Simplesmente Complicado escrita por THPuppeteer, Nori


Capítulo 3
Boa Noite


Notas iniciais do capítulo

T: YOOOO PESSOAS!! :3
K: Elloooooo meus caros leitores >:3
T: Gumem a demora, mas é que realmente a mente deu um stop e.e
K: Sim sim, bloqueios estão ficando frequentes conosco, infelizmente --' Mas o show deve continuar /o/
T: E essa fetinha nem me ajudou na recuperação de minha mente >.> Sabe o que ela fez? Fico tretando ainda mais! õ/
K: Kkkkkkkk tamo ae sempre que precisar #HU3 kkkkkk
T: e.e BEEEEM... Ká está o Cap.! Esperamos que gostem e boa leitura MUAHAHAH ...
K: Hai hai!! Bom proveito :3



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– Tsuki, o que eu disse sobre ser chamado esse ano? – Perguntou um moreno, com os braços cruzados, batendo um pé.

– Etto... Não foi culpa minha! – Tentou se defender.

Depois do acontecimento, Tsuki e Kaori tiveram que explicar o motivo do dormitório feminino estar completamente destruído. E simplesmente não podiam dizer que o responsável era um ‘’Hollow’’ que caça ‘’Reiatsu’’.

– Tsuki, você conseguiu destruir quase um dormitório inteiro. – Daichi tinha uma veia saltando em sua testa, mas sua voz permanecia calma. – Agora, me diga como você fez isso?

– Eu... E-eu... – A morena tentava ao máximo dizer algo conveniente. Kaori que até agora estava em silencio, se levantou da cadeira, chamando a atenção da diretora e de Daichi.

– Papai, mesmo se nós explicarmos, o senhor não vai acreditar. – Disse com o rosto sério e sua voz um pouco grossa.

– E por que não? – Perguntou, arqueando uma sobrancelha, assim como a diretora.

– Por que é meio maluco. – Tsuki respondeu.

Daichi ficou mirando as duas filhas com o semblante desconfiado. Era lógico que elas estavam escondendo algo. E ele temia já saber que ‘’algo’’ era esse.

– Bem... – Começou a diretora. – Pelo visto essa conversa irá durar então eu... – Foi interrompida por Tsuki, que se levantou com tudo da cadeira.

– Vai nos expulsar?

A senhora a olhou por alguns segundos, para logo depois responder negativamente com a cabeça, fazendo a morena bufar e sentar-se novamente emburrada.

‘’ É impressão minha ou ela queria ser expulsa?’’ Pensou Daichi.

– Eu iria dizer que, por hora vocês terão de ficar em casa, já que não temos dormitórios disponíveis. Na verdade, teremos que mandar metade das moças embora.

A senhora iria dizer outra coisa, mas fora interrompida por barulhos na porta.

Daichi foi na direção da mesma e a abriu, se surpreendendo, ao ver dois rapazes caírem no chão.

– Gom? – Disse ao ver o rapaz olha-lo meio sem graça. – E... Quem é esse?

– É o Karyuu-kun papai. – Respondeu Tsuki.

– O-olá senhor... – Gom se levantou apressadamente, sendo acompanhado por Karyuu.

– O que significa isso? – A diretora, que até agora observava a cena boquiaberta, se levantou e ficou de frente para os rapazes, fitando-os duramente.

– B-bem... Nós ouvimos por acaso a conversa de vocês. – Gom corou um pouco. – E... Nós queríamos dizer que, se quiserem, poderíamos dividir o nosso dormitório com as meninas.

Kaori e Tsuki arregalaram os olhos, assim como Daichi e a diretora.

– O meu colega de quarto foi embora, então esta sobrando uma cama. E o Gom-san não tem colega de quarto. – Se pronunciou Karyuu.

Daichi ficou olhando para o rapaz. E logo depois para Tsuki, que sorriu quase que pedindo pra ele deixar.

