Everything I Would Do For You escrita por Julia Serra


Capítulo 21
*Capítulo 21*


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo zentiiiii!!!! Espero que voces gostem! Se eu pudesse resumir esse capiutlo inteiro em uma unica palavra seria::::::::::: A D A M!
Para voces que gostam do Adam o capitulo é perfeito, alem de esclarecedor!
Ate la em baixo!
—Jas



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Capitulo 21

Então, onde eu encontraria um rapaz que bebe demais, é misterioso, isolado e destrói o coração de jovens inocentes? A primeira resposta que veio á minha mente foi o Kaleson’s, por isso peguei minhas chaves e dirigi até o bar.

Assim que entrei ouvi alguns risos femininos vindo do fundo do bar e me dirigi imediatamente para lá. Como eu imaginei, Adam estava sentado em um sofá de coro com uma mão segurando um copo de uísque e a outra acariciando o cabelo de uma loira oxigenada.

– Como eu imaginei. – Falei me aproximando do sofá onde ele estava sentado.

– Juliet Rhodes. – Adam deu um longo gole em sua bebida e depois voltou a falar. – A que devo a honra...

– Ah, me poupe, já pulamos dessa fase. – Eu disse o cortando sem nenhuma paciência de ouvir as suas formalidades que ele considerava engraçadas. – Preciso falar com você.

– A pergunta certa é se eu quero falar com você. – Ele retirou o seu braço ao redor do pescoço da loira e fez um sinal com as mãos para que elas fossem embora. – Sente-se.

Ele apontou com o queixo para o espaço vazio no sofá ao seu lado, mas eu ignorei e permaneci sentada.

– O que você fez com os cartões do meu tataravô?

– Isso de novo? Não acha que esta ficando muito repetitiva querida? – Ele bebericou mais um pouco da sua bebida.

Levantei-me e virei às costas para ele e quando eu estava prestes a ir embora a sua voz me fez parar.

– Aonde você vai?

– Se você não vai me ajudar então eu não tenho tempo a perder aqui.

– Eu te disse, sou somente um serviço de entrega. – Ele falou dando de ombros.

– Entrega para quem?

– Alguém que vai entregar para alguém que vai entregar para alguém, até chegar nas mãos do...

– Marido da Rosemary!
Pela primeira vez eu peguei o Adam de surpresa. O seu tom de pele passou de moreno normal para branco pálido. Os seus olhos pretos se arregalaram e eu vi até uma frestinha em sua boca aparecer.

– O que diabos você sabe sobre ele? – Adam perguntou ficando de pé e perigosamente perto demais de mim.

– Tudo! Então, agora você vai me ajudar ou não?

Ele olhou em volta preocupado que alguém estivesse nós ouvindo, o que era irônico já que estávamos sozinhos naquela parte do bar.

– Não é seguro conversar aqui. Vou te mandar uma mensagem dizendo onde devemos nos encontrar e quando.

Ele tirou uma nota de cinquenta dólares do bolo e colocou em cima da mesa de vidro, em baixo do seu antigo copo que ainda continha bebida.

– Não é uma lenda.

Foi a ultima coisa que ele disse antes de virar as costas e ir embora.

Fiquei um tempo paralisada no mesmo lugar só refletindo o que ele tinha acabado de dizer. “ Não é uma lenda.” Isso quer dizer que o ladrão de almas vai vir atrás de mim? Isso quer dizer que ele matou a minha mãe? Isso quer dizer que o Adam estava trabalhando para ele esse tempo todo?

– Ei, garota, nós estamos fechando!

O garçom disse fazendo um sinal claro para que eu fosse embora. Nossa só então eu percebi que era mais de meia noite e eu precisava voltar para casa.

Eu havia estacionado o meu carro em uma rua ali perto, pois foi o único lugar permitido para estacionar que eu achei. A rua estava escura com somente uma luz piscando no final dela, típico de filme de terror.

Quando cheguei ao meu carro me dei conta de que eu ainda não tinha pego as chaves dentro da minha bolsa, então enfiei a minha mão dentro dela o mais rápido possível procurando freneticamente pelas chaves.

Eu ouvi duas pessoas conversando perto do final da rua. Não consegui conter a minha curiosidade e fui em passos lentos e silenciosos até lá. Reconheci que uma das vozes era a do Adam, o que me deixou ainda mais curiosa. Me escondi atrás de um carro e fiquei os observando pela janela suja do mesmo.

Adam estava falando com um homem de aparentemente 26 ou 27 anos, cabelos claros e curtos e vestia um casaco bege desbotado. Do lugar onde eu estava não conseguia ouvir direito a conversa deles, mas eu entendi coisas como “Você sabia que era ela esse tempo todo”, “Onde ele está?”, “Ela esta morta Adam”.

Quando eu ouvi aquela palavra “morta” me fiquei tão surpresa que inconscientemente dei um passo para trás, pisando em uma garrafa vazia de cerveja. Eu me agachei rapidamente. Os garotos tinham parado de conversar, com certeza ouviram o meu barulho.

