A Marca Da Coroa escrita por Novacullen


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Teve uma leitora que me perguntou da Bella e já vou dizendo aqui caso essa pergunta surja de novo, Bella aparecerá em breve.Boa leitura !



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PV EDWARD

Cinco anos haviam se passado desde a transformação de Rosalie e ela já estava pronta para viver em sociedade de novo, escolhemos ir para Montreal no Canadá e já estávamos aqui há três semanas, mas a escolha não foi ao acaso, Alice teve uma visão de que o vampiro ao qual ela é predestinada ia para lá, ela me mostrou sua visão e pediu minha ajuda para convencer nossa família de se mudar para Montreal. Falei aos meus pais e a Rose sobre a visão de Alice e planejamos que na hora de votar para qual cidade nos mudaríamos, nós todos iríamos fazer com que Montreal fosse a melhor opção de cidade para ir morar, assim Emmet também aceitaria ir, mas meu irmão nem sonha que o verdadeiro motivo é outro. E quando esse momento chegar tenho pena desse pobre vampiro. Mas quando esse vampiro encontrar a Alice Emmet terá de aprender a lidar com a presença dele na vida dela, até entendo que Alice como sua única filha ele tenha ciúme e tal, mas o do Emmet era exagerado demais!

— Emmet eu preciso que se mantenha calmo.

— Por quê? 

— Teremos uma visita.

O momento mais desejado e ao mesmo mais tempo temido por Alice havia chegado mais cedo do que ela pensava. Em alguns minutos ele estaria aqui.

É ele?— me perguntei Alice por pensamento.

Eu apenas pisquei sem desviar meu olhar de Emmet, ela entenderia isso como um sim. Eu e Alice tínhamos desenvolvido um código secreto, piscar queria dizer sim e olhar para um lado e para o outro queria dizer não, ninguém na família ainda havia descoberto isso, nós sabíamos ser bem sutis.

— E porque eu me irritaria com uma visita?

— Por que é alguém que você não quer ver.

E minha família já se preparou para a explosão de Emmet, eles já haviam entendido de quem se tratava.

— A única pessoa que eu não quero ver é o infeliz daquele vampiro que tem a minha filha como predestinada. 

— Pai, por favor, o receba bem.

— Eu não vou fazer isso Alice.

— Por mim papai, por favor, o trate bem.

Emmet desviou o olhar de sua filha, só ele sabe o quanto lhe doía negar algo a ela.

— Por isso todo aquele blá blá blá... de que Montreal era a cidade perfeita para nos mudarmos, vocês montaram um complô para me convencer a vir para cá. - Emmet diz olhando para cada um de nós e por último olhou para Alice. - Você teve uma visão dele aqui, não é Alice? - diz irritado.

— Sim papai. - Alice disse sem ter coragem de olhá-lo.

— Mas pensando bem foi bom. Assim eu o despacho de vez.

— Não, papai, por favor. Eu o amo.

— Você é criança Alice não sabe de nada sobre isso. 

— Ela pode ter apenas sete anos Emmet, mas já sabe o que esse vampiro representa para ela. E você não irá separá-los. – Rosalie fala de maneira firme.

— Rose não se meta nisso.

— Ela também é minha filha e digo que é direito deles ficarem juntos.

— Ela é só uma criança Rose.

— Que irá crescer. - rebateu Rosalie.

Eles caíram em silêncio e ficaram apenas se olhando, eles não queriam mais brigar, mas nenhum deles estava disposto a ceder também.

Ouvimos batidas na porta.

— Deixa que eu atendo. 

— Não pai deixo que eu atendo, faço questão.- diz Emmet colocando seu melhor sorriso cínico no rosto.

Isso não vai prestar...

— Olá! Chamo-me Jasper Whitlock. – diz estendendo sua mão para cumprimentar o Emmet.

— Sou Emmet Cullen. - e Emmet aperta a mão de Jasper com toda a sua força o que fez inevitavelmente Jasper fazer uma careta de dor.

— Prazer em conhecê-lo senhor Cullen. – Jasper diz quando Emmet soltou sua mão sem entender o porquê do aperto exagerado.

Mas logo ele entenderia.

— Entre e fique a vontade. – Emmet fala de forma educada, mas por dentro estava morrendo de vontade matar Jasper.

