Because, I Love You. escrita por


Capítulo 13
O Beijo do Penhasco.


Notas iniciais do capítulo

Quem é Maria, Tony? E o penhasco não significou nada pra você? Tony, doce Tony... IUSHDIUASHDSAIUDHASIUDH tantas perguntas pra vocês. Eu fiz esse capítulo para começar a esclarecer algumas coisas, na verdade pra poder dar inicio no que a web significa mesmo, enfimmmmmmmm, espero que gostem desse capítulo... Ta tão fofinho.



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O Tony me puxou para andar, até pararmos em uma clareira, parei do lado dele anestesiada. Era ainda mais gostoso o cheiro ali, as árvores, o barulho dos passarinhos, o silencio. Eu podia me conectar comigo mesma ali...

– Bonito né? - a voz do Tony quebrou o meu momento mágico, me virei para encara-lo ainda confusa. - bonito, não é? - ele repetiu a pergunta.

– É. - eu murmurei ainda chocada com o lugar. - muito, muito bonito. - eu disse sinceramente.

– Eu costumava vim aqui... - ele parou o frase no meio e estalou os lábios como se tivesse feito a maior besteira da vida dele. O encarei sugestiva e ele sorriu. - eu adoro esse lugar. - sorri, me virando pra frente de novo.

– É lindo, eu nunca entre aqui... Tinha medo de me perder. - eu dei alguns passos para frente e me ajoelhei pegando na grama, aquele lugar me trazia uma paz imensa. Era impressionante como o contato com a natureza fazia isso comigo...

– Tem mais coisa pra te mostrar. - o Tony disse ajoelhando na minha frente. - vem comigo? - eu soltei a grama e o encarei, saímos correndo em disparada para perto do penhasco, paramos uns metros antes e encarei a paisagem. - olha o sol. - o Tony fechou os olhos, não estava tão sol assim, tinha uma brisa fresca.

O sol batia lentamente em seu rosto, mostrando como sua pele branca era ainda mais branca, os olhos dele tinham o tom de mel quando em contato com o sol, ele tirou o chapéu e eu pude ver os pequenos cachos caindo sobre seu rosto, ele sorriu pra mim... Era impressão minha ou seu sorriso era ainda mais bonito assim?

– Não é lindo?

– É sim. - afirmei.

E eu não estava me referindo a paisagem.

Os olhos do Tony me encararam como se me avaliando e eu embolei os dedos nas mãos, virando o rosto pra frente, ele mexeu no meu cabelo de leve, tirando do meu ombro e pondo para trás, deixando o meu pescoço a mostra, eu senti seu corpo se aproximar ainda mais do meu e sua respiração próxima do meu pescoço, seus dedos deslizaram pelo meu pescoço como se parar sentir minha pele, ele fungou levemente e fechou os olhos.

– O cheiro se mistura com o barulho das folhas... - ele beijou o meu pescoço de leve me fazendo arrepiar. - e com o barulho das ondas batendo lá embaixo nas pedras. - Tony sorriu. - quando sinto seu cheiro, me sinto em casa... De alguma forma. - ele se afastou um pouco de mim.

– O que quer dizer? - perguntei com a respiração falhando.
Tony soltou uma risada baixa, descontraída, seu chapéu caiu no chão e ele me virou para si.

– Que quero muito te beijar. - ele puxou minha cintura para ele lentamente, eu iria. Mesmo que ele não me puxasse, eu sabia que eu iria. Seu nariz roçou no meu e eu via aquele sorriso brincalhão brincando por seus lábios, seus dedos subindo pelo meu pescoço até a minha nuca e se entrelaçando aos meus cabelos e então finalmente seu beijo. Eu gostaria de me lembrar desse beijo por muito tempo, o beijo do penhasco.

~*~

Eu me senti tão confortável, ali deitada sobre seu peito, não falávamos nada, mas eu sabia que não precisava. Eu gostava do silêncio agradável das folhas balançando para lá e para cá, do cheiro de maresia que vinha do mar batendo no penhasco, eu gostava disso tudo. E confesso, gostava muito.