– Quem é você? – Perguntou com a voz um pouco rígida. Karyuu sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

– Sou um amigo.

– Amigo não é...? – Arqueou a sobrancelha. A ideia de suas filhas dividirem um quarto com homens não lhe caia bem. Mesmo um deles sendo Gom. Olhou para a diretora, percebendo que a mesma só tomaria uma atitude se ele tomasse primeiro. Suspirou e olhou para os rapazes.

– Tudo bem, mas vou logo dizendo. – Olhou para Karyuu, que novamente sentiu um arrepio. – Não é por que você seja ‘’amigo’’ dela que você não seja homem. Por isso cuidado. – Avisou, vendo o rapaz afirmar com a cabeça rapidamente. Era notável o seu medo dele. Tsuki segurou um riso. Realmente era muito engraçada a cara de Karyuu. – E você...

Gom engoliu seco. Daichi fechou a cara, aproximando-se do mais novo, fitando-o duramente.

– Não tente nada com minha filha... A não ser que ela queira. – Concluiu, a última frase dita com um sorriso travesso em seus lábios. Olhou para Kaori, piscando para a mesma. Essa totalmente corada. Assim como Gom.

– Pa-papai!

– O que?

– Não vou tentar nada senhor. – Respondeu Gom, tentando ao máximo esconder sua vergonha. Tsuki caiu na risada.

– E você cuidado. – Olhou para Karyuu. – A Tsuki costuma atacar a pessoa que ela tem afeto.

Dito aquilo, a morena olhou incrédula para o pai. Tudo bem, ele estava certo (Kaori que o diga), mas não precisava falar...

Karyuu segurou a risada. Seria divertido dividir o quarto com as meninas. Mas ao mesmo tempo medonho. Tinha medo de ser atacado a noite, como da ultima vez.

Daichi fechou os olhos, receoso, enquanto ouvia a diretora dizer as regras tanto para as meninas quanto para os rapazes. Tinha medo... Por eles. Suas filhas não são muito... Civilizadas quando mechem com sua sanidade.

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– Aqui esta... Lar doce lar. – Começa Gom, mostrando o quarto que dividiria com Kaori, que olhava tudo aquilo meio surpresa.

– Para um quarto de homem, até que está bem arrumado... - Comenta, adentrando o recinto.

– Obrigado... Eu acho.

– Se importa se eu dormir na cama de cima? – Pergunta, olhando por cima dos óculos.

– Por mim tudo bem... Só espero que você não caia como a Tsuki-san disse. – Fala, dando uma risada. Kaori se aproximou dele, com seus olhos raivosos, mas quando ia dizer ( ou fazer) algo, é interrompida por Karyuu, que adentra o local meio emburrado.

– Será que da pra alguém me ajuda com essas caixas? – Fala seco. Kaori revirou os olhos, indo em sua direção.

– Eu te ajudo.

Foram para fora do quarto, com os montes de caixa. Os pertences de Kaori. Karyuu pegou uma caixa em cada mão, enquanto a morena apenas uma.

– Se você aguenta tantas caixas, por que pediu por ajuda? – Pergunta a morena, revirando os olhos.

– É chato fazer as coisas sozinho. – Responde sorrindo, logo depois olhando para uma das caixas, notando essa estar cheia de livros. – Você tem livros de mais...

– E dai?

– Ler é coisa de velho...

Kaori sentiu uma veia saltar em sua testa. Dessa vez ele não escaparia. Quando adentraram o quarto, pôs o pé na frente do rapaz que se desequilibrou e caiu com caixa e tudo, soltando um pequeno grito. Tsuki apareceu na porta, meio assustada.

–O que foi!? – Perguntou, olhando Karyuu com caixas na cabeça.

– Um... Pequeno acidente. – Fala Kaori, olhando friamente Karyuu, que se arrepiou ao tirar uma das caixas da cabeça e encontrar os olhos castanhos da morena.

