DLP - Here We Go Again escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 8
And everything has changed


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com POV da Lana, espero que gostem!



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–Ah Merlin, você tem mesmo que parar em cada vitrine? – Me perguntou James Potter que já tinha algumas compras na mão. Ok, o termo “algumas” era relativo. Fazer o que, se eu era extremamente boa em fazer compras? Além disso, tinha algumas coisas ali que eu definitivamente comprara pensando em Lílian, eu não podia me conter, eu sabia escolher as roupas da ruiva bem melhor que ela mesma. Ela parecia não entender que sapatilhas velhas e beges com uma grande semelhança com as que a avó dela usa não eram adequadas para sair andando em público por aí.

–Potter querido, nós temos que pesquisar e analisar antes de entrar, então faça o favor e fique quietinho, sim? – Perguntei sorrindo com uma falsa doçura para o moreno, como resposta ele apenas revirou os olhos.

Havia algo de reconfortante em sair andando com um cara como James Potter. Primeiro ele tinha mais de um metro e noventa com ombros largos de dar inveja em qualquer cara. Ele passava aquela aura de que se você chegasse a precisar ele faria de tudo para te proteger. Novamente seu cabelo estava cortado em um estilo quase militar, o que realçava mais ainda seu belo rosto. É estranho falar que um homem possui um rosto belo, mas James com certeza o tinha. De um jeito completamente masculino, mas ainda assim belo.

Acho que é o tipo de coisa que você só entende vendo. Uma mandíbula bem definida com um queixo quadrado, boca com lábios finos, mas não daquele jeito que a faz parecer um rasgo, mas sim na medida certa, quase como se só por olhar você soubesse que esses lábios eram firmes... Mas que seriam macios no caso de um beijo. Seu nariz, como característica dos homens Potter’s é reto e vagamente comprido. E suas maças do rosto eram altas. Mas em tudo isso o que mais me chamava atenção, como sempre eram os olhos.

Não como os meus olhos, ou como os do meu irmão. O azul de James era mais escuro e passava uma inocência e pureza que eu jamais seria capaz de transmitir, não era difícil entender porque Sara Hale era apaixonada por James Potter. Na verdade a grande dificuldade era compreender como a monitora fora capaz de abandoná-lo.

Como uma sonserina eu sempre observei a mesa dos griffinórios. Deve ser algo inato. E quando eu era mais nova, ainda de cabelos castanhos insossos e praticamente invisível aos olhos de toda Hogwarts observar os outros era muito mais fácil. E ao olhar para a mesa da grifinória era impossível não reconhecer um grupo especial de pessoas. Os Weasleys, notáveis por seus cabelos vermelhos ou não, você simplesmente era capaz de apontar um Weasley de longe.

Primeiro que eles normalmente andavam juntos, eram amigáveis e sempre faziam uma grande algazarra por onde quer que iam. E é claro, os Potters, que na mesa da Griffinória eram somente dois. Já que Alvo Severo contra todas as possibilidades era um sonserino.

Logo que entrei em Hogwarts já sabia quem eram. Obvio que crescendo no mundo bruxo não haveria outra forma. Diferente da mesa da sonserina os griffinórios aplaudiam e recebiam com animação todos que entravam em sua casa. E o mais animado era James. Enquanto que esperava para ser selecionada lembro-me de torcer para ir para sonserina, senão com certeza haveria problemas em casa. E já havia problemas o suficiente na época entre meus pais e David.

Olhava a minha volta e me perguntava se mais alguém teria problemas dependendo da casa em que entrasse. Meus olhos caíram então na Princesinha Potter e tive inveja naquele momento. Seus irmãos já estavam em casas diferentes e não importaria muito onde entrasse, seus pais aceitariam e seriam felizes com isso. Lílian Potter era a menininha de ouro do mundo bruxo, vivia atrás do pai e suas fotos estampavam os jornais desde que nascera, mas aquela foi a primeira vez em que realmente invejei Lílian Potter. Só saí de meu devaneio quando uma menina foi chamada.

Sara Hale com onze anos era a menina mais alta da turma. De fato, ela era até mesmo mais alta que muitos meninos. Seus cabelos castanhos eram mais claros do que os meus e seus passos até o banco e o chapéu foram decididos. Grifinória ou Sonserina, pensava eu. Não gostava de admitir, mas as duas casas tinham alguns aspectos parecidos, entre eles a determinação. Ela quase caiu do banco ao se sentar, fazendo todos no salão rirem e eu torci para que isso não acontecesse comigo. Não gostava de chamar a atenção.

