– Obrigada pela carona,mãe

– Eu sempre te trouxe, você que começou a querer ir a pé. Quando quiser é só falar.

– Tchau e obrigada - E saí correndo do carro.

Desde ontem quando o encontrei estou com a impressão de que algo sério esta acontecendo para ele não avisar nem a escola que iria faltar tantos dias e pelo visto ele também não viajou ou fugiu do país.

– olá Haiden

– Ster, você o viu hoje?

– E ele seria o Ed não é?

– Sim, por acaso ele veio hoje?

– Desculpa, não o vi por aqui.

– O que será que está acontecendo? Ele está fugindo de mim? Ou será da escola?

– Ele não estava com problemas na família?

– Foi o que ele disse mas o encontrei ontem Corren...

– Corren...o que?

– Já sei onde posso encontrá-lo, obrigada - e saí correndo pelo portão sem ouvir a resposta de Ster e apenas com uma idéia na cabeça: voltar ao lugar de ontem. A única coisa que ainda não entendi foi por que eu senti aquilo por ele no meu treino. Eu ainda não entendo e por isso preciso tanto encontra-lo, preciso lhe fazer uma pergunta apenas, foi isso que decidi ontem a noite e a resposta pode me explicar tudo ou acabar com tudo. Primeiro eu pensei que era por que ele foi a única pessoa até hoje que me divertiu da queda jeito, por que ele parecia diferente ou por que eu de repente comecei a me preocupar com desconhecidos. Mas cheguei a conclusão que era outra coisa e preciso perguntar e também estou um pouco preocupada admito por que sumir assim não é normal.

Corri o mais rápido que pude até a rua que nos encontramos ontem e virei a esquina em que o vi indo ontem com a esperança de encontra-lo por aquelas ruas e a segui até fim olhando para todos os lugares e casas para ver se o encontrava. Mas foi uma procura em vão por que não vi sinal seu em lugar nenhum daquela estranha rua. Virei e dicidi voltar para escola antes que minha mãe descobrisse que eu havia saído e não tinha voltado para a escola e começasse a surtar. Passei por becos e casas e quando estava passando por uma viela que devia ter saída para a Rua de baixo vi um policial que rondava o bairro vindo em minha direção casualmente, ele parecia procurar algo que não eu mas nesse instante que eu passava pela ruela o guarda parou em frente a uma casa e ficou observando-a e não viu quando fui violentamente puxada para dentro da viela por um braço que me agarrou junto a um corpo e tampou minha boca me impedindo de gritar. Tentei me soltar mas ele era forte e quando olhei para cima vi cabelos negros como a noite e olhos cinzas atentos ao guarda na rua. Não sei quem era mas podia ser o garoto que me atropelou da outra vez, mas quais as chances? Enfim quando o guarda se afastou o suficiente para não ser mais visto por nós ele me soltou.

– QUEM É VOCÊ? POR QUE FEZ ISSO?

– Fala baixo, ele vai nos ouvir.

– Quem é que vai nos ouvir? O guarda? Você é procurado por acaso? Por que ainda estou aqui - me virei e sai andando a que ele me segurou pelo braço.

– ME. LARGA OU VOU GRITAR.

– Vem comigo.

– QUÊ? NUNCA, NEM TE CONHEÇO! POR QUE EU IRIA.

– Por que precisamos de você.

– QUEM PRECISA? QUE PAPO LOUCO É ESSE?

– Nós.

– NÓS QUEM?

– Eu e Ed.

– Ed?