Tsuki olhou para os dois, e, soltando uma risada, voltou para seus afazeres. Gom fingia que não havia visto Kaori passar o pé no rapaz. Realmente, agora que dividiria o quarto com a morena, deveria escolher suas palavras sabiamente.

Assim que terminaram de arrumar as coisas, foram ajudar Tsuki e Karyuu que brigavam sobre quem dormiria na cama de cima. Tsuki ganhou devido a algumas ‘’palavras’’ que disse ao moreno. Realmente estava se divertindo muito com esse novo amigo. Sentia-se bem perto dele. Claro que não faria nada de mal a ele, nunca faria tal coisa com seus amigos. Principalmente um amigo tão precioso quanto esse...

– Pronto, Karyuu-kun! – Disse a morena, olhando Karyuu com os olhos brilhando. Esse olhava surpreso para aquela estante cheia de mangás e revistas.

Karyuu, depois de se recuperar, sorriu animado. Ela gostava das mesmas coisas que ele. Seria divertido dividir o quarto com ela. Pelo menos, era assim que pensava.

Tsuki deu uma ultima olhada no quarto, fazendo que sim com a cabeça. Estava do jeito que ela queria. Deu as costas, na intenção de sair pela porta, mas algo a impediu. Quando deu um passo, sentiu o chão faltar, e uma incrível tontura atingir sua cabeça, fazendo-a perder o equilíbrio. Apenas ouviu Karyuu chamar seu nome antes de bater com tudo no chão.

Sentia suas mãos tremerem, enquanto agarrava algo. Seu corpo ser levemente levantado e repousado em algo macio. Algo acariciava seus cabelos. Abriu levemente os olhos, encontrando com os castanhos amendoados do moreno olhando-a preocupado. Estava segurando sua camisa firmemente, fazendo-a amarrotar um pouco.

– Você está bem? – Perguntou. Sua voz soou um pouco grossa, para a surpresa de Tsuki. Essa respondeu que sim com a cabeça. Karyuu suspirou aliviado, acariciando a testa da morena, que continha um pequeno vermelho.

– Você me deu um susto. Bateu com tudo na porta. – Disse dando uma leve risada. Tsuki fechou os olhos, corada, soltando a camisa do rapaz. Esse a segurou mais forte contra si. Sentia seu coração disparado.

Foram interrompidos por Kaori, que literalmente arrombou a porta, olhando para os dois com seus olhos raivosos, mas, logo depois, os substituindo por suspeita.

– Já virou putaria? – Perguntou séria, mesmo querendo rir com a cena. Não era todo dia que via sua irmã sendo abraçada tão... Carinhosamente por um menino. Porque se ela não tivesse deixado, já teria dado um soco no rapaz.

– N-não! – Disse a morena, se desvencilhando do moreno que sorriu. – É que eu tive uma recaída e o Karyuu-kun me ajudou! Apenas isto!

– Aham... – Disse, sorrindo cinicamente. – Nós vamos sair hoje à noite, já que amanha não terá aula.

– Não terá aula? – Perguntou Karyuu se levantando.

– Amanhã é sábado, esqueceu? – Perguntou, revirando os olhos.

Tsuki sentiu um frio no estômago. Sempre ficava animada com o fim de semana, não por dormir o dia inteiro, mas porque iria para casa. E dormir o dia inteiro em sua cama, do seu quarto, da sua casa parecia uma ótima ideia.

– Muito bem! Eu estou animada! – Disse dando alguns pulinhos, já esquecendo completamente da recaída que tivera há pouco.

Karyuu olhou sério para Kaori, que logo percebeu do que se tratava. Saíram sem Tsuki perceber, já que a mesma falava consigo mesma sobre o que iria fazer amanhã.

– O que aconteceu? – Perguntou Kaori, quando já estavam longe o suficiente.

– Eu não sei. Somente a vi cair. – Respondeu Karyuu olhando algum ponto qualquer daquele corredor. – A chamei, mas ela não me respondeu então esperei que ela acordasse.

