Come What May escrita por Louise Maia Silveira, MsTigerOwl, MsTigerOwl


Capítulo 3
She Said She Said


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo!! Como vcs tão? O Paulo ta aqui do meu lado fazendo a voz de vcs ironicamente (sim, ele tem problemas) dedico esse capitulo para os fantasminhas que nao estão dando reviews, e queria pedir pra vcs deixarem o link de suas fics nos comentários, quero mesmo dar uma olhada no que meus lindos tão fazendo! Aproveitem, esse capitulo é quinntana com uma participação especial da Princesa Beth, beijos com chocolate!!



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Cap. 3 - She Said She Said 

"Ela disse:

"eu sei como é estar morta

Sei como é estar triste"

E ela me fez sentir como

se eu nunca tivesse nascido..."

Quinn trocou de roupa na casa da mãe, colocou um vestido branco de renda, uma botinha de salto marrom e uma tiara amarela no cabelo, penteou-os em frente ao espelho e se preparou para sair, Judy tinha ido á igreja e só voltaria de noite.

A loura gostava de como sua casa ficava mais silenciosa quando a mãe saía, quando Judith estava em casa, ela cismava em colocar aquelas músicas clássicas que eram até elegantes, mas extremamente irritantes se as ouvisse por muito tempo.

A Loira não era desse estilo, ela gostava de músicas suaves, com letras bonitas, só que aqueles dias, ela estava mais pra aquele estilo... O silêncio.

Naquela tarde ensolarada, enquanto arrumava seus longos cabelos dourados em frente ao espelho lustroso de sua antiga penteadeira em seu quarto de paredes floridas e móveis esculpidos, ela sentia uma paz tomando conta de si, podia ouvir o barulho da água correndo em um riacho que tinha perto da casa e onde ela costumava brincar quando era pequena e o canto dos pássaros ao longe nas árvores do bosque.

Terminou de arrumar os fios e se apoiou com os dois braços no tampo de granito branco da penteadeira, olhou seu reflexo no espelho e respirou fundo, se preparando para sair, não seria um grande martírio afinal, apesar de estar envergonhada e ao mesmo tempo ansiosa quanto a ver Santana de novo, e não cansava de ressaltar a si mesma o quanto aquilo era insanamente infantil, elas tinham combinado em esquecer aquilo, certo? Então porque parecia que ela não ia conseguir fazer isso?

Seu celular tocou e ela olhou para a tela acesa de canto de olho, sua respiração se tornou mais pesada ao ver o nome que estava ali, não era possível que logo AQUELA pessoa ligasse para Quinn naquele momento, ela nunca ligava! Ali estava escrito "Shelby Corcoran".

A loura pegou o telefone rapidamente e deslizou o dedo na tela para atender, ainda apreensiva.

- Alô? Quinn? Aqui é a Shelby! - a mulher disse do outro lado, animada, Quinn sorriu ao ouvir a voz da mulher novamente, a voz dela era a última lembrança que a loira tinha de Beth.

- Ah, ei, Shelby! - a loura disse, entusiasmada, apoiando-se na mesa com uma só mão e olhando pela janela do quarto, lá fora, ventava levemente, os esquilos corriam por entre as folhas secas de fim de inverno, os pássaros pulavam serelepes por entre os galhos, procurando por frutas para levar aos seus ninhos. - Aconteceu alguma coisa com a Beth? - a loira perguntou, seu cenho se franzindo em preocupação com a possibilidade, a pequena já estaria fazendo dois anos em breve.

- Não! A Beth está bem, é exatamente sobre isso que eu quero falar, liguei para saber se você vai ao McKinley hoje. - a morena perguntou, e Quinn foi a passos lentos pelo assoalho de madeira clara até o banco acolchoado que tinha acoplado á sua Bay Window.

- Vou sim, você vai? - perguntou, sentando-se no banco e pegando uma almofada amarela com tricô em cima, ela tinha sido decorada por Judy quando Frannie, irmã mais velha de Quinn, era mais nova.

- É que eu acho que vou levar a Beth para ver você e o Puck, o que acha? - perguntou a mulher, e Quinn sorriu ainda mais, fazia quanto tempo que ela não via Beth? 

- Acho... Maravilhoso, vou estar no McKinley em quinze minutos! - informou a loira, mordendo a parte interna da bochecha.

- Ótimo, vou ligar para o Noah, tchau, Quinn. - despediu-se.

- Tchau, Miss C. - a loira falou, pegando a chave do carro na penteadeira e começando a descer as escadas.

Ela dirigiu devagar pelas ruas, não confiava no trânsito de Lima dês de o acidente, quando estacionou na frente do McKinley, viu Shelby tirando Beth de dentro do carro.

A loira estacou no lugar, olhando aquela menininha... Estava enorme! Quase duas vezes a última vez que a vira, os cabelos dourados caiam em cascatas pelos ombros e os olhos verdes pareciam um pouco menos opacos do que os da mãe, eram um verde Esmeralda límpido.

Shelby a viu e acenou, indo até ela com a menina no colo, Beth olhou para Quinn e sorriu para ela, a loura involuntariamente sorriu de volta.