– Estamos aqui a muito tempo. - Tony quebrou o silêncio de repente.

– E eu estou demitida. - eu disse rindo, virei o rosto pra encara-lo e ele sorriu.

– Não, eu estou acostumado a ser sempre o culpado. - dei de ombros e virei o rosto encarando a paisagem de novo, o sol já se punha e eu nem estava com fome, na verdade acho que pela primeira vez eu queria adormecer ali. No penhasco. - eu nem te elogiei. - ele disse rindo.

– Hãn? - perguntei confusa e virei o rosto para olha-lo de novo.

– Pela roupa, está bonito. - ele sorriu sincero.

– Ah, você gostou? - perguntei me sentando de pernas de índio.

Sim, ficou charmoso em você. - ele puxou um fiozinho do meu short e logo em seguida me encarou.

Eu gostava quando ele me encarava assim, eu podia ver que em seus olhos tinha muito mais do que ele mostrava. Ele tinha um charme, não que ele não fosse estupidamente bonito, ele era, mas ele tinha aquele maldito charme nos olhos, como se pudesse enxergar o que quisesse, a hora que quisesse. - Desviei meus olhos dos dele.

– Sua mãe se parece muito com você. - eu disse deitando novamente sobre seu peitoral.

– Nem um pouco. - ele disse rindo.

– Parece sim. - eu afirmei.

– Não, não parece. - ele disse agora sério.

– Eu digo fisicamente. - tentei argumentar.

– Não, eu pareço mais com o meu pai. - ele disse baixo.

– Não. Com a sua mãe. - eu ri. Ele puxou meu rosto para olha-lo.

– Teimosa, com o meu pai. - antes que eu pudesse responder, ele me beijou.

E era assim, sempre que eu sentia o hálito dele perto demais do meu, eu não conseguia discutir. Na verdade, eu nem queria discutir. Beijar ele era bom demais para perder tempo discutindo por coisas bobas.

Eu tinha certeza que gostávamos mais dos nossos silêncios do que das nossas conversas, eu conseguia entender o Tony quando ele estava em silêncio, porque quando ele falava eu ficava em dúvida... Ele podia mentir olhando nos olhos?

Ele conseguia ser diferente da maioria, sendo igual a minoria. É, eu sei. É tão confuso.

– Precisamos voltar Ana. - Tony quebrou o beijo com um sussurro pesado.

– Mas já? - perguntei fazendo bico. Ele sorriu.

– Você é tão... Linda. - sorri largo.

Era o primeiro elogio que ele me fazia. Eu sei, eu sei. É tão bobo, mas é tão...

– Não sei, acho que é o seu rosto... Ou alguma coisa nele. Tipo, é estranho. Sei lá. - ele riu da própria confusão, mas eu estava tão vidrada nos seus olhos, olhos aqueles que não o deixavam mentir.

Olhem nos olhos dele e percebam se aquilo é realmente verdade. Você também pode entender no sorriso, quando ele está brincando o sorriso brinca no canto dos seus lábios como o de uma criança que vai fazer algo muito errado, e quando ele fala sério, o sorriso se expande, deixando claro que ele não sabe se aquilo é realmente verdade pra você, mas é verdade pra ele.

Tony é tão poético.

Claro, e idiota.

– Vamos, precisamos ir. Tenho um compromisso sério. - ele se levantou e estendeu a mão para eu pegar na sua.
Tive vontade de perguntar: que compromisso? Segurei o impulso de ser espaçosa.

– Vamos, eu só preciso pegar minha bolsa. - eu disse olhando em volta, vi ela perto de uma árvore, andei calmamente até lá, quando me abaixei para pega-la, Tony me agarrou pela cintura e eu gritei de susto, ouvi uma risada gostosa, animada atrás de mim e ele saiu correndo para perto da onde o carro estava, ele parou um pouco antes se folego, mas rindo muito. - eu me assustei! - eu bati a bolsa em seu braço, ele se encolheu ainda rindo.

