Soul Sister escrita por Belune


Capítulo 10
Capítulo 9 — Devaneios.


Notas iniciais do capítulo

Quem é vivo sempre aparece, rsrs. Gente me desculpem pela demora, sério mesmo, sei que nada justifica ficar tanto tempo sem postar, mas eu tive um bloqueio gigantesco e não consegui escrever mais nada, estou desde julho tentando e nada saía, sorry.
Bem mas agora voltei a ativa, e vou tentar normalizar a situação. Primeiramente queria avisar vocês que estou revisando os capítulos, e reescrevendo algumas partes que acho que não estão boas. Em segundo a fic se tornará mensal, ou seja, o próximo capítulo será trinta dias depois a ultima atualização. Porém, farei algumas exceções agora no final do ano, um especial de natal ou ano novo. Troquei a sinopse também, deem uma olhadinha e me digam se gostaram.
Logo as coisas vão começar a tomar jeito, e a vida da Lucy vai se complicar mais.
Boa leitura.



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Aquele castelo era mesmo enorme, e isso seria um problema, já que eu não tinha boa memória fotográfica me perderia facilmente.

— Vou pedir para que lhe preparem um quarto. — Disse-me o meu salvador, o irmão do cruel Mohamed, Yaz.

— Mas o senhor disse que me escolhera para o seu Harém… — Sussurrei receosa.

— Realmente eu disse — ele se aproximou e eu rapidamente recuei —, ei calma, eu não lhe farei mal algum.

Ele sorriu. Um sorriso lindo e sincero que fez meu coração acelerar, meu rosto esquentar e minha respiração falhar. Foi algo tão simples, mas ao mesmo tempo tão intenso.

— Lyanna... Lyanna! — Sua doce voz me despertou do meu transe.

— Desculpe-me. — Falei envergonhada.

— Não precisa se desculpar — e novamente sorriu, oh céus, eu estava perdida. — Posso? — Estendeu a mão em direção a mim, e meio que inconsciente eu assenti.

Senti seus dedos frios acariciarem minha face causando-me estranhas sensações, as quais eu nunca havia sentido antes. Fechei os olhos para desfrutar daquele bom momento. Meu coração batia tão forte que parecia querer pular para fora, meu corpo todo formigava. Naquele instante eu sentia que nada poderia me atingir, nada poderia fazer mal De alguma maneira estávamos conectados.

— Eu não sei como explicar, mas desde que meus olhos te encontraram eu me senti estranho É como se eu a conhecesse de algum lugar, é como se eu precisasse tê-la ao meu lado. Eu não sei ao certo, é tudo tão confuso e estranho.

— Apenas se deixe levar — Não fora eu quem falou, mas foi a minha voz que eu vi.

Seu polegar acariciava a minha bochecha, num impulso fechei meus olhos e segui “meu próprio conselho” Deixei-me levar.

Eu já podia sentir a respiração dele contra a minha face. Eu ansiava pelo que estava por vir, mesmo achando que tudo estava acontecendo rápido demais, porém eu não tinha o controle de mim, não podia evitar, era mais forte que eu.

— Ora, ora — Algumas palmas ecoaram pelo salão.

Separamo-nos rapidamente, nos viramos e encontramos aquele par de olhos azuis-celestes que tinham um estranho brilho macabro. Mohammed estava ali, parado diante de nós com um sorriso malicioso estampado nos lábios, e este aumentou quando seus olhos encontraram os meus.

— Acabei de ficar arrependido por não tê-la visto antes — Provocou-me. — Sabe nós dois poderíamos estar nos divertindo há uma hora dessas — ele caminhou até mim e tentou me tocar, porém Yaz o impediu.

— Nem pense em tocá-la! — A expressão serena e suave dele havia se esvaído.

— Acho que alguém adquiriu um ponto fraco — sua risada ecoou maleficamente —, e eu uma diversão, e das boas.





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Os dias se passaram rapidamente, eu e Yaz estávamos ficando cada vez mais próximos. Em momento algum ele tentou abusar de mim, ou coisa tipo, muito pelo contrário, ele me respeitava.

Cada momento que eu vivia com ele era como um Déja Vu.

