O Desafio de Aizen Reeditando escrita por Blitzkrieg


Capítulo 16
Capítulo 16: Traidor


Notas iniciais do capítulo

Parecia não haver outra forma, o capitão Kurotsuchi Mayuri havia chegado a conclusão de que deveria agir diretamente na raíz do problema para poder capturar aquele estranho invasor, que o deixara em uma situação desconfortante.



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Enquanto ocorria a luta entre Zaraki Kenpachi e Ulquiorra, Kurotsuchi Mayuri finalmente chegara ao departamento de tecnologia. Durante o caminho, havia tomado a iniciativa de planejar algo que o beneficiasse na captura do estranho invasor, sendo este o motivo de seu andar vagaroso até o local aonde se encontrava no momento. Logo após adentrar o departamento, e gritar com os seguranças cobrando mais atenção lembrando-os do ocorrido, se dirigiu ao centro de pesquisas onde provavelmente sua tenente estaria aguardando-o.

-Capitão, seja bem-vindo. Como foi a reunião? – disse Nemu, após avistar Mayuri atravessando a porta de metal que logo fechara atrás do mesmo.

-Uma droga, como todas as outras. – disse Mayuri, aproximando-se de Nemu e dos cientistas que estavam sentados em suas poltronas, digitando teclas no teclado do computador que possuía uma enorme tela.

O capitão com uma expressão de tédio se posicionou ao lado de Nemu frente á grande tela, e a fitou com um olhar atento. Corria os olhos por todos os números que apareciam e todas as barras que eram preenchidas lentamente.

-Como está o andamento do backup? – indagou Mayuri, olhando para os cientistas nas poltronas que estavam de costas para ele.

-Estamos fazendo o possível capitão, para apressarmos o procedimento, porque o backup ainda está entre 2 a 3%. Sinto muito por não conseguir apressar mais que isso. – disse um cientista, que possuía um rosto semelhante à de um anfíbio, enquanto aumentava seu ritmo de digitação.

-Tivemos que cancelar os comandos dos computadores que estavam analisando as informações dos experimentos referentes ao projeto da criação dos novos gigais. – observou um cientista jovem, que possuía uma mecha de seus cabelos presa por um elástico no centro de sua cabeça. Este cientista já fora comparado inúmeras vezes com oficial do 4º esquadrão chamado Hanatarou, devido à semelhança de personalidade.

‘O backup está muito lento, eu terei de aplicar outra estratégia para conseguir prender aquele hollow esquisito. ’refletia Mayuri, enquanto analisava o trabalho dos cientistas na tela.

-Vocês cancelaram aquele meu projeto secreto? O que tinha a ver com o novo corpo em que eu estava trabalhando? – indagou Mayuri.

- Não capitão, eu achei melhor não interferirmos naquele projeto, porque ele é de grande importância para o senhor, pois após a conclusão dele o senhor poderá se tornar mais forte com aquele corpo. – disse Nemu, direcionando seu olhar para o perfil de Mayuri.

-Ele está concluído? – indagou Mayuri, olhando-a com o canto do olho.

-Não, não está. - respondeu a tenente.

-Droga!Muito bem Nemu, venha comigo. – disse o capitão, em tom autoritário.

-Sim, capitão. – disse a tenente, e acompanhou Mayuri em seguida enquanto o mesmo se retirava do local.

Juntos se dirigiram para o portão de saída. Nemu estando logo atrás do capitão, avistava o número escrito em japonês correspondente ao seu esquadrão nas costas do mesmo enquanto refletia. ‘No que será que o capitão está pensando?Eu gostaria tanto que aquele invasor fosse capturado, para que tudo pudesse voltar ao normal. Espero que não aconteça nada de ruim com ele, pois eu não suportaria chefiar o departamento sem sua presença, e logo o comandante tomaria a atitude de nomear outro capitão em seu lugar. Se isto acontecesse, eu provavelmente iria pedir que me desativassem, pois eu não seria capaz de servir outro sem ser o capitão Kurotsuchi Mayuri.’

Os dois seguranças que protegiam o portão despediram dos dois com uma reverência demonstrando respeito. Mayuri como de costume ignorava-os, enquanto Nemu correspondia o ato atrasando-se mais um pouco, deixando Mayuri impaciente.

-Vamos Nemu! Hoje a noite será longa. – exclamou o capitão, sem olhar para trás.

-Certo! – exclamou a tenente. Esta frase do capitão deixou Nemu preocupada, não sabia o que se passava na mente insana de Mayuri.