Antes de seus olhos de um castanho estranho, meio amarelados, meio felinos, desaparecerem sob o chapéu ela olhou para Lily Potter, que lhe sorriu. Foi aí que percebi que eram amigas e tive a sensação de continuariam o sendo, não estava enganada as duas se tornariam inseparáveis com o passar dos anos.

Uma pontada de ansiedade me atingiu e pensei se eu também conseguiria amigas, mas tinha a sensação de que carregava coisas de mais em mim para me abrir e ser amiga de outras pessoas. Eu me sentia fraca e ninguém me compreenderia realmente, o mundo não parecia tão colorido pra mim, estar finalmente segura entre as paredes protegidas de Hogwarts era um alívio tremendo.

O chapéu tomou seu tempo, mas quando anunciou ao salão “Grifinória” não fiquei surpresa. Ela pulou do banco, sorriu e seguiu determinada para a mesa vermelha, em seu peito agora havia o bordado de um leão rugindo, que ela carregaria com orgulho pelos sete anos que estavam por vir. James Potter novamente fez o maior barulho, e antes que a Hale percebesse estava sentada de frente para ele, já que nas palavras do moreno, que se confirmaram como certas Sara seria a melhor amiga de ‘Lilindinha’.

A Hale era uma nascida trouxa que entrou em Hogwarts e foi acolhida pela família mais famosa ali presente como se fosse um membro há muito perdido e finalmente encontrado. E talvez ninguém tenha percebido naquele momento exatamente o por que. Mas eu, em meu lugar isolado na mesa da sonserina via tudo de um modo diferente. Era porque James Potter era sem dúvida nenhuma o Garoto de Ouro de Hogwarts, e deixou claro em pouco tempo que se alguém se metesse com a sua irmã ou com Sara Hale iria se ver com ele.

Mas Sara não era sua irmã e sabia se cuidar sozinha, o que ela deixou claro em mais de uma discussão que teve com o Potter no meio de uma das refeições. E eu não sei ao certo quando todos perceberam o que acontecia, mas no meu terceiro ano todos sabiam o porquê da Hale ter sido aceita como um membro perdido da família. Ela não era um membro perdido, ela era um membro que estava por vir.

Sara e James discutiam muito, o que deveria ser estranho já que devido à diferença de idade eles não deveriam ter tanto assunto. Mas era incrível a capacidade que os dois tinham de se meter um na vida do outro. No fim do terceiro ano a Hale dava olhadas, que eu imagino que ela achava serem furtivas para James. E ela chegou a assustar algumas meninas que tentavam se aproximar do moreno. Com treze anos ela tinha a altura de uma menina de quinze e sabia duelar melhor do que muitas que tinham realmente essa idade. Mas o que ela sabia usar de melhor era o seu olhar.

Agora anos depois tenho vontade de rir ao pensar que criei o meu olhar mortal baseado em Sara Hale. Não me leve a mal, não acho que tenhamos nada de parecidas. Enquanto que eu olho súbita e friamente para alguém com um leve arquear de sobrancelhas ela era totalmente o oposto. Eu achava um grande entretenimento observá-la afastar as meninas de James ainda tão nova. Ela pegava e encarava a infeliz que tinha se tornado seu alvo, seu olhar tinha alguma coisa que fazia a pessoa ter vontade de sair correndo, então ela franzia o cenho e seus olhos adquiriam um ar duro, como o de um leão que observa para então acabar com a presa. Olhando para ela decidi que eu também queria um olhar que afastasse as pessoas, mas algo que fosse diferente do de Hale, não iria querer ser acusada de imitá-la.

E os olhares não eram poucos na mesa da grifinória. A essa altura todos sabiam que James carregaria um hipogrifo nas costas pela Sara, então quando eles se metiam em mais uma discussão sem sentido todos tinham aquele brilho no olhar como se soubessem de algo que não pudessem realmente falar. E então tudo se acabava com Sara desaparecendo por detrás daquele bendito caderno de anotações que ela carregava para todos os lados e o James olhando sério para ela para em seguida falar a simples palavra “Girassol” e em poucos segundos ter ela abaixando o caderno de modo que somente seus olhos aparecessem o encarando com um ar indignado que não convencia ninguém e um “Hunf!”

Logo ele fazia algo que fazia as garotas de Hogwarts suspirarem e torcerem para um cara como James aparecer em suas vidas. Ele simplesmente a olharia até que mesmo a durona Sara Hale amolecesse um pouco e voltasse a conversar com ele sobre duelos ou qualquer outra coisa.

