Come What May escrita por Louise Maia Silveira, MsTigerOwl, MsTigerOwl
Notas iniciais do capítulo
Oi meus lindos CINCO leitores!! Fiquei super feliz em saber que ja tenho cinco! Mas eu to querendo deixar vcs de castigo, Cadê meus 5 reviews?? Kkkkkk... Aproveitem!!
Cap. 2 - Little Child
POVKurt
"...Pequena criança, pequena criança
Pequena criança, você não dançará comigo?
Eu estou tão triste e sozinho
Baby, arrisque-se comigo
Se você quer alguém que a faça sentir-se tão bem
Então nos divertiremos quando você for minha
Então venha, venha, venha..."
Saí do quarto e me sentei em uma mesa no salão esperando por Blaine, olhei em volta, poucas pessoas ainda estavam ali, a maioria já tinha ido dormir o resto de noite que ainda tinham. O vi entrando pelo lado esquerdo do salão, sorrindo para mim, acabei sorrindo de volta e ele se sentou comigo na mesa.
- Hey, é que... Minha mãe ligou e ela ta precisando de mim em casa, com a Kate, parece que o Cooper ta vindo nos visitar. - ele falou e meu sorriso sumiu, ele já estava indo?
- Como está a Katy? - perguntei, Katherine era a irmã adotiva de Blaine, que a mãe dele, Margot, tinha adotado há alguns meses, era a coisa mais fofa, moreninha dos olhos azuis, Margot e o pai do Blaine, Gabe, chegaram a um acordo e decidiram que queriam ter uma menina, como Margot já não poderia mais engravidar, eles conseguiram adotar a Kate.
- Está bem, acho que é a menininha mais inteligente que eu já vi, eu estou indo lá agora, você quer ir comigo? - ele perguntou, e eu assenti involuntariamente, fazendo-o sorrir, ele sabia dessa minha mania de assentir sem nem pensar.
- Ahn... Quer dizer... Claro... - falei, meio sem jeito. - Só tenho que falar com a Santana antes de ir pra saber se ela vai comigo e com a Rachel amanhã pra NY.
- Ok, eu vou comprar um McLanche Feliz antes de ir, passo aqui pra te buscar... Você quer que eu traga um iogurte sem gordura? - ofereceu.
- Sim, de amora por favor, te vejo em alguns minutos. - falei, me levantando, então eu me toquei que não tinha nem idéia do que fazer a seguir, eu devia beijar ele? Abraçá-lo? Percebendo que eu estava desconfortável e provavelmente ele também estava, apenas assentiu levemente, tocou meu ombro e saiu. Fui até a recepção e perguntei por Santana, a mulher me olhou bem, levantou as sobrancelhas, mas logo deu de ombros com um suspiro cansado e passou os dedos pelo rosto.
- O quarto 347, ela entrou lá meia noite com uma loira. - falou, desinteressada, e eu arregalei os olhos levemente, uma LOIRA? Mas a Britt saiu com o Sam antes dela sumir... Fui pelos corredores vazios até o quarto 347, a porta estava trancada e eu comecei a bater, chamando por ela, já estava desistindo quando ela finalmente abriu, estava só de calcinha e sutiã escuros e rendados, os cabelos assanhados e uma cara de ressaca que deu até pena, ela fechou os olhos, franziu o cenho e passou a mão pela testa.
- Entra logo, porcelana. - pediu, me puxando para dentro, me sentei na cama e fiquei olhando em volta, procurando alguma coisa que evidenciasse quem estava ali com ela, já que nem a tinha visto direito durante o casamento. - O que você quer, Lady Hummel?
- Vim perguntar se você volta amanhã comigo e com a Rachel para NY. - expliquei, me apoiando com os dois braços na cama e olhando em seu rosto, ela estava deitada olhando para mim, parecendo extremamente cansada.
- Claro, meu teste para NYADA é em uma semana, esqueceu? -perguntou, de olhos fechados, soltando um gemido logo depois.
- Ah, é mesmo, qual música você escolheu mesmo? - perguntei, me levantando para fechar as cortinas e diminuir a luz em cima dela.
- Born To Die, da Lana Del Rey. - ela falou, e eu sorri levemente, voltando a me sentar.
- Gosto dessa música. - afirmei, me deitando ao lado dela na cama, eu gostava de Santana, ela era meio zangadinha, mas fazia de tudo pelos amigos, além de sempre conversar comigo sobre os assuntos mais idiotas. - Eu vou com o Blaine na casa dele ver a Katherine e depois a gente vai ao McKinley, você quer ir?
- Ahn... Ok, pode me deixar na casa da minha mãe e ir me buscar na hora de ir pro McKinley? É que eu não conheço a família do Blaine e fico com vergonha. - ela explicou, e eu assenti. - Vou tomar banho, me espera? - assenti levemente enquanto ela ia até o banheiro, quando ouvi as gotas do chuveiro caindo contra os azulejos, comecei a olhar em volta mais minuciosamente.
