Dramione - O Improvável Aconteceu. escrita por Memories


Capítulo 33
O Bilhete na Cama.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa meus bebês, saudades? haha Perdoem a demora, mas estou tendo dias difíceis. Porém, vamos esquecer disso e vamos ler hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/338988/chapter/33

Draco estava ansioso demais. Era manhã de uma quinta-feira e logo mais ele teria de realizar sua primeira prova no torneio. Só que tinha um porém: ele não sabia onde seria, o que teria de fazer, qual o propósito da prova... E, para completar, Hermione não estava em lugar algum. Ela simplesmente sumira. E um pequeno bilhete estava na cabeceira ao lado de sua cama, o que deixava o rapaz ainda mais confuso e frustrado, pois o que continha no bilhete era simplesmente louco.

"Quando o relógio marcar meia-noite o primeiro de muitos uivos será ouvido. Corra. Quando todos os uivos cessarem, pare. Já é seguro. Agora, meu caro, ande até a grande árvore. Ande até encontrá-la. É lá que o tesouro se encontra. Mas lembre-se: para pegá-lo você terá de lutar."

Aquilo estava soando tão estranho... Droga, como era tapado. É claro, aquilo era a dica da primeira prova do torneio!

Uivos. Correr. Achar a tal grande árvore. Lutar. Aquilo não poderia ficar pior, não é mesmo?

Poderia.

***

Agora já eram quase onze e meia da noite e logo mais ele teria de entrar na Floresta Proibida. E era quase madrugada. E nada de Hermione.

– Estão todos prontos? - Perguntou Minerva o tirando de seus pensamentos. Todos os três assentiram e logo estavam em frente a entrada da floresta.

Um aglomerado de pessoas estavam logo atrás deles. Todos em silêncio, afinal, aquela Floresta não era lá muito agradável de dia, de noite então...

23h50. Agora seria a hora. Todos entraram, um por um.

Uma escuridão cercou Draco, que não fazia ideia do que fazer.

– Lummus - disse e da ponta de sua varinha saiu uma luz branca, que iluminava as árvores na sua frente. Estava tudo tão silenciosamente macabro. Aquela floresta era de assustar! Se lembrara então do primeiro ano, quando veio junto do Potter, do Weasley e de Hagrid e seu cão medroso para cumprir uma detenção. Naquela noite parecia tudo tão macabro, mas nessa parecia mais. Não tinha lua, não tinha barulho. Somente silêncio que era quebrado apenas por sua respiração e o som de seus passos na terra.

Ele não fazia a mínima ideia do que fazer. E então ele ouviu. Veio de algum lugar a sua direita e parecia não estar muito distante. Lembrou-se do bilhete: "Quando o relógio marcar meia-noite o primeiro de muitos uivos será ouvido. Corra.".

E foi o que ele fez. Correu, correu e correu. Correu até sentir suas pernas tão fracas que parecia nem conseguir mais sustentar a si mesmo. Correu tanto que o seu coração batia forte em seu peito que chegava a incomodar. Ele respirava devagar e profundamente, mas mesmo assim parecia que o ar não chegava todo em seus pulmões. O garoto estava tonto por conta disso e precisou se apoiar na árvore ao seu lado. E foi ai que viu aquela árvore e ao fundo, como que uma música, um último uivo foi ouvido. Distante e dolorido.

A árvore a sua frente era tão magnífica. Suas folhas eram de um verde tão belo que dava gosto de se ver. De seus galhos caiam cipós dourados e brilhantes que iluminavam tudo a seu redor. Parecia uma árvore de natal, só que mais bela e mais iluminada.

Draco caminhou até perto dela que soltou uma de suas folhas. Ele a pegou e nela estava escrito: "Eu sei de seus medos.". A caligrafia era a mesma do bilhete que recebera pela manhã.

Rapidamente ele pegou sua varinha e olhou a seu redor. Homens encapuzados o cercavam e quando menos percebeu, ele estava novamente em sua casa. Sua cabeça latejava. Ele se levantou. Então pegou se perguntando: "quando eu havia caído?".

– Draco, é ele? - ouviu sua tia perguntar. Olhou para cima e viu sua tia, e ela segurava um Harry Potter com a cara toda deformada. Seu sorriso maquiavélico estava estampado em seu rosto, ansioso por uma resposta. Ansioso por um sim.

E quando menos esperava, ele se viu respondendo.

– E-eu... Eu não tenho certeza - sua tia o olhou com reprovação. Mas que diabos estava acontecendo?

E então sua ficha caiu. E ele a viu. Ela estava jogada no chão sujo, sua tia estava em cima dela enquanto cravava uma faca em seu pulso. Sangue-ruim.

Os gritos da sua morena ecoavam por toda a casa. Hermione. Pare! Pare com isso!, ele queria gritar, mas as palavras se perderam em algum lugar que ele não soube achar. Sentiu seus olhos arderem.

Limpou ele e quando percebeu, estava em outro lugar. No jardim de sua casa.

– Agora és meu cervo eterno. Servirá a mim e somente a mim até o fim de sua vida- aquela voz, aqueles olhos. A varinha daquele ser estava em seu pulso e quando terminou ele só sentiu dor.

Sentiu como se um ferro em brasa estivesse sendo posto em sua pele, mas era apenas a marca. A Marca Negra. Um fardo que levaria eternamente em sua pele.

Mais lágrimas.

– Venha Draco, venha e eu lhe darei o que quiser. Lhe darei a vida eterna, lhe darei poder... Venha, ressuscita-me e nós juntos iremos dominar o mundo- Ele estava novamente em frente a grande árvore e um Voldemort falava com ele.

Mas espera ai, aquilo ali é a Hermione?

– Draco, eu amo você! Venha para mim, venha...- Aquela Hermione dizia calmamente com um sorriso estampado em seu rosto.

Ele iria enlouquecer.

E então outra folha caiu. Ele a apanhou e nela dizia: "Escolha."

Agora ele entendia. A árvore nos mostrava o bem e o mal. Ele não teve escolhas em toda a sua vida. Só fazia o que lhe mandavam. Ele seguiu as ordens do pai. Ele serviu a Voldemort. Mas somente porque não tinha escolhas. Nunca teve. Mas agora tinha.

Ele poderia se entregar para o mal de vez. Ou poderia se entregar para Hermione.

O bem e o mal.

Escolha Draco, escolha.

Ali estava tudo o que sempre quis. Poder, dinheiro, vida eterna. E amor.

A luta que dizia no bilhete não era um duelo entre dois bruxos. Era a luta contra si mesmo. Contra seu monstro interior.

– Draco? - Hermione e Voldemort, ambos os chamavam.

– Há muito tempo eu teria escolhido o poder, a vida eterna, o dinheiro. Mas eu conheci alguém que me mostrou algo melhor. Me mostrou o amor. E eu escolho você Hermione.

O rapaz caiu no chão. Agora sua cabeça latejava mais do que nunca. Sentiu a terra tremer sob seus pés. Um clarão o cegou e ouviu um baque surdo ao seu lado.

Abriu os olhos e viu Hermione adormecida. Ela tinha em mãos uma enorme bola dourada. Colocou ela em seu colo com cuidado e outra folha caiu em suas mãos mas deixou para ler depois. Agora tinha algo mais importante para fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então gente? Até que não ficou tão ruim assim haha logo logo tem mais!