– Ela caiu do nada? Não tropicou nos próprios pés nem nada? – Perguntou desconfiada. Sendo Tsuki, nada é impossível.

– Não, ela simplesmente se virou, deu uns dois ou três passos e caiu.

– Entendo... – Disse por fim. – Fique de olho nela por mim... Se notar qualquer coisa estranha, me chame.

– Certo...

Sorriu para o moreno, dando-lhe as costas. Tsuki cair do nada não era boa coisa. Não ela, que era animada... Muito animada. Kaori ficou receosa. Não sabia se chamava seu pai ou se lidava com a situação ela mesma. Podia encher Tsuki de perguntas constrangedoras. Como ‘’ você não está gravida está?’’ ou ‘’ Anda se prevenindo?’’... Tudo bem, levará um soco se perguntar essas coisas. Mas queria vingança. Não havia esquecido o que passou pela irmã. Suspirou, adentrando o quarto de Gom, que agora também era seu... Quarto.

Notou-o estar arrumando algumas coisas na cômoda. Aproximou-se, notando algumas gavetas estarem vazias. Olhou com uma sobrancelha arqueada para o rapaz, que sorriu.

– Deixei algumas gavetas para você... Caso precise. – Disse sorrindo, fazendo a morena corar levemente. Virou a cabeça tentando esconder a vergonha.

– Obrigada.

– Então, aonde vamos hoje? – Perguntou, olhando a morena.

– Eu estava pensando em irmos ao Shopping, será bom pra aliviar a cabeça com algumas compras. – O que a morena queria agora era esquecer o que passou na noite passada. Lembrou-se do rapaz que a salvou. Qual era mesmo seu nome? Ah sim, ele não disse.

– Certo... Iremos mais a noite então, para evitar sermos pegos. – Comentou o rapaz, com a mão no queixo.

– Sim... – Concordou Kaori. – Eu vou avisar a Tsuki e o Karyuu-kun.

Dito isso, deu as costas ao moreno, que voltou a arrumar as gavetas. No caminho para o dormitório da irmã que ficava a duas portas depois do seu ia pensando, até a imagem de seu pai cair-lhe a mente e uma dúvida surgir em sua cabeça. Ele não ficou tão bravo quando soube que o dormitório dela e de Tsuki foram destruídos. Parecia até... Que já estava esperando por algo do tipo. E mais uma vez a dúvida surgiu em sua cabeça. ‘’ O que você esta escondendo, Oto-san?’’

Ao abrir a porta do quarto da irmã, deparou-se com a morena sentada na cama, olhando com os olhos brilhando para um mangá. E isso só significava uma coisa.

– O que te preocupa, cara nee-san? – Disse formalmente, assustando a irmã, que deu um pequeno pulo da cama.

– Nada, senhorita Kaori. – Respondeu, na mesma formalidade que a irmã, que soltou uma pequena risada.

Tsuki tentava ao máximo não preocupar a irmã. Ao mesmo tempo em que queria sua ajuda, não queria. A recaída que tivera foi parecida com a sensação que teve na noite passada, só que mais forte. Parecia até que havia algo a chamando...

– Sei... – Disse, desconfiada. – De qualquer forma, hoje nós vamos ao Shopping. Espero que você não tenha gastado a grana que o papai te deu.

– Não, esta tudo aqui. – Respondeu, se levantando e jogando o mangá em cima da cama. – Eu vou dar uma volta. Vou aproveitar que a diretora dispensou a nossa aula hoje.

– Certo.

A morena se levantou, indo para a porta e saindo sem falar nada, deixando Kaori olhando-a preocupada. A morena andava a passos lentos, saindo do dormitório masculino, e indo para o pátio vazio. Os jovens estavam em aula. E mais uma vez, sua mente tomou conta de si, a levando para lugar nenhum, enquanto a mesma pensava no ser insignificante que estava sendo. Se passando por maléfica e idiota, quando na verdade só quer ser entendida...



