Fraternidade escrita por Esther K Hawkeye


Capítulo 35
Parte XXXIV - Final


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei enrolando... Enrolando... Enrolando... Está me dando um aperto no peito, porque essa é a primeira história que eu publico virtualmente e eu estou terminando-a... =/
Mesmo assim, achei-a muito grande, mas eu poderia ter prolongado, né? -q

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/336449/chapter/35

Chegada à Belgrado

Juntamente com Scepan e Janez, Ludwig desceu do trem; eram quase quatro horas da tarde e ainda assim, o sol estava ardendo. Eles sairam da estação logo em seguida. 

Janez estava trêmulo, esperando ver a sua família, todos vivos. Pelo menos, se encontrasse Andrija viva, ele já pularia de alegria. Mas ele estava nervoso demais e assustado demais para demonstrar qualquer felicidade. 

Scepan aceitou um pouco a falta que Olga o fazia. Ela estava num lugar melhor, disso tinha certeza. Mas ele queria viver com ela pra sempre, não importando o que ela era antes mesmo de se conhecerem. Olga era, sem dúvidas, uma pessoa muito especial para Scepan até o último suspiro da sua vida.

Ludwig os guiava pelas ruas da cidade. Scepan e Janez ficaram com os olhos brilhando, vendo as mesmas pessoas que anos atrás viam frequentemente. As lojas, que antes eram uma coisa comum e quase que passavam despercebidas para eles, agora eram o equivalente de uma das maravilhas do mundo. Eles estavam de volta à Belgrado.

- Estamos chegando à sua casa, Janez... - Falou Ludwig

- A minha casa... Antes de ir para o esconderijo?

Ludwig assentiu; Janez ficou em estado de esperanças. 

Mas ao chegaram na antiga casa dos Krleza, Janez estranhou-se: Não havia ninguém lá. Isso fez com que o seu coração fosse vítima de uma tremenda tristeza e nervosismo. 

Ao chegar na porta e abri-la com facilidade, deu uma revisada na casa em que ele passara muito tempo de sua vida. Olhou a sua casa, que antes era completamente arrumada; agora, destruída. Ela estava destruída por completo. 

Isso fez com que os olhos de Janez ficassem inundados de lágrimas. 

- M-Mas... Não tem ninguém aqui...

Ludwig aproximou-se de Janez e pousou a mão no ombro do jovem. 

- Andrija está aqui em Belgrado... Está na casa de Vencelau. 

Ouvir aquilo, numa situação ordinária, faria com que Janez ficasse preocupado ou até mesmo, ciumento; mas naquele momento, era um alívio. Andrija estava viva, e com alguém no qual Janez tinha certeza que estaria cuidando dela. 

O jovem virou o rosto para o alemão.

- Eu quero vê-la! - Falou de imediato.

Ao ver aquela cena, Scepan lembrou-se de sua irmã. Como é que ela estaria? Como é que ela conseguiu se virar na Inglaterra? Será que estava tudo bem com ela? Com certeza, virou uma linda mulher. Isso fez com que ele sorria, não deixando a preocupação de lado.

Ludwig assentiu.

- E vai... - Ele falou para Janez. - Só vamos esperar um pouco. Vencelau, neste momento, deve estar no trabalho, e é meio indesejável entrarmos no apartamento dele sem sua autorização, mesmo se fosse você. Mas fique tranquilo, porque ela está bem. 

Não importava quando a veria, estava com toda a certeza de que ela havia sobrevivido. Isso já era um grande alívio para Janez. 

Scepan também tinha se lembrado de Vencelau, seu melhor amigo desde a infância. Arregalou os olhos; como pôde esquece-lo? Não culpava a si mesmo, porque depois de tudo que passou, é normal se esquecer de alguém ou alguma coisa. 

Ludwig virou-se para Scepan.

- Agora vamos para a sua casa... Aliás, sua irmã já chegou. 

Ao ouvir aquilo, Scepan abriu um grande sorriso. Agora percebera que o mundo não havia acabado.

- E-Ela está aqui? 

Ludwig assentiu, sorrindo. 