Eles ainda demorariam muito para perceber o que realmente tinha entre eles. Mas o olhar que James dava a Sara foi mudando ao longo dos anos, ou melhor, sempre esteve ali, mas foi ficando mais forte, distinto um olhar feito e moldado somente pra ela acompanhando de um sorriso que era dela.

Se aqueles olhos me encarassem do modo como ele encarava a Hale eu jamais seria capaz de abandoná-los, por nada no mundo. Era um amor quase palpável.

Aqueles olhos azuis, puros, inocentes e travessos.

Assim como os olhos de Hugo, aqueles olhos eram uma herança Weasley, eu tinha uma certa fascinação por aquela família, talvez por ela ser o exato oposto da minha própria. Hugo com todos os seus defeitos era um Weasley típico e adorável, e essa foi uma das primeiras coisas que notei antes de me apaixonar por ele.

Porque um dia Hugo me olhou com olhos curiosos e travessos, quase como um filhote. Ele me olhou quando meus cabelos já não eram mais castanhos e eu não me sentava mais na parte isolada na mesa da sonserina. Mas ele me notou com aqueles impressionantes olhos azuis para em seguida me presentear com a sua marca registrada, um sorriso de covinhas que me fez pensar se não poderia ser ele que me olharia um dia como James olhava Sara.

E em alguns momentos nos anos que se seguiram eu achei que tinha o encontrado olhando-me desse jeito. Mas aprendi do jeito mais difícil que estava enganada, pois aquele olhar não era direcionado apenas para mim, e eu, como um sonserina deveria aprender de uma vez que não existem contos de fadas.

Desviei a mente de meu ex-namorado voltando a me concentrar no tubinho rosa da vitrine, eu divagara por um tempo que me esquecera do propósito ali. Tubinho rosa da vitrine, definitivamente perfeito para Lílian, eu por outro lado pareceria uma tripinha loira naquela roupa.

–Vamos entrar. – Anunciei me dirigindo para a pequena porta branca na lateral da boutique.

–É claro que vamos! Você entrou em todas as malditas lojas desde que chegamos a essa rua. – Bufou o Potter mais velho, não evitei o sorriso ao ouvi-lo, James era uma companhia ótima, era possível identificar o tom de brincadeira em sua fala. Ele parecia um menininho contrariado.

–Qual a sua opinião sobre vestido florido? – Perguntei já de dentro do pequeno provador.

–Não são pra você. – Respondeu ele me deixando intrigada.

–Por que diabos diria isso Potter?

–Lílian usa vestidos floridos, deixam minha irmã com ar de moleca. – Me explicou ele com uma nota de adoração na voz. E mais uma vez me senti vagamente culpada por desejar um irmão como James, David provavelmente nem saberia de que tipos de roupa eu gostava.

–Uau. E a Hale o que usa? – Questionei enquanto tentava entrar em uma calça listrada que parecia ser de tamanho infantil, amaldiçoo os trouxas e sua mania de magreza ao perceber o quão justa a peça é.

–Sara? Bom, ela usa vermelho, mais do que qualquer outra cor. – E era verdade, eu já tinha me perguntado alguma vez se ela fazia isso por ser da grifinória ou por simplesmente gostar da cor. Nesse momento sai do provador já usando minhas roupas.

–Essas ficaram ótimas. – Comentou ele me analisando.

–Claro que ficaram, essas são as minhas roupas Potter. – Respondi contendo o riso e me dirigindo ao local de pagamento.

–É faz sentido. – Comentou ele me fazendo sorrir ainda mais. Deixamos a loja juntos, James estava cheio de sacolas e eu percebia que a hora passara rapidamente, o toque de recolher se iniciava e Lílian já devia ter voltado. Mais importante que isso meu irmão já devia ter voltado pra Londres.

–Vamos voltar? – Perguntei olhando para a direção da academia.

–Um sorvete antes? – Sugeriu ele apontando para um pequeno quiosque do outro lado da rua, acenei confirmando e segui até onde estavam as cadeiras coloridas. Uma mocinha ruiva servia as mesas toda sorridente e sem me conter pedi três bolas de sorvete:

–E não esqueça do chantili com a cereja em cima. – Completei feliz. Assim que a moça se afastou James que me encarava com ar de espanto disse:

–Vai acabar engordando assim Prescott. E terá que fazer mais compras. E eu não irei, sob hipótese nenhuma, fazer compras com você novamente. Nunca carreguei tantas compras em minha vida!