‘’É nisso que eu penso



Pra que viver sendo que a morte vai chegar?

Pra que lutar sendo que a derrota virá?’’

Pensava, enquanto chutava algumas pedras no seu caminho. Seus olhos que antes estavam alegres e brilhantes, agora estavam opacos, distantes.



‘’Você vive com ilusões. Achando que está feliz, quando na verdade esta no fundo do poço. Você cria sentimentos que nunca foram verdadeiros, tentando expulsar seu destino, mentindo pra si mesmo. Apenas esquecendo o que você é de verdade... Nada. ’’



Sorria fraco ao pensar na máscara que tem... Na dificuldade que tem para se expressar, criando até uma falsa Tsuki. Preocupa-se tanto em não magoar as pessoas, que esquece que quem se magoa mais é ela mesma.

‘’A vida impera sobre o ser humano, o usando e criando falsas esperanças, deixando-o fraco e impotente e, quando ele não pode mais lutar, ela o abandona. Isso é apenas a verdade escondida. ‘’ Chegou sua hora’’ é apenas um resumo disso... ’’

Sentou-se em um banco, olhando para o nada enquanto buscava lembranças de uma felicidade que ela nunca teve. Uma felicidade inventada para ela mesma se proteger.

‘’A vida é apenas uma bateria que se esgota. Uma porta que fica fechada. E que um dia se abrirá, deixando entrar a verdadeira paz. A verdadeira tranquilidade. O silencio que eu sempre sonhei. Que eu tenho em minhas mãos, mas que não tenho coragem de manuseá-lo. Acabar com tudo. A única coisa que acabará com meu sofrimento... ’’



– A morte...? – Uma voz sussurrou-lhe perto de seu ouvido.

Tsuki alarmou-se, procurando quem havia falado aquilo. Olhava para todas as direções, ficando mais confusa ao constatar que todas estavam vazias.

– Se você realmente deseja a morte... – Ouviu novamente, ficando arrepiada com o tom da voz. – Eu posso dá-la a você.

– Quem é você...? – Disse, olhando um ponto qualquer daquele imenso pátio. – O que você quer...?

– Eu sou o que você deseja... O que você quer é o que eu posso realizar: Eu sou a sua morte.

Tsuki ficou estática. A sua morte...?

– E como sempre, vocês humanos ficam com medo. Vocês não sabem o que falam e quando aparece uma oportunidade... Vocês correm. São fracos e isso me deixa com raiva.

– Eu não estou correndo, muito menos com duvida sobre a morte ou a vida...

Então isso é um sim? – Perguntou sua voz mais grave que antes. – Eu vou te dar a paz que sempre quis.

Quando Tsuki ia responder, alguém a interrompe. Olhou assustada para frente, vendo Kaori olhando-a confusa.

– Com quem você estava falando? – Perguntou com a sobrancelha arqueada.

Tsuki olhou para a irmã por alguns segundos, até algo chamar sua atenção.

– Não diga sobre mim... Ou mesmo não querendo, sua morte chegará.

– É uma musica que eu lembrei, estava apenas falando uma parte dela.

Kaori olhou desconfiadamente para a irmã, vendo-a sorrir daquele jeito meigo, mas ao mesmo tempo, idiota.

– Certo... Eu vim te chamar por que nós já estamos indo, mas já que você parece um zumbi, eu acho melhor irmos amanhã.

– Não, eu estou...

– Não discuta comigo. Sou a mais velha e sei o que é melhor pra você.

– Você é somente cinco segundos mais velha que eu... – Comentou a morena.

– E isso me faz por cinco segundos ter uma idade diferente da sua. Então sim, sou a mais velha.

– Mas...

– Não discuta com a minha lógica.

Tsuki ficou encarando a irmã por alguns segundos, até suspirar derrotada.

– Hai...

