Everything I Would Do For You escrita por Julia Serra


Capítulo 9
*Capítulo 9*


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para voces aproveitarem.
Xoxo
-Jas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/336666/chapter/9

                                    Capitulo 9

- Pegue isto. – Minha irmã disse me entregando um comprimido e um copo de agua. – É aspirina, vai te ajudar a melhorar antes que o papai perceba.

- Como eu vim parar aqui? – Eu perguntei tomando o comprimido para ver se essa minha dor de cabeça infernal passava.

- Um táxi te trousse até aqui, e um garoto chamado Ryan me ajudou a te trazer pra cima. – Ela abriu um sorriso malicioso. – Quem é Ryan? – Ela perguntou de um jeito provocativo.

- Ele é... – Eu não consegui responder, pois não me lembrava direito quem ele era. Então todas aquelas imagens voltaram á minha cabeça. Ryan e eu nos beijando, Peter batendo nele, eu chorando e só. Eu me lembrei também de algo que aconteceu antes de tudo isso, aqui em casa, quando eu ainda estava muito lucida. – O que está acontecendo entre você e o Adam? – Eu perguntei, me sentando na minha cama para observá-la melhor. Eu percebi que ela estava com cara de confusa e só então me lembrei de que para ela, ele não se chamava Adam. – Clarice eu preciso que você preste atenção. – Eu falei vendo se ela estava me acompanhando. -O “Christopher” mentiu para você. Ele, na verdade, se chama Adam, é o namorado da minha melhor amiga, a Natalie, se lembra dela? – Como eu percebi que ela não iria responder eu continuei. – Fica longe dele entendeu?

- Você quer saber o que eu entendi? Que você chega bêbada em casa, com 16 anos, e pede para eu terminar com a única pessoa que me fez sentir viva depois que o Patrick terminou comigo. – Ela parecia estar mais do que irritada. – Então ao menos que você queira que o papai descubra o real motivo de você ter faltado na aula hoje, é melhor você parar de se meter no meu namoro. – Dito isso ela virou as costas e foi embora do meu quarto, obvio, batendo a porta. Logo depois da minha irmã sair, meu celular tocou lá no banheiro. Fui me arrastando até ele e apertei o botão “atender” sem nem ver quem estava me ligando.

- Alo? – Eu falei com voz de quem acabou de acordar.

- Ai meu Deus, Juliet, você está bem? – Era a Ticia, que para mim e minha cabeça dolorida, parecia estar gritando do outro lado da linha.

- Estou Ticia, estou. - Ai, do nada, todas aquelas lembranças voltaram a minha mente como se fosse um raio fazendo um estrondo. – Onde você estava ontem à noite? – Eu falei meio chorosa. Que saco eu já estava cansada de chorar, mais era meio involuntário.

- Eu tinha ido com o Frederik até a dispensa, pegar alguma coisa, só que nós ficamos muito ocupados para pega-la. – Ela falou dando risos abafados.

- Não acredito! Você transou com o garçom sexy na dispensa? – Eu perguntei quase que sussurrando para o meu pai não ouvir.

- Obvio que não. Eu estava bêbada, não me lembro direito, mais eu NUNCA faria uma coisa dessas. – Ela disse fazendo uma ênfase no “nunca.” – Mais quando eu voltei lá pra dentro, me disseram que você já tinha saído. Por que diabos você saiu sem mim?- Ela perguntou parecendo preocupada.

- Muita coisa aconteceu enquanto você estava ocupada. Te conto tudo mais tarde tá ?

- Ok, eu passo ai depois da aula. Se cuida. – Então ela desligou.

Eu vesti minhas pantufas e desci para ver se meu pai estava em casa e por incrível que pareça, ele estava. Eu fui até o escritório e meu pai olhou para mim preocupado.

- Juliet, querida, você está melhor? – Eu me perguntei que desculpa minha irmã teria usado para convencer meu pai a me deixar faltar na aula. Como eu não sabia eu apenas concordei.

- Muito melhor. – De repente uma pergunta surgiu na minha mente. – Pai, como o Dimitri Rhodes morreu?