–Não vou não, tudo que eu preciso é ficar amanhã o dia todo na base de líquidos e tudo será resolvido. Além disso, pedi só sabores de frutas. – Falei dando ombros, sem realmente me preocupar com aquilo. – Você por outro lado senhor auror, é que devia se preocupar!

–Como você bem lembrou, sou um auror, gasto calorias no trabalho. – Respondeu ele, para então abrir um sorriso infantil ao ver sua banana split ser colocada na sua frente, sem me conter ataquei sem dó a minha taça de sorvetes guardando como sempre a cereja para o final.

–Então, já está adaptada a vida aqui em Paris? – Perguntou-me ele.

–Não sei, as vezes acho que sim, em outros momentos só quero fazer as malas e voltar pra Londres. Tem uma garota que particularmente me odeia, aposto que ela até se disporia a fazer minhas malas. – Contei dando mais uma generosa colherada no sorvete de tangerina.

–Viviane, certo? – Questionou ele, fiz que sim com a cabeça e então ele continuou. – Lílian me contou dela, disse que é insuportável. Mas você sabe o que dizem sobre as garotas de Hogwarts na academia certo?

–Não, o que dizem sobre nós? – Perguntei realmente interessada. Já que pelo visto somente a minha mãe pensava que aqui seria o paraíso ou tinha claramente escolhido não me contar o que realmente acontecia na Academia Francesa.

–Quase nunca conseguem completar o ciclo da academia, sempre desistem e correm as más línguas que o problema é competição com as meninas de Beauxbatons. – Explicou ele para minha surpresa.

– Não pode ser isso, elas são umas vadias, mas desistir por causa de provocações? Parece de mais e afinal como você sabe disso? – Eu estava curiosa com aquilo, sim deveria ter pelo menos mais duas meninas de Hogwarts comigo e com Lílian mas elas não tinham voltado para o segundo ano, tinha algo de podre nessa história.

–Dominique Weasley, minha melhor amiga, me contou, ela foi a última garota de Hogwarts a se formar e segundo ela própria só conseguiu pelo fato de ser sobrinha da diretora. – É eu me lembrava de Dominique, a jornalista prima de Hugo que viajava o mundo atrás de suas notícias. E arrasava corações pelo caminho.

–Bom, eu não pretendo desistir, até porque se eu fizer isso minha mãe vai me arranjar um casamento ou algo do tipo. – Falei com amargura me lembrando de meus queridos pais.

–Eles são complicados, seu irmão David que o diga. – Comentou o Potter me fazendo parar a colher cheia no caminho até minha boca.

–Você tem conversado com meu irmão? – Perguntei me recusando a acreditar na informação.

–Bom nós trabalhamos juntos e eu convidei ele pra morar comigo após ele ter uma briga feia com seus pais. – Informou o moreno. Certo agora eu estava chocada, como aquilo era possível? Meu Merlin, Lílian iria pirar quando soubesse!

Eu estava pirando e nem tinha nenhuma encrenca me envolvendo.

O fato que James era um irmão superprotetor devia ser mundialmente conhecido. Mais de um cara foi parar no lago de Hogwarts que ele considerava inadequados para a inocente Lilindinha. Inocente na cabeça do James, é claro.

–Uau.... – Foi tudo que consegui expressar antes de voltar a dedicar minha total atenção para minha taça quase vazia, ficamos em silêncio por um tempo apenas comendo, quando em um momento de pura distração uma colher atacou meu sorvete.

Na verdade foi pior, muito pior!

James Sirius Potter estava com a minha cereja em sua boca! Ele comia a minha cereja, a minha linda e vermelhinha cereja que eu guardara tão caprichosamente no canto da taça. Eu nem conseguia falar nada, tamanha era minha incredulidade.

–Algum problema Lana? – Provocou ele com um sorriso sarcástico.

–VOCÊ ESTÁ MORTO POTTER! – Ameacei ele levantando minha colher, o problema é que ela estava cheia de sorvete de modo que a camiseta branca de James ganhou uma bela mancha alaranjada. – Ops... – Falei sorrindo perversamente começando a rir da cara que o moreno fizera ao notar a sujeira.

–Acho que mereci essa. – Foi tudo que ele disse.

–Você merecia muito mais por ter roubado minha cereja. – Falei dando um aceno discreto com a varinha e limpando a sujeira que eu fizera. Terminamos os sorvetes e fomos caminhando entre risos até a academia, James me contava sobre a caixa que ganhara de presente no último natal e de como Sara o ajudara a usar o tal do micro-ondas.

