Seus Olhos escrita por MayMalfoy


Capítulo 9
Capítulo Oito




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Momentos depois estava em meu carro, zumbindo para a casa dos Malfoy. Estava feliz que papai ficara do meu lado em todo esse assunto de Charlie e o jantar, mas a visão de minha mãe chorando ainda me fazia sentir doente. Coloquei meus débeis alto-falantes no máximo. Tinha encontrado uma fita cassete do Queen no chão de meu quarto, honestamente, algumas coisas simplesmente apareciam ali.

Sem surpresa, o portão estava aberto e esperando por mim quando cheguei. Engoli saliva, pulando para fora de meu carro sem olhar o relógio. Subi as escadas e olhei, quando a porta abriu-se, Marly estava parada na entrada. Já tinha seu pijama Care Bear com uma surrada manta amarela pendurada sobre seu ombro. Olhou-me com olhos brilhantes, obviamente podia sentir que tinha algum entusiasmo digno ao ir para a cama mais tarde.

Entrei no vestíbulo, inclinei-me e perguntei. — Onde está seu irmão?

Piscou e assinalou para a escada de caracol.

Girei para ver Draco descendo as escadas com sua mão sobre o ombro de Chris. Ele parecia, bom, realmente bem. Isso era o melhor em ―semi-formal. Ele usava umas calças cáqui suave e uma camisa azul, com o botão superior do pescoço sem abotoar. Também tinha sua marca, óculos de sol preto e seu cabelo estava ligeiramente despenteados. Sua cabeça estava em minha direção e ruborizei-me conscientemente, sentindo como se estivesse me olhando diretamente, embora não fosse possível.

Chris inclinou-se para o ouvido de seu irmão e sussurrou ruidosamente. – Parece que ela pensa que você é lindo!

— Cala a boca! — Estalei.

Escutando-me, Draco colocou um sorriso brilhante e meu estômago retorceu-se estranhamente em resposta. Baixou a escada inferior e estendeu sua mão, que peguei e pressionei contra meu braço. Enquanto ele ajustava o domínio, a Sra. Malfoy apareceu. Sorriu para nós e disse. — Bom, espero que vocês dois divirtam-se.

— Mãe, é só um ensaio. — disse Draco.

— Sim, mãe, não é como se fosse um encontro, — estalou Chris.

Por um momento, sua mãe e eu movemo-nos incomodamente, depois de uma recordação não tão sutil do porquê eu estava ali. Dei um passo para a porta, atraindo Draco, e disse. — Bom, dessa maneira não terás que esperar por ele.

— E você recebe um cheque de pagamento. — Acrescentou a Sra. Malfoy.

Ela e eu compartilhamos um sorriso terrivelmente incômodo, e eu saí pela porta com Draco. Respirei uma vez que estávamos sentados em meu carro. — É bom estar fora desse lugar, uh?

— Sim. — Draco esfregou o queixo com a mão enquanto eu trazia vida para meu Camry. — Então, sabe como chegar a Hogwarts?

— Uhum. — coloquei meu carro na entrada. Nunca estivera lá dentro, mas por ser uma nativa de Grayfield, sabia como chegar lá.

— Chegaremos atrasados, — disse de maneira casual. Logo ficou em silêncio e eu soube, simplesmente soube, que estava esperando que dissesse o porquê.

Tentei ficar tranquila enquanto o silêncio fechava-se. Concentrei-me nas luzes ricocheteando sobre o escuro caminho... Escutei o suave tamborilar da chuva enquanto começava a cair sobre o capô de meu carro... E, em uma torrente de palavras, cedi. — Foi minha família! Há dez anos, meu irmão saiu de casa. Tinha minha idade. Nunca voltou e, sei que soa estranho, mas mamãe tem esses jantares memoriais para ele que não posso evitar. E simplesmente saí, embora não tivéssemos chegado à sobremesa.

— Do que você está falando? — Interrompeu Draco.

Estúpida. Estúpida. Estúpida. Por que abrira a boca? Tinha dito muito. Tentei cobrir meu vômito de palavras. — Nada.

Draco virou para mim. – Não, isso foi alguma coisa. Algo sobre seu irmão e a sobremesa?

Ele realmente sentia curiosidade ou era um mentiroso muito convincente. Sacudi minha cabeça, perguntando-me como poderia explicá-lo. — Minha família está louca.