- Quinn! Há quanto tempo! Está linda! - a morena afirmou, abraçando a loira com uma só mão. 

- Hey Shelby, nossa, como ela está grande! - afirmou, tocando de leve o bracinho da pequena. - Cadê o Noah? - perguntou, se lembrando que a morena disse que ligaria para Puck.

- Ah, pois é, ele foi pra LA hoje de manhã. - falou a morena, parecendo chateada, tinha um comunicado importante para fazer e queria os dois pais de Beth presentes para isso.

- Sério? Nossa, queria ele aqui para vê-la. - assumiu a loira, acariciando os cabelos da pequena, que sorriu para ela e estendeu os bracinhos, Quinn olhou Shelby, que assentiu, insegura, Quinn então pegou a filha com todo o cuidado e a menina sorriu, batendo palmas.

- Podemos entrar? Eu tenho um assunto importante para falar com você. - pediu a morena, segurando a alça da bolsa com cuidado, as duas entraram e foram para o pátio externo do McKinley, pois ninguém tinha chegado ainda.

- Então, Shelby, o que queria conversar comigo? - perguntou a loira, acariciando os cabelos da pequena Beth, que brincava com um bichinho de pelúcia.

- Pois bem, Quinn, é que, depois de muito pensar, eu percebi que fui precipitada em tê-la trazido de volta para perto de vocês naquela época. - o coração da ex-cheerio doeu e ela apertou Beth mais perto de si, piscando várias vezes, tentando entender o que Shelby queria dizer, ela nunca mais poderia ver Beth? Shelby a levaria embora?

- Como assim, Shelby? - perguntou a loira, olhando o rostinho da filha com carinho, ela amava Beth, mais do que qualquer coisa, e desistiria de tudo pela loirinha.

- É que... Vocês estavam confusos e eram um pouco imaturos, acho que fui boba em pensar que já estavam prontos para um relacionamento com a B tão rápido. - explicou Shelby, olhando a pequena que brincava serenamente no colo da mãe biológica. - Não sei se estão prontos agora, mas eu quero que vocês se reaproximem dela, mais devagar dessa vez.

- Nossa, obrigado mesmo, Shelby. - agradeceu a loira, sorrindo abertamente.

- Então... Tem mais uma coisa, é que... Minha mãe está na cidade e ela se acidentou há alguns dias, nao foi nada demais, mas ela foi colocar gesso hoje e eu meio que preciso estar lá. - explicou a mais velha, meio sem jeito de pedir.

- Você quer que eu fique com ela? - perguntou a loira, com os olhos brilhando. 

- Na verdade, eu preciso que você fique com ela, o tempo vai ser pouco, só mais ou menos meia hora, é que ela ta meio gripada e eu não quero levá-la ao hospital e correr o risco de pegar alguma coisa. - disse a mulher morena, olhando em seu relógio de pulso. 

- Claro, eu fico com ela, Shelby. - Quinn disse, ajeitando a garotinha em seu colo.

- Então ta bom, olha, aqui tem a bolsa dela, eu coloquei tudo o que ela pode precisar, tem uma agendinha com meu número, do pediatra, do hospital que eu to indo e da minha mãe, o remédio pra gripe ta aqui dentro, no bolso da frente, se ela ficar enjoada, você dá o chocalho roxo ou tenta fazer ela dormir, não deixa ela comer nada gelado e cuidado com comidas no palito ou farofa, ok? Ela tem alergia a nozes, amendoim e morango. - recomendou, enquanto Quinn tentava se lembrar de tudo e assentiu fracamente, apoiando as costas da pequena delicadamente.

- Ok, eu consigo ficar com ela, o Glee vai começar daqui a pouco, e quanto as alergias, não precisa se preocupar, são exatamente as mesmas que as minhas. - a loira observou, olhando para a entrada da escola nervosamente.

- Então está bem, qualquer coisa me ligue. Tchau, meu amor, mamãe já volta. - Shelby falou, passando a mão pelos cabelos loirinhos da pequena.

- Tchau! - disse a menininha, dando um beijinho na bochecha da mãe adotiva, Beth era uma menina excepcional, as pessoas se impressionavam com o quanto ela era inteligente e independente, tanto Shelby quanto Quinn se orgulhavam disso. 

- Tchau, Shelby, espero que sua mãe fique bem! - a loira falou, enquanto Shelby saía pela porta.

Depois do Glee, que se passou com um clima muito deprê, entre gente de ressaca e tristes pelo casamento não ter acontecido, Beth se divertia com a mãe, Kurt e Blaine perto do piano, Santana conversava animadamente com Rachel sobre a decoração do quarto dela em NY, tentando ao máximo ignorar Brittany, que conversava com Sugar e Tina sentada no colo de Sam.

Quando eles saíram para o pátio externo, Quinn sentou Beth na mesa para lhe dar a papinha de abóbora, quando Santana se aproximou.

- Ela é linda. - falou a latina, observando Beth, que abriu a boca para comer a papinha.

