The Newcomer escrita por B Moony


Capítulo 2
A Verdade / Aqueles que Amamos Não Nos Deixam


Notas iniciais do capítulo

Bom, como disse, aqui está o segundo capítulo. Desculpe não ser boa em títulos, mas espero que gostem.



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Mas se você pensa que foi fácil chegar aqui, onde as pessoas se vestem com capas pretas até os pés e usam chapeis pontudos em comemorações, como por exemplo, os jantares de fim e inicio de ano. Lamento dizer que está enganado.

PDV. Harry Potter

Após eu ler aquela carta, meus tios me contaram a verdadeira história de meus pais e o que aconteceu com eles para que eu acabasse aqui. Meus pais haviam sido atacados por um bruxo das trevas e eu com um pouco mais de um ano, de uma forma inexplicável sobrevivi.

Flashback On

- Eu ouvi um choro altíssimo que não me deixava dormir, então fui ver se era o meu Dudinha, mas é claro que não era meu bebe.  Sempre foi muito forte. - Disse tia Petúnia enquanto apertava a bochecha de Duda.

– Então fui na porta da frente e dei de cara com você em um cesto enrolado em um cobertor sujo, chorando com uma carta em cima. – Ela continuou com desdém. – Fui obrigada a trazê-lo para dentro, já algumas pessoas começaram a sair de suas casas para ver de onde vinha o barulho tão irritante.

- É moleque, desde pequeno você já incomodava as pessoas. – Disse meu tio completando a esposa. – Achávamos que você tinha uma chance, que você não fosse uma aberração, mas você provou ser um caso perdido.

Enquanto isso, Duda sorria abertamente da “bronca” que eu estava levando, uma hora ou outra fazia mimicas, muito ruins por sinal, de métodos para me matar. E também algo como se estivesse falando “Agora você se ferrou”. Continuei a fingir que ouvia, de vez enquanto assentia com a cabeça, apenas isso, mas uma frase me libertou de meu transe.

- De jeito nenhum você ira para aquela escola de malucos! - Disse tio Valter se levantando da cadeira.

Em estado de choque sem ter o que dizer, minha mente começou a funcionar depressa. Ele estava tentando acabar com a minha única chance de sair desse inferno que é a minha vida, tinha de fazer algo.

- Mas porque eu não posso ir? Não me encaixo aqui de forma alguma. Só sirvo de saco de pancadas pra toda escola além de ser o único da minha sala, e talvez da escola, que veste roupas 4 vezes maior que eu mesmo! – Explodi.

Como ele tinha prazer em tirar a minha luz do fim do túnel, minha chama de esperança, minha chance de ser feliz?! Eu conhecia a figura, duvido até que seja meu parente. Mas isso é desumano! Tio Valter começou a ficar vermelho, ele não respirava, de tanta raiva que ficou de eu ter contestado sua decisão.

- Ora moleque! Agradeça por Duda ser caridoso e dar as roupas velhas dele para você. - Disse ele com o dedo indicador quase encostado no meu nariz. - Você não vai e ponto! Não admito uma loucura dessas! O que as pessoas dirão de nós se souberem que temos uma aberração, por mais distante que seja, em nossa arvore genealógica? Vá para seu armário AGORA sem mais discussões!

Tia Petúnia olhava com medo para o marido. Nunca havia o visto tão furioso a ponto de mudar de vermelho para roxo. Duda já sorria e seu olhar transitava entre o eu e seu pai como se estivesse pensando “Ele ta perdido mesmo. Melhor pra mim!”

Sai da cozinha em direção ao meu “quarto” em baixo das escadas. Sim, meu “quarto” é o armário das vassouras. Escuro, com aranhas e o cheiro de mofo, mas ali ninguém me incomodava, o único ponto a favor que eu tinha do espaço. Tirei meus sapatos e me deitei na cama olhando o compartimento que eu havia feito no assoalho do pequeno cômodo. Eu o fiz quando tinha por volta dos 8 anos de idade. Dentro dele existia um baú velho que eu achei quando tia Petúnia me mandou limpar o sótão. No meio de tanta tralha ela nem sentira falta da caixa de madeira.

Flashback Off

Essa mesma caixa de madeira que eu resgatei do sótão entulhado da casa dos meus tios, é a que está de baixo da minha cama no dormitório da Grifinória neste momento. Não me separava daquela caixa por nada, por não ser muito grande, cabe em qualquer mochila. Só a deixo para trás quando sei que vou voltar logo, como nos dias normais que vou para as aulas e nas minhas saídas noturnas com a capa de invisibilidade do meu pai.