Eu e Santana éramos o que podia-se chamar de amigos, óbvio, eu gosto dela e a gente sempre se dá bem desde que ela se mudou para NY, mas se tem uma coisa que ela não abre mão é privacidade, por isso, eu tenho certeza absoluta que ela não iria me falar com quem ela passou a noite se eu perguntasse. Não deveria estar tão interessado a ponto de fazer meu trabalho de detetive, mas a curiosidade é maior do que eu, olhei para a mesinha de cabeceira e vi um pequeno papel amarelado post-it, me arrastei na cama e peguei-o entre os dedos, meus olhos se arregalaram quando li o que tinha escrito.
"Adorei ter uma coisa de duas vezes com você, qualquer coisa ligue, você sabe o número - Q.F"
Passei os dedos pelos cantos do papel, esticando o bilhete nos dedos, me levantei e fui até a porta do banheiro ainda assimilando, li cada palavra em voz alta para que ela ouvisse e o chuveiro desligou, Santana saiu do box e pegou o papel de meus dedos, jogando direto no lixo.
- Porcelana! Seu pai não te ensinou a não ler bilhetes alheios? - perguntou ela, colocando o roupão, apenas dei de ombros.
- Sério? A Quinn? - perguntei, e ela me olhou como se tivesse olhar a laser, cruzando os braços com força em frente ao peito.
- Não foi nada demais! Aposto que você também se divertiu com o menino borboleta! - ela adivinhou, e um sorriso brincalhão surgiu em seu rosto quando fiquei sem fala, colocou o vestido vermelho que usara noite passada e me puxou pelo braço. - Vamos logo, Lady Hummel, você me conta os detalhes no carro.
Fomos o caminho inteiro rindo de nossas aventuras durante a noite, ela me contou sobre como estava bêbada e como Quinn sumiu logo de manhã, eu lhe contei sobre Blaine, sobre nossa conversa e nossos planos. A deixei na casa de sua mãe e marcamos de nos encontrar em algumas horas, fui de volta para o salão e Blaine já estava me esperando.
- Desculpa a demora, é que eu fui deixar a Santana em casa e você não acreditaria com quem ela passou a noite! - falei, e ele me olhou com olhos arregalados, como se já não acreditasse.
- Quem? - perguntou, me dando meu iogurte sem gordura.
- Miss Quinn Fabray. - falei, e ele cuspiu todo o suco de volta no copo e começou a tossir, ficando vermelho, bati em suas costas até que ele parasse de tossir.
- A Quinn?! - perguntou, e eu assenti, o telefone dele tocou e ele olhou. - É minha mãe, temos que ir, você me conta o resto no carro. Fomos até a casa dele entre risos sobre o envolvimento "quinntana" (nome que ele inventou apesar de eu preferir Fabrez), quando chegamos lá, Margot estava com Katy no alpendre, ela estava três vezes o tamanho que a tinha visto oito meses atrás, os cabelos escuros caíam lisinhos pelos ombros, os olhos azuis estavam menores, o rosto mais alongado e com certeza estava maior, usava uma legging escura e uma blusa rosa shock.
- Hey, Katy. - Blaine falou, pegando a pequena do colo da mãe. - Você se lembra do Kurt?
- Acho que não, quando eu a vi ela só tinha três meses. - falei, e Kate sorriu para mim.
- Kut, Kut. - ela repetia, batendo palminhas, acenei para Margot, que foi para dentro de casa com um sorriso satisfeito no rosto, parece que não é só meu pai que está tentando nos juntar de novo...
- Ela já fez um ano? - perguntei, olhando-a com curiosidade.
- Tem onze meses, vai fazer um ano daqui a algumas semanas. - ele disse, enquanto a pequena continuava a repetir meu nome, parecendo se divertir com a pronúncia.
- Kut, Baine! - ela deu um gritinho, e ele a olhou.
- É sim, Katy, é o Kurt! Ele tem olhos azuis lindos, não? Lindos como os seus. - falou e eu corei quando nossos olhos se encontraram, ficamos trocando olhares por alguns segundos. - Pode... Segurá-la pra eu poder... Pegar o lanche? - ele pediu, meio sem jeito, eu estendi as mãos e Kate veio para o meu colo sem problemas.
- Oi pequena. - falei, sorrindo para ela, que me mandou um sorrisinho fofo e me deu um beijo na bochecha.
- Kut e Katie, Kut e Baine! Kaine! - ela gritou/falou, e eu sorri, então Blaine voltou também sorrindo. - Ela já está fazendo isso? Liga não, a Katy tem essa mania de combinar os nomes. - ele explicou, e eu sorri para a pequena.
- Klaine... Eu gosto. - falei, e Blaine sorriu para mim.
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