Jasper entrou desconfiado, mas o que ele não faria por sua predestinada.

— Olá! Eu sou Carlisle Cullen, e essa é minha esposa Esme, meu filho Edward, e o Emmet também é meu filho e essa é a esposa dele Rosalie e a filha deles Alice.- diz Carlisle indicando a ele cada um enquanto mencionava seus nomes.

Quando o olhar de Jasper cruzou com o de Alice os olhos deles brilharam e um sorriso involuntário surgiu nos rostos deles.

— Não quer se sentar Jasper? - Emmet interrompe o momento mágico deles de propósito.

— Ah é claro senhor Cullen, obrigado.

Jasper se senta e nós nos acomodamos também.

— Eu vi até a casa de vocês porque eu acabei de encontrar minha predestinada. – explica Jasper voltando a olhar para Alice.

— Minha filha. - Emmet fala entredentes.

— Sim, senhor. - confirmou Jasper sem se deixar abalar pelo tratamento recebido por parte de Emmet.

Ele iria ficar próximo a sua predestinada custe o que custar, mesmo que isso signifique ter de aturar um sogro que não vai com a cara dele.

— Você ficará longe dela. – diz Emmet sério.

— Pai não! – Alice pede aflita.

— Emmet Cullen! - Rosalie fala furiosa com a atitude do marido.

— Eu não posso ficar longe dela senhor.

— Esqueça a atitude de meu marido Jasper você é bem vindo nessa casa.

— Fico agradecido senhora Cullen.

— Me chame apenas de Rose.

— Como desejar.

— Ele não fica sob o mesmo teto que minha filha, ela é só uma criança. – sibilou Emmet.

— Senhor eu a amo sim, mas meu amor por ela é mais proteção nesse momento não é amor que eu sentiria por uma mulher. – diz Jasper sincero.

— Ainda, mas quando Alice crescer é assim que você vai amá-la. – Emmet fala com evidente desgosto.

— E o que há de ruim nisso? Tudo o que um vampiro quer para sua predestinada é que ela seja feliz, não é muito diferente do que o senhor deseja a sua filha. Você tem sua predestinada, sabe como esse amor é, sabe que é puro e bom. Sei que Alice é sua única filha, eu não vou tirá-la de você, só iremos dividi-la.

— Dividi-la?

— Exatamente, senhor Cullen. 

— Ok. - diz Emmet aparentemente concordando.

Jasper abriu um pequeno sorriso, mas ele parecia desconfiado de algo.

— Você fica com um fio de cabelo dela e eu com resto.

— Senhor Cullen seja racional, me separar dela a fará sofrer.

— Ela supera. – Emmet fala sendo totalmente irracional.

— Olhe para sua filha e diga se ela irá superar. - Jasper fala angustiado apontando para Alice.

Minha sobrinha derramava lágrimas em silêncio e sua expressão era tão sofrida... Rose a abraçava, mas não adiantava.

— Alice, filha.

— Pai não faz isso comigo.

Ele foi até Alice e a pegou no colo.

— Eu só te amo demais filha. – Emmet limpa as lágrimas dela- Desculpe-me, por favor.

— Só se o senhor o deixar ficar.

O que eu não faço por você. — pensou Emmet.

— Eu deixo.- Alice lhe deu um sorriso- Mas eu estarei de olho em você. – diz Emmet encarando o Jasper.

Que engoliu a seco, ele estava ferrado com esse sogro.

Alice sai do colo de Emmet e foi em direção a Jasper lhe estendendo os braços pedindo um abraço.

Jasper olhou para Emmet como se pedisse permissão.

— Vá em frente. - Emmet permite meio contrariado.

Jasper a pegou em seus braços e com cuidando lhe deu um abraço bem apertado.

— É muito bom finalmente ter te encontrado minha predestinada.

— É muito bom finalmente te ver pessoalmente, eu já estava cansada de ficar repassando a mesma visão que tive de você em minha mente.

— Visão?- Ele disse sem entender e fez a Alice se sentar em seu colo para poder olhar para ela.

— Sim.

— Como assim?

— Eu vejo o futuro, a minha primeira visão foi minutos depois que nasci, vi quando você sentiu que eu nasci.- Jasper ficou surpreso- Mas depois não tive mais nenhuma visão, quando mês passado tive uma visão de onde você estava e pedi a ajuda para o meu tio para convencer a todos a se mudarem para cá.

