onde ela deveria soltar o papel. Talvez eu tivesse um pouco de controle sobre ela, mas acima de tudo, eu queria saber o que os dois tinham feito pra deixar Jade daquele jeito. Jade largou o rolo de papel no chão. Ufa! – O que é que deu em todos vocês?

– Esses dois pagaram um cara pra me chamar pra sair. – Explicou Jade. Droga! Tori disse que os dois só estavam tentando ajudar. Ela não precisava de ajuda quanto á isso, ela não tinha problema nenhum, nenhum cara a chamava pra sair porque não aguentavam a personalidade dela que era perfeita. Mesmo assim, Tori não devia ter feito isso! Baixei a cabeça. – E porque eu preciso de ajuda? – Perguntou Jade. É! Ela não precisa!

– Porque os caras tem medo de sair com você. – Disse Tori. Ok! Tudo isso, era culpa minha, eu acho pelo menos.

– Mas é assim que eu gosto. – Rebateu Jade. Essa discussão já tava indo longe demais. André repetiu que tinha sido arrastado pra tudo isso.

– Olha! Nós achamos... – Começou Tori. André disse que só ela que tinha achado. – NÓS ACHAMOS... Que se alguém te chamasse pra sair, você levaria mais na boa se o Beck saísse com outra garota. – Explicou Tori por fim. É! Agora com certeza era culpa minha, pra começar eu deveria ter dito a Meredith o porquê de eu não sair com ela. Depois eu não deveria contar nada a Tori, pois eu sabia que ela faria de tudo pra me ajudar. Droga! Agora a Jade vai ficar magoada comigo... De novo. Ufs!

– Ai meu Deus... Quantas vezes eu tenho que dizer... – Começou Jade, me afastei esperando sua explosão. – Eu não ligo pra quem você namora, pode sair com quem você quiser. – Disse olhando pra baixo e depois me fitando. Ela desviava o olhar cada vez que dizia a verdade e não queria que alguém a visse falar sobre coisas responsáveis ou românticas. O mais incrível é que aquilo tinha sido sincero. Ela tinha mesmo aprendido a ser minha amiga, me apoiar, e é por isso que eu fortaleço a ideia de que Jade e eu funcionamos melhor separados.

– Viu? Eu falei que você podia sair com a Meredith. – Disse Tori! DROGA! Tudo tava tão bem...

– MEREDITH? – Jade perguntou incrédula. André correu e pegou todos os rolos de papel higiênico presentes no local. Tori tinha mesmo que falar o nome da garota?

– Jade! – Tentei acalmá-la.

– Ah eu sabia, eu sabia há dois anos atrás quando fez aquela peça horrível com ela... – Jade passou na minha cara. André disse que ele que tinha feito a tal peça. – E a Meredith tava sempre: Ai Beck, porque você não vai lá em casa pra a gente ensaiar nossas falas? Ai Beck eu te trouxe um cupcake. – Jade afinou mais a voz tentando imitar a garota.

– A Meredith traz cupcake pra todo mundo. O pai dela tem uma loja de cupcakes. – Expliquei, ela não pode jogar na minha cara isso! Eu sempre fui fiel e vim inventar de sair com a garota agora. Tori perguntou se era verdade. - É! Frank’s Cupcakes. – Falei, aquela loja é demais, eles fazem cupcakes dos bons. André e Tori concordavam comigo.

– Quer saber? Eu não ligo... Saía com quem quiser... Curta os cupcakes dela. – Disse Jade saindo do armário. Bufei pensativo. Tudo que tinha rolado não era pra acontecer.

– Como é que ela pode machucar alguém com isso? – Perguntou André referindo-se aos rolos de papel. Apenas saí dali bolado. Tori não devia ter feito isso! Ela tentou falar algo. Entrei no armário de novo, peguei os cabos e Tori ainda esperava que eu dissesse algo.

– Você não devia ter feito isso. – Falei pra Tori e saí dali. Fui para a sala de Sikowitz, deixei os cabos lá. E antes de sair de HA, encontrei Meredith. – Han... Oi... Sabe... Você ainda topa sair? – Perguntei sem jeito. Tudo que aconteceu, não deveria acontecer, mas já que aconteceu, o que eu posso fazer? Aproveitar! Pelo menos não deixei Jade magoada, eu acho!

