Seus Olhos escrita por MayMalfoy


Capítulo 4
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Heeey (: estão bem?



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Detectando meus pensamentos, ou talvez pelo golpe da porta, a Sra. Malfoy apareceu. Ela tentou sorrir. — Oh, Draco sairá. Falarei com ele esta noite. Por que não volta amanhã?

Com minha expressão em branco, assenti em resposta. Claro, tudo seria melhor pela manhã. Esse não seria um mau trabalho. O primeiro dia sempre é o pior. Claro, não era um dia... Foram apenas dez minutos. Coloquei os dedos entre os cabelos e suspirei ao pensar nele.

Enquanto saía da casa, um forte vento beijava meu rosto. Mas, quem acredita em presságios, de qualquer modo?

Depois de desligar o carro, fiquei sentada por um minuto e observei a casa de minha família. Levantava-se em toda sua glória de estilo rancho, com revestimento de lascas de madeira. Comparada com a dos Malfoy, nossa casa parecia uma caixinha. É engraçado, não tinha notado isso antes. Dei de ombros, pegando minha bolsa e minha carta amassada no assento do passageiro. Enquanto caminhava até a porta de entrada, eu já podia cheirar a queima de incenso de patchouli .

— Hermione? É você?

Quem mais sabia que nossa casa estaria sem chave na metade da tarde? Ri enquanto minha mãe saltava da cozinha, com um pincel em uma das mãos e com gotas de amarelo pelos braços. Seu vestido dashiki estava forrado com uma grande variedade de cores já secas que se desprendiam do algodão como neve em arco-íris. Levava o cabelo recolhido em uma trança frouxa que tinha colocado sobre um ombro. Rapidamente coloquei minha carta em minha bolsa, e perguntei. — Está redecorando?

— Claro. — Ela me beijou e pude sentir a tinta úmida manchando minha bochecha. – Na próxima sexta-feira é o aniversário, então estou acrescentando um sol na parede da sala. A casa tem que aparecer boa para seu irmão.

Charlie. Meu irmão mais velho que saiu de casa antes de sua formatura no colégio e nunca tinha se estabelecido. Supostamente esse era seu grande ato de rebelião. Sabia pelas cartas que me enviava secretamente que ele estava bem, mas nunca ia voltar para Grayfield. De maneira nenhuma. Não importa quantas vezes mamãe pusesse um lugar para ele na mesa de jantar. Ela não queria acreditar.

— Certamente, — disse e ofereci um sorriso.

— Como foi sua entrevista?

Fiz uma careta e tentei escapulir dela, para meu quarto. — Oh, bom... Uh, deram-me o trabalho e... — Todas as formas que pensei para descrever o que tinha concordado em fazer soavam estranhas, mas segui em frente mesmo assim. — É um garoto cego e de minha idade.

Ela inclinou a cabeça para um lado. — O garoto que vai cuidar?

— Draco. Sim. — Assenti. — Eu o levarei a alguns lugares, divertir-me-ei com ele, esse tipo de coisa.

Sem um momento de hesitação, minha mãe sorriu. — Oh, um namorado novo. Que maravilhoso, Hermione!

Apertei os dentes. — Isso não é o que eu...

— Acha que esse amarelo é muito claro para o sol? — Mamãe já estava distraída, com a testa franzida para a ponta de seu pincel.

Com uma das mãos em minha bolsa, disse gentilmente. — Deixa-me colocar isso em meu quarto e logo te ajudarei a pintar. — Antes de passar por ela. Amava minha mãe até morrer, de verdade, mas ela sempre tinha essa habilidade de viver a um passo de distância da realidade. Um passo onde ela podia acreditar no romântico sonho de que Charlie viria para casa e iria falar maravilhas de seu novo mural.

Se eu pudesse engarrafar aquela aula de otimismo, teria a vida solucionada.

Zumbindo ao longo do caminho em minha Camry na manhã seguinte, pude ver o sol meter a cabeça preguiçosamente atrás de uma nuvem cinza inchada. Olhei o céu e quis que o dia fosse brilhante.

