O Desafio de Aizen Reeditando escrita por Blitzkrieg


Capítulo 17
Capítulo 17: Entre Kidous e Bankais


Notas iniciais do capítulo

Duas lutas impressionantes ocorriam simultaneamente. Entre Kidous e Bankais feridas surgiam e também lembranças de um passado confuso.Existia fidelidade entre traidores?



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O cientista estava encurralado, porque o capitão Kuchiki Byakuya parecia estar disposto a enfrentá-lo de qualquer forma ou o que era mais desafiador ainda para Mayuri, matá-lo. O capitão do 6º esquadrão parecia ter guardado certa culpa no período em que ocorria a revolução de Aizen, talvez pensasse que se não houvesse traído a justiça na luta contra Kurosaki Ichigo poderia ter sido muito útil na captura dos traidores. Byakuya no fundo odiava ter que enfrentar Mayuri, mas dessa vez não iria deixar seus sentimentos dominarem seu senso de justiça, pois na mente do capitão um traidor se revelara a sua frente. A justiça seria feita pelas próprias mãos do capitão determinado do 6º esquadrão. Desta vez seria diferente. Não sucumbiria aos sentimentos como ocorreu no passado durante a conclusão da sentença de sua irmã adotiva Kuchiki Rukia. 

Mayuri percebeu a determinação do capitão, sabia muito bem até que ponto chegaria acreditando estar fazendo justiça com as próprias mãos, pois o conhecia muito bem. Também não havia prova maior do tamanho da vontade de matá-lo como a que estava a alguns centímetros de seus pés. O corpo de Kurotsuchi Nemu dilacerado pelas pétalas do capitão sobre as telhas era prova suficiente de que o irmão de Rukia estava falando muito sério. Sendo assim, o cientista resolveu se afastar do local e utilizando o shunpo tentou fugir para um lugar mais amplo, porque sabia que teria que lutar com Byakuya para sobreviver.

O capitão do sexto esquadrão ameaçou mais uma vez enquanto o cientista desaparecia. Antes de persegui-lo, mandou uma borboleta infernal que se dirigiria ao encontro dos shinigamis do 4º esquadrão com a intenção de avisá-los sobre a tenente que havia protegido um traidor, depois disso utilizou o shunpo para seguir Mayuri. Era visível a preocupação em seu semblante sobre o estado da tenente,pois seus sentimentos começara a corromper suas atitudes. Jurou que não aconteceria novamente e em zigue-zague sobre os telhados prosseguiu na caçada.

Estavam se dirigindo justamente ao local mais inapropriado para tal batalha. Inapropriado talvez apenas ao capitão Kuchiki Byakuya. Dirigiam-se ao monte de Soukyoku, que se tratava de uma ponte com o passado até o presente, e lá estavam os dois sobre tal ponte. Mayuri virou-se para encarar o capitão e lhe dirigiu suas palavras venenosas.

-Creio que este é o melhor local, para você fazer justiça com as próprias mãos. Não me leve a mal Kuchiki, eu não estou afirmando que sou um traidor. Somente lhe conheço o suficiente para saber que não importa o que eu diga, pois você não mudará de idéia. Portanto, espero que reflita neste local sobre o verdadeiro traidor que com certeza nos colocou nesta situação bastante inconveniente. 

-Você me trouxe até ao monte de Soukyoku propositadamente? Você é desprezível. Não vejo diferença entre você e Aizen Sousuke junto com seus cúmplices. Eu acho que o único que deveria refletir neste local, deveria ser você por trair a Gotei 13 se aliando ao invasor. Com esta atitude eu posso ter certeza que o invasor possui alguma relação com Aizen e posso deduzir com isto que você também possui. – disse o capitão com forte senso de justiça, fechando os olhos e assumindo uma expressão de indignação.