Irmã mais nova

Tatiana estava em sua própria casa semidestruída, e ainda assim, estava feliz. Ela passou por muitas coisas na Inglaterra, e agora estava noiva. Estava noiva de um rapaz tcheco chamado Charlie. 

E ela ia se mudar para Tchecoslováquia, mas não sem rever o seu irmão. Ela não tinha certeza de ele sobrevivera ou não, mas em todo caso, esperava por ele. 

Até que ouviu alguém batendo a porta. E depois, chamando o seu nome.

- Senhorita Tatiana Petrovik? - Falou Ludwig, para chamar a atenção da garota. 

Ela, esperançosa e com o coração batendo forte, esperava de tudo. Desde a aparição de Scepan até um agente da Cruz Vermelha avisando o pior. Abriu a porta com tímidez. 

- Sim? - Ela falou, tímida. 

Ludwig sorriu para ela e saiu do caminho. Tatiana arregalou os olhos quando viu a imagem do seu irmão mais velho, vivo, bem a sua frente. Eles passaram alguns segundos se olhando, não acreditando que um era o outro.

Até que ela abriu um enorme sorriso e correu até ele. 

- Scepan! - Ela o abraçou, ele fez o mesmo.

- Tatiana... Minha irmãzinha.

Tanto ela quanto ele não conseguiam conter as lágrimas. Ao se afastarem, Tatiana deu uma bela olhada no rosto de seu irmão mais velho, que estavam com marcas de doença, e percebeu que ele estava muito abaixo do peso, pela expressão magra. 

- Não olhe asism para mim! - Ele brincou ao reclamar. - Eu estava pior do que isso!

Tatiana logo ficou um pouco séria.

- Mas... Eu soube que que você estava trabalhando como um escravo para a administradora do campo.

"A administradora do campo", essa frase soou como um eco na mente de Scepan, que logo tirou o grande sorriso do rosto; em seu lugar, uma expressão de tristeza e arrependimento. Tatiana percebeu isso.

- O que houve, Scepan? - Ela perguntou, preocupada.

Ele fez que não.

- Nada... É uma longa história... Ainda tenho muito tempo para te explicar e...

Ela o interrompeu.

- Não, não tem... 

Ele a olhou, confuso.

- Na próxima semana, estou me mudando para Praga. - Ela sorria novamente. - Eu vou me casar, Scepan...

Ele arregalou os olhos ao ouvir aquilo. Poderia reclamar com ela, poderia... Mas ele estava feliz por ela, na verdade. Mesmo não conhecendo o noivo, ele estava muitíssimo feliz por ela.

- T-Tatiana... E-Eu nem sei o que dizer... 

Ela sorria mais largamente, e voltou a abraçá-lo.

E ele fez o mesmo. 

Os últimos da família Krleza

Vencelau acabara de voltar do trabalho quando viu Andrija sentada no sofá, com as mãos juntas pousadas nas pernas fechadas. Ela estava com um olhar triste olhando pro nada. Ele suspirou, foi até ela. Imediatamente, a abraçou forte. Ela fez o mesmo.

- Não se preocupe... Ele está bem. - Vencelau falava à ela.

Esse "ele" se referia a Janez. E Andrija não esperava o que aconteceria logo após.

Alguém os chamara, ambos, para irem até a portaria do prédio, pois alguém queria vê-los. Andrija engoliu em seco, e se for aquele agente da Cruz Vermelha novamente, avisando que Janez não tinha sobrevivido? Poderia ser tudo... Por via das dúvidas, mesmo não querendo ir, Andrija foi até lá, acompanhada por Vencelau.

Janez esperava por ela na portaria. Ludwig e Scepan estavam lá. Scepan queria ver os seus melhores amigos de infância, para ter certeza de que eles estão bem. 

Ao chegar na portaria, Andrija arregalou os olhos quando viu uma imagem de um garoto - que agora, já era um homem. - loiro, com o cabelo crescendo, magro e com marcas de doença sorrindo para ela; com os olhos verdes banhadas pelas lágrimas. 

- Janez! - Ela correu até ele, e ele a abraçou de imediato. - Você está vivo! - E deu um beijo no lado da testa dele. 

