Come What May escrita por Louise Maia Silveira, MsTigerOwl, MsTigerOwl


Capítulo 4
Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Oooooi, meus bebês!! Desculpem pela demora!! É que eu tava quase louca em semana de prova, espero que vc gostem!! Amo vcs!



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Cap. 4 - Goodbye

POVQuinn

"Por favor não me acorde tarde demais.

Lá vem o amanhã e não quero me atrasar

Atrasado hoje quando isso se tornar

Amanhã eu

Irei sair e ir embora


Adeus.Adeus.

Adeus.Adeus.

Adeus.Adeus.

Meu amor,adeus.


Canções que hesitam em meus lábios

Excitam-me agora e continuam em minha mente.

Deixe suas flores em minha porta

Eu as deixo para

Aquele que espera atrás..."

Saí para o corredor com a visão vermelha, nem tinha se passado um dia ainda e Kurt já sabia? E agora metade do clube do coral também! Será que ela não entende o que significa um SEGREDO?

- Quinn! Espera! - ela pediu, correndo atrás de mim, nem a olhei, continuei andando em direção á porta, até que senti sua mão segurar meu pulso e parei, me virando abruptamente. Olhei em seus olhos e ela estava confusa, então eu percebi que também estava, afinal, eu estava com raiva de quem? E por que? Era tão ruim assim? Eles não iriam me julgar, ninguém teria esse direito! Ali, olhando para aqueles olhos escuros e brilhantes, como um diamante negro, eu engoli em seco, percebendo que não foi o fato de Kurt saber que me irritou... Foi o que ele disse depois... Santana disse que foi só uma coisa de duas vezes. Ela me olhava com dúvida, ergueu uma sobrancelha e deu um passo á frente. - Qual o problema? - perguntou, me fazendo piscar várias vezes, pensando em uma resposta coerente, qual era o problema afinal? Eu mesma disse que tinha sido só uma coisa de duas vezes! Então o que me incomodou? - desculpa, é que ele achou seu bilhete, além disso, eu não sabia que ficaria com tanta vergonha. - falou a morena, soltando meu pulso e olhando o chão tristemente, meu peito doeu e eu me curvei sobre ele, nunca tinha sentido algo assim, era como uma pontada, a olhei novamente e a curiosidade tinha voltado aos seus olhos.

- Me desculpe, eu só... me desculpe. - pedi, sem saber o que dizer ao certo, baixei o olhar, envergonhada, eu nem sabia porque tinha ficado com raiva! Pior que isso, não sabia se era raiva, parecia mais como um desconforto, chateação, me deixava triste... Eu não sabia porque, e aquilo me deixava louca, ela me deixava louca de uma forma que nunca achei que fosse possível.

- Tudo bem, eu entendo que fique com vergonha. - falou, brincando com o anel de ouro que usava no dedo mindinho, cada um dos filhos dos Lopez tinha um igual áquele, eu sempre achei bonitinho, por dentro tinha as iniciais dela.

- Não... É sério, foi uma atitude idiota. - falei, pegando a mão dela para fazê-la me olhar, foquei em seus olhos castanho-chocolates, ela deu um passo á frente e ergueu a mão, acariciando meu rosto com as pontas dos dedos, senti minha pele formigar onde seus dedos tocavam e fechei os olhos involuntariamente, ela escorregou a mão pela minha orelha, encaixando-a na minha nuca.

Apertei as pálpebras dos olhos, me enebriando com seu hálito de menta e o cheiro doce de baunilha que vinha do seu cabelo, senti seu nariz tocar no meu e envolvi sua cintura em meus braços em um aperto delicado, ela estava na ponta dos pés para me alcançar, pois eu estava usando salto alto e já era naturalmente mais alta que ela, a morena me beijou docemente, o corredor estava vazio e silencioso, nossas línguas se tocavam em um frenesi incessante, toquei sua pele quente por baixo da blusa de tecido azul que ela usava.

O beijo foi se aprofundando até que ela se afastou bruscamente, me fazendo resmungar, a olhei e ela tinha um sorriso travesso no rosto, como menina que ia aprontar, sorri de volta, ela agarrou meu pulso, me puxou entre risos pela escola vazia e me arrastou para uma sala escura com cheiro de desinfetante Pinho Sol e água sanitária. A Sala do Zelador. Já tinha ido aquela sala várias vezes, com Puck, Finn ou Sam.