-Pela última vez, eu não sou um traidor. Desisto. Você não vai acreditar mesmo se eu lhe contar toda a história. Neste local o verdadeiro traidor retirou sua máscara, e ainda fugiu estampando no rosto de cada capitão presente uma expressão de espanto. O que quero relembrar neste local é a tamanha cegueira que assolou os tão poderosos e orgulhosos capitães da preciosa Gotei 13 do qual nós dois fazemos parte. Cegueira esta que agora o está torturando Byakuya. Acorde! Será que você irá cometer o mesmo erro, novamente?Abra seus olhos, enxergue a verdade ao menos uma vez! – insistiu o cientista, esperava convencer Byakuya de desistir da idéia de considerá-lo um traidor, odiava ser comparado ao Aizen e os seus subordinados.

-Certo, abrirei meus olhos. – dizendo isto, Byakuya abriu seus olhos e encarou Mayuri seriamente. – Agora consigo ver um traidor bem na minha frente. – acrescentou, e logo em seguida utilizou o shunpo com a intenção de acertar o capitão com sua lâmina.

-Perca de tempo... – balbuciou Mayuri, e retirou sua zanpakutou de sua cintura emitindo um gás roxo que impediu Byakuya de se aproximar, fazendo o mesmo reaparecer alguns metros de distância do cientista. – Não tenho outra escolha, vou fazê-lo engolir a verdade com o Ashisogi Jizou. – acrescentou o cientista, enquanto desaparecia em meio ao shunpo.  

O capitão do sexto esquadrão protegeu-se com sua lâmina impedindo Mayuri de avançar. As duas lâminas disputavam até que a zanpakutou do cientista novamente emitiu um gás roxo através dos orifícios da face da mesma. Byakuya como já conhecia bem o efeito do veneno, empurrou seu adversário e saltou para trás em seguida evitando ser pego pelo gás tóxico.  

-Ora, você está me evitando Byakuya? Estou ofendido. – provocou o cientista. Não era somente sua zanpakutou que emitia veneno, suas palavras também.

-Hadou nº 31. Shakkahou! – foi a resposta de Kuchiki, emitindo uma poderosa bola de fogo que se dirigiu ao encontro do cientista.

A esfera atravessou o gás venenoso e se dirigiu velozmente ao encontro de Mayuri. Este saltou para longe evitando o choque. Kuchiki já o esperava logo acima e preparou-se para golpeá-lo, contudo o cientista chamou o nome de sua zanpakutou fazendo a mesma emitir uma fumaça de veneno.

-Hadou nº 58. Tenran! – exclamou Kuchiki Byakuya, enquanto fazia um movimento com seu braço esquerdo como se cortasse o ar, fazendo surgir um tornado que se dirigiu aumentando de tamanho gradativamente ao encontro da cortina de veneno gasoso em que Mayuri se encontrava.

-Hadou nº88. Hiryugekizoku Shintenraihou! – pode-se ouvir o grito do cientista de dentro da cortina gasosa. Logo depois, um enorme e poderosíssimo trovão atingiu o tornado desintegrando o mesmo e em seguida atingiu o chão gerando uma imensa explosão.

Kuchiki olhou o cientista com uma expressão de espanto, enquanto o veneno se dissipava devido à forte ventania gerada pela explosão. Procurou manter a seriedade, e lhe dirigiu a palavra:

-Estou muito impressionado. Um hadou de nº 88 tão poderoso invocado desta forma. Realmente este local parece atrair surpresas desagradáveis.

-Você está me comparando a Aizen, novamente? – indagou Mayuri, já irritado com as comparações de seu adversário.

-Ele também foi capaz de invocar um hadou extremamente poderoso sem encantamento. Deve haver algum segredo que ele provavelmente deve ter compartilhado com você. Será que você se tornou um traidor naquela época?Não acredito que fui enganado todo este tempo, mas parece não haver outra explicação.

-Existe sim, seu idiota! Eu sou um cientista, sendo assim eu procuro aprimorar minhas habilidades através do estudo das técnicas. Possuo os meus meios próprios para tal conjuração, aquele verme do Aizen não tem nada a ver com isto. Não tire o meu mérito pela grandiosidade do meu feito comparando-me com ele. Isso é repugnante. E não procure desculpas esfarrapadas para explicar a sua inferioridade nesta luta, você acaba se tornando patético com isso. – Mayuri com tais palavras, expressava claramente seu estado emocional devido ao orgulho ferido. Não iria pegar leve com o capitão que se julgava justiceiro, estava muito irritado e com tal pronunciamento Byakuya também se irritou.

