A Guerra Dos Seis Mundos - A Batalha dos Magos escrita por VítorXimenes


Capítulo 2
Prólogo - Arauto da Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Ai a segunda parte do prólogo!! É um pouco menor, mas ainda assim importante.



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                                        PRÓLOGO

                                 Arauto da Escuridão

O vento batia tão forte ali encima que Dumed pensou que não demoraria muito mais tempo antes de ser empurrado para baixo se continuasse naquela grande varanda. As cortinas brancas de seda se debatiam com tanta violência que seu som impedira o humano de ouvir o que o Lorde acabara de falar. Desencostando-se da parede, o vento querendo arrancar seus cabelos da raiz, ele se virou e segurou a cortina para poder adentrar mais uma vez o aposento privado do rei. Era mais que enorme. Duas ou três vezes maior que o quarto em que Dumed estava alojado na Torre do Rei Humano, e esse já era pouco maior que o seu próprio aposento privado em Cazä.

Ninguém falava agora. Nem mesmo se olhavam. Todos os presentes tinham os olhares fixados no chão de pedra amarelo vivo que dançava a luz das muitas velas. Curiosamente, os quartos pareciam ser os únicos lugares que não eram construídos em pedra negra ou azul no interior do castelo. Andêgo estava sentado em uma cadeira alta à frente da lareira. Lia e relia a carta, como se pudesse encontrar alguma coisa escrita nas entrelinhas. Alguma coisa de que não tivesse percebido antes. Lorde Marry encontrava-se sentado em um banco do outro lado do cômodo e fitava agora sua bengala de prata encimada por um adorno de seda que caía em tira. O Primeiro Intendente estava de pé, encostado a uma parede ao lado do Lorde e absorto em seus pensamentos. Havia outro Lorde, este bem mais jovem do que Lorde Marry, sentado a um canto escuro. Dumed não sabia o seu nome. Dois cavaleiros do rei flanqueavam a porta e um deles, o humano lembrou, era o chefe da guarda que acompanhara o rei mago até a Cúpula dos Lordes e ficara todo o tempo à sua frente. O outro, o cavaleiro Techkar que trouxera a mensagem, estava sentado a uma mesa de prata, tentando comer algo que o intendente mandara trazer. Mesmo assim ele parecia não ter muito apetite frente às notícias que agora chegavam. Apenas bebia longamente o vinho elfo que o escudeiro do rei continuava servindo-lhe.

Andêgo jogou o pergaminho entre as chamas da suntuosa lareira, maior que qualquer uma que Dumed já tinha visto, e ficou olhando o fogo a consumir, até que se tornasse nada mais que cinzas.

— Isso não pode ser verdade — Balbuciou Lorde Marry, tropeçando nas palavras. — Eu já vi muita coisa em toda essa minha longa vida. Já lutei contra muitas coisas escuras, mas... Isto é...

            — Eu vi com estes olhos que o Mago Branco salvou da escuridão. Todos puderam ver das ameias — Falou o cavaleiro, descansando a taça sobre a mesa e impedindo que o escudeiro voltasse a enchê-la. Pela cara que ele fez, a lembrança ainda parecia assombra-lo. — Não era um exercito igual a nenhum que eu já tenha visto. As sombras caminhavam com ele. Eles passaram abaixo das nossas muralhas, a poucos metros da cidade. Agimos rapidamente para refugiar as pessoas no interior das muralhas, mas... Mas eles não atacaram. Apenas passaram como se nada houvesse lá. Enquanto eles passavam, eu fui enviado pelos fundos da cidade e rumei pela estrada até Mago Branco, depois cavalguei sem descanso até aqui. Eles não devem demorar mais que cinco dias, apesar de marcharem lentamente.

            — Mas, mesmo assim... — Começou Andêgo, mas parou de repente, tentando formar as palavras. — Setenta mil...

            — Ou talvez mais — Lembrou o cavaleiro de Techkar. — São... — Ele hesitou. — Nós vimos lá de cima... Havia anões no flanco mais próximo. Cobriam todo o lado direito da vanguarda.