– Claro! Amanhã na Lua Cheia? – Perguntou Meredith sorrindo amigável. Assenti. Peguei meu carro e fui pra casa. Assim que cheguei, adormeci. Acordei, me arrumei e fui pra HA. Tive minhas aulas de Álgebra, Artesanato. Depois almocei. Tive minha última aula de Inglês e fui pra casa me arrumar. Ainda bem que não encontrei com Meredith ou com Jade. Nem tinha o que conversar com nenhuma das duas. Peguei meu celular e postei no The Slap:

“É! Acho que tenho um encontro... Ou quase um...”.

Humor: Sentindo-me esquisito.

Depois de pronto, peguei meu carro e fui para HA. Talvez sair com Meredith fosse legal. Conhecer gente nova sempre é legal... Mesmo que eu saiba que essa garota provavelmente queira namorar comigo no futuro. Isso me deixa nervoso. Eu não pensava em namorar com ninguém no momento depois de Jade. Sei lá... Eu me sentia estranho e era como se a palavra “namoro” sempre viesse acompanhada da palavra “Jade”. Cheguei ao Improviso, tudo estava bem legal, a decoração do lugar era fantástica como sempre.

– E ai! – Avistei Meredith depois que peguei o ponche que estavam servindo.

– E ai! – Respondeu e nos sentamos. André deu o aviso que o show ia começar daqui a pouco e a avó dele e a Trina começaram gritar como loucas.

– Então... Você quer ir lá na mesa de comidas ou só ficar aqui? – Pergunte á Meredith depois de tomar um gole de meu ponche.

– Você quer ir pegar comida... Ou ficar aqui? – Perguntou. O que? Eu que perguntei...

– Bom... Você tá com fome? – Tentei novamente. E ela perguntou se eu tava com fome. Qual o problema dela? – Han... Não muito. – Falei e ela disse que também não estava. É impressão minha ou essa garota tá repetindo tudo que eu falo? – Você tá com frio? Quer vestir meu casaco? – Perguntei esperando a resposta negativa. Jade sempre era assim. Ela sempre negava quando estava precisando de ajuda. Era clássico dela. Sacudi minha cabeça. Eu tava saindo com a Meredith, ela vai dizer sim...

– Você quer que eu vista seu casaco? – Perguntou de volta. Tá! Ela só precisa dizer “sim” ou “não”, é pedir muito isso?

– Ok! A pergunta é... Você quer vestir o meu casaco? – Tentei novamente.

– Claro... – Respondeu e eu ia tirando quando... - Se você quiser que eu vista. – Passei a mão na minha testa. Isso não iria dar certo! Mesmo que eu tentasse, era mais fácil conviver com a Cat do que ficar escutando uma garota que só diz as coisas se eu disser. – Então... Qual o seu professor favorito da escola toda? – Oba! Uma pergunta!

– Fácil... O Sikowitz. – Respondi. Ela disse que também era o dela. – É! Eu to chocado! – Nossa! Como ela pode querer ser uma versão feminina de mim? Tipo... Tudo que eu falava ela falava que gostava. Mas que droga! Dava pra se notar que ela nem gostava e assentia apenas por que eu gostava.

– Eu to chocada também. – Falou. Era só o que me faltava!

– Você só vai concordar com tudo que eu falar? – Perguntei tentando não parecer desagradável. Meredith respondeu com uma pergunta, e a pergunta era: “Você quer que eu concorde com tudo que você falar?”. – Não! – Respondi e ela também respondeu “não”. Isso parecia um espelho. Chega! – Tá legal! Eu... Vou ficar ali... – Falei apontando para a mesa de comidas e ela concordou... Novamente... Argh! – Hey!

– Ei... Então... Você e a Meredith... Han... Vão ficar juntos? – Perguntou Tori animadinha assim que eu a cumprimentei. Engraçado, eu queria perguntar á ela a mesma coisa quanto a Zac e ela. Mas eu não queria tocar nesse assunto, ela estava feliz, ou aparentava, o melhor era deixar assim.

– Ninguém vai ficar junto... – Respondi.

– O que? Depois de tudo que eu fiz? Eu quase fui atacada com papel higiênico. – Disse batendo de leve em meu peito. Jade... Essa sim era a garota que eu esperava que não concordasse com tudo que eu falasse. Ela era ela... E apenas queria ser ela, e não mudaria por ninguém. Nem por mim. Eu admirava isso!

