Quem Sou Eu? escrita por Mia Grayson


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá, acabei de postar mais um capítulo para todos que lêem minha história e todos que quiserem ler.
Bom, essa semana eu fiquei muito feliz por que recebi uma mensagem com uma sugestão de músicas para os primeiros 4 capítulos e adorei a sugestão do Miguel então decidi postar aqui as músicas e quem quiser ler os capítulos com as música é só procurar no YouTube que é muito legal e dá um toque a mais para a história. Eu adorei e aqui vai:

cd "air - le voyage dans la lune"
Música astronômica club para os capítulos 1 e 2
E Parade para os capítulos 3 e 4.
Se quiserem ver ta aqui e se quiserem mandar sugestão de músicas também para os capítulos que gostarem eu ouvirei com prazer.
Então é isso, obrigada a todos e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/338197/chapter/13

– Ed? Não, não pode ser o Ed que eu conheço, quem é você afinal? Um marginal bêbado por que você tem cara de quem ficaria bêbado e está louco.

– Não estou bêbado. Ainda não bebi hoje e não sou tão fraco assim. Enfim, vem comigo, precisamos falar com você.

– Tá louco, nunca.

– E se eu te provar que é ele que me mandou aqui.

– Ele tem olho azul, um cabelo fresco de duas cores, adora literatura clássica tem uma marca azul no braço e estuda no colégio de fúteis direitos que tem um muro no meio e ao que parece vocês passaram o recreio juntos. Isso ta bom para você?

– Isso é estranho mas ainda assim não sei quem é você e como o conhece.

– Podemos conversar em outro lugar? Ele mora em uma casa algumas ruas para baixo e está te esperando lá.

– Não sei...

– Você quem sabe, eu não concordei com isso mesmo. Eu vou embora daqui, ja me arrisquei muito.- ele se virou e desceu a ruela e eu fiquei olhando-o andando e fiquei com ímpeto de segui-lo mesmo sabendo que era perigoso. Deve ser Ed,quer dizer,como ele saberia de tudo isso até do nosso recreio se não fosse ele? Não pode ser conhecidencia.

– ESPERA! EU VOU! - E corri atrás dele.

...

– Chegamos - ele falou quando paramos em frente a uma casa de dois andares com um jardim na frente. Era toda branca e a porta tinha um central de vidre que permitia ver quem estava na porta, acredito eu.

– Quando chegamos apertamos a campainha e alguns minutos depois a porta se abriu

– Bem vinda - ele disse da porta. Ed estava parado bem a minha frente segurando a porta. Ele estava com uma calça jeans e camiseta branca e descalço. Estava sexy e relaxado.

– Pronto, ja fiz o que queria, ela ta aqui. Posso Entrar agora?

– A vontade. E você também, pode entrar. Fique avontade.

Entrei olhando para dentro da casa. A cozinha era ao lado direito a porta, do lado esquerdo era a sala que tinha um sofá em U e uma tv grande na parede oposta a ele. No centro entre a cozinha e o sofá ficava a escada para o segundo andar.

– Seus pais não vão se incomodar?

– Acho difícil, eu moro sozinho e minha mãe só vem alguns fins de semana.

Não tive coragem de perguntar sobre o pai.

– Quer sentar? - ele apontou para o sofá.

– Obrigada mas só vim por que ele - e apontei para o garoto estranho de cabelo preto que estava apoiado no batente da porta da cozinha com uma garrafa de wisky na mão - disse que você estava aqui e apesar de desconfiar de quem quer que ele seja conseguiu me convencer que era você e queria ver se estava bem e saber por que me queria aqui onde quer que seja.

– Ricky, meu nome é Ricky. Dá para parar de perguntar agora?

– Sim Ricky - falei em tom debochante.

–Hunf, que garota irritante, por que precisa dela?

– Dá pra alguém me dizer o que está acontecendo (últimamente tenho tido deja vus daquele dia) e estou de novo sem saber o que está acontecendo a minha volta.

– Vamos do começo. Nos ja nos conhecemos, quanto a ele somos amigos de infância, estudamos juntos e pedi para ele te encontrar por que preciso ter propor algo e por isso está aqui.

– Você diz que estudaram juntos mas quantos anos ele tem?

– Tenho 19, algum problema? Ou sou muito velho para alguém de 14?

– Tenho 16, só para sua informação e se estudaram juntos ele...

– Sim, repeti alguns anos se era o que ia dizer.

– É meio complicado a situação dele.

– Mais alguma pergunta sobre mim? Sim, eu sou um cara e pensou em perguntar.

– Tenho mais uma, ele disse que você não o deixou entrar enquanto não me achasse e se ele fez isso e não voltou para a casa então vocês moram juntos?

– Sim, ele mora aqui.

Não devo ter conseguido disfarçar minha cara de surpresa principalmente por que gays aqui não existem bem como lésbicas por que isso significa uma represália violenta que não raramente significa prisão pelo estado (mas nunca mais são vistas as pessoas presas) e morte por parte da população.