Ele falava de como ela explicou mais de uma vez como o tal eletrodoméstico era usado e de que o proibiu de chegar com qualquer metal perto do aparelho. Era triste ouvi-lo falar dela. Ele tentava parecer como se nada tivesse acontecido e suas imitações da monitora metida a correta me faziam rir, mas ao mesmo tempo ter vontade de chorar, ele podia tirar sarro mas era de tal maneira que ficava mais do que óbvio que era com total adoração que ele o fazia.Em pouco tempo tínhamos chego.

–Então é isso. – Falei parada no portão da academia, e então estranhamente me senti uma mocinha daqueles horríveis e ao mesmo tempo maravilhosos filmes trouxas. Horríveis porque eu sabia que a realidade era completamente diferente, maravilhosos porque a inocência e pureza daqueles romances faziam com que eu me sentisse nas nuvens.

Ali, naquele exato momento com James Potter me encarando eu me permiti me sentir frágil e ousada ao mesmo tempo, me senti menina como se ainda tivesse 15 anos.

–Então é isso Lana Prescott. – Me respondeu ele ainda me encarando, no momento em que me entregou as muitas bolsas de lojas que ele segurava, nossas mãos se roçaram por um ínfimo momento. Só um milésimo de segundo suficiente pra fazer com que eu me questionasse, será? Será que o mundo poderia ser louco a esse ponto?

Não, eu acho que não. Eu realmente gostaria de dizer que aquele frio que me percorreu a espinha significava que eu estava me apaixonando e que a intensidade do olhar que James me lançava significava que ele sentia o mesmo. Infelizmente há algum tempo eu já descobrira que o mundo era um pouco mais complicado que isso. Eu o observara por tempo suficiente pra saber que apenas uma garota no mundo receberia seu olhar apaixonado e ela não se chamava Lana Prescott.

–Obrigada por carregar isso a tarde toda. – Falei sorrindo e desviando o olhar.

–Obrigado pela companhia Lana, eu precisava me distrair. – Respondeu o Potter também sorrindo.

–Sempre que precisar. – Foi a última coisa que eu disse antes de abrir o portãozinho e me perder em meio a trilha que levava até a mansão.

Sempre que precisar? Ah meu Merlin, eu deveria estar ficando louca, então eu disse que sempre que o irmão mais velho de Lily precisasse de uma distração ele devia me procurar? Ah meu Merlin!

Meu cérebro tinha derretido ou o que? A ruiva iria me matar, e eu nem quero pensar se isso chega aos ouvidos da Hale. Não que eu tenha medo dela, mas eu já a vi duelando. Não é nada bonito. Com sorte Lily a impediria de fazer qualquer bobagem. Ou melhor, isso não foi nada. Certo, essa tarde não significou absolutamente nada e nada iria mudar.

–Lana! Espera um pouco! – A voz fina e levemente preocupada da japinha Hiroko me chamou a atenção.

– O que aconteceu Hiroko? – Pedi encarando a oriental ofegante.

–Lílian, ouvi algumas das meninas comentando que a viram entrar no quarto chorando, eu bati na porta mas ela não quis abrir. Achei melhor vir avisar você. – Contou ela e a cada palavra eu sentia a raiva me tomar.

–Eu vou matá-lo.

–O que você disse? – Perguntou Hideko parecendo ainda mais preocupada.

–Nada, obrigada por me contar, vou falar com ela! – Disse me virando e seguindo para o quarto, sem me preocupar se seria ou não deselegante, abri a porta com um feitiço não verbal e encontrei Lílian Potter adormecida sobre um punhado de pergaminhos, o rosto dela estava manchado de tinta e apesar disso ela dormia serenamente.

Suspirei me sentando na cama exausta. Era talvez pedir de mais ter uma tarde normal em que nada mudasse.


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Notas finais do capítulo

NB/ Oi gente, eu sei q esta ficando chato mas novamente a demora pela postagem foi por minha culpa. Fim de semestre é uma loucura e eu só fiquei livre no fim de semana véspera de natal!
Mas Bom natal a todos os leitores e um ótimo ano novo! (mesmo q a essa altura alguns desses estejam atrasados)
Não falarei muito hoje, sim eu sei, mas milagres acontecem.
Bjs da beta
Milady Black
NA/ Sim foi tudo culpa da Mila de novo, cof, cof! Leitores lindos do meu coração não desistam da fic, ok? Continuem lendo e comentando e me ajudando a querer postar toda semana! Também não tenho muito o que dizer, espero que tenham tido um feliz natal. FELIZ 2014 PRA TODOS!
Beijos da Lore
Obs. No próximo capítulo teremos um personagem querido fazendo uma visitinha pra Lily, algum palpite??



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