Everything I Would Do For You escrita por Julia Serra


Capítulo 17
*Capítulo 17*


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, me desculpem mesmo por ter ficado tanto tempo sem postar ( foi quase uma semana!)
Eu fiquei um tempo sem pc e quando peguei ele de volta tive um bloqueio de criatividade, me perdoem.
Enfim, capitulo novo, casal novo ( ah merda acabei de dar um spoiler ) tudo novo.
Até la em baixo.
Xoxo
—Jas



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                                Capitulo 17 

Os três ficaram parados na minha frente. Peter e Lucas tinham uma expressão preocupada nos rosto, eles até abriram a boca para falar alguma coisa, mas nenhum som saiu. O Sr. Benz parecia irritado e estava totalmente claro que ele não gostava de mim, mesmo sem eu nunca ter visto ele na vida.

Eu não aguentava mais ficar lá parada naquele silencio mórbido, então eu me virei e estava pronta para ir ao meu carro quando a voz do Peter me interrompeu.

- Juliet espera, eu posso explicar. – Ele disse claramente vindo atrás de mim.

- Nem mais um passo Peter. – Sr. Benz disse com uma voz grossa em um tom rude.

Peter ignorou e continuou avançando, seguido pelo Lucas. Até que o Sr. Benz agarrou o Lucas pelo braço e disse com raiva:

- Ela é o motivo de todos nossos problemas e eu não vou deixar que vocês vão atrás dela.

- Eu não tive um pai por dezessete anos, não é agora que eu vou deixar um estranho me dar ordem. – Lucas disse se soltando das enormes mãos do Sr. Benz e vindo atrás de mim.

Felizmente consegui chegar ao meu carro antes que quaisquer uns dos meninos me alcançassem. Pisei fundo no acelerador e tudo que eu pude ver foi o Lucas e o Peter parados no meio da rua, ficando menores a cada vez que eu me distanciava de lá.

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Eu não queria ir para casa e ter de explicar o motivo de eu estar atordoada para o meu pai, que á essa hora provavelmente se encontrava assistindo o noticiário na sala de TV. Então eu fui até o Kaelson’s, puxei uma cadeira e pedi uma dose de uísque.

Quando a bebida chegou deixei que ela passasse pela minha garganta como seda. Agora tudo fazia sentido para mim, Peter passou o verão atrás do irmão que provavelmente foi escondido pelo malvado Sr. Benz. Lucas não podia ficar comigo, pois não magoaria o irmão que tinha o seu numero amassado em um papel no seu bolso.

Agora o que faltava para eu descobrir era o mistério da minha família. Mas enquanto eu não descobria isso, manteria distancia daqueles dois irmãos! Irmãos, isso ainda me assusta. Se bem que faz sentido os dois serem tão lindamente parecidos e eu ter uma leve queda pelos dois.

Ah, foi só falar!

Lá estavam os dois irmãos Benz abrindo a porta barulhenta do Kaelson’s e andando em minha direção.

Eu virei o rosto para o lado oposto deles e continuei a beber minha delicadamente como se a presença deles fosse totalmente insignificante. Peter puxou uma cadeira e se sentou apoiando os cotovelos na mesa e a cabeça nos cotovelos. Enquanto isso Lucas se manteve em pé, em uma postura reta mais com um olhar totalmente diferente do Peter.

O novo Peter parecia ser mais severo e rebelde. Ele tinha um olhar de “não me importo” mais no fundo, eu tinha certeza que se importava.

Já o Lucas não. Ele era mais honesto com os sentimentos dele sobre mim e mesmo gostando de mim preferiu honrar a sua amizade com o irmão. Ele era leal e eu sentia que me apaixonava por aqueles olhos azuis penetrantes a cada segundo.

- Você está bem? – Lucas quis saber.

- Perfeitamente. – Eu respondi sínica, ainda sem me virar para eles.

- Juliet deixa eu te explicar, eu passei o verão...

- Para Peter. –Eu o interrompi me virando para eles. – Eu não quero ouvir mais uma das suas desculpas e mentiras.

- Você queria saber a verdade não queria? Então, aguente o que vai ouvir. – Ele disse em um tom de voz diferente.

- Eu não acredito em mais nada que você diz ok? – Eu respondi ríspida.

- Você deveria ficar do meu lado em uma hora dessas. Que tipo de melhor amiga é você?

- E você deveria ter confiado em mim desde o começo. Que tipo de melhor amigo é você?!

Ouve um longo silencio no bar e eu senti os meus olhos se encherem d’agua, mas eu as contive.

- Eu deveria ter ouvido o meu pai. – Peter disse para si mesmo antes de derrubar a cadeira onde sentava e partir Kaelson’s á fora.

Mais uma vez, a única coisa que se podia ouvir era o barulho da maquina de lavar louça do bar. Percebi que além do Lucas e eu havia somente um casal sentado a algumas mesas de distancia de nos.

- Tem certeza que você está bem? – Lucas disse se aproximando de mim e virando delicadamente o meu rosto, que estava molhado por algumas lagrimas.

Eu balancei a cabeça negativamente e ele enxugou as minhas lagrimas.