Kaori sorriu, afagando os cabelos da irmã, tomando rumo aos dormitórios. Tsuki a acompanhou. No caminho pensava no que aconteceu há pouco. Alguém disse-lhe que pode realizar o seu sonho... Mas ao mesmo tempo em que queria aceitar aquela ‘’oferta’’... Não queria.

Não queria deixar sua irmã. Não ela que sempre foi a corrente que a fazia ficar de pé. Não ela... Poderia ser qualquer um, até seu pai... Menos sua irmã.

‘’ Eu recuso... por hora.’’

Pensou, logo sentindo sua cabeça doer. Mas nada falou ao seu ouvido. Fechou os olhos, logo trazendo de volta sua falsa alegria.

– Muito bem! Amanhã eu vou rodar a baiana naquele Shopping! – Disse dando uma risada diabólica logo depois, fazendo Kaori revirar os olhos.

Seguiram para o dormitório, onde encontraram os meninos com algumas cartas e comida. Jogaram e brincaram até altas horas. Para as meninas, estava sendo totalmente diferente do que imaginavam, para os meninos, um alivio. Estavam fazendo as meninas terem uma opinião diferente sobre eles. Logo já estavam caindo de sono.

– Ei, como eu vou coloca-la na cama? – Perguntou Karyuu, com Tsuki dormindo em seus braços – Ela quer ficar na cama de cima...

– Ponha-a na de baixo. – Disse Kaori, séria. – E se você tem amor a sua vida... Não a acorde.

Karyuu engoliu seco, acenando positivamente com a cabeça, levando Tsuki.

Kaori encarou Gom que a olhava sorrindo, caindo na risada.

– Bem, eu vou tomar um banho. – Disse, pegando sua toalha.

– Tudo bem.

A morena começou a andar, mas parou na porta do banheiro e olhou o rapaz maleficamente.

– Se você me espiar, eu arranco o seu fígado. – Disse sorrindo, fechando a porta do banheiro.

O rapaz deu uma risada, sentando-se no sofá. Seria divertido. Teve sua atenção chamada ao livro em cima da cama. Pegou-o e deu uma leve foleada, parando na primeira página. Deitou-se na cama de cima, começando a lê-lo. Até que era um livro interessante. E, nesse tempo de leitura, nem viu o tempo passar. Só se deu conta ao ouvir a porta do banheiro se abrir e Kaori sair de lá de pijama. Um pijama até chamativo, colado ao corpo da morena.

Gom, por mais que tentasse, não conseguia tirar seus olhos da morena que, ao notar estar sendo vigiada, corou.

– Dá pra parar de me olhar? – Disse virando a cara, tentando esconder o rubor em seu rosto. O rapaz deu um pequeno riso.

– Eu não estava te olhando. - Disse o rapaz, escondendo seu rosto com o livro.

– Então não use o livro pra esconder essa baba saindo da sua boca. – Retrucou. Gom limpou seu rosto imediatamente, fazendo a morena esconder um riso. – E pode sair dai, porque eu que vou dormir na cama de cima!

– Nem vem! – Disse o rapaz, olhando-a bravo. – Eu não quero ser acordado de noite por você caindo da cama! – Pegou o livro, recomeçando sua leitura.

– Mas por que você esta lendo o meu livro? – Perguntou, pondo as mãos na cintura.

– Porque eu quero te entender.

– Por quê?

O rapaz ficou olhando-a por alguns segundos, para logo depois fechar o livro e descer rapidamente da cama, pegando Kaori pelos ombros e a colocando contra a parede.

– Pra descobrir qual seria sua reação caso eu fizesse isso.

– Mas... O que pensa que esta fazendo...?

– Nada... A não ser que você queira que eu faça algo.

– E desde quando você precisa de permissão?

– Desde que prometi ao seu pai que não faria nada com você.

Kaori lembrou-se de seu pai e o agradeceu mentalmente. O rapaz, vendo o silêncio da moça, se afastou dela.

– Como queira... – Disse se afastando da morena, que bufou.

– Eu não sabia que você precisava de consentimento.