-Você é mesmo despre...

-Por que você está evitando usar sua zanpakutou? Está com medo de elevar a sua reiatsu evitando assim chamar a atenção dos outros capitães?Vamos Byakuya! Você não quer me matar!? Vai precisar me atacar com muito mais para conseguir. Os outros capitães estão bem distantes daqui, pois estamos perto do quartel do comandante Yamamoto. Demorarão a chegar de qualquer forma, terá tempo suficiente para me matar se me atacar com tudo que tem. Talvez você esteja na verdade com medo de chamar a atenção do comandante, não é? – tais indagações foram feitas por Mayuri, interrompendo Kuchiki Byakuya. O cientista percebeu que o mesmo logo depois de ouvir suas palavras apertou seus dedos contra a palma da mão desocupada, transmitindo ódio em sua reação.

-Chire,Senbonzakura. – balbuciou o capitão, colocando sua lâmina em sentido vertical frente ao seu rosto. A mesma logo se desintegrou em pétalas que se dirigiram através do vento em alta velocidade em direção ao seu adversário.

-Isso mesmo Kuchiki.Chame os outros capitães, eles vão adorar presenciar isto. – disse Mayuri, enquanto observava a chuva de pétalas se dirigindo ao seu encontro. – Vamos lá, Ashisogi Jizou! – exclamou em seguida, produzindo por meio de sua zanpakutou através de um rápido movimento, uma imensa cortina de veneno que se dirigiu ao encontro das pétalas velozmente.

As reiatsus dos dois se confrontavam distorcendo o ambiente ao redor, como uma chuva de energia sombria.

O veneno atingiu as pétalas corrompendo-as rapidamente fazendo as mesmas se desintegrarem em seguida. Kuchiki Byakuya não pensou duas vezes antes de conjurar um bakudou para se proteger, que contribuiria para seu próximo ataque.

-Bakudou nº 8. Seki

Uma barreira côncava se materializou perante Kuchiki, protegendo-o do ataque de Mayuri. O veneno a atingiu e imediatamente mudou de direção se dispersando em alguns filetes de fumaça roxa que se reagruparam em seguida para se dirigirem ao novo alvo. Alguns instantes depois, a cortina de veneno atingiu Mayuri cobrindo grande parte da região ao seu redor, prendendo o cientista em uma cortina de gás que o impedia de visualizar seu adversário.

-Droga. – balbuciou Mayuri, enquanto olhava ao redor procurando algum vestígio de Byakuya.

-Paredes da areia de ferro, um pagode sacerdotal, vaga-lumes brilhantes cobertos de ferro. Permaneçam de pé, silenciosos até o fim. – pôde-se ouvir tal pronunciamento de Kuchiki, entre a cortina de veneno que envolvia Mayuri.

-Merda! – exclamou o cientista, olhando para cima.

-Bakudou nº 75. Gochuu Tekkan! – exclamou o dono do encantamento.  

O capitão preso dentro da cortina de veneno assumiu uma expressão de espanto procurando algo entre o gás olhando para cima. Como esperado, algo surgiu fazendo o cientista xingar em um ato de raiva.

-Desgraçado! Eu vou te matar! Kuchiki maldito! Pouco me importa agora se você é apenas um idiota que não enxerga a verdade! Agora estou disposto a luta seriamente com você! Seu idiota! – exclamou, enquanto entre o veneno surgiram 5 pilares de ferro que caíram ao seu redor, prendendo-o em um bakudou de aprisionamento.

O gás aos poucos foi se dissipando até revelar a figura do capitão do 6º esquadrão que se encontrava a uma longa distância de Mayuri.