Não me canso de olhá-la, sabia? — Estávamos sentados em baixo de uma árvore, que ficava nos arredores do castelo. Ele me fitava tão intensamente, que certamente enxergava a minha alma.

Ergui minha cabeça para olhá-lo nos olhos. Aquele par de orbes tão intensamente negros me prenderam de uma forma, que eu fiquei hipnotizada, por mim, ficaria horas ali olhando-os.

— Você é ainda mais linda quando sorri! — Disse-o acariciando minha bochecha. — Sei que é loucura dize isso tão cedo, mas acho que estou apaixonado por você.

Arregalei meus olhos, meu coração palpitou fortemente, o ar entrava e saía rapidamente pelos meus lábios. Fitei-o por alguns segundos, meus olhos procuravam por algum sinal que indicasse que aquilo era mentira, mas não havia nada. Olhei-o novamente nos olhos, e aquele par de orbes ônix estavam inundados de pura verdade. Involuntariamente um sorriso brincou em meus lábios.

“Beije-o” — Uma voz ecoou em minha mente, mas não tive nem tempo para contrariá-la, quando dei por mim, já estava nos braços de Yaz. Sua respiração vinha contra meu rosto, fazendo crescer em mim a vontade de lhe tomar os lábios, então o fiz.

Para a minha surpresa, Yaz correspondeu meu beijo. Primeiramente ele fora com calma e delicadeza, mas a medida que fui lhe dando aberturas, o moreno tornou-se mais ousado e sem reservas.

Enlacei meus dedos nos seus fios negros trazendo-o para mim. Senti sua mão pousar sobre minha coxa, porém ainda estava em cima do vestido. Seus lábios trilharam um caminho em meu pescoço, deixando um rastro ardente sob minha pele.

A cada toque, eu enfraquecia por dentro, era como se meu interior derretesse por causa do fogo que ele alimentara. Esse fogo me consumia por inteiro, ele ardia até mesmo em lugares de meu corpo, cuja a existência desconhecia. A cada beijo, ele me envolvia, me dominava, tirava toda a minha sanidade e alimentava ainda mais o fogo que em mim ardia, eu estava a mercê dele.

Eramos apenas nós dois ali, duas pessoas que se desejavam intensamente, que estavam descobrindo o amor da melhor maneira possível, e não se entregar ali, parecia-me evitar o inevitável.

Yaz levara suas mãos até minhas costas para desabotoar o meu vestido. Quando conseguiu abrir o quinto botão um tiro ecoou fazendo um barulho ensurdecedor. Gritei assustava enquanto lhe direcionava meu olhar desesperado, mas ele mantinha seu olhar fixo em outra direção, e parecia que o que via lhe deixara muito irritado.




Cidade Atual— Tóquio

Local: Apartamento da Levy

Nota: Nunca olhar diretamente nos olhos enigmáticos de Natsu.


— Minha cabeça dói… — Resmunguei sentando-me em minha cama, e estranhei por estar ali, pois não me lembrava do como tinha vindo para o quarto.

— Ah, Lu-chan! — Levy atirou-se sobre mim toda preocupada.

— O que aconteceu? — Indaguei um tanto confusa.

— Você não se lembra? — Neguei com a cabeça. — Você chamou pelo Natsu-san e em seguida desmaiou. Eu entrei em pânico, não sabia o que fazer, e logo Erza começou a gritar comigo me mandando ficar calma, quando dei por mim o Dragneel já tinha te levado para o quarto e a deitado na cama.

Olhei-a por alguns segundos, Levy parecia tentar controlar, mas o desespero e o medo eram evidentes em seus olhos. Pensei em dizer algo para tranquilizá-la, mas nada vinha na minha mente. Para ser mais exata, até eu mesma estava um tanto assustada com o que acontecera. Me forcei a lembrar do que acontecera antes de desmaiar, logo a imagem de Natsu com seus olhos negros encantadores invadiu a minha mente, senti o ar se esvair aos poucos e o meu coração acelerar.

— Lu-chan! — Ouvi Levy gritar, mas era tarde demais, pois a escuridão tomara conta do meu ser.






