Enfim sábado. Mais dois dias e as aulas iam voltar, que loucura. Como pode as férias passarem tão rápido? Marquei de me encontrar com o Jô às 18h00 no boliche. Já eram 16h00 e nem tinha tomado banho ainda. Convidei meu irmão para ir junto, mas ele não quis. Não sei que vício é esse dele no computador... vive jogando. Tomei um banho bem demorado, daqueles que faz você refletir tudo na sua vida. E tinha me lembrado da Carly. Será que seria uma boa convidá-la para o boliche? Não seria uma péssima ideia, não?

Saí do banho, me arrumei e mandei uma mensagem para ela:

*Carly, quer ir no boliche comigo e com meu amigo? Aposto que vai gostar!*

Em questão de segundos veio a resposta: *Acho que seria uma boa, estou à toa aqui em casa! Que horas?*

Combinamos o horário e me arrumei o mais depressa possível. Coloquei uma camiseta regata e um shorts jeans, já que estava muito calor hoje. Preparei uma sala para comer enquanto esperava os dois chegarem. Estava ouvindo música no fone que quase não ouvi alguém batendo na porta. Tirei os fones, coloquei o prato na pia e fui correndo até a porta. Abrindo, me dou de cara com os dois.

— Oi linda! – Jô me deu um abraço apertado, me cumprimentando.

— Oi, Jô! Oi, Carly! – sorri para os dois, e me dei conta que eles não se conheciam. – Gente, entrem! Jô, você já conheceu a Carly? – perguntei pedindo para eles sentarem no sofá. Carly permaneceu quieta, acho que está com vergonha.

— Conheci agora na porta, mas nem deu tempo de falar meu nome, você já chegou chegando... – Jô soltou aquela risada gostosa, que adoro ouvir – Enfim, meu nome é Jonathan. – disse virando para a Carly – E sou o melhor amigo de Bruna. Como já vi que vocês são amigas, como não te conheci antes?

— Ér... prazer. Meu nome é Carly... – respondeu Carly, num tom tímido de voz.

— Jô, a gente se conheceu a poucos dias aqui na rua, perto do restaurante. – quis disfarçar o real motivo da nossa “amizade”, que é tentar descobrir o que aquela mulher queria com a Carly. Prometi a mim mesma que mais para a frente eu contaria para o Jô.

A noite no boliche foi demais. Claro que o Jonathan ganhou, já que ele tem mais experiência e força do que eu. Já que perdi a aposta, tive que pagar a pizza para nós três. A Carly ficou em último lugar, mas claro que não ia deixar ela pagar, já que a aposta era entre eu e o Jô.

Devoramos a pizza enquanto conversávamos sobre nossas vidas, e me senti um pouco mais próxima de Carly, quando meu celular e o do Jô vibra em uníssono. Visualizei na tela a mensagem: *Venham para a minha pré-festa antes do início da aulas! Apenas um esquenta para o outro final de semana. P.S: não precisam trazer nada, já tem bebida aqui! XOXOXO*

— Nicole... – falei erguendo os olhos, não esperando aquele convite num sábado à noite. Jonathan deu uma risada depois de olhar a mensagem.

— Quem é? – perguntou Carly, curiosa com nossa reação.

— É uma colega nossa, estuda na nossa escola... está convidando a gente para uma pré-festa na casa dela. Lembra que te convidei ontem à noite? – perguntei, esperando sua resposta. - Então, é dessa menina.

— Vocês querem ir? – perguntou Jô, parecendo ter receio da nossa resposta.

Carly olhou para mim, parecendo depender da minha resposta para dizer algo.

— Ah, gente. É sábado à noite, não? Eu vou se vocês quiserem ir. – respondi.

Fomos para casa nos arrumar, já que era uma festa e não estávamos tão bem vestidos assim. Já passava das 22h00, então teria que convencer minha mãe de ir.

Não demorou muito para convencê-la. Disse que o Jonathan ia me levar e trazer e prometi não abusar na bebida. Minha mãe é liberal nesse assunto, até porque ela confia em mim. Só experimentei algumas bebidas, como vodca com energético, cerveja, e outras misturebas. Mas nunca abusei ou passei dos limites.

Coloquei um vestido preto de alça fina que vai até um pouco acima dos joelhos. Gosto desse vestido porque ele não mostra muito meu corpo, e é ideal para festinhas. Coloquei meu salto (meio) alto prateado; passei uma maquiagem leve para realçar meus olhos e bochechas, e saí de casa para esperar o Jô do lado de fora, antes que minha mãe reclame da minha maquiagem.

Já vi que Carly estava se aproximando de minha casa, e o Jô estava chegando de carro.

— Chegaram na hora! Já são 22h40, temos que ir antes que fique muito tarde. – disse, cumprimentando os dois com um beijo no rosto.

Abri a porta do carro e sentei no banco da frente, e Carly ficou no banco de trás. Estava linda, e um pouco tímida.

— Uau, vocês estão lindas! – Jonathan exclamou, olhando para nós como se nunca tivesse me visto arrumada antes.

Ele estava lindo. Vestindo uma jaqueta jeans e uma camiseta branca básica por baixo. Estava de calça jeans preta, uma que adoro que fica um pouco apertada. Jonathan é o estilo de caras que eu sinto atração (não por ele, claro): usa roupas básicas mas consegue ter estilo, tem um corpo bonito, não é malhado nem muito magro. Sua cor de pele é um pouco bronzeada por causa do sol constante de Los Angeles; seus olhos são da cor de mel, e seus cabelo liso é castanho claro, um pouco bagunçado.

— Vocês também estão. Adoro essa sua roupa Jô. E Carly, você está maravilhosa! – virei meu corpo para observar Carly: ela estava deslumbrante. Um vestido mais longo que o meu, mas é vermelho. Uma sapatilha básica preta e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo.

— Preparadas para a festa? Hoje não vou beber, então vou ficar de guarda. – disse Jonathan, brincando, dando uma risadinha. Logo em seguida saiu da rua da minha casa em direção à casa da festa, que ficava a uns quinze minutos de carro. E eu só conseguia pensar se vamos nos dar bem naquele lugar com aquelas pessoas metidas.