Pequenos Infinitos escrita por Uriba


Capítulo 2
CAPITULO 2


Notas iniciais do capítulo

Comentem se gostarem do primeiro cap, digam o que acharam?



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Eu não tinha ideia do que tinha me dado. Não tinha mesmo. Talvez eu tivesse ficado louco, nunca tivera coragem de fazer algo como o que tinha acabado de fazer com uma garota. Andei todo o caminho de volta sem nem perceber. E quando estava na porta de casa abri o livro, o numero estava lá, parecia normal, tirei meu celular do bolso e copiei o numero para lá. Serio, eu não tinha ideia do que fazer a seguir então só subi as escadas e entrei em casa.

Minha mãe estava no escritório (obviamente), eu entrei sem bater e praticamente joguei o livro em cima da escrivaninha. E ela me olhou como se eu tivesse arremessado aquela enciclopédia sobre cobras na cabeça dela, mas eu não dei atenção a isso. Ainda estava pensando na garota da livraria. Eu deveria ligar? Parecia ter sido tudo muito... Fácil. Talvez uma mensagem... Mais tarde.

– Ei, mãe. – O.k, eu não aguentei aquilo – Pra que você vai usar o livro sobre cobras?

Os olhos dela pareceram se iluminar achando que eu estava REALMENTE interessado naquele assunto. Ela parou de escrever e começou a explicar:

– Eu estou escrevendo um novo livro – (Eu sabia disso) – O personagem principal vai gostar de cobras e saber tudo sobre elas, ele vai cuidar de algumas no zoológico...

Ela começou a explicar e detalhar a história, mas eu já não estava mais prestando atenção, até que ela disse:

– O que achou?

– Boa, continue. – Falei, mesmo não tendo ouvido praticamente nada depois da primeira parte sobre o cara do zoológico.

Ela pareceu um pouco decepcionada com aquele comentário “morto”. Então eu me senti obrigado a dizer alguma outra coisa:

– Sério, está ótimo. Sério mesmo – Falei tentando parecer mais animado e ela sorriu de leve.

Subi para o meu quarto e peguei o celular. Eu estava extremamente nervoso, por mais que isso parecesse ridículo. Disquei o numero e desisti varias vezes antes de ouvir o telefone tocar lá em baixo, ele ficava na sala e minha mãe raramente saia do escritório, então antes que ela começasse a gritar por mim de novo eu me levantei da cama e desci a escada meio correndo meio pulando. Sentei no sofá e atendi no quarto toque. Uma voz feminina ligeiramente sexy falou:

– Alô?

Eu tive a impressão de já ter ouvido a voz. Parecia uma garota.

– Oi. – respondi, imaginando que talvez fosse uma das amigas de minha mãe.

– É da casa da Srta. Alyssa Grayson?

– Sim. Você é?

– Meu nome é Grace Scarlett. Bom, acho que você não é ela, então, quem é você? – Ela riu baixo.

´- Eu sou o filho dela. Se...

– Set Grayson, então era você mesmo! Suspeitei.

Você pode tentar imaginar minha reação e expressão no momento, mas nunca vai conseguir chegar a certa.

– Sim... Espera ai, você é a...

– Menina da Livraria, sou eu. Acho que fica mais fácil pedir o que eu quero, já que você ficou caidinho por mim! – brincou ela e eu corei do outro lado da linha.

– Talvez, você quer falar com ela? – perguntei, tendo me livrar.

– Não, acho que pode ser com você... – uma pausa – Sim. Bom, você se lembra que eu tenho uma amiga que me indicou aquele livro? (aliais você tinha razão, ele é horrível).

– Ah-hã.

– Então, eu contei pra ela que conheci você e como você ficou babando por mim. Então, ela me perguntou se eu não poderia te influenciar para fazer um favor por ela, com a minha sensualidade toda. – dessa vez eu ri, ela não era tão sensual assim, mas era atraente. Com certeza. – E então, eu posso?

– Talvez – assegurei. – O que sua amiga quer?

– Ela quer conhecer sua mãe. – ela disparou. A amiga devia estar com ela porque eu ouvi alguns gritinhos de excitação.

– Você vai vir com ela?

– Talvez – ela imitou meu tom de voz.

– Se você vier diga a sua amiga que ela pode vir também.

– Sua mãe não se importaria tipo, não é que eu goste dos livros da sua mãe. Mas minha amiga realmente os AMA.

– Certo. Vocês podem vir. Hoje?

Ela perguntou para a amiga.

– Que tal amanhã, ás três?

– Espera ai. – desencostei o fone do ouvido e coloquei a outra mão para abafar o som e gritei – Mãe! Você vai estar em casa amanhã as três?!

– Talvez! Quem é no telefone?!

Ignorei a pergunta dela e voltei a falar com a garota.

– Perfeito! Vocês podem vir – menti.

– O.k, obrigada. Até amanhã as três então.

– Até – e pouco antes dela desligar eu me lembrei. – O personagem principal do novo livro dela gosta e cuida de cobras.

– O que?!

– Lembra-se do livro sobre cobras?

– Ah, sim. O.k – ela repetiu.

– O.k. – eu disse.

– O.k – brincou ela e desligou.

– O.k... – eu murmurei.

Minha mãe saiu do escritório e praticamente berrou:

– Quem era?!

– Umas garotas que querem te conhecer. Não tem problema né?

– Hummmm, eu acho que não. A que horas elas virão?

– Ás três.

Ela entrou de volta no escritório. Subi de volta e deitei na cama. Peguei o celular e fiz uma ligação. Meu amigo Luke atendeu.

– Alô?

– CARA, VOCE TEM QUE VIR AQUI AMANHÃ?!

– O que?! Por quê? Quem... ? Ah, Set... Certo, por quê?

– Uma garota MUITO GATA vai vir aqui!

– E dai?

– Ela vai trazer uma amiga... Eu pensei que talvez...

– Que horas eu chego?!

– Ás duas.

– Vou começar a me arrumar.

Eu me despedi e desliguei. Comecei a rir com a reação de Luke quando eu disse que a Garota da Livraria tinha uma amiga. Na verdade eu tinha planejado aquilo, mas funcionou melhor do que eu achei que iria. Agora tudo que me restava era esperar pela Garota Gata da Livraria, como era mesmo? Grace Scarlett, nome bonito.


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