Sorri no escuro, sabia exatamente onde ficava cada móvel, enquanto a luz fraca que vinha das cortinas entreabertas da janela de teto penetrava vagarosamente pelo quartinho, Santana sorriu para mim, a peguei pela cintura, ergui seu corpo cinco centímetros no ar e a sentei na mesa de ferro que tinha ao lado da porta, fazendo-a dar um gritinho de surpresa e começar a rir, a acompanhei por alguns segundos.

Quando paramos, nossos olhares se encontraram no escuro, ela estava da minha altura, e me olhava com tamanho desejo e provocação, que eram quase felinos, me aproximei e encaixei minha cintura entre suas pernas, passando as mãos pelas bases de suas costas, ela encaixou os braços na minha nuca, se aproximou e me beijou demoradamente, acariciando minha bochecha com as pontas dos dedos, nos afastamos quando o ar faltou e ela encostou sua bochecha na minha.

- Você está me deixando louca. - falei, sugando a pele fina da sua clavícula com cuidado para não deixar marcas e enterrando minha cabeça em seu ombro.

- Quinn... - suspirou, e eu a olhei no escuro, fui chegando mais perto e iniciei um novo beijo, quando nos separamos de novo, ela inclinou a cabeça, chegando bem perto da minha orelha de forma que sua respiração me causou arrepios. - Eu quero te devorar todinha... - sussurrou sensualmente, com a voz rouca, mordendo o lóbulo da minha orelha, aquilo foi o suficiente para acender o fogo dentro de mim, iniciei um beijo tão voraz e selvagem que poderia machucar, ela retribuía com a mesma paixão, senti suas mãos puxando minha blusa e ergui os braços para ajudá-la, quebrando o beijo por alguns segundos, quando estava livre da peça, votei a beijá-la.

Senti suas mãos arranhando a pele dos meus seios por cima do tecido rendado do sutiã e gemi com o contato, me atrapalhando com os botões de sua blusa, sabia que naquele quarto não tinha chave, portanto não devíamos ir tão longe, mas minha cabeça estava enevoada e presa á morena quente em cima da mesa, fazendo com que eu não tivesse um pensamento coerente sequer. A porta se abriu e nos afastamos bruscamente, peguei a blusa e cobri meu sutiã, sentindo o rosto esquentar ao máximo.

- Ok, ok, eu não vi nada. - Kurt falou, cobrindo o rosto, Blaine estava logo atrás dele com os olhos arregalados e Sam estava com a boca no peito, incrédulo, Santana desceu da mesa e ajeitou a blusa.

- Cai fora, porcelana. - ela falou, empurrando-o para fora do quartinho e saindo junto.

- Quando foi que isso rolou? - perguntou Sam, gesticulando pra nós duas e eu o fuzilei com o olhar.

- E é da sua conta, boca de peixe? - perguntei, dando um passo para mais perto de Santana caso tivesse que impedi-la de atacar o bocudo. - Desculpa aí, por isso e pelo incidente na sala do coral, mas é que a Mercedes ta indo embora e disse que queria falar com todos nós. - Kurt se desculpou e eu troquei um sorrisinho e um olhar cúmplice com Santana, andando atrás dos três até a sala do coral.

POVBlaine

Olhei para o lado e Kurt parecia distraído, ele me olhou e eu sorri.

- Vem, tem um lugar que eu quero te mostrar. - falei, puxando-o pela mão, ele ainda tentou protestar, mas eu não deixei, puxei-o para o carro. Comecei a dirigir e ele não parava de falar, como uma metralhadora, o carro estava a 145km/h e percebi que ele estava com medo, então diminuí, quando chegamos em um lado de Lima em que a estrada era mais quebrada e só tinham árvores em volta.

- Chegamos? - ele perguntou, olhando em volta com apreensão.