- Minha irmã... - Fungava algumas vezes, por conta do choro. Separou-se dela, ainda com as mãos nos ombros de sua irmã. - Eu estava tão preocupado...

Ela sorriu, entre lágrimas, segurando os braços do irmão.

- Eu também!

Logo, ele queria ir ao ponto, o que o mais preocupava naquele momento.

- Onde estão os nossos pais?

Andrija tirou o sorriso do rosto, estampando uma expressão sofrida no rosto. Janez captou a mensagem de imediato.

- N-Não me diga que... - Falava, trêmulo.

Andrija assentiu.

- Sim, Janez... - Ela soluçou. - Assim como Eliza... Nossos pais nunca mais vão voltar. 

Aquilo fez com que Janez voltasse a chorar fortemente, com soluços dolorosos e lágrimas indesejadas. E abraçou fortemente a irmã.

Ela sorriu.

- Mas pelo menos... Nós dois estamos juntos... Tenha força, Janez...

-- 

Vencelau e Scepan nem perceberam um ao outro, por causa da cena entre os irmãos. Até que Vencelau deu uma olhadela no seu melhor amigo; assustou-se.

- Ei, espere! - Vencelau quase gritou. Chamou a atenção de Scepan, que logo sorriu para ele, um sorriso meio amarelado.

Vencelau foi até Scepan, com passos pesados e rápidos, chegando perto do rosto dele, para observar melhor. Num ato, Scepan recuou o rosto, por soar estranho aquela cena.

- Ei! Isso é perto demais para mim! - Reclamou Scepan, brincando.

- Scepan? - Vencelau arregalou os olhos. - Scepan! É você mesmo?

Scepan revirou o olhar.

- O Chaplin é que não é... - Ironizou. 

Vencelau não quis saber, o abraçou tão forte qua ambos quase cairam no chão. Scepan fez o mesmo.

- Você é um idiota mesmo! Você sabia o que iria acontecer e mesmo assim... 

- Ei! Eu salvei a minha irmã! Mais respeito com o seu primo!

Primo? Então, Scepan já sabia que eles são primos? Vencelau separou-se dele, com os olhos arregalados. 

- Então... Você também sabia. - Scepan deu uma risadinha, levando as mãos até a cintura. - Senhor Blábláblá judeu...

Vencelau estava perplexo, como ele sabia?

- Mas... Como...

- Me encontrei com Alexis em Dachau. - Scepan sorriu. - Ele está aqui em Belgrado, não está?

Vencelau olhou para Ludwig, que deu de ombros, com um sorriso "sapeca".

- Ele estava? Por que ele não me disse nada? 

- Ele chegou ontem, Vencelau.  - Ludwig falou. - E acho que ele está ao ponto de te contar. 

Vencelau bufou. 

- Aquele idiota... Eu vou ir falar com ele agora mesmo. 

Ludwig riu. De alguma forma, se divertia com aquilo.

E depois, Vencelau deu uma última olhadela nos irmãos Krleza, que mal prestavam atenção na situação que ocorria ali. Na situação deles, a tristeza reinava. Vencelau suspirou e foi até Andrija e Janez.

- Me desculpem... - Vencelau quase sussurrou. - Andrija... 

Andrija se virou para ele.

- Quando eu voltar da casa do meu irmão, eu vou te fazer uma proposta...

Andrija sorriu. 

- Pode ser o que você quiser, Vencelau... - E se aproximou dele, beijando os lábios de seu namorado.

Janez olhou para eles, com um sorriso nos lábios, apesar dos soluços do choro. Ao se separarem, Vencelau virou-se para Janez.

- Você vai ficar bem, rapaz? - Perguntou a ele.

Janez assentiu.

- Sim... Muito bem... - Falou sorrindo. 

E Vencelau sorriu de volta. 

- Eu já volto... - Ele virou-se para sair do prédio, mas Scepan o impediu.

Pôs o braço no caminho de Vencelau, impedindo-o. O sérvio olhou para o seu recémconhecido prímo com estranheza.

- Demorou muito para que você e ela fiquem juntos, hein? - Scepan sussurrou para ele.

Vencelau o olhou. 

