Because, I Love You. escrita por


Capítulo 12
Nosso lugar favorito.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Tony e Ana u-u
anwt SAHDIUSHDIUSAHDSAIUDHS nos próximos eu prometo surpresar mais... digamos quentes. HUMMMMMMMMM.



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Eu acho que eu não deveria me sentir assim... Digo, estar vestindo uma roupa bonita para ir a ONG só porque ele estaria lá. Foi só um beijo Ana, só um maldito beijo que não me deixou dormir a noite passada inteirinha.

Me olhei no espelho pela milésima vez, o.k. As minhas pernas eram brancas demais devido a eu odiar tomar sol. Eu odiava minha bunda por ela ser grande demais. Meu corpo era horrível, me sentei no chão na frente do espelho quando ouvi batidas na porta.

- Você ainda está ai? – era a Carolina. A encarei confusa por alguns segundos. – Ana, é hoje lembra? Conhecer os organizadores da ONG... – levantei num pulo.

Droga, era hoje! Eu estava ansiosa por esse dia há meses e simplesmente me esqueci...

- Eu preciso colocar uma roupa... – ela me olhou.

- Não dá tempo, coloque o tênis e vamos! – ela me jogou o meu all star vermelho e eu me olhei no espelho mais uma vez, uma blusa de caveira que parecia ser maior do que eu, um short meio esfarrapado e um all star vermelho de cano médio, não era bem a roupa adequada pra encontrar os organizadores da ONG.

- Mas Carol, eu não estou apresentável. – ela sorriu me olhando.

- Você se vira no meio do caminho, vamos! – ela me puxou para a porta.

Não, eu não me virei no meio da caminho, como eu iria me virar no meio do caminho? Não tinha nenhuma roupa, fui do jeito que eu estava mesmo. Me sentindo cada vez pior quando eu via o vestido lindo e de seda que a Carolina usava. E eu ali naquela roupa toda esfarrapada. Me senti a pior pessoa do mundo.

- Eles vão me odiar. – eu murmurei.

- Vão nada, você está... – ela me olhou sugestivamente. – épica. – ela riu.

Odiava o humor negro da Carolina, sorri de lado. Ela queria fazer com que eu me sentisse péssima e ela estava conseguindo, mas não iria deixar ela fazer isso comigo. Me arrumei no banco arrumei minha blusa. Logo estaríamos no evento e eu não gostaria de fazer feio. Apesar de estar feia.

~*~

POV Tony.

- Antony, você está nos atrasando. – minha mãe entrou no meu quarto sem bater na maldita porta.

E a porra das aulas de etiqueta? Ela enfiou no cu. Eu sei, eu sei. Meu humor estava péssimo.

- Eu? – perguntei rindo. – você ainda está procurando a porra do seu casaco. – gritei irritado. Ela ignorou qualquer falta de educação ao ver minha roupa.

- Você vai com... Isso? – ela perguntou me encarando perplexa.

O que é que tinha demais na minha blusa do Beatles com minha calça de lavagem escura e minhas botas de coro?

- Eu vou. – respondi sorrindo.

- Mas nunca! – ela gritou indo para o meu closet.

- Você não vai achar nada ai. – eu disse sorrindo vitorioso, peguei meu chapéu em cima da cama e coloquei na cabeça.

- Tem que ter alguma roupa que presta aqui! – ela disse vasculhando meu closet.

- Isso são roupas que prestam pra mim. – eu disse encostando no batente da porta e a olhando.

- Isso são trapos! – ela pegou uma blusa regata preta que eu tinha.

- Para você. – eu disse pegando a blusa da mão dela e enfiando de volta na gaveta, a puxei pelo braço para fora do meu quarto.

- Antony... – ela se virou pra mim.

- Pela milésima vez, meu nome é Tony! – gritei, ela me encarou chocada. – vamos pra essa merda de ONG logo! – desci as escadas. – estou esperando vocês no carro, merda! – fechei a porta da entrada com força e acendi um cigarro, traguei fundo.

Me lembrei da noite de ontem em flashs. Uma parte em especial me fez sorrir e apagar o cigarro. O beijo com a Ana. – sorri de lado. – ela tinha uma bela boca. Sabia o que fazia, apesar de não demonstrar nada.