– Olha! A Meredith é legal... Legal até demais. – Respondi. E porque o fato de uma garota ser legal comigo não me agradava? – Acho que aprendi uma coisa sobre mim mesmo...

– Que você é ingrato com uma amiga que tentou te ajudar com uma garota bonita? – Perguntou Tori. Não, não era isso, era mais complexo que isso.

– Não! Eu acho que eu gosto de namorar com uma garota que brigue de volta... – Tori não entendeu. – Quer dizer, uma garota com opiniões fortes, que fale o que pensa. – Respondi mais pra mim mesmo. Eu estava aprendendo mais sobre mim. Tori perguntou o por que. – Porque não é fácil... O fácil é chato. – Conclui. Conseguir as coisas fáceis é moleza, mas aquilo que é difícil é melhor, pois se prestarmos atenção. Sempre depois que conseguimos o que é difícil, parece que se torna mais fácil de conviver com nós mesmos, já que sentimos orgulho de conseguirmos uma coisa que demora pra se conseguir. Meio complexo, mas é a pura verdade.

– Tá bom... Entendi... Então... Quem não é chata? – Perguntou Tori sem saber.

– É isso ai gente, vamos fazer barulho, pra Jade West. Vamos lá. – Disse André no microfone e todos bateram palmas. Jade West, ela sempre dava suas opiniões sem medo. Jade me olhou assim que entrou no palco, mas desviou o olhar e começou a cantar a música. Apenas escutei.

Enquanto Jade cantava, a tradução da música vinha em minha mente:

“Você acha que me conhece

Mas você não me conhece

Você acha que é meu dono

Mas você não pode me controlar

Você olha para mim e há apenas uma coisa que você vê

Então me escute

Me escute.

Você acha que me tem

Mas você não me tem

Você acha que você me quer

Mas você não sabe em que está se metendo

Há muito mais em mim, então o que você acha que vê

Então me escute

Apenas me escute.

Você me empurra

Eu empurro de volta

Mais forte, mais forte

Você grita comigo

Eu grito com você

Mais alto, A-A-A-A-Alto.”

A intensidade com que aquelas palavras vinham em minha mente e enquanto ela cantava e de vez em quando olhava pra mim. Aquilo me alegrava, o que eu achava estranho. Porque eu tinha sido um idiota. Ela estava lá, parecendo bem até demais, enquanto eu... Eu estava aqui sentindo falta de alguma coisa em mim mesmo. Ela era linda de todas as formas e eu me sentia feio por dentro. Foi feio o que eu fiz com ela e era ainda mais feio eu não ter feito nada. Porque ela sim era a garota que brigava de volta, ela sim, tinha opiniões fortes e nem ligava pra aquilo que os outros pensavam dela. Porque ela sim era a minha Jade, ela é a parte de mim que sinto que está faltando... Ela focou seus olhos em mim ao dizer a última parte da música. Era uma tapa na minha cara, ela me humilhava de uma forma que só nós sabíamos do que se tratava, era um tipo de piada interna, no qual eu era a piada, e eu tive vontade de rir de mim mesmo, enquanto a aplaudia, enquanto eu aplaudia de pé com todo meu coração por que... Eu sabia que estava errado, que estava todo esse tempo errado, agora eu sabia!

“Eu sou perigosa, então estou avisando

Mas você não tem medo de mim

E eu não posso te convencer

Você não me conhece.”

Jade terminou de cantar, me perguntei o porquê de eu ter terminado com ela. Agora eu sabia a resposta, eu tinha desperdiçado a única chance de ser feliz em toda minha vida, e antes eu havia achado que a tinha perdido pra sempre, mas não... Ela estava lá, ela também esperava que eu voltasse. E eu não a deixaria na mão... Não mais... Nunca mais. Quando vi, meus pés já se dirigiam para o palco. Subi as pequenas escadinhas enquanto o pessoal ainda a aplaudia. Jade notou minha presença e me fitou como se entendesse o porquê de eu estar aqui... Ela sabia, mas eu fui burro o bastante pra demorar esse tempo todo pra sacar que eu era muito afim dela e que nosso namoro só tinha acabado porque eu tive medo de seguir em frente. Medo de ser eu mesmo enquanto estava com ela, à garota maravilhosa que era ela, e que eu só tinha a enchido de defeitos. Defeitos dos quais agora, pareciam qualidades. Porque suportamos os defeitos quando amamos e eu a amava. Ah! Eu com certeza a amava. Caminhei até ela, ficando bem de frente. Os aplausos cessaram, Jade arrumou seu vestido e voltou a me fitar. Aqueles olhos, os olhos que sempre estiveram nos meus sonhos. O mar azul-esverdeado que era seu olhar... Como eu tive saudade de ver esse brilho no seu olhar.