- Pensei que quando eramos pequenos, você tivesse uma quedinha por ela.

Scepan deu uma risadinha.

- Tudo bem, isso é verdade. - Até que abaixou o olhar e tirou o sorriso, mais uma vez lembrando-se de Olga.

Vencelau estranhou-se.

- O que houve?

Scepan fez que não com a cabeça.

- Nada... Vá ver seu irmão.

E sem mais nenhum segundo de conversa, Vencelau foi até a casa de Alexis e Hannelli

Bruder

Wagner e Emilie se encontravam em sua casa, quando alguém tocou tímidamente a campainha. Wagner estranhou-se, quem seria a pessoa que queria falar com ele. Olhou para Emilie, que deu de ombros. 

O homem foi até a porta, abrindo-a. E viu Feliciano, sorrindo para ele.

- Boas notícias! - Feliciano começou. - Eu encontrei alguém que gostaria de falar com você. 

Wagner ergueu uma sobrancelha, com curiosidade. Feliciano virou a cabeça para trás.

- Entre, Walter!

Ao ouvir esse nome, Wagner arregalou os olhos. Seria 'aquele' Walter? Não pode ser!

Ao ver um homem um pouco mais jovem do que ele, vestido com um uniforme de exército alemão, e com o chapéu nas mãos, olhando para baixo; Wagner soube num ato quem era.

- Walter? Irmão? - Ele perguntou, com o coração batendo forte.

Walter ergueu o olhar, como se estivesse com vergonha, e sorriu de leve. 

- Boa tarde, meu irmão. Posso entrar? 

Wagner apenas assentiu, com um olhar incrédulo. Walter fez que sim com a cabeça e entrou junto com Feliciano. Ao se encontrar com sua cunhada, Walter fez uma pequena reverência a Emilie, sem largar o chapéu.

- Boa tarde, senhora... - E deu um beijo em uma das mãos de Emilie. 

Ela sorriu de leve, sabia quem era.

- Senhor Walter... É bom finalmente conhecê-lo. - Ela falou, sorrindo.

- Eu que o diga... - Ele falou, com tímidez. Agora, virou-se para Wagner. - Você tem uma esposa muito bonita e gentil... - Ele parecia nervoso e tentava desviar qualquer assunto.

Mas Wagner não quis saber.

- Walter... Um nazista... O meu irmão é um nazista. - Wagner falava para si mesmo.

Walter engoliu em seco, apertando ainda mais o chapéu.

- Eu sei que faz tempo que não nos vemos. - Aproximou-se do seu irmão. - Mas nós podemos...

Wagner o interrompeu. 

- O meu irmão é um nazista! - Wagner gritou, com raiva. Walter recuou, com medo.

- Não é o que parece, irmão! E-Eu fui obrigado a "ser". M-Mas o exército é a minha vida! Eu sou um general!

Wagner deu as costas para o irmão, e pôs a mão no rosto, demonstrando a decepção. 

Emilie foi até o seu marido, abraçando o braço dele. 

- Wagner... É o seu irmão... O escute, por favor.

Wagner olhou para os olhos profundos de Emilie. Suspirou, ela tinha razão. Virou-se novamente para o seu irmão mais novo e suspirou.

- O que você quer aqui?...

- Eu vim te ver, irmão... - Walter falou, não olhando para os olhos do irmão.

Wagner suspirou. 

- Você parece uma criança! Sempre foi tímido! Agora, olhe para mim! - Wagner avisou, isso fez com que seu irmão olhasse para ele. 

Walter não sabia o que dizer, estava perplexo, mas já sabia da atitude do seu irmão. 

- Me desculpe, Wagner... 

Wagner fez que não com a cabeça, sorrindo. 

- Não se descupe... Ah! Você não mudou nada! Agora eu vejo que esse é realmente o meu irmão!

Walter não acreditara nas palavras de seu irmão e sorriu de imadiato. Wagner abriu os braços, esperando que seu irmão caçula o abrasse, e foi o que aconteceu.

Emilie e Feliciano viam essa cena com um sorriso no rosto. 

 - Eu sabia que eles se entenderiam rápido... - Falou Emilie para Feliciano.

