Everything I Would Do For You escrita por Julia Serra


Capítulo 12
*Capítulo 12*


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, CAPITULO BONUS.
Xoxo
-Jas



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                                     Capitulo 12

Na manhã seguinte acordei me sentindo muito mais disposta. Se não fosse por aquela bota que os médicos recomendaram para deixar meu pé imóvel me incomodando eu diria que estou perfeita. As dores diminuíram, a dor de cabeça passou e agora tudo que havia restado era um motivação: Descobrir quem era o real dono daquela voz misteriosa. Mais nada disso poderia ser feito se eu não fosse para o colégio. Por isso levantei, me troquei, coloquei uma calça justa e uma blusa de malha vermelha. Escovei os dentes e entrei no carro. A maioria da gente da minha idade, 16, já tem o seu próprio carro. Meu pai me deixa dirigir o dele de vez em quando para ir ao colégio que fica do lado da minha casa. Mas eu não vejo a hora de fazer 17 daqui uns meses e ganhar o meu próprio carro.

Devido ao meu pé machucado meu pai me levou para o colégio. Durante o caminho inteiro ele foi me dizendo para ter cuidado com o pé machucado e não deixar que isso atrapalhe nas minhas atividades extracurriculares. Claro, como se eu pudesse ser líder de torcida com o pé desse jeito. Assim que sai do carro fui abordada pelas minhas amigas. Ticia e Natalie estavam ofegantes. Mal conseguia acompanhar o que elas diziam.

– Como está sua perna? – Ticia perguntou preocupada. – Seu pai te falou que eu fui visita-la?

– Ele falou.

– Lie me desculpe, é que esses últimos dias foram uma loucura, e a Tici disse que você estava bem então eu acabei não indo te ver. - Natalie disse.

– Nat não tem problema. Eu fiquei desmaiada a maior parte do tempo. – Naquele momento eu só queria mudar de assunto. – Agora me conte de você... Como você está com o fim do namoro.

– Perfeitamente normal. – Ela disse abrindo um sorriso enorme, mais forçado. – Acredita que aquele idiota voltou para o colégio. Agente se esbarrou no corredor e ele me perguntou sobre você. – Ela fez uma cara de confusa.

– Ah, provavelmente foi por que o nosso trabalho, de historia, ficou na minha casa e era para hoje. Merda. – Eu lancei um olhar meio desesperado para a Ticia que sacou na mesma hora e mudou de assunto.

– A aula de química já vai começar e a Sra. Kell nos mata se chegarmos atrasadas de novo. –Ela disse puxando a Natalie. –Nós vemos no recreio? – Ela perguntou para mim sorrindo.

– Claro. – Eu concordei retribuindo o sorriso.

Fui caminhando, na verdade meio que mancando, mas eu realmente acho que o meu andar já está bem melhor, até a sala de historia. Agora eu teria que entregar o trabalho que eu deveria ter feito com o Adam. Como eu explicaria para o Mr. Kneight que eu não fiz o trabalho por que o meu parceiro é um tarado irresponsável que só veio para cá para arruinar a minha vida.

Cheguei na sala de aula e a maioria das pessoas já estavam sentadas conversando com os amigos da cadeira ao lado. Eu me sentei entre duas garotas que eu não conhecia muito bem, mais agente já havia conversado.

– Juliet, está certo? – A garota loira perguntou. Eu concordei com a cabeça e abri um leve sorriso. Eu podia estar louca, mais eu acho que ela se chamava Rita.

– Rita? – Eu arrisquei à tentativa e para a minha sorte ela concordou animada.

– Como está o seu pé? – Ela perguntou gentilmente.

– Bem melhor. – Depois uma amiga dela a chamou e ela se virou pro lado esquerdo para respondê-la. Então uma figura masculina entrou pela porta, e não era o Mr. Kneight. Adam abriu um sorriso a me ver e caminhou silenciosamente se sentou na cadeira vazia atrás de mim. Eu sabia que era uma questão de tempo até ele abrir a boca, e pelo visto não demorou tanto assim.