Ao mesmo tempo em que as minhas pernas tremiam eu tinha que ser forte e ir embora dali. Se o Adam estava realmente do lado do mal aquele homem na frente dele deveria ser o seu chefe. Eu é que não ia esperar para ver!

Me levantei e sai correndo, realmente nada discreta. Ouvi alguém correndo atrás de mim e pela breve espiada que eu dei vi que era o homem de cabelo claro. Entrei na primeira rua que eu achei que infelizmente era totalmente escura. Conforme eu corria e chegava ao final da rua percebi que ela era fechada com uma cerca um pouco alta de ferro.

Não pensei duas vezes e pulei na cerca. Mas alguma coisa foi mais rápida, uma mão me puxou antes que eu conseguisse atravessar a cerca. O homem de cabelo curto me puxou pelo braço para perto de si.

– É ela, não é? – A voz dele não era assustadora, na verdade era curiosa.

Só então percebi com quem ele estava falando. Adam estava parado um pouco distante de nós com a respiração ofegante.

– Deixe ela ir.

O homem de cabelo curto (não sei o nome dele até hoje) se virou para mim com um olhar de maravilhado e disse:

– Você é da família da Rosemary. – Ele levou a mão dele até o meu queixo. –Olhe, você tem o queixo da Samantha!

Dava para ver pela sua expressão que ele estava completamente fascinado, surpreso como se eu fosse algum tipo de ser rara, criatura mística e impossível de existir.

– Solta ela! – Adam falou se aproximando aos poucos do homem, sem que ele percebesse.

– Você tá louco? O chefe vai ficar extremamente feliz com o que eu encontrei. Ela vem comigo!

Ele puxou meu braço me obrigando a segui-lo.

– Eu não vou com você á lugar nenhum.

Adam rapidamente se aproximou e deu um soco na cara do homem tão forte que ele até caiu no chão.

– Vai! Saia daqui você não vai gostar do que vai ver.

Por mais que o meu subconsciente gritasse para que eu saísse correndo dali, não fiz isso. Meus pés se fixaram no chão e eu sabia que só sairia dali depois que o Adam estivesse fora de perigo.

O homem chutou o Adam que bateu com as costas em uma lixeira e caiu. Habilmente o homem sacou uma arma e apontou para o Adam. Ele veio andando aos poucos até mim, revezando entre apontar a arma para o Adam e aponta-la para mim.

Involuntariamente peguei um tijolo que estava no chão e joguei com toda a minha força na cabeça dele. Fez um pequeno corte, mas com o susto ele deixou a arma cair.

Adam pegou a arma, apontou para ele, olhou para mim e disse:

– Feche os olhos.

E atirou.

AI MEU DEUS ELE MATOU O CARA. O cara estava morto. E eu era uma testemunha.

Eu estava pasma, horrorizada, traumatizada, completamente sem reação. Aquele cheiro de sangue estava me deixando tonta. Ai meu Deus, tinha sangue por todos os lugares. O homem estava de olhos abertos e com uma poça enorme de sangue ao redor do seu peito.

Adam era um assassino! Um assassino. Mesmo ele ter feito isso para me salvar não justifica. Ele era um assassino.

– Vamos, nos temos que sair daqui. – Adam disse fazendo um gesto com a cabeça e andando em direção a rua principal.

Eu o segui, muda, eu com certeza não ia querer estar ali quando os policiais chegassem.

Nos andamos até o meu carro onde ele surpreendentemente entrou e se sentou no banco do motorista.

– O que diabos você está fazendo?

– Claramente você não está em condições para dirigir e eu estou farto de mortes por hoje.

– Eu não vou entrar nesse carro. Você viu o que você fez? Você o matou, Adam. Você é um assassino!

– Isso, grita mais alto, aproveita e chama a policia porque eu ia adorar passar o resto da minha vida preso em uma cadeia com você e os seus chiliques. – Ele percebeu que eu não achei graça e que também não ia entrar naquele carro onde ele poderia me sequestrar ou sabe-se lá coisa pior. – Ok, tudo bem. Você ganhou.

Ele retirou as chaves do console do carro e me entregou elas. Em seguida olhou para o banco de passageiro do seu lado insinuando que eu entrasse. Eu entrei.

– Você quer saber tudo sobre mim certo? Por que eu menti, da onde eu vim, por que eu conheço a sua família, o que fiz com os cartões, se sou um assassino e blá blá blá.


Eu fiz que sim com a cabeça.