Nemu logo depois tratou de se apressar e logo após uma pequena corrida continuou a caminhada ao lado do cientista. Refletiu mais uma vez, e com um pequeno esforço finalmente soltou as palavras que procuraram perfurar a muralha do capitão.

-Capitão, desculpe a pergunta, o que o senhor está planejando? - indagou a tenente, encolhendo-se através do instinto que já conhecia a personalidade do cientista.

-Roubar o cajado. – respondeu, impressionando Nemu que por pouco não tropeçou em uma pedra.

-O quê!? Roubar o cajado!? –indagou a tenente, com uma expressão de espanto. Assustara-se com duas coisas, a primeira se tratava da forma direta do capitão tê-la respondido sem agredi-la verbalmente, e a segunda tratava-se do conteúdo da resposta. Estava em dúvida, se aquele era mesmo seu capitão.

-Não seja escandalosa! Isso é irritante. Fale baixo quando tratarmos desse assunto, e não tem porque se espantar com isto, pois é a única atitude que posso tomar no momento levando em conta a lentidão daquele backup.

-Está bem... Compreendo. – disse Nemu, tentando manter a face serena para não aborrecer o capitão, pois agora sem dúvidas aquele era seu capitão.

Caminharam em direção ao quartel do comandante Yamamoto, logo em seguida com um salto os dois pousaram sobre um dos telhados dos casarões que estavam próximo do quartel, para poderem observar melhor uma das janelas de um dos cômodos da imensa propriedade do comandante. A lua cheia parecia acompanhá-los nessa espionagem, pois a mesma se encontrava logo atrás do capitão e sua tenente, expressando um brilho característico.

-Aqui estamos. Primeiro, vou lhe contar o que tenho em mente, pois precisarei da sua ajuda. – disse Mayuri, olhando para Nemu que se encontrava ao seu lado.

-Muito obrigada, farei o possível para ser útil capitão. – com tais palavras, preparou-se para ouvi-lo.

-Devido à aparição daquele hollow insolente em meu laboratório; você deve se recordar muito bem das palavras ditas por ele, o único meio de atraí-lo até mim será roubando o cajado do comandante, assim como ele me ordenara. Não tenho outra escolha, a não ser seguir com o plano do hollow mutante, pois somente assim poderei capturá-lo. Eu não sou forte o suficiente para derrotar o comandante e assim roubar o cajado, portanto eu terei que utilizar outros meios.– explicou Mayuri, e logo em seguida retirou do bolso de dentro de seu harou um frasco com uma substância de coloração verde. – Uma vez o comandante me disse que possui uma confiança imensa em seu tenente Sasakibe Choujirou, a ponto de confiá-lo todas as noites a sua zanpakutou.Assim que eu ouvi tamanha idiotice, eu logo perguntei ao comandante o porquê de entregar sua zanpakutou para que alguém a protegesse, pois ele poderia ser atacado durante a noite sem que pudesse revidar simplesmente por sua zanpakutou não estar próxima.Ele simplesmente sorriu, e me disse em um tom irritante de superioridade, que esta é a forma que ele encontrou para compensar a frieza com que muitas vezes tratava seu tenente, porque não conseguia se aproximar dele como deveria um mestre, pois se fizesse tal coisa perderia o senso crítico.Como se não fosse o bastante, o comandante ainda colocou a mão sobre meu ombro e disse que eu deveria fazer o mesmo, pois assim como ele eu não conseguia demonstrar afeto a ninguém. – acrescentou Mayuri, assumindo uma expressão de desprezo enquanto examinava a substância esverdeada atentamente, erguendo-a enquanto concluía sua fala.

-Eu não sabia disso capitão, o senhor concorda com o comandante? Digo... – indagou Nemu, logo tratou de consertar o estrago que fizera, mas ao mesmo tempo não gostaria de deixar passar a oportunidade, sendo assim prosseguiu mesmo sabendo que aborreceria o capitão com suas palavras. – Você acha que existe alguma forma de um capitão se aproximar de seu tenente sem perder a autoridade? Concorda que existe uma forma de um capitão demonstrar afeto e desenvolver laços com um tenente sem que isto possa comprometer o desempenho dos dois em uma missão? – acrescentou a tenente, abaixando seu rosto em uma atitude de inferioridade e tristeza.