– Eu senti sua falta. – Falei sinceramente. Ah eu sentia, sentia e muito!

– E o que vai fazer a respeito? – Perguntou. Como sempre me enfrentando. Ah eu gostava disso! E o convite que seus lábios estavam fazendo aos meus... Eu... Eu não consegui suportar. Eu a beijei. A beijei com todo o empenho que pude pra compensar todo esse tempo que ficamos separados. Jade passou a mão pela minha nuca e envolvi minhas mãos em sua cintura bem devagar. Era um beijo sem pressa e com muita... Muita saudade. O gosto dos seus lábios pareciam ter sido aprofundados, ou era apenas a saudade falando, mas... Tudo era tão perfeito que eu não queria soltá-la, nunca mais... Minha língua fez os movimentos e a dela sempre com pressa correspondeu. Nossas línguas se cruzaram e faziam uma sincronia tão intensa quanto à letra da música que ela acabara de cantar. Ouvi os aplausos e também a avó de André gritando e me incentivando a beijá-la. Jade separou nossos lábios e olhou para o palco, fiz o mesmo. Cat sorria, Tori aplaudia junto com todos os nossos amigos. Esses eram os aplausos do nosso amor, de um amor só nosso que duraria pra sempre. Voltei a beijá-la com a mesma intensidade que antes. Só que cada beijo que eu dava nela, era bem melhor do que o anterior. Pude perceber que Jade estava com mais pressa do que eu, eu estava sedento pra sentir seu gosto, sua boca, seu toque, sua pele. Tudo era tão bom... Desgrudamos nossos lábios e Jade me puxou pela mão. Apenas olhei para o pessoal que assoviava e fomos até o meu carro. Entramos e ficamos em silêncio, tinha tanto a ser dito.

– Vem comigo, pra meu RV? – Pedi sorrindo bobo.

– Acabamos de voltar e você está pensando nisso? – Perguntou fazendo uma careta.

– Claro que não... Só acho que você podia ir pra lá. Nós precisamos conversar... Apenas conversar. – Expliquei e ela pareceu assentir. Chegamos finalmente ao meu RV. Aqui podíamos conversar normalmente. – Então? – Arqueei a sobrancelha pra ela que suspirou derrotada se sentando do meu lado na cama.

– Não estamos namorando... - O QUE? Como assim? – Antes que você pergunte, eu tenho... Várias perguntas que precisam de respostas. – Disse fitando o chão. Sua voz suave estava embargada de emoções que eu não conseguia distinguir qual era qual, mas tenho certeza que a felicidade por estarmos juntos superava qualquer outra emoção. Mas agora Jade precisava de respostas e eu responderia com o maior prazer, só pra tê-la de novo. – Porque você... Porque você não abriu aquela porta?

– Porque eu não tive coragem de te enfrentar, eu não tive coragem de sair por aquela porta e dizer a você o quanto eu te amo... Eu não tive coragem de dizer a você que ficaríamos juntos e iríamos esquecer tudo aquilo. Eu não sei o que me deu... Eu errei tanto com você... – Dessa vez fui eu que baixei a cabeça.

– Porque você ia beijar a Vega? – Perguntou fria.

– Porque achei que se seguíssemos em frente, poderíamos ser amigos e eu também achava que você ia mudar. Você não era uma das melhores pessoas dessa vida, Jade. – Ela cruzou os braços e me fitou séria. Sorri. O seu jeito me deixava louco. – Mas se tem uma coisa que aprendi, é que por mais que eu tenha pensado que funcionaríamos melhor sozinhos, eu estava enganado. Nós somos um casal, nascemos uns para os outros e se eu achava isso era porque eu era o medroso da relação. Eu não queria sua amizade, não queria apenas isso, mas meu medo de brigarmos pra sempre foi tão grande que eu não consegui me mover pra abrir aquela porta e te abraçar e beijar do jeito que você merecia... – Seus olhos pararam nos meus e antes que eu perdesse a consciência daquilo que eu falava, eu continuei... – Do jeito que você sempre mereceu. Vejo que agora podemos ser amigos e namorados ao mesmo tempo, isso é tão bom. Você é uma pessoa tão boa, Jade... Só eu que não via isso. Nossa como eu fui bobo! Me perdoa?

