Subtítulo: Sabe Aqueles Sonhadores?

— Merda... Essas correntes sugam meu Gonion. Se não fosse isto, eu já teria me libertado! - comentou Krystal, no centro de uma instalação de metal que a prendia no vão entre a torre de um castelo e a outra. E nesta, haviam várias estacas fortificadas com magia de elemento fogo - qualquer movimento em falso contendo magia, Krystal seria destroçada e perfurada por todos eles. Era uma armadilha inversa.

                                                             * * *

— Ei! Mago desconhecido, fique mesmo onde estás. Esta é a fronteira de Madeon e não podemos deixar alguém passar antes mesmo de revistar ou conhecer os motivos. - destacou um dos três comandantes, que acabaram de ser promovidos, a Brian - que estava querendo passar. Seu plano era derrotar os Saints para poder vendê-los. Mas para quem e para que recompensa?

— As estrelas pedem para mim que recuse seu pedido. - respondeu

Brian, respirando e inspirando profundamente; como se passasse mal.

— Se eu fosse você eu voltaria. Temos permissão para atacar.

Brian se afastou , dando as costas para os guardas. Eles ficaram confusos.

Estavam todos no grande muro que rodeava toda Madeon, uma forma de evitar muambeiros. A cada vinte metros de muro, haviam três guardas. Mas por algum motivo, dentro dos sessenta metros, só tinham ali três: Inuck, Clockman e Jaj!

Inuck entre os três tinha uma máscara que cobria metade de seu rosto. Metade da boca ficava para fora, assim como apenas um olho. O nariz estava coberto. Algo referente a acidentes e queimaduras na parte coberta.

Estava vestindo uma camiseta normal, sem mangas, preta com uma cruz de ponta cabeça no meio - roxa. Uma calça colorida com rasgos que mostrava sua pele clara. Estava descalço e segurando um cajado com uma estrela na parte superior e uma lua cheia na inferior. O cajado tinha cor roxa, um pouco mais escura que sua calça.

Clockman, usava um sobretudo cor de ouro, uma corrente de prata, um boné com um cifrão da moeda local - o boné estava inclinado para direita, mostrando que Clockman tinha um humor mais avariado do que os de seus amigos. Não usava nenhuma arma.

Jaj, estava sentado sobre um trono feito de uma espécie de madeira preta, em cima de uma tartaruga de cinco metros de largura por dois de altura. Tinha uma tatuagem de carta de baralho - copas - no centro de sua testa. Careca de olhos claros, ao contrário dos outros; todos possuíam olhos castanhos, mas em tons diferentes.

Brian, longe, pegou uma faca e encravou no chão, sobre a vegetação alta:

— Dança das Estrelas: Nível 1!

— O que ele pretende, mano? - perguntou Clockman, com uma voz fina e engraçada.

— Não sei. Há muito tempo alguém não encara a Guarda Fronteira de Madeon.

A magia de Brian escureceu os céus, fazendo ficar a noite mesmo estando no meio da tarde. O céu, repleto de estrelas, emitiu meteoros de luz contra os três guardas, que corriam para todos os lados tentando desviar. Jaj é protegido bem na risca por sua tartaruga enorme, chamada Turty.

— Pelo bem de Madeon devemos agir! - declarou batalha, Inuck.

E os meteoros não paravam de cair.

Não eram tão grande, afinal, só faziam buracos na terra com aproximadamente um metro de diâmetro por dois de profundidade. No caso, primeiro nível, como explicitou o nome da magia.

Brian viu que não deu resultados à magia e para impedir que eles retrucassem com magias mais fortes, ele elevou o nível da Dança das Estrelas. Afinal, para fazer parte da Guarda Fronteira de Madeon [GFM], primeiramente os alunos eram promovidos a Magos Instrutores e depois iriam pra GFM; que nada mais é uma forma, alem de proteger, de avaliação. Dessa, o melhor mago virava Comandante - um forte título pra quem deseja se tornar Presidente ou Senhor da Magia - os famosos Senmans:

— Dança das Estrelas: Nível 2!

Os meteoros paravam de cair, porém alguns seres vivos saiam das crateras que foram formadas pelos meteoros anteriores. Se pareciam com aranhas, mas não tinham desenho específico. Eram brancos por completos, e grandes.