- Faz tanto tempo que não a vejo... É como se não a reconhecesse, só que eu me lembro do cabelo, dos olhinhos e do sorriso idiota do Puck. - assumiu Quinn, olhando a filha com carinho, e Beth sorriu para Santana, que lhe devolveu o sorriso e olhou para Quinn.

- É mesmo, ela tem o sorriso do Puck. - a latina soltou uma risada nervosa, cruzando os braços em frente ao peito. - Acho que faz um ano desde que a vi.

- Como assim? Você nem a viu quando ela nasceu! - perguntou Quinn, olhando Santana com curiosidade.

- É que quando eu era das Troubletones, uma vez fui na casa da Shelby buscar umas partituras e a vi, ela cismou com a minha cara e acabei brincando de boneca com ela por umas duas horas, lembra de mim, Beth? - perguntou a morena, e a pequena a olhou como se agora a percebesse ali.

- Tana! - gritou ela, pulando da mesa no colo de Santana, que a pegou, assustada.

- Oi pequena! - disse a hispânica, estranhando aquela reação. - Quem é essa? - perguntou a latina, olhando no rostinho da pequena e apontando para a loira, que olhava as duas com um sorriso orgulhoso.

- Mama Kim! - gritou a menina, que tinha acabado de aprender a chamar Quinn assim quando Kurt a ensinou.

- Ah, essa é sua mama Quinn? - perguntou a morena, fazendo uma vozinha, Quinn estava achando aquilo muito adorável, pegou o iphone do bolso e tirou várias fotos das duas. - O que está fazendo? - perguntou Santana, cerrando os olhos por causa do sol, que já estava um pouco alto.

- Tirando fotos, vocês duas tão muito fofas. - explicou a loira, e Santana sorriu para ela seu melhor sorriso, aquele que Quinn secretamente adorava, com direito a ruguinhas dos lados dos olhos, Quinn olhou para a morena, deslumbrada, como um cego que vê a luz pela primeira vez.

Elas estavam sozinhas no pátio, o sorriso de Santana se fechou e elas foram se aproximando, hipnotizadas pelos olhos uma da outra, até que Shelby entrou no pátio sorrindo e foi em direção a elas.

- Betty! - ela gritou, indo em direção á filha e pegando ela do colo de Santana abruptamente, ela reclamou e estendeu os braços para a latina, mas logo cedeu aos beijos da mãe adotiva, deixando as duas ali um pouco envergonhadas, sem saber ao certo o que teriam feito se Shelby não tivesse chegado para impedi-las de se beijarem. - ela deu trabalho? - perguntou a mulher, segurando com força a pequena que insistia em querer pular para o colo de Santana.

- Nem um pouco, ela é um anjinho! - falou Quinn sorrindo para a pequena, que voltou suas atenções para a mãe biológica. - Err... Eu anotei meu número de telefone na agendinha dela pra se quiser que eu fique de babá de novo.

- Obrigada, eu ia pedir mesmo! - falou a morena.

- Gente! O Sr. Schue ligou! Ele disse que quer todo mundo na sala do coral que ele tem um anúncio importante para fazer! - gritou Mercedes, aparecendo na porta.

- Então tchau meninas, obrigada por cuidar dela de qualquer forma.  - agradeceu. - A Beth lembrou de você, Tana? 

- Lembrou sim, Miss C. - disse a morena com um sorriso.

- Dá tchau pra elas, B! 

- Tchau mama Kim! Tchau Tana! - a pequena gritou do colo de Shelby enquanto a mulher saía, Quinn e Santana trocaram olhares cúmplices... Parece que elas ainda tinham o que resolver...

- Ninguém tem que saber, ok? - pediu a loira, e Santana apenas sorriu e assentiu.

- Ninguém saberá, Q.

Deram as mãos e foram para dentro da escola, estavam na sala do coral, Mr. Schue falou sobre o plano de todos os que não iam sair da cidade naquele dia irem cantar uma serenata para Emma, então foi escolher as musicas com Finn, Blaine e Sam. 

As meninas, Kurt e Unique ficaram conversando em um canto, Marley mostrava uma revista de moda para eles, até que parou na foto de uma modelo com um vestido super justo.

- Nossa, que vestido lindo! - falou Tina, tocando as páginas impressas como se pudesse sentir a textura do tecido.

- Nessa modelo, aposto que qualquer coisa fica bonito. - Sugar falou, invejando o corpo bem trabalhado da morena.

- Ela parece com a Sant. - Quinn falou inocentemente, ela e Santana passaram um bom tempo trocando olhares, não eram safados ou maliciosos, apenas cúmplices, como de criança que aprontou, só que no momento que Quinn fez esse comentário, Brittany olhou para ela como se quisesse queimá-la viva.

- Ah, que é isso, gente, vão ficar nessa tensão agora? - disse Kurt, sem saber que as duas queriam manter segredo. - Santana mesmo disse que foi só uma coisa de duas vezes! - ele disse, Brittany olhou para as duas, incrédula, Santana apoiou a testa na mão, sem acreditar que teria que passar por isso, já Quinn, respirou fundo, levantou e saiu da sala, se sentindo pior do que nunca.


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