– Não consentimento, mas sim um soco caso eu fizesse algo que você não quer. – Respondeu rindo.

A morena deu um risinho, voltando ao assunto principal.

– E então, vai me deixar dormir na cama de cima ou não?

– Eu só durmo em baixo se você dormir comigo. – Respondeu sem olha-la. Mas já sabia que ela havia corado.

– D-desde quando você virou um pervertido?

– Desde o ‘’ A não ser que ela queira’’.

Kaori bufou novamente, indo para a cama de baixo e deitando-se emburrada, virando para a parede.

– Isso quer dizer que eu vou me juntar a você? – Ouviu o rapaz dizer. Virou-se lentamente para ele, olhando-o ameaçadoramente.

– Se quiser levar um soco, sim.

–... Acho que vou dormir em cima. – Disse por ultimo, subindo a escada da cama.

– Boa escolha. – Respondeu, se virando novamente.

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Olhava para a morena dormindo tranquilamente na cama. Às vezes murmurava algo, mas ele prestava mais atenção no sorriso que ela fazia enquanto dormia. Sentia-se confortável ao estar ao lado dela. No começo, não acreditou muito que a sua amizade com ela duraria, pelo seu estilo rebelde... Mas logo percebeu que ela também é desse estilo. E, mesmo com o pouco tempo de convivência, notou que ela estava sofrendo por algo. Era esperto, não podia negar, já que ela esconde muito bem seja lá o que esta acontecendo. Assim, ela parecia menos amedrontadora e... Mais frágil. Era assim que pensava. Ela, nesses dois dias, se tornou o que ele chama de protegida. Sua protegida.

Acariciava o rosto da morena, que se remexeu um pouco, buscando mais conforto. Mas sua pele estava fria, mesmo estando coberta. E seus lábios estavam mais vermelhos que o normal.

‘’Tentadores...’’

Karyuu levantou-se, indo para o armário e pegando mais uma coberta, voltando para a cama e cobrindo a morena. Apagou a luz e subiu a escada, deitando-se em sua cama, olhando para a morena de ponta cabeça, sorrindo. Beijou seu dedo e o repousou delicadamente nos lábios da moça, voltando a sua posição normal na cama, se cobrindo.

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O por do sol era lindo. As flores balançavam conforme o vento, trazendo uma sensação de conforto. Para ambos. O moreno olhava serenamente para a moça ao seu lado, estudando pela milésima vez seu rosto, tão belo quanto antes. Essa olhava para o campo, coberto de girassóis. Devagar, o rapaz envolveu seus braços na cintura da morena, que o olhou sorrindo, acariciando seu rosto. O perfume que exalava era irresistível. Seus rostos mais próximos. Podiam ate sentir a respiração um do outro. Quando iam tocar os lábios...

– ACORDA! SEU VAGABUNDO! – O rapaz acorda com o grito ensurdecedor perto de seus ouvidos, dando um grito assustado, e levantando com tudo. Olha assustado para a dona daquela voz, se deparando com Tsuki o olhando sorrindo. – Vamos almoçar na minha casa hoje e, à noite, vamos ao shopping, então levanta!

– Eu não quero ir à sua casa. – Fala o moreno, passando a mão no rosto. – Não me leve a mal...

– Ah, que pena Karyuu-kun... Eu queria mesmo que você fosse. – Comentou a morena, arrumando algumas coisas que levaria.

– Sério? – Perguntou, olhando a morena com a sobrancelha arqueada.

– Claro, somos amigos... – Responde sorrindo docemente para o moreno. (#friendzonemodeon)

– Sim... Amigos. – Disse, tentando esconder a decepção que sentiu naquelas palavras. – Tudo bem, eu vou...

– Ótimo! – Fala a moça, parando o que estava fazendo e indo ate o moreno, puxando o seu pé, quase o derrubando da cama. – Se arrume, sairemos daqui dez minutos.

– Ta bom, menina estressada.