            — Anões de Zappa e Rusick — Afirmou o intendente. — E eu que pensava que as Cidades Vermelhas tinham se acalmado.

            Rei Andêgo rugiu baixo. Tinha havido incontáveis guerras entre os magos e os anões, Dumed sabia. Os anões sempre foram tratados como criaturas naquele mundo, nunca como um tipo diferente de raça, como eram tratados no mundo dos humanos. Eles perderam todas as guerras que começaram por liberdade, e acabaram por se esconder entre as montanhas do Vale do Sol e nos subterrâneos das Cidades Vermelhas, principalmente em Rusick e Zappa. Há anos não era visto nenhum anão na superfície.

            Dumed caminhou até uma parede para encostar-se.

            — Há incontáveis gigantes, tanto no centro quanto na retaguarda — Continuou o cavaleiro. — Duendes renegados montados em chills negros, ursos do Deserto de Gelo, monstros da neve, lobos gigantes, goblins e... Há até mesmo um exercito inteiro de amaclebes. Eles flutuavam as margens do exercito, como se o conduzisse.

            Um longo silêncio caiu sobre o quarto. O rei mago levantou-se.

            — Quem o comanda de fato?

            O cavaleiro balançou a cabeça negativamente e o rei virou-se para encarar mais uma vez as chamas da lareira.

            — Seja lá quem estiver comandando este exercito, pode se ter certeza de que ele está condenado — Falou Lorde Marry, sem tirar os olhos da sua bengala. — Todo grande poder requer um preço. Um exercito tão mortal e tão sombrio quanto esse... — Ele estremeceu. — Requer um preço incalculável. Um preço que nem o pior dos seres geralmente se dispõe a pagar.

            — Mas parece que alguém se dispôs a fazê-lo agora — Falou o intendente, caminhando até o outro lado do aposento. — E nós temos que agir imediatamente.

            — Ele tem razão — Dumed reforçou. — Temos que agir agora ou será tarde demais.

            — A situação mudou — Falou o Lorde. — Não temos mais outra escolha se não a guerra. Temos que convocar todos os vassalos. A guerra não acabou, de fato. Não ainda.

            — Os grandes senhores não ficarão nada felizes — Lembrou Dumed. A guerra durara um longo tempo e custara muitas coisas para todos que fizeram parte dela. Haviam ficado todos aliviados com o seu fim.

            — Estamos em guerra, Dumed, ninguém está feliz — Retrucou Andêgo, virando-se finalmente para o cavaleiro Techkar e apoiando-se na cadeira a frente. — Retornará a Mago Branco com minha mensagem, Sor? — Soara como um pedido, mesmo vindo do rei.

            — Claro, Meu Rei — Respondeu o mago sem hesitação.

            Lorde Marry levantou-se com dificuldade e apenas se segurou de pé porque o cavaleiro que guarnecia a porta o segurou. Ele apoiou-se em sua bengala e curvou o corpo.

            — Eu mesmo escreverei as mensagens, Meu Rei. Poderá partir ao primeiro sinal da alvorada, Sor.

            — Sim, Meu Lorde.

            Andêgo voltou a sentar-se e pegou um pedaço da carne que sobrara da comida do cavaleiro. Dumed olhou para a escuridão da noite através da janela. A Dádiva se erguia às margens da cidade, grandiosa como sempre. Ele estremeceu, mas não de frio. A qualquer momento, um exercito assustador poderia atravessa-la, e eles estariam perdidos, Dumed pensou. Era um exercito que não poderia ser vencido com a força que os restara depois de todas as batalhas. Um exercito que vinha com um único propósito e força: destruir o Mundo dos Magos. 

            — Leve-o para um quarto na Torre Leste — Falou finalmente o rei dos magos para o intendente. — Ele precisa descansar bem antes de sua jornada.

            — Sim, Meu Rei — O mago fez uma breve reverência. — Se puder me acompanhar, sor.