O.k. Vou admitir, ela tinha um belo corpo por trás daquele jeans feio e daquelas blusas de velha. Ela tinha uma bela bunda. E que bunda. Senti vontade de rir, logo ouvi as vozes altas que me tirou da minha linha ilusória e me virei dando de cara com meus pais e minha irmã mais nova vestidos como se fossem para uma festa de gala, revirei os olhos e virei o rosto para o lado oposto da rua.

- Você tinha mesmo que usar essa blusa horrível? – minha irmã perguntou pra mim baixinho.

- Com certeza. – sorri ironicamente e fui até o carro entrando no mesmo. Fernanda ficou falando com seu namorado no celular por mais alguns minutos e depois entrou no carro atrás de mim, meus pais discutiam algo do lado de fora que eu não fiz tanta questão de escutar.

- Fumando de novo? – Fernanda perguntou pra mim.

- Sempre. – respondi sem humor.

- Tony, porque você não arruma uma namorada? – a olhei incrédulo. – é sério, ta na hora de sair dessa vida de aprendiz de marginal... Logo você vai ter que assumir a empresa do papai... – abri a porta do carro saindo do mesmo.

- Antony onde você vai? – minha mãe gritou.

- Vai tomar no cu. – eu disse acendendo um cigarro e tragando fundo. Soltei a fumaça e deixei minha mãe e minha irmã me gritando para trás.

A sensação de deixar os problemas para trás é tão bom... É quase como fumar maconha depois de ter tomado um bom gole de tequila, a sensação é libertadora.

~*~

POV Ana.

Meu coração parecia que ia explodir, mais uma vez.

Pai. O.k

Mãe O.k

Filha mais nova O.k

Tony...

Não consegui ver o Tony, a mãe dele cumprimentou algumas pessoas e depois se aproximou de mim, me olhando de cima a baixo, seu sorriso falso foi o que mais me atingiu, me lembrei de quando Tony se referia a ela.

- Querida, você é a assistente social do meu filho? – ela perguntou baixo.

- Sim. – respondi confusa.

- Então vá atrás dele e traga-o aqui. – ela alisou meu rosto. – se não você nunca mais vai trabalhar com ONG’s. – ela sorriu amavelmente. – tem meia hora. – então ela saiu.

Não! Eu não faria isso por ela, eu faria... Faria porque droga, eu queria vê-lo. Disquei o número dele e quando ia desligar, ele atendeu.

- Alô? – ele disse sério.

- Sou eu, cadê você? – perguntei irritada.

- Também estou bem Ana e você? – ele disse mais animado.

- Tony estou falando sério.

- Eu também. Estou completamente perdido. – ele disse rindo.

- Antony... – eu disse respirando fundo.

- Vem Aninha, vem comigo! – ele gritou rindo.

- Pra onde? – eu perguntei confusa.

- Para o céu. – ele desligou. Maldito.

Só havia um lugar no mundo que ele podia estar se referindo, a montanha. A merda da chance dele estar lá, era uma em um milhão. Era o meu lugar predileto e um ogro como o Tony não estaria lá. Peguei a chave do carro da Carol escondido e sai de lá. Dirigi quase uma hora até lá e estacionei perto das árvores, senti o cheiro da madeira entrar pelas narinas, as folhas rolando no chão, as árvores balançando, fechei meus olhos e entrelacei meu corpo com as mãos... Aquele costumava ser o meu lugar favorito no mundo todo.

- Você me achou... – ouvi a voz rouca dele no meu ouvido, me virei abruptamente saindo do meu pequeno sonho.

- É. Aqui é o meu lugar favorito. – eu disse séria.

- Meu também. – ele sorriu agora sincero.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei me afastando dele um pouco.

- Fugindo da festa desses chatos... – ele deu de ombros.

- Vou ser demitida por sua causa. – fiz careta.

- Não vai não. – ele me olhou e eu senti seu hálito chegando perto do meu. – vem? Vamos nos divertir.

Ele me puxou e sabe lá Deus pra onde ele ia me levar, eu só sabia que queria ir com ele...


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Notas finais do capítulo

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