Rosa Shock

  Sofia acordou cedo, tomou um banho demorado, escovou os cabelos e fez uma bela maquiagem colocou o vestido rosa e as jóias, estava belíssima para uma festa, mas não para o enterro, chegou ao cemitério as 10:00, o enterro seria as 11:00, mas o local já estava cheio de pessoas que prestavam suas ultimas homenagens a Ana lagrimas e abraços de consolação estavam presentes em todo local, mas de repente tudo ficou em silencio e todos olharam pra ela a única com expressões alegres, à única que havia trocado o respeitável e triste preto pelo alegre rosa shock. Sofia sorria para todos como se fosse a anfitriã de ma grande festa, mas uma mulher loira amparada por dois rapazes altos a olhou e sorriu com compreensão.

  _Sofia?- ela perguntou olhando nos profundos olhos negros da garota.

  _Eu!- exclamou oferecendo a mulher um belo sorriso.

  _Oh querida, como é bom lhe ver!- a mulher a abraçou apertou apertado - sinto muito meu bem, posso imaginar com esta se sentindo.

  _Não, você não é capaz de tamanha proeza.- a ruiva estava a um passo de se alterar, afinal quem aquela mulher pensava que era para abraçá-la daquele jeito - tire as lagrimas do rosto - Sofia continuou - e comemore comigo! Há 12 anos perdi meu pai e agora essa assassina também foi para o inferno! Nesse momento minha cara maluca chorona sou eu e meus milhões.

  A mulher e os dois rapazes a olharam abobados, a garotinha com quem conviveram por há anos atrás parecia não mais existir, Sofia já estava a alguns passos deles quando um dos rapazes se pronunciou

  _Sô, o que ta acontecendo pequena? Por que você esta fazendo assim?Esta triste hoje?

A loira se virou para o garoto e lhe enviou uma resposta que o atingiu de um modo violento que o machucou de um modo que ele jamais pensou poder ser machucado.

  _Não tente trazer para a vida quem já morreu, isso pode lhe machucar e não há nada no mundo que seja capaz de unir os pedaços do coração daquela garotinha, que neste instante jaz em sono profundo junto às memórias do pai.

 Dito isso Sofia se retirou direto para o hotel a fim de voltar o mais rápido possível para a Inglaterra e deixar para sempre aquela terra de malditos que congelaram seu coração,

quis gritar de ódio ou dor no momento que aquele, agora homem, chamou por seu “apelido secreto” no instante reconheceu os gêmeos com quem brincara tantas vezes quando criança, quando ele a chamou por seu apelido, se lembrou que ele a fizera uma promessa, a promessa de estar sempre ao lado dela, lembrou de quando as duas famílias foram acampar e ele e ela se sentaram na beira de um lago onde ele a pediu em casamento e ela aceitou feliz o compromisso de futuramente virar a senhora Kaulitz e se lembra que o garotinho idêntico ao irmão 10 minutos mais novo lhe deu um choquinho inocente como eles viam os namorados da tv fazendo, tinha acabado de completar 6 anos e o “noivo” tinha 7, se lembrou da mulher, a chamava de tia, se lembrou de como aquelas pessoas eram queridas. e se lembrou que foi abandonada por elas naqueles últimos 12 anos, mais de uma década sem cartas, telefonemas, noticias, o que fosse, 12 anos deixada quase que  a própria sorte, queria ter tido alguma emoção forte, mas naqueles últimos 12 sozinha seu coração estava congelado para qualquer emoção boa ou ruim, naqueles últimos doze anos ela esteve congelada se preparando para se tornar quem era hoje, também conhecida no mundo dos seus “negócios” como Rosa Shock.