            O cavaleiro Techkar levantou-se e curvou-se diante de Andêgo antes de acompanhar o intendente até a porta. Os dois desapareceram na escuridão das escadas segundos antes do guarda fecha-la mais uma vez. Dumed olhou mais uma vez para o rei dos magos. Parecia agora alguns anos mais velho ali, sentado de cabeça baixa apoiada na mão. Pensando.

            — Senhor Comandante — Chamou Andêgo.

            — Meu Rei — O comandante da guarda do rei antecipou-se e pôs sua lança para trás do corpo ao fazer a reverência. Era um mago alto e atarracado. Estava coberto pela armadura prateada e pelo elmo que escondia-lhe o rosto, mas mesmo assim não conseguia esconder a idade avançada nos cabelos prateados que desciam pelo pescoço para fora do elmo. Ainda assim continuava poderoso, Dumed podia sentir.

            — Quero que envie quatro de seus soldados... Quatro dos seus melhores e mais leais soldados! Todos portando a mesma carta que o cavaleiro de Techkar. Envie um para o Fim do Mundo, outro para o Despenhadeiro, um para o Vale e outro para as Cidades Vermelhas. Quero-os montados em chills, não em cavalos! Quero-os em seus destinos ainda amanhã. Faça-os entender a importância desta tarefa. Eles não podem falhar.

            — Não falharão, Meu Rei. Não os que irei escolher.

            — Lorde Marry — Andêgo voltou a falar. — Escreva mais destas cartas, além das cinco designadas aos cavaleiros. Eu não dormirei esta noite e o senhor não deverá dormir, receio — O Lorde não mostrou descontentamento. Apenas continuou ouvindo. — Envie uma carta para cada castelo. Reúna a equipe de transporte para mandar essa mensagem a todos os grandes lordes do mundo. Se os cavaleiros falharem, mesmo assim eles devem saber.

            — Andêgo, o transporte é... — Dumed começou.

            — Eu sei que é arriscado! — Interrompeu-o o rei mago. — Mas é um risco que temos que correr. Eu sei que a maioria das mensagens irá se perder, mas eu tenho que garantir ao máximo que todos recebam a informação.

            — Uma decisão cautelosa, Meu Rei — Disse o Lorde enquanto dirigia-se lentamente à porta. — Mas o senhor conhece os riscos. Se uma mensagem for transportada para o local errado e cair nas mãos do inimigo...

— Eu sei, Lorde Marry. Tenho consciência disso também.

— Irei começar imediatamente em meu aposento na Torre dos Lordes. Se precisar de meu auxilio, sabe exatamente onde me encontrar.

O guarda abriu novamente a porta e o Lorde caminhou vagarosamente, apoiando-se em sua bengala de prata. Quando seus passos finalmente pararam de ecoar na escadaria, o guarda moveu-se para tornar a fecha-la.

— Deixe-nos — Disse Andêgo sem olhar para o mago, apenas fazendo um gesto com as mãos em sua direção, e o guarda saiu imediatamente depois de fazer uma curta e apressada reverência e fechar a porta com um estrondo.

Dumed olhou para o amigo mago. Estava abatido. Ele jurara recuperar o mundo dos humanos e agora tinha à frente uma guerra sangrenta para manter o seu. Anões das montanhas não eram muito perigosos sozinhos, mas... Amaclebes, os fantasmas negros da escuridão, traziam o frio e a morte, e os gigantes poderiam derrubar altas muralhas em poucos golpes e eram quase impossíveis de se matar com simples armas de guerra. A cidade cairia. Dumed estremeceu com o próprio pensamento. Ele desencostou-se da parede e sentou-se em uma cadeira à frente de Andêgo.

Nenhum dos dois falou por um tempo. Ficaram apenas absortos em seus pensamentos. Dumed olhava fixamente para as chamas que crepitavam na gigantesca lareira.

— Quem você acha que é? — O mago quebrou o silêncio com a pergunta.

            Dumed balançou a cabeça.

