Capitulo 8 

Eu concordei com a cabeça e ela ligou o carro. Nos estávamos do lado do Kaelson’s então não demorou mais do que dois minutos para agente chegar lá. O local estava cheio e eu não conseguia reconhecer ninguém dali. Um homem com blusa branca com detalhes azuis estava acenando para agente. Era o amigo da Natalie, que por sinal ficou muito desapontado quando não a encontrou lá. Depois de nos apresentar para o pessoal que estava ali eu e a Ticia fomos para o bar e pedimos uma dose de tequila para garçom. Eu percebi que a Ticia não tirava os olhos do garçom então a provoquei.

- Isso que é um belo garçom. – Eu disse rindo.

- Totalmente. – Ela pegou o pequeno copo de tequila dela e bateu no meu, como se fosse um brinde. Então bebemos tudo e depois fizemos uma careta, seguida de risadas e mais risadas.

- Vai pedir mais uma dose para o sexy garçom. – Eu disse piscando para ela. Ai ela foi atrás dele e logo em seguida um lindo moreno dos olhos verdes se sentou na cadeira que pertencia a Ticia.

- Você deve ser a Juliet, certo? – Ele perguntou, revelando lindos dentes brancos.

- E quem é você? – Eu perguntei sorrindo. Na verdade eu não conseguia parar de sorrir, acho que era o efeito da tequila.

- Me desculpe, eu sou o Ryan, amigo do Nik. – Ele falou meio sem graça.

- Prazer em conhecê-lo Ryan. – Se a Ticia ia ficar com o garçom sexy, por que eu não poderia me divertir também?

- Posso te pagar uma bebida? – Ele perguntou com um sorriso no canto do rosto.

- Claro. – Eu disse sorrindo também.

Então tudo passou muito rápido. Ryan e eu dividimos algumas bebidas, eu vi a Ticia conversando com o garçom e depois todos voltamos para a mesa onde estava todo mundo. Nós fizemos uma competição de quem bebia tequila mais rápida e por mais incrível que pareça eu ganhei. Eu estava me divertindo como não fazia há muito tempo. Eu fui me arrastando até o bar, sabendo que eu estava sendo seguida. Quando me virei o Ryan estava vindo em minha direção e articulando a boca para falar algo, mais eu só conseguia enxergar seus lábios beijáveis se mexendo, como se tivesse chamando meu nome. Puxei o pescoço dele e o beijei. Era um beijo bom, sem compromisso ou complicações. Ele colocou suas mãos em volta da minha cintura e continuamos a nos beijar, intensificando a cada beijo. Nós só paramos quando alguém puxou o Ryan pelo ombro e lhe deu um soco na cara. Uma multidão começou a se formar em volta. Eu estava muito zonza para reconhecer quem era no começo, mais logo percebi que era alguém que eu conhecia muito bem. Pelo menos costumava conhecer.

- Fique longe dela! –  Peter gritou depois de ter derrubado o Ryan no chão.

- O que diabos... – Eu comecei a falar.

- Ele é o seu namorado, ou alguma coisa? – Ryan perguntou me interrompendo e já levantado.

- Ele não é nada meu. – Eu disse passando pelo Peter e indo ajudar o Ryan a limpar o sangue que escorria perto da sobrancelha.

Eu não era a única bêbada ali, Peter parecia ser o mais bêbado do bar. Quando ele falou comigo eu fiquei enjoada com o cheiro de vodca e tequila misturado.

- Vamos Juliet, vou te levar para casa. – Ele disse segurando no meu braço.

- Eu não vou a lugar nenhum com você. – Eu falei soltando meu braço da sua mão.

- Você a ouviu. Vai embora. – Ryan disse meio autoritário.

- E se eu não quiser? – Peter falou se aproximando do Ryan.

- Mais eu quero!- Eu falei entrando no meio dos dois. - Você não pode simplesmente sumir o verão todo, esconder um monte de segredos, me mandar ficar longe de você. – Quando eu falei isso percebi que varias lágrimas saltaram dos meus olhos antes que eu pudesse impedi-las. – E querer decidir com quem eu devo ou não ficar. – Todos ficaram em silencio por um tempo, eu acho que ninguém teve coragem de falar alguma coisa depois de me ver chorar. Finalmente o Peter quebrou o silencio.

- Você está certa. – Ele falou levantando a cabeça e olhando nos meus olhos. – Eu não posso. – Dito isso ele virou as costas e foi embora. A última coisa que eu me lembro de ter visto era o Peter saindo pela porta do fundo do Kaelson’s e um cara com uma blusa preta colocando a mão em seu ombro, de um jeito reconfortante. Depois disso eu cai. Literalmente, eu desmaiei e só acordei no dia seguinte com uma forte dor de cabeça.