Finalmente havia conseguido me livrar de Brianna, que insistia que devia vir comigo, para que nada de ruim me acontecesse. A confortei com palavras doces e gentis, e argumentei que queria ficar sozinha por um tempo, isso foi o suficiente para “convencê-la” a ficar, mesmo contrariada.

Não tinha certeza para onde estava indo, apenas deixei que meus pés me levassem para qualquer lugar, desde que ficasse longe da nossa aldeia. Caminhei por algum tempo, meus olhos se perderam na imensidão verde a minha volta, logo percebi que havia adentrado na floresta. Senti a brisa gelada acariciar minha face, fechei meus orbes chocolates para senti-la por inteira.

Para uma pessoa qualquer, aquilo seria ridículo, mas para mim, era como estar livre de tudo. Livre o mundo feminista que me fora imposto, livre para ter opinião própria com relação aos externos a nós, livre para conhecer o mundo dos homens, e quem sabe até me apaixonar.

Então você veio! — Alguém sussurrou em meu ouvido fazendo-me pular de susto.

Rapidamente virei-me e imobilizei a pessoa. Assim que me pus a olhá-la avistei um par de olhos tão escuros, que me hipnotizaram de tal forma que fiquei estática. Os lábios do garoto a minha frente curvaram-se num sorriso brincalhão.

Leya… — Disse-o soltando-se de mim. — A mais linda das amazonas veio ao meu encontro, estou lisonjeado. — Ele retirou do meu rosto uma mecha do meu longo cabelo ruivo, que hoje estava solto. — Gosto mais dele assim, te deixa mais feminina.

Encarei-o confusa, lembrava-me de tê-lo visto no dia anterior, porém o seu nome fora apagado de minha memória.

O que foi? — Deu um passo em minha direção, ficando mais perto.

Eu não me lembro do seu nome… — Sussurrei envergonhada, o que era algo fora do comum, pois eu não sentia vergonha ou medo.

Ergui meus olhos chocolates na altura do rosto dele, para identificar todas as suas expressões, e no momento, acredito que ele estava a me analisar.

O que foi? — Dessa vez fora eu quem indaguei, porém em vez de dar um passo em sua direção, recuei um, pois estava com medo.

Logo eu me toquei… Era por isso não podíamos nos aproximar dos homens, pois eles despertam em nós, mulheres, sensações e emoções que nunca sentimos antes, e isso os tornava perigosos demais.

Você é interessante. — Ouvi sua voz ecoar num tom surpreso.

O que é interessante senhor anônimo? — Eu estava confusa e insegura por não me lembrar do seu nome, estava intrigada e curiosa, pois queria descobrir o desconhecido, e talvez, apenas talvez estivesse encantada com aquele homem que despertava em mim novos sentimentos.

Senhor anônimo? — Ele riu. — Tudo bem, repetirei meu nome apenas mais uma vez, — suspirou —, Somer, meu nome é Somer.

Fitei-o por alguns instantes a procura de traços que confirmassem que ele era mesmo um filho do verão, afinal esse era o significado do seu nome. Diferente de ontem, hoje ele estava com os cabelos secos e um tanto bagunçados, trajava uma calça larga branca, que era presa por um cinto de couro marrom, provavelmente feito com couro de cobra. Sobre o seu tronco caía um colete feito com pele de urso, que deixava a mostra todo o seu peitoral definido e bronzeado.

O pouco que eu olhei foi o suficiente para esquentar o meu corpo. Era como se ele estivesse em chamas, o que me deixava um tanto desconfortável.

Então esse é o poder do filho do verão? — Reuni forças para me pronunciar, tentando esconder os indícios de que ele estava me dominando.

Poder do filho do verão? — Indagou num tom divertido.

Sim, esse é o seu poder não é? — Ele arqueou uma sobrancelha, se fazendo de desentendido. — Você distrai as pessoas e faz elas arderem em chamas, não? Se for isso, por favor, pare, estou me sentindo desconfortável com tanto calor me dominando.

Isso quer dizer que eu estou fazendo você sentir calor?

Exatamente! — Cruzei os braços demonstrando que não estava gostando daquilo.

Porém o meu olhar enfezado aliado a minha postura de que estava brava não ajudou em nada, pois Somer explodiu em uma gargalhada.

Por que está rindo? — Perguntei irritada.

