PV EDWARD

Chicago, 06 de agosto de 1918.

Hoje era o aniversário de vinte anos de Rosalie, nós tivemos a ideia de fazer uma festa para tentar animá-la, ela andava muito triste ultimamente por ainda não ter conseguido engravidar novamente e ela só tinha mais um ano para isso, porque ainda queria ser transformada aos vinte e um anos, então iríamos fazer a festa na intenção distraí-la, o coitado do Emmet já não sabia mais o que fazer para animar sua esposa.

Eu, mamãe e Alice estávamos voltando das compras. Eu dirigia enquanto a pequena Alice que agora estava com dois anos falava como queria que montássemos a decoração da festa. Hoje descobrimos que Alice é uma verdadeira consumista. O bagageiro do carro estava lotado com os itens de decoração, e de presentes para a mãe dela. Alice numa loja é praticamente um furacão, ela sai levando praticamente tudo que encontra pelo caminho.

Mas como fazer para Alice parar quando faz aquela carinha nos olhando com aqueles lindos olhos azuis cor de safira e nos dando um lindo sorriso mostrando suas covinhas, é praticamente impossível a gente dizer não. Mas felizmente a pequena tem bom gosto, ela comprou muita coisa eu devo admitir, mas era tudo muito lindo. E a maneira que Alice pretende decorar a festa irá com certeza ficar linda.

Estacionei o carro na entrada de casa e vi papai chegar correndo em casa, ele parecia aflito, o que aconteceu para que ele deixasse o carro no hospital e viesse correndo para chegar em casa mais rápido?

— Pai? 

— Querido?- minha mãe o chamou preocupada também com a expressão de aflito dele.

Mas papai apenas passou batido por nós e entrou em casa.

Mamãe pegou Alice no colo e em seguida entramos.

— Pai graças a Deus você chegou do trabalho. Você precisa ver a Rose ela está queimando em febre. – diz Emmet aflito.

Deus não permita que seja o que eu estou pensando. — pensou Carlisle.

Papai foi até Alice e colocou a mão na testa dela.

Sem febre. - papai pensou em alívio.

Porque ele estava averiguando a temperatura de Alice sendo que era Rose que tinha febre?

— Esme fique com Alice aqui.

Eu e Emmet seguimos o papai e entramos no quarto de Rose e papai a examinou rapidamente.

— Era o que eu temia, Rose pegou a gripe espanhola.

— Temos de levá-la ao hospital então. - Emmet fala de forma urgente.

— Filho – papai olha nos olhos de Emmet – eu sinto muito, mas essa virose é letal, não há cura.

— Pai, não minha Rose, ela não pode morrer... - E Emmet começa a chorar.

E eu estava chocado demais para fazer algo.

Percebi minha mãe ficar desesperada em seus pensamentos, mas soube disfarçar de Alice.

— Há uma saída, você tem de transformá-la agora.

— Eu farei isso pai, eu não posso viver sem minha Rose. – e faz um carinho no rosto de Rose, ela estava dormindo agora, mas suava frio e estava bem pálida.

— Edward pegue algumas roupas de frio para Alice e um pouco de comida não perecível e água.

E fui imediatamente fazer o que ele mandou.

— Para que pai?- ouvi Emmet perguntar.

— Alice não pode ficar mais aqui, é arriscado, ela pode acabar pegando o vírus. Ela tem de ir para o mais longe possível daqui, ela irá com Edward e Esme para o Alasca.

— Sim você está certo pai. – concordou Emmet.

— Agora vá se despedir de sua filha, ela tem de sair o mais rápido possível das redondezas de Chicago.

— Está bem pai.

 E Emmet foi rapidamente até Alice na sala.

— Pai o que a mamãe tem? – perguntou Alice preocupada. E Emmet a pegou no colo.

— Filha sua mãe está doente.

— Mas o vovô é médico ele vai dá um remédio para a mamãe e ela vai ficar boa, não é?

Emmet engoliu a seco antes de falar.

— Não tem remédio para essa doença meu amor.

— Então a mamãe ... ela vai... morrer. – Alice fala em meio ao choro.

— Eu não vou permitir filha.- Emmet enxuga algumas lágrimas do rosto dela- Eu terei de transformá-la sabe o que isso significa?

— Que a mamãe será uma vampira como vocês?

— Sim e você vai viajar com seu tio e sua avó agora.