- Mas por que isso agora minha filha?

- O trabalho de historia, lembra?

- Ah, claro. – Ele parou de digitar no computador e se virou para mim. – Meu pai sempre me contava essa historia para me fazer dormir e eu nunca enjoava de ouvi-la. O seu tataravô tinha hobbies diferente das outras pessoas. – Ele abriu um leve sorriso. – Ele era fascinado por coisas sobrenaturais. Ele passou sua vida inteira pesquisando sobre esse tipo de coisas, dava palestras sobre o assunto e tinha o seu próprio escritório. – Ele percebeu que eu queria saber mais e fez sinal para eu me sentar. – Em 1876 muitas pessoas começaram a morrer de um jeito muito estranho. Assim que ouviu a noticia, Dimitri foi pessoalmente pesquisar o motivo das mortes, e ele se surpreendeu com o que encontrou. – Meu pai abaixou um pouco o tom de voz, como se o que ele fosse dizer era estranho demais para ser dito em voz alta. – Cerca de 90 pessoas morreram no primeiro semestre do ano e todas essas pessoas tinham o cadáver perfeitamente normal. Nenhuma foi assassinada, não se suicidaram, nem envenenadas. Elas simplesmente morreram. Como se sua alma tivesse sido arrancada do seu corpo. - Do nada o celular do meu pai tocou fazendo um alto barulho no escritório, o que me fez soltar um gritinho abafado de susto.

- Sim. Tá me mande os detalhes pelo e-mail. Eu chego ai logo. – Meu pai disse com alguém no celular e depois se virou pra mim. – Filha eu vou precisar dar uma passada no escritório. Conseguiu tudo que precisava para o trabalho?

- Quase tudo.

- Eu acho que seu avô guardou algum diário antigo do Dimitri no porão. – Ele soltou uma risadinha. – Sim, ele escrevia em diários. – Dito isso ele foi embora para o escritório.

Eu preparei uma xicara de café e desci para o porão com ela. Aquele lugar parecia estar mais empoeirado do que da ultima vez que eu estive ali. A ultima vez... Isso me lembrou do Adam e do Peter. Eu precisava descobrir o que eles estavam me escondendo, eu não podia simplesmente assistir o Peter se autodestruir e o Adam infernizar minha vida. Procurei em três caixas diferentes e não encontrei nada relacionado ao meu tataravô. Tinha uma caixinha pequena, azul com traços verdes, escondida dentro de outra caixa que estava de baixo da escada. Eu a abri e encontrei uma fotografia velha e meio amarelada. Nela tinha um homem e uma mulher e embaixo estava escrito o numero 1876. Eles formavam um belo casal, ele era um pouco mais alto do que ela e ela usava um lindo vestido formal. Eles tinham olhares apaixonados na foto e pareciam realmente felizes. Eu não sabia da onde, mais eu já havia visto aquele homem em algum lugar. Intrigada, eu peguei a caixinha e guardei no bolso do meu casaco. Continuei procurando pelo diário, mais nada encontrei. Meu celular tocou no meu outro bolso, fazendo um barulho que me assustou. Era a Ticia. Ela tinha me ligado e eu acho que nem percebi. Ah, só agora me lembrei que eu tinha combinado de me encontrar com ela. Mais eu precisava fazer outra coisa. Eu precisava encontrar alguém e arrancar respostas desse alguém. Mandei uma mensagem para a Ticia dizendo que eu precisava desmarcar e que depois explicava. Depois subi, troquei de roupa e fui andando em direção á minha escola, fiquei sentada na lanchonete que tem em frente á ela esperando alguém sair. Quando ele me viu ele abriu um sorrisinho malicioso e veio andando em minha direção.

- A que devo a honra... Cunhada? 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, eu decidi que vou parar de pedir comentarios e recomendações.
Vou postar agora conforme eu escrevo!
Xoxo
-Jas
PS: Isso nao quer dizer que receber reviws e recomendaçoes nao me deixe feliz e motivada viu?