- Estou vendo...

Até que Wagner quase caía no chão, por falta da bengala, mas o seu irmão o segurou.

- Opa! Você está bem, Wagner?

Wagner sorriu. 

- Estou ótimo!

E ambos sorriram um para o outro, a volta de dois irmãos que não se viam há mais de vinte anos.

Fraternidade

Vencelau chegou ofegante a porta da casa de Alexis e Hannelli. E tocou a campainha, suspirando com força logo depois. Quem atendeu foi Alexis, que o olhou, com um sorriso no rosto.

- Olá Vencelau! - Ele falou.

Vencelau não quis saber.

- Como assim, "olá"? Você foi para a guerra, me deixou preocupado, quase morreu, e volta assim de repente sem dizer absolutamente nada pra mim? Você por acaso já viu papai e mamãe?

Alexis riu da situação. 

- Eu vi sim, Vencelau. Eu sabia que Andrija estava com você e não quis estragar o "clima". Afinal, eu não sou assim tão importante para você não é?

Vencelau ficou vermelho, agora de vergonha.

- S-Sem comentários...

Alexis sorriu.

- Entre... - E deixou um espaço para que ele entre. E foi isso que Vencelau fez. 

E ao ver Vencelau, Hannelli logo deu um sorriso.

- Olá Vencelau! - Ela estava radiante, e até mais bonita. - Como vai? 

Vencelau piscou algumas vezes.

- Vou bem... 

Alexis e Hannelli se entreolharam, e Hana fez um sinal para que eles entrem no quarto de Sofia. E Alexis levantou as sobrancelhas.

- Ah sim! Você já viu a Sofia, não é? - Perguntou Alexis.

Vencelau assentiu.

- Vi antes que você... Mas só uma vez. 

- Pois bem, venha cá! Eu vou te falar algumas coisas... - Alexis foi até o quarto de sua filha, acompanhado de seu irmão.

O cheiro do quarto era o mais agradável daquela casa. Tinha cheiro de rosas, de felicidade. E Sofia aceitou estar nos braços de seu pai sem fazer birra de criança. Alexis era a única pessoa com quem Sofia não fazia isso.

- Tenho certeza de que você irá pedir Andrija em casamento dia desses... - Alexis sorriu. - Então, tente ver como é ser um pai... Só um pouco. - Ele entregou Sofia ao tio.

Vencelau a pegou nos braços, e ela era realmente linda. E sorriu ao ver a sua sobrinha alí, em seus braços. 

- Apesar de se parecer com você... Ela é linda! 

Alexis deu uma risadinha.

- Engraçadinho... - Falou. Mas agora, estava sério. - Então... Hitler se matou e a guerra acabou... 

Vencelau assentiu, mordendo os lábios.

- Finalmente... Muitas coisas tristes aconteceram mas... - Ele voltou o seu olhar para o mais velho. - As coisas estão mudadas, mas continuam as mesmas, não é?

Alexis assentiu.

- Sabe Vencelau... Depois de tudo isso... Sabe o que foi que realmente não mudou na minha vida?

Vencelau o olhou, com curiosidade.

- O que, Alexis?

Alexis sorriu largamente, um sorriso que Vencelau até assustou-se em ver. Aquele sorriso em que nunca vira vindo de Alexis, que antes era uma criança fria, e quase sem nenhum sentimentos.

Da mesma forma que Alexis se impressionou com Vencelau. Um garoto que antes era tagarela, espivitado, sentimental e um pouco desastrado, virou um homem responsável e respeitoso. 

Alexis falou algo, que ambos nunca se esqueceriam ao decorrer do resto de suas vidas:

- Você continua sendo o meu irmão... E isso permanecerá para sempre. 

Ambos sorriram um para o outro. Vencelau deixou Sofia em sua caminha e abraçou o seu irmão, que o abraçava também. 

- Você é o melhor irmão do mundo, Alexis! 

- Não tanto quanto você!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EEEEEHEEEEEEEEE! Chegamos ao final da fanfic. E acham que acabou?
Sério?
Sério?
NÃO!
Pósfacio! Aqui vamos nós! =D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fraternidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.