            — Graanfsett está morto, Guarminus também...

            — São eles. São eles de novo, droga! Essa guerra nunca vai acabar enquanto não destruirmos até o ultimo hommne e o ultimo bruxo, você sabe disso, todos sabemos disso! — O mago esmurrou a mesa tão forte que o humano achou a tinha rachado.

            — Nós vamos acabar com tudo isso — Dumed concordou. Era uma dura verdade, mas ainda assim era verdade. Há centenas de anos humanos e magos enfrentavam hommnes e bruxos e a guerra ainda perdurava. Estava na hora de acabar de vez com ela. — Depois de destruirmos este exercito, nos reuniremos aos elfos novamente e destruiremos até o ultimo bruxo que encontrarmos naquele mundo. Faremos como fizeram aos hommnes quando os expulsaram do mundo deles, só que desta vez não vai haver nenhum bruxo para retornar para o mundo. Aniquilaremos os hommnes também se precisarmos.

            Andêgo olhou em seus olhos.

            — Você deve ir ao Mundo dos Bruxos primeiro, para negociar — Ele retrucou.

            — Não. Não há mais negociação. Não há mais misericórdia. O seu Mago Branco teve a chance de aniquilar a escuridão dos Amaclebes há muito tempo, mas ele preferiu não fazê-lo. Agora eles se levantam novamente das profundezas contra este mundo.

            — O Mago Branco usou sua vida para acabar com a escuridão do mundo — Repreendeu-o o mago. — Se ele tivesse usado sua força para matar Amaclebes estaríamos cobertos em escuridão agora mesmo.

            — Não importa.

            Dumed havia estudado um pouco sobre a história do Mundo dos Magos antes de se tornar rei, mas a Batalha do Mago Branco era mais uma crença do que uma parte da história. No começo dos tempos, quando a escuridão se erguera pela primeira vez nos seis mundos, um mago, que fora o primeiro a descobrir a verdade sobre o poder dos magos, lutara sozinho contra todo o exercito de Amaclebes do Senhor do Escuro. A lenda dizia que ele lutara por nove dias sem luz e chegara ao décimo dia praticamente vitorioso. Ele poderia ter destruído o mal para sempre naquela noite, mas o mundo nunca mais se livraria da escuridão. Então o mago enviou seu poder ao céu, e decretou em seu poder que metade dos dias seria de luz. Temendo que o mal se aproveitasse da escuridão da noite para retornar, ele enviara o próprio corpo e vida para brilhar sempre que a escuridão caísse sobre o mundo. Tinha a forma de uma esfera redonda que brilhava em branco para iluminar a noite. No Mundo dos Humanos, era simplesmente chamada de lua.

            — Não podemos perder esta batalha, Dumed — Falou Andêgo. — Nosso futuro depende dela. Se perdermos, tudo o que este mundo conhece como bom... Irá acabar.

            — Não vamos perder a batalha — Mesmo falando aquilo, no fundo de sua consciência, Dumed não tinha certeza se realmente acreditava nessas palavras. — E depois de vencê-la, atacaremos o Mundo dos Bruxos sem nenhuma misericórdia. Destruiremos até o último bruxo que encontrarmos.

            Andêgo sorriu rapidamente, mas o sorriso morreu. Ele gostava da guerra. Gostava de travar batalhas, Dumed pensou, e lembrou-se da primeira vez que haviam lutado juntos. Ele era o segundo filho do rei humano e Andêgo era o herdeiro ao trono de Pedra Negra. O irmão mais velho de Dumed havia morrido na noite anterior, em uma batalha travada no Vale Floripo, no mundo dos humanos, contra a vanguarda do exercito hommne. O pai do mago fora gravemente ferido na mesma batalha. No dia seguinte os hommnes retornaram com o exercito principal. Foi uma grande batalha na qual os cantores de ambos os mundos nunca cansariam de cantar. Com um exercito inferior, mas com a ajuda das montanhas de névoa, a combinação do exercito humano e mago destruiu completamente o vasto exercito hommne.