— Minha família... Não sabe da metade disso. — Deu um pequeno sorriso.

O quê? Alguém não foi aceito em Harvard? Respondi pouco convincente. — Oh, de verdade?

Mudando descaradamente de tema, Draco disse. — Provavelmente deveria saber, nunca houve uma declaração oficial.

Franzi a testa. — Hã?

— Uma declaração oficial ao corpo estudantil de Hogwarts. — suspirou. — Do que aconteceu comigo.

— Nunca disse nada a eles?

Ele disse com desdém. — Bem, Hogwarts não é uma escola muito grande e minha mãe conhece as pessoas do conselho estudantil.

— Deixá-lo nas mãos do moinho de rumores... Essa é sempre a maneira de proceder. — burlei.

— Oh, eles são profissionais.

Encontrei a entrada da Hogwarts, que estava marcada por uma letra dourada enorme. Meu carro rangeu quando virei para o estacionamento. Imediatamente enfrentei a compreensão de que eu parecia ser a única que tinha, entre os quase quarenta veículos, o único carro que valia menos de $ 0 mil. Cuidadosamente deslizei minha Camry entre um Hummer e um Ferrari.

Draco e eu caminhamos ao redor da Hogwarts por uma calçada bordada com arbustos bem cuidados e sem uma só erva daninha. Pelas luzes no estacionamento, podia ver que o cimento estava inesperadamente vazio de cigarros ou inclusive de velhos chicletes, diferente de minha escola. Viramos na esquina, para frente da escola, e ofeguei ante a vista. O colégio Hogwarts era lindo em um estilo gótico, um edifício impressionante de obra de pedra cinza talhada. No meio do circular avanço. Tinha um pequeno parque com dois carvalhos velhos e uma estátua de mármore de uma pantera, a mascote da escola.

Enquanto nos aproximávamos das pesadas portas da entrada, uma limusine preta estalou ao parar na entrada. A porta do carro abriu-se e pude escutar uma garota gritando. — Poderia voltar em uma hora? Não posso imaginá-los alongando isso por mais tempo. — A loira subiu e olhou-nos brevemente, antes de concentrar-se em ajustar sua saia justa. — Não estão felizes de que está quase terminando? — Olhou para cima de novo, por mais tempo, e sua boca abriu-se. — Draco?

Ele assentiu em sua direção e eu movi meus pés incomodamente.

— Oh meu deus! Você está aqui! — ofegou e logo olhou-me, levantando uma sobrancelha ante minha saia camponesa. — Quem é você?

— Sou Hermione Granger. — Estendi minha mão e tentei sorrir.

— Astoria Greegrass. — Apertou minha mão fortemente e sorriu com um sorriso perfeitamente falso. — É um prazer.

Podia dizer pelo brilho em seus olhos que tinha um milhão de perguntas que queria fazer-me, mas Draco disse. — Já estamos atrasados. Devemos entrar.

— Tem razão. — Arrastei-o para frente.

Astoria abriu a porta e disse. — Bom, tenho certeza que conversaremos mais tarde, Hermione, — antes de precipitar-se no interior.

Entramos em um corredor comprido com um tapete azul marinho. Tapete, qual colégio tem tapete? Claro, não era felpudo, mas ainda assim era antinatural. As paredes sustentavam centenas de placas de excelência em vários esportes e em excelência acadêmica. Mais abaixo o corredor escurecia-se, e pude ver armários pintados de vermelho escuro com portas de madeira fechadas. De verdade, o lugar lembrava mais um escritório que uma escola.

A mão de Draco inesperadamente deslizou de meu braço para envolver minha cintura. Tremi quando respirou em minha orelha. — Apenas finja.

Oh, eu podia fazer isso. Espera... O que estamos fingindo?

Não tive a oportunidade de responder. Eu estivera seguindo Astoria à distância, então quando virou em uma esquina e entrou em uma sala à direita, eu também o fiz. Assim que entramos, todo mundo no interior virou-se para nos olhar. Senti-me passar por todos os tons de vermelho enquanto Draco aproximava-me ainda mais. E logo soube o que estávamos fingindo tão claramente como se tivesse me dito: estamos deixando que seus colegas de classe reconhecessem que ele não estava cego, que estivera em alguma aventura misteriosa com uma garota misteriosa. Eu, o apoio.


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