Jaj foi o primeiro a emitir uma magia:

— Rugido de Água - Turty!

Sua tartaruga abriu a enorme boca enrugada e lançou um estrondoso projétil contínuo de água. Não uma água comum, mas uma que fizesse nosso organismo se auto-rejeitar e expelir sangue pelos poros.

No mundo mágico, é inútil fazer um mago perder muito sangue.

Automaticamente o Gonion se torna sangue e reserva a quantidade perdido. O que resulta mesmo é a fraqueza. Quanto mais sangue perdido, mais Gonion reposto e mais fraco fica o oponente. Esse o objetivo da magia da tartaruga Turty.

Brian corre e salta por cima do projétil - por tampouco o acertando.

Chegava mais perto da tartaruga cada vez mais. Quando estava próximo o suficiente, ele a beijou no casco - um pouco antes do dono perceber e chutar o infeliz, que saiu "rasgando o chão".

— Ele beijou minha Turty? - Jaj ficou irritado.
Brian olhou nos olhos de Turty e sussurrou:

— Amplitude, respeito e rejeição de autoria. Turty, seja minha... Posse das Estrelas!

Jaj, viu que Turty mudou após Brian sussurrar a estranha frase que nada mais era que uma citação de magia. Turty renegou seu dono, correndo rápido para ficar ao lado de seu novo dono: Brian.

— Turty!!

— As estrelas redefiniram a autoria desse animal. Turty, me passe a escritura de suas magias.

Brian colocou a mão sobre o casco dela e fechou os olhos. Começou a passar uma lista imaginária dos enormes e variados poderes do tal animal.

Foi o suficiente para Brian fazer a combinação perfeita de duas magias: Rajada de Água Infernal e Trovejada!

O projétil de água quente, correspondente à magia de Turty, mais os raios e a luz forte, da magia de Brian, acertaram os três magos - deixando quase aniquilados. Uma forte explosão aconteceu ao atingir os três alvos, quebrando o muro de Madeon - que tinha mais de duzentos metros. Os destroços caiam muito perto do local da batalha, ali.

Nenhum dos três guardas haviam mais Gonion o suficiente, pois eles repararam a falta de sangue, salvando suas vidas.

— Sinto que não vou mais precisar de você, Turty!

Brian, sem remorso nenhum, pegou o cajado de Inuck e encravou na Turty, a matando lentamente. Seus gritos de dor mexeram com Inuck, o dono do cajado. Ele se levantou:

— Você não vai destruir nossos sonhos. Queremos ser Comandantes. Esse é o nosso sonho em comum. Você acabou de inibi-los, e eu não vou deixar isso barato. Mesmo que eu tenha que me sacrificar, vou realizar pelo menos os sonhos de meus dois primos.
Inuck estava sangrando pela boca, mas seu ódio aumentou seu Gonion. E Brian percebeu isso, estando dentro de Madeon - à metros da fronteira.

— As estrelas não irão te conceder esse desejo. Não sonhe quando não poderá realizar suas convicções. Ser promovido a troco de um rótulo. O que isso ajuda na sociedade?

— Quem é você para falar em ajudar ágüem? Você derrotou meus primos, matou Turty e destruiu o muro de proteção de Madeon. Sabe que conseqüências isso vai trazer?

— Sei que o que eu fiz me ajudou no meus objetivos. Me derrotar não vai ajudar nos céus, e sim retardar a destruição de algo concreto. O mundo está cheio de guerras, e Madeon não vai escapar. Nenhum escapa.

— Chega de suas balelas...

Inuck se calou e pegou seu cajado que Brian tinha fincado no animal, que já estava morto:

— Magia Proibida: Invocar Nidhogg!

Brian arregalou seus olhos após o enorme dragão surgir de um buraco negro feito do céu.

— Você invocou... Um... Dragão?

Mal sabiam eles que esse ato de Inuck trouxeram conseqüências até para os Saints que estavam ali. Ronan, Libra e Esmerald, nos seus devidos lugares, desmaiaram. Algo terrível estava pra acontecer, afinal: um dragão foi invocado.

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