-Já disse que é inútil tentar me enganar. Eu estou determinado a eliminar qualquer um que traia a Gotei 13, portanto se prepare para sua morte Kurotsuchi Mayuri, pois não medirei esforços em concretizar tal tarefa. – dizendo tais palavras, o capitão colocou sua lâmina na vertical apontando a ponta da mesma para o chão e em seguida pronunciou algumas palavras que fizeram o cientista preso pelo Bakudou estremecer.

-Senbonzakura Kageyoshi. 

Byakuya soltou sua espada, deixando-a cair lentamente até se infiltrar por completo no solo. Logo depois, imensas lâminas foram projetadas atrás de Kuchiki Byakuya progressivamente. Tratavam-se de sua bankai.As lâminas brilharam e logo depois se transformaram em inúmeras pétalas que dispersaram em seguida se dirigindo ao encontro do alvo.

-Não!Droga! Maldito hollow desgraçado que me colocou nesta situação! – Mayuri estava atônito, sentia um ódio inexplicável acompanhado de um calafrio intenso. Seu corpo a emitir uma áurea fazendo balançar os pilares. A áurea tinha uma coloração semelhante ao do gás que já havia desaparecido no ar. Segurou fortemente o cabo de sua zanpakutou e tomou a palavra novamente. – Bankai. Konjiki Ashisogi Jizou! 

Uma criatura amarelada e imensa; com corpo de centopéia e um rosto que lembrava o de um bebê japonês apareceu atrás do cientista, soltando um grunhido agudo. Os pilares foram destruídos logo após o surgimento de tal criatura. Não havia dúvidas de que ela tratava-se de sua Bankai, em que o próprio Ashisogi Jizou participaria da luta junto de Kurotsuchi Mayuri.

A chuva de pétalas se aproximava velozmente do cientista e do novo adversário que se materializara. Contudo, antes de chegar ao destino, foram interceptadas por uma gigantesca onda de veneno que originara da boca e outras regiões do corpo de Ashisogi Jizou.Como eram milhões de pétalas, muitas delas conseguiram adentrar a onda de veneno gasoso continuando o trajeto até os dois alvos.Entretanto, a onda de veneno progredia igualmente se dirigindo ao capitão Kuchiki Byakuya.Os dois ataques finalmente atingiram seus respectivos alvos.

Assim como Mayuri esperava, as reiatsus emitidas pelos dois despertaram a atenção de todos os outros capitães que em diversas regiões da Sereitei se surpreendiam,simultaneamente, direcionando seus olhares ao monte de Soukyoku. 

Neste meio tempo, durante a luta entre o capitão Kurotsuchi Mayuri e o capitão Kuchiki Byakuya, a outra luta entre Zaraki Kenpachi e Ulquiorra também chegava ao limite. Zaraki havia finalmente retirado o tapa-olho que servia como inibidor de reiatsu, impedindo-o de utilizar força total em uma batalha.

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Logo após o Cero de Ulquiorra atingir o capitão do 11º esquadrão juntamente com uma explosão em detrimento das esferas originadas da técnica de Ulquiorra, um turbilhão de reiatsu dourada abriu um feixe espesso no céu, preenchendo-o velozmente. Porém, antes que tal feixe dourado emitido pela áurea que emanava do corpo de Zaraki Kenpachi pudesse atingir um ponto alto no céu suficiente para que outros capitães a enxergassem e a sentissem, as árvores da floresta trataram de absorvê-lo. Os anéis ao redor do caule das árvores próximas de Zaraki brilharam e a energia dourada emanada começou a se deformar. O feixe espesso dourado dançava no céu como se tivesse vida própria, mas na verdade tais movimentos tiveram como causa o esforço dos anéis de absorvê-lo.

O Cero esverdeado havia se desintegrado junto com a fumaça logo após a explosão de reiatsu, revelando o capitão dentro do feixe dourado que se assemelhava a um trovão furioso. Algumas árvores próximas não agüentaram a enorme quantidade de reiatsu e explodiram ao redor do capitão lançando pedaços de madeira e folhas ao redor.

Aos poucos a reiatsu fora controlada, e o grande feixe dourado se convergiu em uma áurea deformada ao redor do corpo de Zaraki Kenpachi, que possuía um aspecto aterrorizante devido ao imenso sorriso estampado em seu rosto. Logo após uma gargalhada intimidante levantou o seu rosto direcionando seu olhar assassino ao seu adversário que assistia tudo aquilo também com um sorriso, contudo discreto. 