Meus mocassins, que tinha indefinidamente banido os meus Chucks para meu quarto, pressionaram o acelerador. Era perto das onze horas, então ainda considerava uma manhã, mas esperava que meus novos patrões concordassem. Justamente quando parei na porta dos Malfoy, esta se abriu. Achei isso muito alarmante e rapidamente saí de meu carro para a porta principal.

Chris estava na porta e disse com indiferença. — Mamãe está esperando-te na sala.

— Obrigada, menino. — Passei uma das mãos sobre sua cabeça fofa quando passei. Ouvi-o dar um pontapé e queixar-se. — Ei. — mas eu já estava colando um grande sorriso em meu rosto quando me encontrei com a ansiosa Sra. Malfoy. Comecei. — Desculpe. Deveria ter vindo antes...

— Oh, está bem. — Seu sorriso vacilou e ela fez um gesto para o sofá. — Por que não se senta? — sentei e ela continuou. — Falei com Draco, ele pode ser muito cabeça-dura. Temo que ele esteja predisposto contra você. Foi o mesmo com todos os demais, os especialistas, os livros e tudo...

Franzi a testa. De maneira nenhuma eu perderia minha oportunidade em Evanston por causa de algum pirralho! — Espere. Quer dizer que está cego há dois meses e não aprendeu a adaptar-se a tudo? Só está deprimido por ai?

A Sra. Malfoy moveu-se incômoda. — Bom, ele é um adulto...

— Então não sei se você deveria permitir que ele escapulisse das coisas como um menino! — disse um pouco entusiasmada demais. Contendo-me, falei com firmeza. — Só dessa vez, não escute Draco. Vocês contrataram-me para um trabalho, deixe-me fazê-lo.

— Quer cuidar de meu irmão? O que aconteceu com você? — perguntou Chris, apoiando- se na quina da parede para olhar para a sala.

Lancei olhares assassinos em sua direção.

— Christopher John, isso não te envolve! — espetou a Sra. Malfoy. Uma vez que o diabinho tinha se perdido de vista, disse lentamente. — Acho que tens um ponto. Inclusive se só sentar com ele, não estará sozinho...

— Bom! — pulei colocando-me de pé antes que ela tivesse a oportunidade de mudar de idéia. — Onde ele está? No armário de novo?

— Não, — murmurou Chris, que estava no corredor com os braços cruzados. — Está em seu quarto porque pensou que você não voltaria.

Segui-o, enquanto se dirigia para as escadas e meditei. — Então, o truque do armário foi por minha causa?

Podia sentir o menino revirando os olhos. — Não. Ele faz isso cada vez que está irritado ou deprimido, o que acontece muitas vezes.

Esse garoto sabia um pouco. Enquanto subíamos as escadas, perguntei-me de que outra maneira ele podia ajudar-me. Passamos pela porta do infame armário, a qual estava fechada mais uma vez, mas meu estômago ainda tinha a sensação de náuseas. Demos uma volta no canto onde tinha visto Draco desaparecer. Chris deteve-se a frente de uma porta no corredor e agitou as mãos freneticamente, como se eu não tivesse percebido de quem era o quarto.

Prontamente me senti como se estivesse perturbando, andei na ponta dos pés até a porta. Olhando para Chris, apontei o interior e gesticulei. — Vai entrar?

O rosto do menino abriu-se em um sorriso malicioso e varreu a cabeça de um lado ao outro completamente. — De maneira nenhuma!

Fulminei-o com o olhar e, ainda tentando fazer silêncio, entrei no quarto. O quarto de Draco era facilmente três vezes o tamanho de meu. Inclinado contra a parede minha direita tinha um bastão branco, do tipo comprido e fino que eu nunca pensara que pertencesse a alguém de minha idade. Tinha algo sombrio sobre esse quarto. As paredes brilhantemente brancas não tinham uma só imagem, quem não tem algum tipo de decoração nas suas paredes?


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Notas finais do capítulo

é isso (:
rewiens? (:



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