Jeff The Killer escrita por jellybells


Capítulo 3
Capítulo 3 - Jane, the Killer


Notas iniciais do capítulo

yoooo o/ esse capítulo não é narrado pelo Jeff, mas pela Jane (a mãe da primeira vítima) que mais tarde vai se tornar a maior inimiga do Jeff... então, aproveitem!



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JANE

Estava chorando no canto do meu quarto. Não conseguia acreditar... minha filha estava morta. Minha querida filha, que tanto amei e cuidei durante tantos anos. Não pude vê-la indo para escola. Não pude a ver pedindo ajuda com o dever de casa. Se formando. Se casando.
Não conseguia acreditar... Minha filha...
Lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos. É tudo culpa daquele desgraçado... Sua face dele com certeza não é humana. Eu queria me vingar. Eu tinha que me vingar daquele infeliz.

Lá estava ele, na minha cozinha, com sua face demoníaca virada para mim.
Ele falou alguma coisa, não consegui entender. Mas ele estava na minha casa. Peguei uma faca que estava no balcão, e afundei ela no seu peito.
Eu tinha matado o maior assassino de todos os tempos. Mas, quando fui virar o corpo, não era ele. Era meu marido.
Mas como? Eu jurava que era ele, a quem chamavam de Jeff, the Killer. Eu tinha visto ele no meu marido.. Não era.. o Jeff.
Fui correndo para o banheiro para vomitar, depois de vomitar todo meu almoço e parte do jantar de ontem, me olhei no espelho.
“Jane, você é uma assassina. Você deve matar o assassino.” Uma voz ecoou na minha cabeça.
- EU NÃO SOU UMA ASSASSINA! NÃO, EU NÃO SOU! NÃO...! – gritei em voz alta, para mim mesma. – MERDA! EU NÃO SOU UMA ASSASSINA, NÃO! NÃO, NÃO, NÃO, ISSO NÃO PODE SER VERDADE!

Dei um soco no espelho, que fez ele rachar. Aquela não era eu, não  podia ser eu... Meus olhos ficaram negros. Seria mais uma alucinação?
“Seus olhos estão mostrando quem você realmente é Jane, você não pode negar, você é uma assassina. Um demônio”.  

- NÃO!!
“Gritar não vai adiantar nada.”
- EU NÃO QUERO SER ISSO, EU NÃO POSSO!
“ Você matou seu marido Jane.”
Lágrimas quentes começaram a rolar nas minhas bochechas
- O QUE EU FIZ? O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO?
“Jane, Jane... você não quer se vingar? Não quer caçar quem fez isso com você?
Foi o Jeff, e você sabe muito bem disso.
Ele matou sua filha, ele matou várias crianças.
Milhares de pais sem seus filhos.
Milhares de mães chorosas,
De pais tristes,
Sem razão para viver.
Se vingue Jane.
Por você, por eles...
Pela Júlia.”
Pela.. Júlia. Eu ia matar, ia caçar. Sangue inocente seria derramado. Mas ele vai ser morto. Ele vai morrer, nem que seja a última coisa que eu faça.
Pela Júlia.



Outro dia, caça ao Jeff. A polícia estava me procurando, matei meu marido. Mas não foi minha culpa, ele que me fez assim. Ele matou minha filha. Eu quero vingança.
Entrei pela janela de uma casa de família, acho que vi Jeff por ali. Me escondi dentro de um armário empoeirado, era um quarto de bebê. Consegui ouvir o choro dele, por sorte não conseguia falar. Não ia me entregar. Uma voz de mulher falou, distante:
- Querido, acho que Leroy sujou as fraldas. De novo.
- Tá, eu troco. Esse bebê não para de cagar, que droga! – o homem entrou no quarto, pegando o bebê no colo – Carinha, acabei de trocar suas fraldas, por que está chorando.
O homem verificou a fralda do bebê, estava limpa. Gritou para sua mulher que ele deveria estar com fome.
Fiquei ali umas duas horas, já era dez da noite. Hora de agir. Andei cautelosamente até a sala, onde os dois assistiam ao noticiário, o bebê estava dormindo.
Tirei minha faca do bolso, andei até eles.
- Q-Quem é você? O q-que v-você quer?  - O homem perguntou, gaguejando.  Ele fitava meus olhos negros. Não adiantava fingir, eu sei que ele é o Jeff. Sei que está contribuindo com ele, pensei.
- Não vá dormir, você não vai acordar – Disse, cortando seu pescoço. Andei até a mulher, que estava chorando.
- Não machuque meu bebê... Por favor... – Arranquei seu último suspiro, afundando a faca em seu estômago. Ela morreu quase imediatamente.
Fui até o quarto do bebê, levantei minha faca. Ele me olhou com uma cara assustada, estava dormindo. Acho que eu o acordei.
“Você não é tão má assim. Você não é ele, Jane” pensei comigo mesma, abaixando minha faca. Peguei um papel e uma caneta em cima de uma mesa, comecei a escrever um bilhete para o Jeff, caso ele visse.

Saí pela porta dos fundos.
Não importa quanto sangue inocente seja derramado, eu vou encontrar você Jeff.


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Notas finais do capítulo

essa é uma releitura COMPLETAMENTE diferente da Jane original, nessa versão eu retratei ela como a mãe de uma vítima do Jeff, não sua vizinha e tal. Quis mostrar também, que Jane e Jeff são parecidos. Não foram eles que fizeram isso consigo mesmos.