O rapaz pulou da cama, procurando alguma roupa no armário, enquanto Tsuki arrumava seus cabelos. Logo estavam prontos. Ao abrirem a porta, se depararam com Kaori e Gom, que conversavam animadamente. Logo já estavam andando para fora da escola. No caminho, os meninos iam brincando com as meninas, perguntando qual ‘’magia’’ elas usaram para destruir o dormitório. Essas apenas respondiam com patadas ou tapas. Estavam até bem descontraídas, tirando o fato de terem quase morrido. Por mais que quisessem negar tudo o que aconteceu, tudo voltava para o mesmo ponto de antes: Como? E Por quê?

Quando avistaram a sua casa, as morenas saíram em disparada de encontro com seu pai, que os aguardava na porta, sorrindo calorosamente. Os meninos se entreolharam e deram uma risada, acompanhando as meninas na corrida. Daichi os recebeu amigavelmente, convidando-os para entrar, logo avisando que o almoço seria magnifico. No almoço, conversavam sobre a escola, amigos e até as travessuras que já haviam feito. Daichi sorria para si mesmo ao ver as filhas rindo, sem nenhum machucado do acidente anterior. Foi realmente muita sorte. Mas algo enchia sua mente de dúvida. Queria saber o que aconteceu naquela noite, para assim, tirar o peso que guardava dentro do coração. Mas deixaria isso para mais tarde, não iria envolver mais ninguém em seus problemas.

Terminado o almoço, os jovens seguiram para a rua, buscando se divertir. Quando se deram conta, já havia escurecido. Eles não estavam cansados, então avisaram Daichi que chegariam mais tarde naquela noite, pois haviam combinado de ir ao shopping. Fazia tempos que eles não se divertiam tanto. Viram várias coisas novas e até compraram algumas. Pararam na praça de alimentação, pois estavam sem comer. Veriam um filme se o dinheiro não tivesse acabado, então, resolveram encerrar aquela noite.

No caminho para casa iam conversando animadamente, brincando um com o outro. Kaori e Tsuki planejavam aonde iriam dormir, já que o quarto delas não era tão grande assim, mas algo interrompeu sua conversa.

– O que...

As meninas pararam de andar, observando aquela coisa enorme parada ao longe, olhando-as e aos meninos, que conversavam distraídos. Tsuki, logo que viu o monstro, sentiu algo dentro de si queimar, como se pedisse para sair. Mas ignorou aquilo, vendo o monstro correr na direção deles. Kaori tentava ao máximo arranjar uma ideia para tira-los daquela possível encrenca, mas já era tarde de mais. O monstro, que já estava próximo o suficiente deles, deu seu ataque, que Kaori e Tsuki conseguiram desviar. Mas Gom e Karyuu não tiveram a mesma agilidade. As garras do monstro acertaram em cheio os rapazes, os fazendo voar e bater contra a parede, desacordados.

As meninas, atordoadas ao verem seus amigos serem jogados longe e caírem a metros de distancia, como sacos de batatas, sentiram seus corpos se tencionarem.

– E eu achando que seria uma boa noite... – Comentou Kaori, vendo o monstro olhá-la e à Tsuki, com seus olhos enfurecidos.


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Notas finais do capítulo

K:....
T:... que foi nee-san?
K:.... esse hollow me paga.
T: Mano, us hollow ama nois, bitch please.... Mas deu dó do Karyuu-kun...
K: e.e ... O Gom tava la tambem, sabia?
T: ....... Deu dó do Karyuu-kun...
K: Ai... esse povo apaixonado me dá diabetes... credo >.>
T: A suja falando da mal lavada e.e E tmbm, quem será aquele ser que pifo com a mente da Tsuki?? Huuuuum suspecho... #medinho
K: Mina loka... e.e ... Bem minna! Esperamos que tenham gostado e que aguardem o proximo!
T: Sim! Ele sairá quando ele sair!
K: .... Deus do ceu... #partiubarranco
T e K: Ja ne o/ :3