- Ainda não, vem. - falei, descemos do carro e eu peguei a mão dele, fomos por entre as árvores, era um caminho que eu conhecia muito bem, até que chegamos em uma clareira, tinha uma forma de círculo perfeito, em um dos lados tinha um riacho que corria com suas águas cristalinas, a clareira toda era rodeada por flores azuis, eu as tinha plantado ali, quando não tinha nada para fazer, eu ia ali, estendia uma toalha e ficava lendo ou ouvindo música, aproveitando o sol e vendo os passarinhos.

- É... Lindo, foi você que fez? - ele perguntou, descendo a pequena ladeira até o meio da clareira, passando pelo canteiro de flores azuis, quando olhou para mim, o sol tinha batido nos diamantes azuis que eu tinha colocado entre as pedras e bateu no rosto dele, bem ali, eu tive certeza de que ele era meu anjo, seus olhos azuis brilhavam debaixo dos reflexos dos diamantes.

- É... Demorou uns seis meses, comecei a fazer pra você, mas aí, a gente terminou. - falei, descendo, peguei uma rosa azul e dei para Kurt, que sorriu e segurou-a com as duas mãos.

- Por que azul? Acho que nunca tinha visto uma rosa dessa cor. - falou, olhando para a flor.

- É que... Eu amo essa cor, desde que te conheci, acho que são seus olhos. - expliquei, e ele sorriu para mim. Dei um passo á frente, acariciei sua bochecha com as pontas dos dedos, ele chegou mais perto e me deu um beijo, era doce e lento.

- É lindo, você é lindo, tudo é perfeito, aqui e agora. - falou, colocando a rosa em cima do casaco que ele tinha colocado no chão, colocou as duas mãos nas minhas bochechas e me deu outro beijo, encostou nossas testas e ficamos os dois assim, de olhos fechados, desejando que nunca acabasse. - Eu te amo, hoje e sempre.

- Também te amo, mais que minha própria vida. - admiti, e ele dobrou o rosto, encostando sua bochecha na minha. - Eu nunca vou conseguir dizer adeus a você. - falou, envolvendo meu pescoço com as mãos.

Nem eu, Kurt, nem eu.

POVQuinn

Quando chegamos, todos nos olhavam com curiosidade, sentei ao lado da Sant e ficamos esperando a Mercedes, quando a menina chegou, parou no meio da sala.

- Eu quero me despedir de vocês direito, fiquem sabendo, que essa música é pra cada um de vocês. - disse, sorrindo.

[Adeus]


Eu posso dizer honestamente que andei pensando em você

Desde que acordei hoje (acordei hoje)

Eu olho para sua foto o tempo todo

E as memórias voltam a viver

E eu não me importo


Refrão

Eu lembro quando nos beijamos

Eu ainda tenho aquela sensação em meus lábios

Quando você dançou comigo

Sem nenhuma música tocando

Eu lembro as coisas simples

Lembro até eu chorar

Mas uma coisa que eu desejaria esquecer

A memória que eu quero esquecer

É o Adeus


Eu acordei essa manhã

E toquei nossa música

E com lágrimas eu cantei junto

Eu peguei o telefone,E o coloquei no gancho

Porque eu sei que estou perdendo meu tempo

E eu não me importo


Refrão

Eu me lembro quando nos beijamos

Eu ainda tenho aquela sensação em meus lábios

Quando você dançou comigo

Sem nenhuma música tocando

Eu lembro as coisas simples

Lembro até eu chorar

Mas o que eu desejaria esquecer

A memória que eu quero esquecer


De repente meu celular toca

Com o seu toque

Eu hesito mas respondo de qualquer forma

Você parecia tão sozinho

E eu me surpreendo em ouvir você dizer


Que você se lembra quando nos beijamos

Que você ainda tem essa sensação nos lábios

Do tempo que você dançou comigo

Sem nenhuma música tocando

Você lembra das coisas simples

Nós falamos até nós chorarmos

Você falou que o seu maior arrependimento

Aquele que você queria que eu esquecesse


Foi dizer adeus


Dizer Adeus,

oooh .


Adeus

Era Goodbye, da Miley Cyrus, no finalzinho da música, meu olhar se encontrou com o da morena ao meu lado e senti o corpo inteiro esquentar, aquilo valia para nós também, logo eu estaria em New Haven e ela em Nova York, e porque aquilo me doía tanto? A música parecia traduzir tudo o que eu sentia... E o que eu menos queria era dizer adeus.


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