            Dumed e Andêgo haviam sito encurralados no meio da luta, em uma proporção de dez homens para cada um deles entre as fendas das montanhas. Lutando lado a lado, eles dois repeliram dois mil hommnes, o mago com a poderosa espada do seu pai moribundo e o humano com a espada do seu falecido irmão. O pai de Andêgo morreu ao regressar ao mundo dos magos e ele foi coroado rei. Dumed virou o herdeiro de Cazä e sentou-se no trono cinco anos depois, quando seu pai já estava muito debilitado para governar.

            Fora uma grande batalha, aquela. Uma batalha memorável.

            — Os cantores nunca esquecerão nossos nomes, nem quando não tiverem mais vozes para cantar — Falou o rei mago rindo alto e tomando um gole de vinho que acabara de por na taça.

            Dumed inclinou-se para frente.

            — Convoque um conselho — Sugeriu. — Amanhã mesmo, se possível. Não podemos negligenciar esta batalha por muito tempo. Quanto mais cedo conferenciarmos as estratégias da batalha, maior será nossa chance de nos precavermos do que virá.

            — Sim, sim.

            O humano ouviu um suave barulho no canto do quarto e virou-se para encarar a escuridão onde a luz da lareira não conseguia alcançar. Primeiro viu emergir uma túnica vermelha para só depois perceber o Lorde que reaparecera. Estivera lá, em silêncio, por todo esse tempo em que pensavam estar sozinhos. Era um dos jovens Lordes de que Dumed não sabia o nome.

            Ele aproximou-se da mesa, segurando sua bengala prateada, mesmo não parecendo precisar dela para se locomover.

            — Lorde Gollgan? — O rei pareceu surpreso. — De onde você...?

            — Eu sei que esses assuntos de guerra são de extrema importância, Meu Rei — Interrompeu-o o Lorde com uma reverência. — Mas tenho um assunto de igual importância para tratar com o senhor.

            — O que é isso? — Perguntou Andêgo.

            — Eu entendo todo o fervor sobre o qual tratam esta batalha, mas os Lordes são feitos para pensarem um passo a frente à garantir o futuro do mundo — Ele limpou a garganta mais uma vez. — O senhor sabe que há uma forte possibilidade de a cidade cair.

            Fora uma afirmação. Ninguém falou por longos segundos. Dumed olhou do rei para o Lorde, e do Lorde de volta para o rei, mas Andêgo não ousou abria a boca. Ele sabia, apesar de tudo, da dura verdade.

            — O senhor estará lutando na linha de frente, se eu não estiver errado. Se a cidade cair, o senhor com certeza estará morto antes do castelo ser tomado por completo. Se isso acontecer, devemos preservar a linhagem da Casa Billytian. Só assim teremos uma chance, mesmo que mínima.

            — O que está pensando em fazer, afinal? — Perguntou o rei, fitando novamente as chamas da lareira.

            O Lorde não respondeu de imediato. Olhou para Dumed, novamente para o rei, e depois para a janela onde a escuridão desenhava a Dádiva da Terra sob as nuvens escuras que se aproximavam cada vez mais. Parecia não agradar-lhe ter que falar o que tinha de ser falado. Ele engoliu em seco e voltou a encarar o rei dos magos.

            — Dois pequenos. Filhos de qualquer comerciante descuidado da cidade. Meus magos conseguiram-nos há algumas horas. Eu ainda não fui vê-los, mas... Acredito que devem servir.

            O vento soprou fortemente através das cortinas da varanda, diminuindo a intensidade com que brilhava o fogo da lareira. Dumed olhou para Andêgo. O rei dos magos continuava fitando as fracas chamas, pensativo. Depois fechou os olhos e abaixou a cabeça. O humano não sabia se ele havia realmente entendido, mas se o tivesse, não abrira a boca para contestar. 


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Notas finais do capítulo

Agora falta só uma parte para o Prólogo! Depois a verdadeira história começa



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