Mais um dia. Mais vítimas. Não consigo me controlar, realmente não consigo. Por que? Ora, a sociedade me criou desse jeito, como disse antes.
 

Estava correndo no meio de uma floresta, sangue em minhas mãos, policiais me perseguiam. Pobres coitados, não tem como eles me pegar, eu sou invencível. Nada pode me deter, nada pode me parar...
Continuei correndo, mudei a direção, fui para um esconderijo. Uma caverna, coberta de folhas, musgo, lama. Uma caverna suja que quase não dava para perceber. Eles não me encontrariam ali por algum tempo.
Ouvi passos apressados, sirenes. Cachorros latindo.
- Eu acho que ele foi por ali! – um policial gritou, apontando para direção oposta de onde eu estava.
Eles correram naquela direção. Idiotas.

Então, Jeff ganhou mais uma vez! Mas isso não era uma surpresa, afinal eu era o melhor assassino de todos os tempos. Ah, ah, ah! Como era divertido ver outras pessoas me procurando, e falhando.
 

Gostava de ver a reportagem de meus assassinatos nos jornais, me divertia com isso. Levantei a gola do meu casaco até a boca, para que não vissem meu “sorriso”, coloquei uma touca e andei de cabeça baixa, até a praça. Dei algumas moedas para o vendedor de jornais, peguei um.

Criança de 7 anos é morta em casa

Julia Merk, uma garotinha de apenas 7 anos foi assassinada em seu quarto, enquanto dormia por um assassino de sangue frio. “Ele tinha um sorriso estranho, sangrento” diz o pai, sobre o procurado assassino “Olhos enormes... Bem, não sei direito. Não o vi muito bem” continua a mãe, Jane: “Só sei de uma coisa. Vou buscar vingança. Fique alerta, seu infeliz! Eu vou te procurar até o fim do mundo se for preciso!” Conseguimos entender o sofrimento dos pais (...)

Há, essa é boa! Essa babaca queria me matar? Justo a mim? Queria ver ela tentar! Não me preocupei com isso. O que ela faria para mim? No máximo me encontraria, falaria alguma besteira antes da minha faca cortar seu pescoço. O que já era improvável, ninguém nunca me encontrou.

De volta ao meu esconderijo original, peguei meu computador (na verdade tinha roubado ele de um garotinho que eu matei a algum tempo) Tinha postado um vídeo falando minha história, como uma creepypasta. O engraçado é que acham que não é real, e eles veem o vídeo mesmo sabendo que eu consigo rastrear seus IPs! Rastreei um IP, não ficava muito longe de onde eu estava...
Cheguei a casa da vítima, era um menino de uns 13 anos. Estava  no computador, vendo uma espécie de desenho. A última coisa que ele veria em sua vida.
- VAI DORMIR DANNY! – ouvi sua mãe gritando, mesmo estando do lado de fora da casa espiando pela janela. O garoto respondeu indiferente:
- Já vou mãe. – o garoto suspirou e apenas desligou o monitor.
A mãe dele entrou no quarto, ele fingiu que estava dormindo. Ela o beijou na testa, saiu do quarto deixando apenas uma fresta aberta.
Depois de um tempo, quando ele se certificou que ela já estava longe do seu quarto, ele se levantou e ligou novamente o computador.  Ele estava distraído, abri silenciosamente a janela, pulei para dentro e fiquei de pé ali. Ele estava tão intertido no seu desenho que nem percebeu que eu estava ali. Decidi brincar um pouco com ele. Peguei uma fita que estava em cima de sua cama, coloquei sob sua boca, abafando o grito do menino.
- Aah, que feio. Desobedecendo a sua mãe, rapaz?
O menino começou a chorar, implorando para eu poupar sua vida.
- Vá dormir.
Foi a última coisa que eu ouvi antes da minha faca afundar em seu peito, exatamente como tinha feito com minha vítima anterior.
Saí correndo dali, só ouvindo os passos apressados da mãe em direção ao quarto de seu filho,  logo em seguida, gritos de lamento.

Jeff, o assassino venceu novamente.