– E quando não te perdoou, Oliver? – Perguntou rindo de canto e me beijando de novo. Seu beijo calmo, concentrávamos todos os nossos sentimentos apenas naquilo. Naquele encaixe perfeito de harmonia e prazer. Separei-me dos seus lábios.

– Eu te amo. E você vai será a única mulher que irá escutar isso... A menos que tenhamos uma filha. – Falei sorrindo e pondo uma mecha de seu cabelo pra trás.

– Quem disse que vamos ter uma filha, Oliver? Odeio crianças! – Falou pegando uma toalha na última gaveta da cômoda e entrando no banheiro. Minutos depois, foi a minha vez. Em seguida, nos deitamos. Jade por cima do meu peito.

– Vamos ter uma filha. Vamos ter um filho. Vamos ter um carro, uma casa, um bom emprego para ambos. Porque eu planejo ter tudo isso com você. Aceita ser minha namorada? – Perguntei sorrindo bobo, mesmo que ela não visse minha expressão. Jade levantou a cabeça, me fitando de novo. Como era bom a sensação de poder olhar nos olhos da pessoa que a gente ama e ver a nós mesmos, como se soubéssemos que a pessoa nos amasse de volta.

– Não! – Disse sorrindo malvada. Comecei a fazer cosquinha em sua barriga e Jade se contorcia de tanto rir. – Tá bom, Oliver. Eu aceito! – Falou depois que parei. Ela ainda se recuperava dos risos. – Mas só porque te amo.

– Eu também te amo. – Falei novamente.

– Você já disse isso. – Ela riu boba.

– E digo quantas vezes você quiser escutar. Porque não passa da mais pura verdade. – Falei lhe dando um selinho. – Eu amo ficar com você, me desculpe por ser um idiota e não perceber isso antes.

– Tudo vai voltar ao normal... Mas você foi mesmo um idiota. – Retrucou rindo de novo.

– E você é linda... Sempre foi. – Pude sentir seu sorriso mesmo sem ver seu rosto. – Linda. E só minha... Minha namorada... Minha Jade West. - Falei por último antes de pegar no sono juntamente com Jade, ali abraçados.

Zac Smith

Estava indo á HA, depois de voltar do tatuador. Eu tinha passado esse tempo na fazenda. Eu até compus uma música. Soube que o Improviso da Lua Cheia era hoje e pelo que vi assim que cheguei à HA, já tinha começado. Esse tempo todo eu tinha repensado nas minhas atitudes. Eu gostava da Tori.

– Eu to apaixonado por ela. – Falei baixo pra mim mesmo. Eu consegui admitir isso, porque eu não poderia chegar nela e dizer isso? Droga Zac!

– Vamos aplaudir o quarteto... Alguma coisa. – Disse André no microfone e os quatro babacas que faziam coros o tempo todo subiram ao palco, eles eram chatos! Olhei de relance pra Tori e seus olhos caíram depois de encontrar os meus, ela nem queria olhar pra mim. Eu tinha feito tudo errado! Argh! Quando percebi, eu já estava caminhando em direção ao palco, o que eu tava fazendo? Tentei parar, mas eu tinha uma música pra cantar e esse era meu motivo. Empurrei os quatro bobocas que estavam no palco. – Acho que agora vamos aplaudir Zac Smith né? – Perguntou André e todos aplaudiram.

– Você não tava na lista. – Disse um dos bobões do quarteto.

– O nome desse troço é Improviso da Lua Cheia, então posso improvisar a hora que eu quiser. – Revidei rudemente. – Violão, por favor. – As palavras saíram da minha boca sem que eu nem pensasse direito. Alguém sem importância me deu um violão. Eu precisava me desculpar com a Tori e não achava jeito melhor do que cantar a música que compus pensando nela. – Han... Essa música é original e... Eu nunca me apresentei antes como cantor, pois nunca precisei de um bom motivo antes, mas agora preciso me desculpar com uma garota, então... Espero que gostem. Han... Tori Vega? – Chamei e todos olharam pra ela que estava particularmente linda, como sempre! Fechei os olhos, tentei ignorar todo povo a minha volta, mas eu estava nervoso. Era minha primeira vez aqui.