– Foi muito engraçado seu grito. - ele disse puxando minha cintura.

– Não! Não foi engraçado Antony! - eu segurei a risada.

– Foi sim, admita. Você também achou muito engraçado.

Bati no seu braço de leve e passei os dois braços pelo seu pescoço, quando nossos rosto se aproximaram demais um do outro, meu celular tocou quebrando completamente a magia do momento.

Maldito celular.

– Alô? - atendi.

– Ana, cadê você? Cadê o meu carro? - era Carolina, ela estava estérica.

Eu já estou chegando. - afirmei me soltando de Tony e indo para o banco do passageiro enquanto ele já ligava o carro.

– Agora! - ela gritou e desligou o celular, suspirei pesado e entrei no carro.

– Chegaremos lá em um minuto. - Tony disse sorrindo para mim e alisando minha nuca por cima do cabelo. Encostei no banco enquanto ele dirigia, não dissemos uma só palavra durante o caminho. Não quis dizer e ele pareceu entender meu silêncio como um: Eu também não estou afim de conversar. Não demorou nada e nós chegamos na frente da ONG, ainda tinham muitos carros estacionados, a festa duraria por muito, muito tempo ainda.

– Enfim... - eu disse baixo.

– Festa. - ele disse suspirando.

– É. - eu disse o olhando.

– Eu tenho um compromisso, não vou poder ficar. - ele se explicou, sorri de lado.

– Tudo bem, só você explicando pra sua mãe... - ele assentiu, então ouvi forte batidas no vidro e era Carolina com os braços cruzados, Tony foi o primeiro a sair do carro, eu sai em seguida, ela me encarou sugestiva.

– Onde você estava? - ela perguntou brava.

– Ela foi me buscar, dê um tempo Carol. - ele piscou para ela e me puxou pela mão para entrar.

A primeira pessoa que vimos foi sua mãe. Ela sorriu aliviada e Tony sorriu pra mim de lado. Andamos até lá, sem as mãos dadas e ele apertou a mão de algumas pessoas.

– Antony, esse é o fundado da... - parei de ouvir o que as pessoas falavam quando um garoto com uma roupa estranha entrava no recinto, ele me puxou pela mão para fora da ONG. O Reconheci, era o amigo do Tony.

– Ei! - puxei meu braço.

– Calma menina, calma. - ele riu. - preciso que me faça um favor. - ele disse sério.

– O que? - perguntei curiosa.

– Fala pro Tony que a Maria ta esperando ele no carro. - ele piscou.

– Quem é Maria? - perguntei impulsivamente.

– Sou eu. - a garota de cabelos loiros até a cintura apareceu atrás dele, ela usava um short rasgado preto com alguns pingentes pendurados, uma blusa branca dos beatles curta que deixava a mostra o seu piercing no umbigo e um tênis preto. Ela me olhou de cima a baixo e eu me senti diminuída tipo cem por cento.

- Então, vai lá chamar meu pequeno grande garoto. - ela disse animadamente. Sai andando lentamente até a entrada da ONG, Tony vinha andando ao meu encontro, me abraçou e me empurrou pra fora.

– Já falei com a minha mãe, vamos dar o fora daqui? - ele perguntou baixo no meu ouvido.

– Não dá, a Maria está ai. - eu disse o mais ironicamente e baixo que consegui, ele me soltou abruptamente e virou o rosto para o outro lado, a garota loira tinha os dois braços cruzados e nos encarava.

– Tem algum problema aqui? - ela perguntou alternando entre olhar para Tony e para mim.

Eu podia dizer para ela em alto e bom tom: "Claro que tem querida, você não está vendo que você está sobrando?"

– É, tem algum problema Tony? - perguntei o olhando.

Uma garota incomoda muita gente, duas garotas incomodam muito mais...


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Notas finais do capítulo

Música da Taylor que combina demais com esse capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=Uh5p1atkOSQ

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