— Não, eu quero ficar aqui com você e a mamãe.

— Você não pode ficar, se não pegará essa doença horrível também, mas ficaremos separados por pouco tempo eu prometo. Eu te amo filha. - Emmet diz a abraçando.

— Eu também te amo papai.

Mamãe desce depois de se despedir de papai e vestiu um casaco bem grosso em Alice para que ela não sentisse frio durante a corrida. Nós iríamos correndo para sairmos mais rápido de Chicago.

— Não se preocupe filho cuidaremos bem de Alice. –diz mamãe abraçando o Emmet.

— Eu sei que vão mãe.

— Tchau mano. –diz Emmet me entregando sua filha e eu passei as pernas de Alice pela minha cintura e ela passou os braços envolta do meu pescoço. Eu coloquei um dos meus braços ao redor da cintura dela para mantê-la segura.

— Vai dar tudo certo Emmet. – falo otimista colocando minha mão em seu ombro num gesto de apoio.

E ele assentiu.

— Logo estaremos todos juntos filho.- mamãe fala confiante.

— Tenho certeza que sim mãe. - diz Emmet.

— Nos vemos em breve filha. - Emmet fala dando um beijo na testa de Alice.

Mamãe pegou a pequena mala e saímos correndo rumo ao Alasca.

Eu e minha mãe enfim havíamos acabado de mobiliar a casa que compramos aqui no Alasca. Ela era numa região um pouco isolada. O que seria bom para Rose, o primeiro ano de um vampiro recém criado é bem complicado, e ficar perto de muitos humanos não ajuda, ela terá de adquirir o controle sobre sua sede aos poucos. Mas o primeiro desafio dela será ficar perto de Alice, mas por ser sua filha isso facilitaria, Rose fará de tudo para não perder o controle, ela ama demais a Alice para se quer cogitar em machucá-la.

Sentei-me ao lado de minha sobrinha que estava de olhos fechados bem concentrada.

— Pequena, pare de forçar seu dom, assim você irá ficar fraca, você ainda é humana não conseguirá usar o seu dom quando quiser.

— Mas eu quero saber se a mamãe está bem.- diz Alice frustrada por não conseguir usar seu dom.

A coloquei em meu colo e a abracei.

— Já faz mais de duas semanas, tenho certeza de que eles logo estarão aq...

— Tio?

— O que foi filho? - diz mamãe vindo até a sala.

— São eles, eles estão apenas a alguns minutos daqui. – respondo feliz.

Peguei Alice nos braços e saí junto com a mamãe de casa em direção a entrada.

— Onde tio?

— Eles estão vindo por ali. – apontei a direção.

E vi a ansiedade crescer no rostinho de Alice. Ela estava com muitas saudades dos pais e do avô.

Minutos depois vimos meu pai, Rose e Emmet correndo em direção a entrada da casa.

— Mamãe, papai e vovô chegaram. - cantarolou Alice feliz.

Eles pararam de correr e ficaram nos olhando. Mas logo mamãe foi abraçar o papai. E vi Rose prender a respiração ao sentir o cheiro de Alice. E Emmet a abraçou. A queimação na garganta de Rose beirou o insuportável, mas ela se manteve no lugar.

— Eu acredito em você meu amor, você não será capaz de machucar nossa filha. – Emmet lhe passa confiança.

E me aproximo com Alice.

— Fique onde está Edward. - me pediu Rose entredentes.

E parei de andar. Eu só fui porque vi em sua mente que ela está controlada, mas sua insegurança não a deixa ver isso.

— Respire Rose você não será capaz de machucar sua filha. -pede Emmet. 

— Confiamos em você Rose, e estamos perto se necessário. – diz Carlisle.

— Venha até sua filha e lhe dê o abraço que tanto anseia Rose. – a incentivei.

— Vamos meu amor eu estarei o tempo todo ao seu lado. – Emmet diz segurando a mão dela e a fazendo andar em direção a Alice. Quando eles estavam a três passos de mim e Alice, minha sobrinha esticou os braços e Rose imediatamente a pegou nos braços sem hesitar, o amor dela por Alice é maior que a sede por sangue.

E tenho certeza que logo Rose se habituará à queimação na garganta.

Emmet abraçou as duas e os três choraram de saudade e ao mesmo tempo de felicidade por estarem juntos novamente.