– VAI LÁ LOIRO! – Gritou uma velha negra e gorducha. André estava perto dela, então deduzi que ela fosse sua avó ou algo assim. Respirei fundo e encarei Tori, ela me deu um mínimo sorriso e a partir daí eu sabia que podia fazer o que quisesse por aquele sorriso e seus olhos castanhos lindos. Dedilhei o violão e comecei a tocar, logo depois minha voz saiu e comecei a cantar a música.

– I'm no superman

I can't take your hand

And fly you anywhere

You wanna go (yeah)

I can't read your mind

Like a billboard sign

And tell you everything

You wanna hear but

I'll be your hero

I, I can be everything you need

If you're the one for me

Like gravity I'll be unstoppable

I, (yeah) I believe in destiny

I may be an ordinary guy

Without his soul

But if you're the one for me

Then I'll be your hero

Then I'll be your hero

Searching high and low

Trying every row

But if I see your face

I'll barely know (yeah)

I put my trust in faith

That you will come my way

And if it's right

It's undeniable (yeah)…

(Could you be the one, could you be the one for me?)

Then I'll be your hero

(Could you be the one, could you be the one for me?)

Then I'll be your hero...

>

Eu não sou um super-herói

Eu não posso pegar sua mão

E voar para qualquer lugar

Aonde você quiser ir (yeah)

Eu não posso ler sua mente

Como um outdoor

E dizer-lhe tudo

Que você quer ouvir

Mas serei o seu herói

Porque eu, eu posso ser tudo que você precisa.

Se você é a garota certa para mim

Como a gravidade, ninguém vai me parar.

Eu, yeah, eu acredito em destino.

Talvez eu seja um garoto ordinário

Sem alma

Mas se você é a certa para mim

Então eu serei o seu herói

(Se você vai ser a ideal, você pode ser a ideal para mim?).

Eu serei o seu herói

(Se você vai ser a ideal, você pode ser a ideal para mim?).

Eu serei o seu herói.

>

Acabei de tocar e fitei as pessoas a minha frente. Todos aplaudiram. Sorri. Algumas garotas mais atiradas ficaram gritando meu nome.

– Foi muito bonito o que fez. Você canta super bem. – Disse uma voz conhecida perto de mim, do meu lado, estava ela... Tori Vega.

– Han... Obrigado, mas isso... Isso foi mais que uma música, foi uma forma de... – Comecei a gaguejar. – De... Te pedir desculpas e de dizer que... Han... Talvez... Eu seja louco por você. – Desviei o olhar. Nossa! Como isso era difícil! Tori não disse nada, isso me deixava cada vez mais nervoso. – Eu... Fico nervoso só de ficar perto de você. Principalmente quando me olha desse jeito, com esses lindos olhos castanhos que me fazem perder o fôlego. Me desculpa... Han... Por tudo que eu disse? – Ela mordeu o lábio inferior e ergueu a mão que eu aceitei prontamente. Tori me levou para um lugar mais afastado, precisamente para trás do trailer do Festus. – Você vai ficar mesmo sem dizer nada?

– Foi lindo o que fez, eu amei, mas... Sou mesmo uma idiota, babaca e insuportável? Você me odeia mesmo? – Perguntou corando.

– Não! Eu não... Eu só tava confuso por sentir algo por você. Isso é meio novo pra mim, ou talvez nem seja... Mas com você é diferente. E quando eu fui dizer isso a Jade ela se fez de desentendida e eu tive que repetir, mas eu tava tão desesperado que xinguei você... Antes disso eu disse uma coisa a Jade... – Falei ainda nervoso.

– O que você disse á Jade? – Perguntou esfregando suas mãos.

– Eu falei que sou apaixonado por você. – Fitei seus olhos castanhos, eles pareciam mais brilhosos e lindos do que antes.

– Também sou apaixonada por você. – Disse acabando com a distância entre nós. Tori me beijou e eu pude sentir meu corpo todo tremer. Sua mão veio diretamente pra minha nuca e as minhas foram para a sua cintura. O seu beijo era bem melhor do que o dos meus sonhos. Era viciante e tinha gosto de laranja, e um leve sabor de limão podia ser sentido. Minha língua deslizava sobre a sua, empurrando-a em um jogo de poder. Eu explorava cada canto da sua boca, uma nova área que eu não conhecia, mas que no momento eu tava adorando conhecer. O ar faltou e nos separamos. – Você tem mesmo gosto de cereja. – Rimos com isso.