— Eu tenho um irmão traíra. - resmungou Emmet e todos riram dele.

— Nossa! Você tem um dom incrível Alice, eu também tenho um dom, mas não é tão incrível como o seu.

— E qual é?- perguntou Alice bem curiosa.

Alice começou a rir do nada, e agora estava prestes a explodir de tanto sorrir.

— Ah eu n...ão aguento... ma...is ri.

E Alice parou de rir instantaneamente.

— Interessante! - falei, ele tinha um dom bem peculiar.

— O que fez a ela Jasper? - perguntou Rosalie.

— Eu sou um empata, sinto e posso manipular as emoções dos outros.

— Nem pense em usar isso em mim. - adverte Emmet pensando que ele poderia usar esse dom para que ele o aceitasse.

— Não se preocupe senhor, não gosto de manipular as emoções dos outros. – Jasper fala sincero.

— Ele não é demais pai. - diz Alice.

— Eu mereço. - Emmet fala revirando os olhos.

Em seguida meu irmão exigiu que Jasper falasse de sua vida, ele queria conhecer com quem sua filha ia se envolver futuramente, só que o futuramente de Emmet era bem mais longe do que o que todos pensavam, ou seja, nunca.

Jasper nos contou que nasceu em 1844, no Texas. Sua mãe morreu no parto e seu pai quando Jasper atingiu o amadurecimento aos 20 anos, cometeu suicídio por não suportar mais a perda de sua amada, Jasper ficou triste, mas entendeu a atitude de seu pai. E depois que se viu sozinho pensou no que fazer, lembrou-se de seu fascínio por guerra. E em 1864 entrou para o Exército Confederado, servindo como Major na guerra civil. Os humanos não desconfiaram de sua verdadeira natureza, eles só pensavam em aumentar o número de voluntários para aquela guerra, e não paravam para analisar ninguém de fato antes de aceitá-lo no exército. E quando Jasper estava ajudando um grupo de mulheres e crianças a se salvar no meio daquele caos da guerra civil encontrou uma vampira chamada Maria que criava e destruía vampiros recém-nascidos para guerrear no mundo dos vampiros. Maria se aproveitou do fascínio que ele tinha por guerra e o persuadiu a deixar o exército dos humanos e o fez segundo líder do exército dela, mas com o tempo Jasper passou a desgostar das guerras, pois sendo um empata sentia tudo, a dor, o medo, a falta de esperança e isso o deixava depressivo, resolveu se afastar de tudo aquilo, passou a viver como nômade e sempre sozinho, deixou de se alimentar de humanos também, hábito que adquiriu após entrar no exército de Maria, e por não conseguir mais sentir a vida se esvair dos corpos dos humanos sem sentir remorso, voltou a dieta animal e tempos depois sentiu que sua predestinada nasceu e passou a procurá-la.

— O senhor sentiu ódio quando eu mencionei exército, posso saber por quê? – Jasper fala olhando para Carlisle ao terminar de contar sua história.

Isso era uma parte triste do passado de papai ele odiava exércitos.

— Bom é que... meus pais foram mortos por membros de um exército. 

— E se me permiti perguntar, por quê?

— Eu não sei bem Jasper eu não estava em casa quando aconteceu, estava na universidade, mas meu amigo Alexandre que morava com seus pais próximos da nossa casa viu tudo e me contou. Alexandre estava voltando da caçada e para irmos para nossas casas tínhamos de escalar um rochedo quando ele ouviu vampiros dizer que queriam aquela área e que iriam matar nossos pais porque pensavam que eles poderiam dar a localização deles aos inimigos e mesmo nossos pais garantindo que não fariam isso eles não acreditaram. Alexandre disse que nem deu tempo de pensar em ajudá-los, porque rapidamente os invasores os decapitaram e disse que eles foram extremantes rápidos e letais, nossos pais não tiverem nem tempo de tentar se defender. – papai fala triste e mamãe o abraçou.

Lembrar disso sempre o deixava abalado.

— Sim eu acredito na versão do seu amigo, os vampiros responsáveis pelo reconhecimento da área em que irão montar acampamento são bem treinados por que eles vão em um número pequeno para não chamar muita atenção. Sinto muito pela sua perda senhor.