-Me sinto tão bem Ulquiorra. Fazia tempo que não me sentia tão bem assim. – disse Zaraki Kenpachi, enquanto pressionava o cabo de sua zanpakutou que estava com a ponta da lâmina apontada para o chão repleto de rachaduras. – Vejo que você também se sente bem, posso perceber o seu esforço para disfarçar teu sorriso. – acrescentou o capitão.

‘É um idiota, está caindo no meu plano. Em breve esta luta terminará e eu serei o vencedor. Não posso discordar de que isto está realmente muito divertido, pois nunca imaginei que enfrentaria tamanho idiota um dia. ’ refletia Ulquiorra, enquanto se esforçava para não levantar suspeitas alterando seu humor. Aquela missão estava afetando-o e isto era claramente perceptível.

Zaraki impulsionou seu corpo e se dirigiu velozmente ao encontro do espada.Ulquiorra retirou sua zanpakutou da bainha novamente e a utilizou como escudo.Juntos, deslizaram alguns metros no chão após o choque das lâminas, e em seguida Zaraki Kenpachi despejou golpes intensos com sua zanpakutou deixando o espada em uma situação complicada, pois a força do capitão aumentara de tal forma que cada vez que sua lâmina tocava a de Ulquiorra, o mesmo podia sentir o impacto por todos seus ossos. O chão sucumbia primeiramente à força do capitão complicando mais ainda a situação de Ulquiorra, que imediatamente tratou de dar um salto com a intenção de fugir dos golpes pesados de Zaraki, fazendo-o atingir o chão que com uma pequena explosão que dispersou fragmentos de rochas no ar. 

O espada podia sentir que seu corpo estava traindo-o, pois todos os membros do mesmo estavam ficando dormentes. Talvez pelo motivo de seus ossos não suportarem o impacto da força monstruosa com que o capitão o golpeava. Não conseguiu se distanciar muito e pousou seus pés sobre o solo a poucos metros de distância. Zaraki logo tratou de persegui-lo novamente erguendo sua zanpakutou para golpeá-lo, parecia que Ulquiorra estava incapaz de se mover velozmente, por isso o capitão conseguiu alcançá-lo facilmente e assim que a sua lâmina se dirigiu ao encontro do espada, este se protegeu mais uma vez com sua zanpakutou. Contudo, desta vez o braço que a segurava não suportou o impacto. Os ossos do braço direito perfuraram a pele de Ulquiorra, fazendo surgir retalhos que expeliram sangue em guinchos. O espada sentia uma dor imensurável, porém expressara tal sofrimento apenas com uma careta, porque odiava escândalos.

A lâmina de Zaraki finalmente conseguiu cortar o peito de Ulquiorra em diagonal, devido à zanpakutou do mesmo que se soltara de sua mão. O sangue jorrou respingando nos trajes de Kenpachi, enquanto o corpo de seu adversário caia lentamente até atingir o chão emitindo uma miniatura de estrondo comparada aos inúmeros que havia ocorrido.

O invasor da Sereitei sobre o chão, expelia por meio de tocidos uma grande quantidade de sangue, em uma atitude desesperada de retomar o fôlego. Zaraki assistindo toda esta cena, lhe dirigiu a palavra através de um tom gelado, assim como o frio que o espada sentia no momento.

-Eu esperava mais de você. – dizendo tais palavras, pôs-se de costa ao invasor que agonizava sob o chão. – Não lhe darei o golpe final, pois desejo que você viva. Quero que você viva para que você se torne forte e quando isto acontecer me procure novamente. – acrescentou o capitão, colocou a sua lâmina sobre seu ombro e caminhou em seguida afastando-se de seu adversário, se dirigindo a uma árvore que aos poucos se reconstituía.