– Como você está? –Ele sussurrou um pouco perto do meu ouvido o que me fez estremecer. Eu me ajeitei na cadeira e respondi um “bem melhor” mal humorado.

– Escuta, eu queria falar com você... – Ele começou mais parou quando eu me virei para encara-lo.

– Sobre o que você quer conversar comigo? Sobre como você está tentando destruir a minha vida? – Eu falei furiosa.

– Eu não estou. – Ele falou firme mais com aquele olhar que eu havia visto no primeiro dia de aula. Um olhar calmo, meio indefeso. Adam era um cara de muitas faces. Ele podia estar calmo mais eu não estou me aproximei dele e sussurrei com firmeza.

– Você está vendendo drogas para a minha irmã! – Eu falei fuzilando-o com os olhos.

– Não eu não estou. – Ele falou certo do que dizia. – Para a sua informação, eu conheci sua irmã na faculdade e ela se apaixonou instantaneamente por mim. Até ai nenhuma novidade né? – Ele falou se gabando, se achando lindo. Ele tinha certa beleza. Cabelos pretos da cor do carvão meio bagunçado e olhos da cor marrom escuro. Ele tinha um ar meio selvagem, perigoso. Mas, não era o meu tipo.

– Você é nojento. – Eu falei revirando os olhos. Me virei para a frente e senti sua respiração próxima do meu ouvido direito o que me fez arrepiar e arrastar minha cadeira para frente.

– O dinheiro que sua irmã me deu foi o troco do cinema que nós havíamos ido aquele dia. – Virei-me para encara-lo. – Agora que já estamos entendidos.

– Não estamos nem próximos disso. – Eu cortei sua fala.

Segundos depois o Mr. Kneight entrou na sala e já foi cobrando os trabalhos, o que me fez ficar nervosa. Que desculpa eu daria para ele? Eu nunca deixei de entregar um trabalho e meu pai certamente não ficaria orgulhoso. Antes que eu percebesse o professor falou:

– Rhodes e Tyler? – Ele perguntou me encarando. Eu comecei a gaguejar uma desculpa, mais antes que eu terminasse o Adam se intrometeu.

– Aqui professor. – Ele disse o entregando uma pasta plastificada da cor cinza. Na volta para a careira ele deu um pequeno sorriso para mim, quase invisível. Não era um sorriso malicioso ou ameaçador, era só um “de nada” em forma de sorriso.

No final da aula eu me apressei para sair da sala de aula sem que o Adam me alcançasse, mas quando cheguei no meu armário ouvi ele chamando meu nome.

– Juliet. – Ele disse ao meu lado. Ele tinha um olhar arrependido e parecia honesto. Era como se nada tivesse acontecido antes daquele momento. – Podemos recomeçar? Não ia ser legal se a minha única amiga do colégio me odiasse. – Ele disse rindo. Não resisti e soltei uma risada também. Além do mais, no meio de toda essa confusão que mal faria em ter um amigo? – E sabemos que é impossível me odiar por muito tempo. – Ele falou e eu dei um leve empurrão em seu ombro.

– Com uma condição... Você tem que se desculpar com a Natalie. – Eu exigi. - E ficar longe da minha irmã... Christopher!

Ele fez um bom estrago durante seu pouco tempo aqui, se ele queria recomeçar tinha que consertar algumas coisas antes.

– Hm, você sabe que não sou muito bom com desculpas. Digamos que eu estou meio enferrujado, sem pratica. – Ele disse sarcástico, o que me fez rir mais um pouco.

– Você consegue. – Eu disse antes de fechar meu armário e dar um leve sorriso, virar as costas e ir embora. Era hora do almoço, então eu fui em direção ao lugar que eu sempre como com as meninas até que eu avistei algo que me fez parar. Ele estava de volta.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem!
Bjos
-Jas