-Hum...concordo com o argumento de que existem meios de um capitão se aproximar de um tenente com o preço de perder seu senso crítico comprometendo assim a hierarquia. – disse o capitão, atingindo Nemu com suas palavras desoladoras. – Entretanto, eu acredito que um capitão pode expressar seu afeto de inúmeras formas, sem ter que ser necessariamente algo com a intenção de desenvolver laços ou até mesmo algo agradável ao próprio tenente, talvez agindo assim o capitão consiga se aproximar sem comprometer a hierarquia. Mas, vamos prosseguir com a explicação do plano Nemu, esta conversa idiota não nos levará a nada... - disse Mayuri, e em seguida caminhou alguns passos para frente ficando de costas para a tenente.

Nemu estava chocada com as palavras do capitão, refletia se todas as atitudes cruéis que Mayuri tomara em relação a ela de ofendê-la verbalmente ou de humilhá-la, correspondiam na verdade a forma do capitão demonstrar o seu afeto a ela.

-Esta substância, trata-se de um alucinógeno hipnotizante muito poderoso, a pessoa que inalar o gás gerado logo após o contato do líquido com o ar atmosférico terá alucinações que alterarão o estado mental. Qualquer outra pessoa que esteja próxima poderá ordenar qualquer coisa à vítima e esta obedecerá imediatamente até o efeito terminar. Sendo assim, poderemos fazer com que o tenente do comandante traga o cajado para nós, sem se lembrar depois de quem o ordenou a fazer isto. Para conseguirmos realizar este plano, teremos que entrar dentro do quartel e lançar o frasco próximo do Sasakibe. – explicou Mayuri.

-Certo, eu me infiltrarei no quartel e tratarei de jogar o frasco para o senhor. – disse Nemu.

Mayuri retirou com sua mão desocupada um monóculo eletrônico de seu bolso, com ele pôde perceber que o comandante Yamamoto ainda se encontrava em sua sala de trabalho fazendo algumas anotações, enquanto o tenente Sasakibe estava em outro cômodo conversando com alguns shinigamis.

-Lá está Sasakibe.Pronto Nemu, agora poderemos... 
 Mayuri não concluiu sua fala, pois fora interrompido por um conhecido que com apenas uma palavra imobilizou o seu corpo completamente, tal palavra era:

-Senbonzakura.

Uma chuva de pétalas se dirigiu ao capitão Mayuri, porém antes que tal chuva pudesse acertá-lo, uma pessoa a bloqueou com seu corpo.

-Cuidado Capitão! – exclamou Nemu, e logo em seguida as pétalas a atingiram esquartejando o seu corpo.

Mayuri mal havia conseguido rotacionar o seu corpo, devido à agilidade do acontecimento. Desta vez era Nemu que estava de costas para ele, pôde ouvir alguns sussurros emitidos pela voz fraca dela chamando-o antes de seu corpo cair sobre as telhas bruscamente banhando-as de sangue. Seu olhar não desviou para avistar o corpo, sendo assim logo após a queda de Nemu, o capitão avistara o responsável por tudo aquilo, tratava-se do capitão do 6º esquadrão Kuchiki Byakuya como ele já esperava, por ter ouvido o chamado familiar de seu ataque agora a pouco.

-Você... – balbuciou Mayuri.

As pétalas retornaram para a base do cabo da zanpakutou de Byakuya, cobrindo um rastro que em seguida revelou ser a lâmina da mesma. O capitão do 6º esquadrão dirigiu a palavra a Mayuri:

-Você e sua tenente não passam de traidores, pois estão colaborando com os planos do invasor. – disse Byakuya, olhando Mayuri seriamente. – Eu não deixarei você roubar a zanpakutou do comandante para entregá-la ao invasor. Quem desobedece às regras merece ser eliminado, eu não esperava que você fosse um traidor assim como Aizen, Ichimaru e Tousen, por um momento eu quase preferi ignorar o seu relato de agora a pouco, mas percebi que este tipo de atitude poderia ter fortalecido a revolução de Aizen no passado, por isso não deixarei que traidores como você sobrevivam! – acrescentou.

-Você entendeu tudo errado Kuchiki... – disse Mayuri, procurando amenizar a sua situação.

-Chega de mentiras, você não vai me enganar novamente Mayuri.Desta vez eu farei justiça com as minhas próprias mãos, portanto prepare-se para morrer traidor, eu não terei nenhuma pena de você. - disse Byakuya, e logo em seguida começou a caminhar em direção á Mayuri.

-Eu e minha boca grande... – sussurou o cientista, guardando o frasco em seu harou e em seguida preparando-se para atacar colocando sua mão no cabo da zanpakutou que se encontrava em sua cintura, porém logo desistiu do ataque.


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