-Espere... – balbuciou Ulquiorra, em meio a tosses roucas expelindo mais uma porção de sangue de sua boca. Com muito esforço conseguiu se reerguer e neste processo não pode segurar alguns gemidos de dor. Sua mão esquerda havia segurado a zanpakutou sobre o chão que o mesmo utilizara como apoio fincando-a no solo para conseguir se levantar.

-Hum... – murmurou Zaraki, virando seu rosto para a direita procurando enxergar o espada com o canto do olho. – Você é persistente, mas essa persistência não serve de nada se você não consegue nem se agüentar em pé.

Ulquiorra mal se agüentava em pé realmente, suas pernas tremiam e às vezes seu corpo balançava ameaçando despencar até o chão mais uma vez.

-Você...vai...morrer... – balbuciou Ulquiorra, tentando erguer sua zanpakutou. Logo em seguida soltou um riso abafado, não conseguiu segurar. – Tozase... – sussurrou o espada, e logo em seguida com um suspiro pronunciou a palavra que liberaria seu poder. – Murciélago. – logo após tal pronunciamento, encarou o capitão com um olhar sério.

Uma imensa energia completamente negra envolveu o corpo de Ulquiorra, e logo em seguida uma reiatsu extremamente pesada dominou o ambiente, fazendo o corpo de Zaraki estremecer.

- O que está acontecendo? – indagou o capitão, mesmo estando a uma boa distância do espada sentia como se o mesmo estivesse muito próximo ameaçando cortar sua garganta com algo afiado. Virou-se em seguida e deu de cara com uma figura estranha. Seu oponente continha: asas negras incomuns, uma roupa branca completamente restaurada, um capacete formado por uma máscara de hollow que possuía dois chifres dos quais tinham origem no centro de tal capacete e o oponente também segurava uma lança de duas pontas afiadas em cada extremidade com sua mão esquerda. O capitão se impressionara com a mudança na imagem de seu adversário, pôde notar que o detalhe mais simples eram os cabelos que se tornaram maiores, e o mais interessante tratava-se de sua reiatsu que aumentara de forma tão brusca que o fez ter dificuldades em se mover.

-Afinal, o que é você? – Zaraki não conseguiu ignorar sua curiosidade desta vez. – Como você conseguiu se curar? – uma nova indagação saiu da boca do capitão que pela primeira vez, duvidara se o sentimento que sentia no momento era o tal medo tão citado por alguns shinigamis.

-Eu? – indagou Ulquiorra, sabia que não poderia revelar, deixaria a revelação para o final. – Eu sou o medo. – acrescentou e ignorou a segunda pergunta.

Zaraki emitiu um som rouco de insatisfação e dirigiu a palavra novamente a criatura alada.

-Não importa, não vou matá-lo, pois você é muito divertido. Eu lhe farei esta pergunta novamente na próxima vez que nos encontrarmos.

-Não haverá próxima vez. – disse o espada em sua forma após a ressurécion, levantou seu rosto, em seguida olhou Zaraki com uma expressão de superioridade e um olhar assassino. – Hadou nº 90. Kurohitsugi. – acrescentou o espada, fazendo o capitão assumir uma expressão de espanto.  

As árvores ao redor de Zaraki começaram a emitir variadas espécies de reiatsus, algumas o capitão reconhecia como as de Kurotsuchi Mayuri, Komamura Sajin, Soi Fong, inclusive a do comandante Yamamoto.

-Mas o que está aconte... – antes que o capitão pudesse completar sua fala, um sarcófago negro em formato de cubo o envolveu. Em seguida pôde sentir inúmeras lâminas esquartejando seu corpo. Logo depois o sarcófago se dissipou revelando o corpo da vítima de um dos hadous mais poderosos existentes, que estava coberto de retalhos, sendo preenchidos e enxarcados com o sangue rubro. A expressão de Zaraki permanecia a mesma de espanto, e permaneceu esta enquanto seu corpo caia lentamente em direção ao chão.

-Se você ainda estiver vivo, deve estar se perguntando como fui capaz de utilizar um hadou mesmo não sendo um shinigami, não é? – indagou Ulquiorra.

-Não...pode...ser... – sussurou o capitão, e em seguida seu corpo finalmente chegou ao solo.