– VOCÊ É IDIOTA?!

– Não é o que está pensando. - Ed falou meio envergonhado. - somos apenas a amigos de longa data e como ele não tinha para onde ir eu convidei para ficar aqui, só.

– Desculpa, é que eu achei meio estranho ja que você mora sozinho e os dois são homens e...

– CHEGA COM ISSO, NÃO SOMOS GAYS. Qual o problemas dela?

– Podemos mudar de assunto, me desculpem. Estão me digam por que me trouxeram aqui.

– Isso vai ser estranho mas... - Ricky o puxou antes que pudesse terminar a frase e ficaram conversando sobre algo na porta da cozinha enquanto eu estava na sala.

– Sim, tenho certeza disso.

– Tá, mas eu não concordo.

– Sei disso. - ele se virou és veio até mim.

– Haiden, eu tenho uma proposta para lhe fazer mas não posso te dizer a menos que concorde as cegas em nunca comentar com ninguém sobre o que falamos aqui e nem quem somos. Sei que parece estranho mas é importante para nós e um risco também se nos trair. Precisamos que confie e se concordar que saiba que não há volta.

– como esperta que eu concorde com algo que nem sei o que é?

– Vais ter que confiar em nós.

– eu te conheço a dois dias e com certeza NELE - e apontei para Ricky - não confio.

– O sentimento é recíproco - falou ainda encostado na porta da cozinha.

– Entenda que é algo importante e não podemos dizer até que prometa. Sei que é difícil e estranha a situação mas precisamos de você e sua habilidade.

– não sei...

Nisso Ricky veio em minha direção.

– Nunca pensou em um futuro diferente disso? Em não ter suas habilidades e você usados pelo governo? Nunca pensou fazer justiça?

– Como os heróis você diz? Acho difícil.

– Nos precisamos da sua ajuda, sozinhos é impossível.

– Isso o que? E por que eu?

– só nos ajude.

– Eu não sei...

– OLHA, SEI QUE NÃO CONFIA EM MIM E SE FOSSE PARA CONFIAR EM ALGUÉM CONFIARIA MAIS EM UM GATO QUE EM VOCÊ MAS...pode confiar no Ed, eu o conheço à anos e mesmo quando ninguém veio ajudar uma criança problemática por que não queria problemas, ele ficou do meu lado. Pelo menos faça isso por ele, confie nele, ele não é capaz de trair ninguém, nem mesmo um amigo.

Essa frase, acho que foi por causa dessa frase "não é capaz de trair um amigo"que comecei a realmente pensar em aceitar a idéia de dois praticamente estranhos que vem me pedindo para confiar em si para algo importante que pode mudar o futuro ou algo assim. É loucura mas eu realmente estou pensando em aceitar e isto por que me lembrei de quando comecei a enxergar a verdade sobre a sociedade em que vivemos: todos somos fantoches manipuláveis do governo dispostos a fazer tudo o que mandarem e que nenhum de nós é confiável.

Isso foi quando eu tinha 5 anos e estudava no jardim da infância do lado esquerdo do colégio central: era um dia nublado. Nós fomos liberados para o recreio e meu único amigo foi correndo até o muro que divide os dois lados mas em uma parte mais no fundo da escola, um lugar difícil de enxergar por que é quase numa virada. Aí havia uma árvore cujo um dos galhos dava para o outro lado e como ele já era acostumado a subir em árvores não teve dificuldades para isso.

– o que vai fazer Andrew? Desce daí, vai ser pego.

– não! Preciso ver meu irmão, ele não mora mais em casa e só está no colégio agora, de manhã eu to em casa enquanto ele estuda. Preciso vê-lo hoje!

– por que? É perigoso!

– É meu aniversario, e eu pedi de presente para vê-lo mas hoje, não no fim de semana quando ele vai em casa como todo mundo, tem que ser hoje!

– e pulou.

Não sei o que houve do outro lado mas ele voltou puxado pela diretora que o expulsou acusando de invasão do lado direito e desrespeito as regras e antes de ir embora todos os nossos colegas foram instigados a lincha-lo enquanto saia. Eu nunca mais o vi e nem a família. Espero que tenham se mudado.

Foi nesse dia que percebi algo estranho, parecia já normal coisas desse tipo acontecerem: os adultos nos mandando maltratar um colega mas quando foi com meu amigo que comecei a perceber como amigos que brincavam juntos podiam facilmente fazer uma coisa dessas. A partir disso que comecei a sentar sozinha no recreio por opção pois já não confiava mais em ninguém e acabei passando todos os meus anos assim.

Mas hoje, dois estranhos querem que eu confie neles, querem minha confiança mesmo sabendo que eu posso traí-los. Eles me lembraram de o por que passei meus recreios todos sozinha e estão me oferecendo uma chance de mudar meu caminho e o futuro. Pelo menos é o que parece.

– Tudo bem, eu vou ajudá-los, então me contem tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quem Sou Eu?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.