- Ei, vai ficar tudo bem. – Ele disse me ajudando a me levantar. – Eu te levo para casa.

- Ok. Eu preciso ir ao banheiro antes. – Eu disse enxugando as lagrimas.

- Eu te espero lá fora.

O banheiro do Kaelson’s era extremamente minúsculo. Tinha um pequeno espelho oval e uma pia cor verde musgo. Abaixei a cabeça e molhei o meu rosto, esperando que conforme a agua escorresse por ele levasse junto toda a tristeza que eu estava sentindo.

Chequei a minha aparência no espelho, até que eu estava bonita. Meu cabelo continuava liso como sempre e a minha maquiagem a prova d’agua não borrará.

Só quando sai do Kaelson’s percebi como estava frio. Uma rajada de vento bagunçou o meu cabelo e me fez estremecer. Percebendo isso, Lucas tirou o seu casaco e me deu ele.

- Aqui, tome. – Ele disse enquanto colocava a sua grossa jaqueta ao redor dos meus ombros.

- Obrigada. – Eu disse sorrindo. – Então você é um Benz?

As minhas palavras deixaram aqueles maravilhosos dentes brancos á mostra em um sorriso repleto de covinhas.

- Da para acreditar? – Ele disse ainda sorrindo. – No verão, depois que a minha mãe morreu, eu recebi uma ligação. Era das indústrias Benz, aparentemente o Sr. Benz queria marcar uma reunião comigo.  – Ele fez uma pausa para ver se eu estava acompanhando. – Eu nunca tinha ouvido falar nesse homem na minha vida.

- Nem eu. – Eu disse tentando amenizar o clima. – Você não precisa falar sobre isso se não quiser tá?

- Mas eu quero! Você confiou em mim sem nunca ter me conhecido, agora eu acho que posso confiar em você.

Fiquei feliz em ouvir isto.

Lucas me contou que no começo não quis acreditar, afinal que tipo de pai larga o filho por dezessete anos? Mas um tempo depois o Peter apareceu em sua casa emocionado dizendo que tinha descoberto somente agora que eles eram irmãos e implorara para que ele fosse para Billthings com ele. Sua casa em Virginia, onde ele nasceu já estava indo ao leilão então ele não viu outra saída e fez as malas.

- Foi por isso que o Peter passou o verão inteiro fora. Ele estava conhecendo o irmão dele! – Eu disse agora entendendo tudo claramente.

Lucas assentiu com a cabeça. A conversa fora tão boa que nós já estávamos na rua da minha casa e nem percebemos. Chegando á minha casa eu fiquei para em frente à porta e quando o Lucas estava virando para ir embora eu percebi que eu não queria ir para casa.

- Você quer dar mais uma volta na rua comigo? – Eu perguntei meio tímida e atrapalhada. – Agente poderia continuar conversando...

- Eu adoraria. – Ele respondeu sorrindo e me fazendo sorrir.

- Mas uma coisa eu ainda não entendi, por que o Sr. Benz me odeia tanto? – Eu questionei curiosa.

- Ele não te odeia. – Ele respondeu cauteloso. – Olha eu acho que você deveria conhecer melhor a sua historia, os seus descendentes.

Eu percebi que ele não diria mais nada sobre o assunto então eu mudei de foco.

- Então, como são as garotas de Virginia? São todas loiras, bronzeadas e com péssimas notas, como agente vê nos filmes? – Eu perguntei rindo e fazendo com que ele soltasse uma gargalhada.

- Pode-se dizer que sim, tirando pela parte do bronzeado... A maioria é branquela. – Ele disse fazendo uma careta o que me fez rir também. – Na verdade eu gosto do frio.

- Então seja bem vindo a Billthings.

- Eu não gostaria de estar em outro lugar.

Depois de dizer isso nós dois paramos de andar e ficamos parados, somente encarando os olhos um do outro. Os seus maravilhosos olhos cor do Pacifico nem piscavam em contato com o meu e cada musculo do meu corpo estava estremecido. Eu senti um calor subir por dentro de mim e fui me aproximando lentamente até ele.

Eu percebi que ele estava lutando contra aquela forte tentação, pois ele continuava imóvel, como se estivesse em uma guerra. Depois de alguns longos segundos de resistência ele não aguentou e se entregou á algo que nós dois queríamos já havia um tempo.

Ele colocou as mãos em minha cintura e puxou o meu corpo para perto do seu. Quando o seu rosto já estava quase encostando o meu ele me beijou, um beijo delicado e voraz, o beijo mais perfeito de toda a minha vida. Nossas bocas se encaixaram em perfeita harmonia e eu perdi a noção de onde eu estava. Tudo que eu conseguia sentir eram os seus braços me abraçando e os seus lábios  transformando os meus em mais pura alegria.

Naquele momento nada mais me importava!


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Notas finais do capítulo

Entao? Amaram? Shippam Luliet?
Deixem os seus comentarios e se quiserem pedir para eu melhor qualquer coisa ou dar sugestoes para o que poderia acontecer na historia, por favor, me digam!
Boa noite
—Jas