Quem Sou Eu? escrita por Mia Grayson


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, tem mais um capítulo aqui. A partir de agora a história vai começar a ficar mais interessante, espero que gostem!



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Logo que acordei desci as escadas e fui em direção a cozinha com a esperança de encontrar minha mãe. Eu realmente não queria  ter que fazer aquilo mas como dizem, uma das partes tem que ceder para que aja paz e sei que minha mãe é que não vai e também é um jeito de me redimir com ela pelo que disse ontem. - Bom dia. - eu disse entrando na cozinha. - Dia. - Ela disse sem se virar para trás. - Mãe, você está brava comigo?  Ela não disse nada. - Eu vou com você hoje.  E ela se virou e me encarou. - Não quero que faça isso por mim além do mais, é só para me exibir. - O sarcasmos foi evidente. - Mãe, eu não quis dizer isso... - Me desculpe - falei de cabeça baixa e pode estar parecendo exagero mas se parar para pensar, em todos esse anos como esquerda ela foi a que sempre esteve ao meu lado e foi minha confidente por muitos anos até eu me fechar e passar a não falar de mim. É o mínimo que posso fazer por ela.  - Sei que por todos esses anos eu fui a ovelha negra da família e agora que mudei isso, não queria ter estragado sua felicidade. A verdade é que estou muito assustada com tudo isso, é tudo novo pra mim e agora preciso de você mais do que nunca... Ela não me deixou terminar e me abraçou. - Haiden, eu nunca iria te abandonar. - Mãe, me desculpe. - Tudo bem. - então, será que podemos tomar o café?  Ás 9:00 horas em ponto um carro oficial do governo parou em frente de casa.  Minha mãe saiu toda arrumada com a sua saia lápis e uma blusa sem mangas por dentro da saia fazendo a roupa parecer uma coisa só e  um sapato com um pequeno salto. De acordo com ela tínhamos que estar apresentáveis para encontrar o presidente, "6a figura mais influente do país"( frase dela, o que não deixa de ser verdade). Por causa disso que vesti minha blusa cinza de manga curta, minha legging com meu shorts  jeans por cima e all star de cano longo, o de sempre, por que ele pode ser importante mas nunca disse que temos que fingir sermos o que não somos na frente dele nos vestindo com roupas que na verdade não usaríamos no dia a dia a menos que trabalhássemos planejando festas e nesse caso teríamos que estar sempre vestidos com traje a rigor. Então não vejo por que mudar quem sou na frente de outro ser humano só por que na sociedade em que vivemos ele é considerado importante e eu não. Quanto a minha mãe, obvio que ela não gostou mas decidiu deixar quieto só por eu estar indo sem reclamar ( sem reclamar verbalmente mas mentalmente...). Quando chegamos, minha primeira impressão foi de que  lugar mais parecia um palácio, dentro havia um hall enorme inteiro de mármore frio, enquanto andava em direção ao elevador que ficava bem no centro, notei o balcão da recepção á direita e vários sofás de veludo vermelho á esquerda. Dentro o elevador era panorâmico e tinha o chão de pedra fria. A medida que foi subindo, o saguão lá em baixo ia ficando menor e meu nervosismo maior e só conseguia pensar em como deve ser ele, talvez um cara enorme e assustador cheio de músculos ou quem sabe um cara que dá medo de encarar. Como será o cara que controla a nossa vida?  As portas do elevador se abriram no 21º andar e demos de cara com duas imponentes portas de Madeira com detalhes e fechaduras de ouro. Era a sala dele.   A secretária que nos acompanhara por todo o lugar nos mandou esperar do lado de fora e desceu pelo elevador. Uns cinco minutos depois, de súbito, as portas se abriram e eu mais nervosa do que nunca por não saber o que ia encontrar. A porta se abriu e adentramos a sala redonda e enorme em toda a sua extensão. Tinha janelas de frente para a porta que iam também do teto ao chão dando uma visão geral da cidade. A sala em si era toda branca decorada com móveis de madeira, havia uma mesinha com um sofá ao canto, um tapete no meio da sala e bem no fundo uma mesa de madeira enorme que pegava quase de canto a canto o fundo da sala, havia uma enorme cadeira em couro preto atrás da mesa virada de costas para nós. Após um silêncio que se fez na sala, a cadeira virou e dela se levantou um homem alto, cabelo pretos com olhos cinza escuros que mais pareciam pretos e usando terno e gravata vermelha. Ele nos viu e sorriu. - Sejam bem vindas. - Como nunca fui apresentado formalmente não sabem meu nome então gostaria de me apresentar, me chamo Sebastian, é um prazer conhecê - las, especialmente a senhorita Haiden  - e se virou para mim - Então, pronta para hoje?  - Sim. - Confiante, muito bom mas não está nem um pouco nervosa? Para mim também vai ser algo novo, afinal ninguém me conheceu até hoje. - Não, estou tranqüila. - Que bom, a senhorita deve estar muito orgulhosa - Falou virando para minha mãe - Com certeza estamos. - Estamos prontos para começar - a secretária que nos levou até lá apareceu pela porta. - Certo, estamos indo. Por aqui por favor -  ele disse para nós e saímos da sala para ir do anonimato a capa de jornais. Não estou muito certa quanto a isso mas não vou desistir agora.  Lá fora uma multidão se aglomerava em frente ao palco, juro que se a cidade inteira não estivesse lá, as duas pessoas que faltaram deviam estar vendo anime em algum lugar e decidiram que era melhor do que  vir (decisão certa). O presidente foi anunciado e apareceu ao que todos aplaudiram e gritaram, ele falou sobre um pouco de seu trabalho, por que não havia aparecido para nós antes (aparentemente por que não foi necessário até agora) e  sobre outras coisas até anunciar minha entrada, fui até a luz e vi a multidão me aplaudirem, gritarem algumas coisas e alguns lincharem (deviam ser extremistas esquerdos). O presidente me mandou ficar ao seu pado e começou: - Meus caros amigos, gostaria de lhes apresentar um caso nunca visto antes, a garota esquerda que virou direita, Haiden. - Como muitos devem ter ficado confusos com a situação a trouxemos aqui para explicar seu caso formalmente a todos vocês e aproveitar para me apresentar e mostrar que estou presente sempre que precisarem.   Não sabia se devia falar alguma coisa mas queria saber como eu ficaria mas não foi preciso fazer nada, os repórteres na frente do palco fizera as perguntas por mim. - Senhor presidente e quanto a a habilidade da garota, qual seria? - Especialistas que a examinaram disseram se tratar de um caso de magia.  Com isso obviamente as pessoas começaram a se agitar e mais perguntas vieram. - Senhor presidente, se tratando se um caso una garota esquerda se tornando direita e com uma habilidade ainda mais rara, ela viverá normalmente entre nós? Ou o governo tem pretensões de testar essa habilidade "magia"? - Não, ela viverá normalmente entre nós, inclusive sua matrícula em nossa escola representante do país já foi feita e ela será uma aluna direita normal. - Mas como pretendem treiná- la? - Contatamos um professor especialista em habilidades incomuns e ele irá treiná - lá com exercícios adequados.  - E quanto a seu futuro? - Ela representa o futuro da país bem como uma esperança aos esquerdos de descobrirem em si habilidades naturais que não conheciam. Sem dúvidas terá um futuro brilhante.  Mais perguntas foram feitas até que a 1 hora da tarde decidiram encerrar. - Obrigado a todos por comparecerem, espero que rodas as dúvidas tenham sido esclarecidas e foi um prazer conhecer todos vocês. Bia tarde. E saímos. Nos despedimos da secretária por que no momento que pôs os pés para fora do palco o presidente já dói arrastado para seu carro pelo seguranças e ido embora apenas com um tchau dito a distância. Eu e minha mãe decidimos sair para comemorar esse novo capítulo em minha vida (quem queria comemorar era ela mas estava tão feliz que não quis dizer nada e estragar o dia). O que mais me preocupava era minha nova escola ou melhor, o outro lado da minha antiga escola e o que eu vou encontrar por la. Minha única certeza sobre isso é que depois de todo o cerco que fizeram em torno do meu caso,com direito a presença do presidente, duvido que eu possa continuar a passar meus dias sentada de baixo de uma árvore só observando as pessoas ao meu redor sem passar de uma mera espectadora mesmo por que, passei disso quando subi naquele palco hoje de manhã. Lá eu decidi o resto da minha vida e nem tinha percebido isso ainda.

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