Para mim pareceu que estávamos conversando á apenas cinco minutos, mas a verdade era que já estávamos no carro há mais de duas horas! Ele me contou tudo. Não achei que ele realmente fosse se abrir daquela maneira, mas ele se abriu. Depois de ouvir toda a sua historia não pude não acreditar. Pelo o que eu me lembro a historia da vida de Adam Tyler:

Adam morava no sul da França, em uma fazenda com os seus pais e sua irmã mais velha Lively. Sua mãe teve sua filha doze anos antes de ter o Tyler. Sim, isso é bem incomum por essa região, mas eu não a julguei. Seu pai amava demais aquela família e por isso tomou a decisão de entrar para o exercito, o que garantiria uma qualidade de vida razoável para a família Tyler. Com o passar dos anos muitos acontecimentos abalaram a vida daquela família. O Sr. Tyler morreu em uma das suas topas e a querida Lively se casou jovem com um marido bom de classe média. A Sra. Tyler não teve condições de manter a fazendo, então foi morar com uma amiga e lá trabalhou como empregada junto com o Adam, que foi o copeiro da família. A amiga e chefe também da Sra. Tyler tinha uma filha adotada que era muito linda e... Parecida comigo. Mas isso tem explicação... Aquela mulher era minha mãe. Seu nome era Lucy e Adam a descreveu exatamente como a mulher em meus sonhos. Aquela mulher era a minha mãe! Agora tudo fazia sentido. Quer dizer, quase tudo. Ainda tinha aquele nome que ficou brilhando no meu sonho: Romena. Bem, mas isso é mistério para outro dia.

Certa noite a Sra. Tyler acordou Adam às pressas avisando que a casa estava sendo invadida. Quando saiu do seu quarto, que ficava perto dos estábulos, Adam deu de cara com a casa inteiramente bagunçada e gritos vindo do andar de cima. Apesar de ser jovem e ter apenas quinze anos, Adam fez questão de subir para ajudar a sua patroa e a filha dela. Quando chegou lá em cima mulher para quem Adam trabalhava estava morta e não havia nenhum sinal da menina. Quando Adam desceu encontrou o corpo da sua amada e idolatrada mãe estendido no chão, perfeitamente intacto. Ele chorou, esperneou, berrou, implorou, mas nada da sua mãe responder. Ela estava morta. Pelo menos era isso que ele pensava.

Depois de alguns minutos percebeu que havia um homem lá. Um homem com uma aparência desconhecida. Esse homem era meio gordo e barbudo, aparentemente incapaz de matar qualquer pessoa. Ele se aproximou do Adam e disse:

FlashBack On:

–Ela não está morta, só está presa em um lugar bem longe daqui. Traga-me a menina que fugiu, traga-me qualquer garota que pertença á família Rhodes e eu te garanto que terá sua mãe de volta.

– Espere! Como eu vou achar ela? E se ela morrer ou e se eu morrer?

– Eu vou atrasar o seu envelhecimento. Você demorara uns três ou quatro anos mais ou menos para completar mais um ano de vida. Isso te dará tempo para encontrar a garota, ou a filha dela, ou a neta dela... Tenho certeza que você me entendeu.

FlashBack Off.

Então aparentemente Adam tinha o triplo de vida de todos nós. Mas ele me deixou claro que o homem do mal (que até esse momento eu não sei o nome do infeliz) pode retirar o feitiço (será que eu posso chamar isso de feitiço?) e Adam envelheceria todos os anos que perdeu.

Desde aquele dia Adam passou cada minuto da sua vida caçando a mim e a minha família. Ele me disse que uma vez esteve em Los Angeles e haviam fotos nos jornais anunciando a morte de uma bebe. Ao lado estava uma foto da mãe do bebe. Imediatamente ele reconheceu a mulher. Era minha mãe, filha da sua patroa na infância. Ele procurou por ela Los Angeles inteira, mas disseram que ela havia morrido e que o marido tinha partido com o bebe, irmão da neném que havia morrido, dela.

O cara do mal havia sido claro quando disse que queria uma garota Rhodes, não um menino. Então Adam não foi atrás do meu pai, invés disso passou o resto dos seus anos procurando o assassino da sua mãe. Com o tempo conseguiu contatos que afirmavam poder leva-lo até o cara do mal. O homem que ele havia acabado de matar era um dos seus contatos.

Boatos disseram que eu, uma Rhodes, estava viva e morava aqui em Billthings. Adam veio atrás, obviamente. Ele me afirmou que mais gente viria atrás de mim. Com o passar dos anos o roubador-de-almas, cara-do-mal, assassino, chame-o como quiser, conseguiu fazer com que muitas pessoas começassem uma busca atrás de mim. Algumas pessoas ele ameaçava de morte, outras ele tirava os familiares e se me encontrassem teriam a sua família de volta, também prometeu imortalidade para alguns, sucesso para outros. Ninguém sabia se tudo o que ele dizia era verdade, porém todos acreditavam.

Adam disse que eu o lembro a minha mãe. Por isso mudou de time. Ele costumava ser apaixonado pela minha mãe. Eu sei isso é estranho e muito nojento. Ele aproveitou e pediu desculpas pelo o beijo forçado e inoportuno que ele me roubou.

Agora eu sabia que podia confiar nele. Bem, pelo menos eu queria acreditar nisso.

Mas eu ainda tinha muitas duvidas e incerteza e com certeza não pararia até achar todas as minhas respostas.


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Notas finais do capítulo

Entao.... Se voce acharam o capitulo MUITO confuso, podem me fazer qualquer pergunta por comentario, mensagem, whatever!
Bjos gente ate em breve!
—Jas



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