– Eu não te mostrei nada ainda. – Ela sorriu. – Alguém me disse uma vez que acha fofa, as tatuagens de casal. Então resolvi fazer a minha. – Falei erguendo o pulso e puxando a manga do casaco pra que ela visse a tatuagem.

– Você não fez isso! – Tori parecia surpresa. A tatuagem ainda se encontrava com um pouco de pomada devido a ser recente.

– Eu fiz! Mas eu não ia te mostrar... Na verdade, eu nem ia cantar, eu nunca tinha cantado, nunca tive coragem... – Ela arqueou a sobrancelha como se perguntasse: “Porque você nunca cantou antes?”. – É que eu não tinha nada que me motivasse. E eu só precisei olhar pra seu sorriso e... Tudo mudou. – Aquelas coisas saíam da minha boca o tempo todo. Eu tava muito feliz pra me conter.

– Own! Desde quando você é tão fofo? – Perguntou me abraçando.

– Desde quando eu assumi que gosto de você... – Ela sorriu. Colei nossos lábios e pude sentir o sorriso dela aumentando de acordo com a profundidade do beijo. Desgrudei nossos lábios. – Sabe... Han... Meu pai disse que eu ficaria com a fazenda se eu fizesse uma reforma nela, então... Eu tava pensando se não queria ir por lá. Você já sabe o caminho, aparece quando quiser. – Sugeri. Tori aceitou sorrindo. Ela é tão linda, como não percebi isso antes? Meu celular tocou. - É uma mensagem... Do meu velho. Depois que ele me deu o presente, ele anda me regulando... Han... Tenho que ir... Te vejo depois? – Perguntei dando meu melhor sorriso, eu queria mesmo ficar mais tempo com ela, mas se eu ganhasse a fazenda mesmo, eu teria aquela casa só pra aproveitar com quem quisesse. Ela assentiu indo sair dali, não me segurei, a puxei pela mão e com o puxão ela bateu de encontro ao meu peito. Colei nossos lábios, dessa vez em um selinho demorado. – Tchau... Namorada! – Falei a soltando e saindo dali. Pude ver o seu sorriso aumentar antes disso. Fui pra casa. Tudo parecia tão melhor agora... Muito melhor!


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Notas finais do capítulo

E então meus DIVOS, o que acharam do capitulo? BADE é lindo, fofo, divo, perfeito e tudo que vier na cabeça né? Eu amo a música que a Jade canta, e ainda mais esse episodio u.u..u Ainda bem que o Dan fez eles voltarem. Eu espero sinceramente ter escrito um capitulo que vocês gostem e to um pouco nervosa, sobre a opinião de vocês, então por favor, me mandem reviews, MP, recomendação, carta via pombo correio ou coruja de Hogwarts, e-mail, papel amarrado num cachorro, tanto faz, só me mandem o que acharam, esse é o capitulo que eu mais preciso da opinião de vocês, kay? Colaborem com a tia Vic aqui ;D
Quem ai gostou dos gifs? o de BADE é perfect sem comparação, mas o de ZORI, fui eu que fiz especialmente pra esse capitulo, desde a 2ª temporada da fic kkkk >< então eu adorei duplamente kkkk. O zac é fofo né? OMG ninguém esperava u.u..uu. A música é do Sterling Knight e a letra é simplesmente ZORI (lovo demais essa música), porque ZORI é foda kkk! ZORI is life and perfect! u.u..um, gostaram da tatu? Ao todo ele tem 3 né? A do raio (sem comentários) o bom é que a Tori agora vai poder ver né? aushauhshahs.
Fic de hoje: http://fanfiction.com.br/historia/399176/O_Que_Voce_Nao_Sabe_2/ (Preciso dizer que essa fic é perfeita? Nem preciso responder né? Porque é só olharem o nome da autora e vocês ligam ele as palavras PERFEIÇÃO E INTEIRA CRIATIVIDADE, pois é, a Vall arrasa gente kkkk.)
Espero que tenham gostado e tudo mais e pra minha tristeza tenho que dizer... Até terça amoris, me desculpem! :D: ♥