Você é mesmo muito ingênua… — Respondeu- entre risos.

Bufei, eu estava irada.

Marchei em sua direção e me preparei para lhe acertar um soco no estômago, talvez assim ele se calasse. Mas, infelizmente prendi meu pé direito em uma raiz qualquer, que estava no meu caminhou e acabei perdendo o equilíbrio, consequentemente caí, por sorte algo fofo amaciou a queda.

Olhei para baixo buscando encontrar o “algo fofo” que me salvara, mas, apenas encontrei um par de olhos, que futuramente seriam o caminho da minha perdição.




— Lucy! — Ouvi uma voz conhecida me chamar.

— Pare de gritar no meu ouvido sua anãzinha! — Uma voz grave, masculina soara num tom irritado.

— Querem parar de discutir vocês dois! — Uma terceira pessoa dissera num tom autoritário.

Aos poucos fui recobrando a consciência e voltando para a atualidade. Meus olhos abriram-se lentamente, piscando várias vezes em seguida para se acostumar com a luminosidade.

— Lu-chan! — Avistei uma cabeleira azul voar em cima de mim e grudar seus braços em meu pescoço, era Levy. — Eu achei que você tinha entrado em coma, ou algo do gênero! — Disse-a aos prantos.

— Exagerada! — Agora pude reconhecer quem brigava com Levy minutos atrás, Gajeel.

— Eu estou bem Levy, só preciso respirar.

Não precisei pedir duas vezes, pois ela entendera o recado e me soltara.

— Está bem mesmo? A Mcgarden nos disse que você desmaiou novamente. — Direcionei meu olhar para a porta do quarto e avistei Gray Fullbuster. — Desculpe-me por ter gritado com você aquele dia, eu só não a reconheci… Porque bem, você cresceu bastante, principalmente aqui —, ele colocou as mãos sobre o seu peitoral, o que fez a Heartfilia corar.

— Ah sim, tudo bem, deixemos isso de lado. — Disse-a sem jeito. — O que você quis dizer com “você desmaiou novamente”?

— Você não se lembra que acordou no meio da noite ontem? — Levy perguntou-me, e eu neguei. — Você me perguntou o que acontecera, e quando eu comecei a explicar, você simplesmente apagou de novo e só acordou agora.

Tentei raciocinar e ligar os fatos, mas senti uma pontada tão forte em minha cabeça, que desisti.

— Quantas horas eu fiquei apagada?

— Umas trinta, — fitei a Scarlet com os olhos arregalados.

— Um pouco mais de um dia? Tudo isso? — Gritei assustada.

— Se contar desde o minuto em que saímos para ensaiar, sim, você ficou desacordada por um pouco mais de um dia.

Fiquei estática por alguns segundos, o que diabos estava acontecendo comigo?

— Eu acho que você tem que ir a um médico Luce! — Virei-me para o lado a procura do dono da voz que soara num tom brincalhão, logo me deparei com Natsu e seus olhos negros enigmáticos que sugavam toda a minha energia, deixando-me sem ar.

Enquanto meu coração batia num ritmo descompassado, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Levantei-me num pulo e tratei de quebrar o contato visual, o que fez com que todas aquelas sensações esmagadoras diminuíssem.

— Eu preciso respirar. — Falei antes de sair correndo como uma louca apartamento a fora, ignorando todas as vozes que aclamavam por mim.



Todos eles tinham os mesmos olhos ônix que me deixavam tão fascinada, então eu entendi o porquê dizerem que “os olhos são as janelas da alma”. Mas se todos possuíam a mesma alma, por que me sentia tão sufocada e frágil perto de Natsu?

By: Lucy Heartfilia.


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Notas finais do capítulo

Recapitulando, mostrei na fic quatro vidas anteriores a da Cigana Lateefah, da Amazona Leya, da Odalisca Lyanna e da wicca Louhi, eu ainda não disse a ordem a qual elas se sucederam, mas vocês podem ir avaliando os comportamentos e vestimentas dos personagens para começar a tirar suas próprias conclusões rsrs.
Sei que não mereço comentários por ficar tanto tempo sem postar, mas ficaria feliz em recebê-los.
Espero que tenham gostado, Kissus da Xoco



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