— Já faz muito tempo Jasper e não me chame mais de senhor apenas de Carlisle.

Jasper assentiu.

— Então você deve lutar bem Jasper. – diz Emmet.

— Um pouco. Conheço vampiros bem mais treinados do que eu.

Jasper estava sendo modesto, vi em sua mente algumas de suas batalhas enquanto nos contava sua história e ele é um exímio lutador.

— Eu e você lá fora. - Emmet  fala olhando para Jasper.

— O quê?- diz Jasper confuso.

— Vamos lutar! – Emmet fala empolgado.

— Pai não!

— Filha não será uma luta de verdade. Você sabe que eu gosto de brincar de luta, mas a Rose e a mamãe não gostam, e não tem graça lutar com o papai porque ele diz que não é capaz de atacar seu filho nem mesmo isso sendo de brincadeira então só sobra o enrolão do seu tio.

— Eu não sou enrolão.

— É sim. Você fica lendo minha mente.

— E que culpa eu tenho de ter o dom de ler mentes?

— Nenhuma, mas você podia desligar esse dom enquanto lutamos.

— Sabe que eu não consigo fazer isso.

— É o que você diz Edward.

— Emmet você não sabe o quanto eu daria para ser capaz de fazer isso às vezes.

Só eu sei o quão “cansativo” é ler mentes o tempo todo, eu gostaria de ao menos poder ser capaz de desligar meu dom e ficar apenas com meus pensamentos quando eu quisesse, mas infelizmente só consigo isso quando me isolo em algum lugar que não tenha ninguém por perto.

— Então venha Jasper me mostre o que sabe fazer. – diz Emmet.

E todos foram para o quintal.

— O senhor tem muita força, mas não pensa na hora de usá-la. – diz Jasper após Emmet se “cansar” de atacá-lo sem conseguir pegá-lo, porque Jasper se desviava dele facilmente.

— Está me chamando de burro? – Emmet fala indignado.

— Não senhor, estou querendo dizer que o senhor confia tanto em sua força que se esquece do resto, não adianta o senhor vir com toda a sua força para cima de mim e me atacar da forma mais obvia que existe, o que fará com que eu facilmente me desvie. Tente me surpreender, não com sua força, mas na forma de atacar, deixe a força como um segundo elemento surpresa. Quando conseguir me pegar aí sim use toda a sua força e eu não terei como escapar do senhor.

E Emmet lhe deu um aceno agradecido pelo conselho, ele havia gostado da parte do Jasper não conseguir escarpar dele.

Emmet tentou atacar de várias maneiras diferente que ele pôde pensar, mas Jasper sempre conseguia se desviar dos ataques.

Quando Emmet pensou em atacar mais uma vez, mas desistiu e Jasper baixou a guarda pensando que meu irmão havia desistido de lutar e em uma fração de segundo Emmet lhe aplicava uma chave de pescoço usando toda a sua força. Quando Jasper sentiu que ele ia atacar, Emmet já o tinha quase o dominado por completo e devido à enorme força de Emmet foi impossível se soltar. Meu irmão conseguiu driblar o dom de Jasper por tempo o bastante para conseguir pegá-lo.

— Excelente... senhor. – Jasper fala com dificuldade devido ao aperto de Emmet e em seguida Emmet soltou o Jasper e ficou feliz por ter conseguido.

— Ah! Deixa esse negócio de senhor para lá e me chame apenas de Emmet.

Jasper assentiu.

Isso já é um começo. — pensou Jasper feliz.

— Podemos lutar de novo?- perguntou Emmet empolgado a Jasper.

Ele acha que só porque ganhou essa ganhará todas, mas não é assim Jasper é esperto e experiente demais, ele só baixou a guarda naquele segundo porque a luta é de mentira. Coisa que ele jamais faria numa luta de verdade, e se essa luta fosse de verdade Emmet não teria chances de ganhar de Jasper, mas Emmet não precisa saber disso, não é?

— Mas é claro que podemos. - diz Jasper.

Jasper “apanharia” o quanto fosse preciso, se isso fizesse com que o seu sogro o aceitasse nem que fosse um pouquinho.

Eu e meu pai também entramos na brincadeira e vi que o começo de uma bela amizade surgia ali.


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Notas finais do capítulo

Até sexta !



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