-O meu plano desde o começo tratava-se de fazê-lo liberar toda sua reiatsu para que estas árvores a absorvessem. Se você houvesse usado o seu cérebro, teria percebido que a minha capacidade de controlar a reiatsu é fora do comum, tendo a capacidade de concentrá-la em qualquer região que eu deseje para utilizá-la em algum fim. Não possuo a habilidade de controlar apenas a minha reiatsu. Para controlar uma desconhecida basta que ela não esteja sobre o controle de alguém, como era o caso das que estavam presas a estas árvores. – explicou o espada, caminhando em seguida,lentamente, até o corpo de Zaraki. – Como eu possuo dados referentes aos shinigamis, eu conheço todos os tipos de kidous utilizados por eles. Mas este kidou me é especial, pois Aizen-sama sabendo desta minha habilidade me treinou para utilizá-lo através da manipulação de reiatsus de shinigamis armazenadas em recipientes. Aizen-sama ordenou a um dos espadas chamado Aaroniero Arruruerie que produzisse tais recipientes para meu treinamento. – continuou a explicação, iria recomeçar a falar, porém percebeu que o corpo do capitão emitiu um espasmo, pensou que talvez fosse apenas uma convulsão devido à perda de sangue e tomou a palavra mais uma vez. – O seu erro Zaraki, foi ter me trazido até este local, pois eu precisaria simplesmente acumular uma enorme quantidade de reiatsu de um shinigami nestas árvores, para poder utilizá-la junto com as que já estavam armazenadas para gerar um hadou deste nível. Aizen-sama me disse que se eu conseguisse utilizar este hadou algum dia, eu poderia derrotar qualquer capitão que me ameaçasse. Sou muito grato a ele por ter me treinado e também sou grato a esta habilidade, porque assim que Aizen-sama a descobriu começou a me tratar como o seu principal subordinado. 

Ulquiorra sentiu uma forte onda de reiatsu vindo de algum local distante, percebeu imediatamente que uma das reiatsus pertencia ao capitão Kurotsuchi Mayuri.

-O que está acontecendo? Aquele cientista está lutando contra alguém. – logo após tal pronunciamento, percebeu que a reiatsu decaiu muito, quase desaparecendo. – Foi atingido? Será que está morrendo? Eu preciso matá-lo antes que os outros capitães cheguem ao local e ele conte o objetivo de minha missão. Merda! Se ele fizer isto, terei mais dificuldade em roubar a zanpakutou do comandante. – disse o espada, e assumiu uma postura de reflexão. - Matarei o inimigo dele também, pois sua reiatsu também está quase desaparecendo – acrescentou, assim que percebeu que estava conversando sozinho, pois Zaraki não estava consciente, calou-se. ‘Preciso me apressar. ’ – refletiu mais uma vez, em seguida desapareceu em meio ao sonido se dirigindo ao monte de Soukyoku.


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Notas finais do capítulo

Esta seria a minha nota final do último capítulo postado antes da minha prima fazer a cagada de deletar a fic:

Bom...eu pensei inúmeras vezes sobre a maneira como Ulquiorra venceria esta luta...desde o primeiro capítulo eu estava com essa idéia na cabeça...resolvi postá-la mesmo assim mesmo arriscando um comentário de alguém me chamando de lunático kkkkk...deixei minha imaginação me guiar no restante mas este detalhe do Hadou que foi o mesmo que o Aizen utilizou na fuga dele no passado estava na minha mente a muitoooo tempooo....

Este capítulo foi grande deste jeito pois eu gostaria de presentear aqueles que desejavam um capítulo longo e emocionante...fiz tudo para que este capítulo se tornasse emocionante...mas não sou eu que julgo e sim vocês...portanto eu espero comentários viu? Espero todo tipo de opinião...

—--> O que mais me irritou nisto tudo, foi a cara de sonsa que ela fez kuando disse "eu apertei isso aki pra fechar a janela mas não fechou oh..." tentando fingir que fez por acidente...

—-->Perdi as preciosas reviews T_T...