Dentro daquele baú eu guardava coisas relacionadas com meus pais, algo que eu posso recorrer em momentos de desespero para me acalmar, ou simplesmente tornar a lembrança que tinha deles mais “viva”, por assim dizer. Por esse motivo não me separava dele, era como se ele fosse a única coisa que me ligasse a minha vida antiga, aquela que eu tinha antes de Voldemort aparecer. A caixa de madeira abrigava: a manta suja que tia Petúnia falou, a tal carta que havia achado dentro do próprio baú que nunca tivera coragem de ler e uma foto que de algum jeito estava em meu caderno escolar. Eu me lembro muito bem desse dia.

Flashback On

Eu tinha acabado de sair correndo da aula, pois batera o sino para o recreio e eu não estava com vontade de ser saco de pancadas logo hoje. Era dia da minha sobremesa preferida em todo mundo. Eu não gostava daquela escola, mas a cozinheira inventou uma sobremesa tão achocolatada que não conheci ninguém até hoje não gostar. Chocolate ao leite, chocolate branco, leite condensado, com bolachas de leite ninho. Sei que é muito chocolate, mas eu sou um chocólatra incorrigível, que quando conseguia, assaltava o estoque de doces de Duda. 

Meu primo e sua “gangue” dominavam a escola, eu como era o estranho, magricelo, que usava óculos, sempre era o alvo. Sai correndo e cheguei na fila. Peguei minha sobremesa enquanto agradecia imensamente a mulher do refeitório indo correndo para trás da quadra, quase ninguém ia lá. Comecei a comer sentido a minha boca ir ao paraíso, mas como me acharam, não durou muito tempo. Eu parecia um daqueles bandidos de velho oeste. Qualquer um que meu primo perguntasse e tivesse me visto, falava exatamente para onde me viu indo. Sua recompensa? Duda não bater em você.

Estava na metade do meu doce quando ele foi tirado de minhas mãos e fui virado de cabeça para baixo enquanto me levavam em direção ao parque da escola. Quando chegamos lá Duda mandou seus “comparsas” me prenderem com uma das cordas de pular ao mastro da bola, depois de um tempo lá estava eu recebendo boladas de toda gangue. O sino bateu e eles se foram me deixando preso ali. Na última aula o diretor me achou.

- Senhor Potter, o que está fazendo preso ao mastro?

Minha vontade era responder “Relaxando, pegando um bronze e olhando as nuvens depois de ter sido quase morto por uma bola e por um bando de pessoas com um cérebro do tamanho de uma ervilha.” Mas apenas respondi.

- Eu estava jogando e acabei me enroscando, desculpe.

Ele olhou para mim desconfiado, mas me soltou mandando eu ir para a última aula. Um dia até normal.

Quando cheguei à sala o professor estava terminando de escrever algo no quadro, perguntei se podia entrar ele assentiu me mostrando o meu lugar.

- Bom, alunos..  – Ele começou – Terça-feira teremos a reunião de pais e professores, então gostaria que levassem essa folha a seus pais. – Disse entregando a folha – Ou responsáveis. – Acrescentou quando chegou em mim.

Todos ali sabiam que eu morava com os Dursley por ser órfão, o que só piorava a minha reputação, que já não era grande coisa, na escola. Desejava ter meus pais ali para finalmente calar a boca de todos, mas sabia que nunca seria possível. Abri o caderno para copiar a matéria do quadro e vejo uma foto de uma família, uma mulher bonita com olhos verdes e face bastante maternal, um homem um pouco mais alto que ela de cabelos pretos que nem os meus e no colo deles um bebe de olhos verdes e cabelos pretos. Meu coração perdeu uma batida, pelo fato de eu ter certeza de que aqueles eram meus pais e o bebe, eu.

Guardei a foto com todo cuidado enquanto minha mente formava varias perguntas diferentes, desde “Como essa foto veio parar aqui?” até as do tipo “Como será que eles se conheceram?” Voltei para casa e guardei a foto dentro do baú reprimindo minhas perguntas por falta de alguém para respondê-las.

Flashback Off


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Notas finais do capítulo

Tomara que tenham gostado e postarei mais quando puder. Tomara que não esteja falando sozinha JSOIJSOIAJS' Se não.. Até a próxima ;)



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