Narração Tom.

Assim que ela se levantou da mesa, ela me viu. Eu não sabia o que fazer, estava confuso. Decidi beber alguma coisa e depois iria embora. Quando estava pegando o meu drink, senti uma mão em meu ombro esquerdo e ouvi aquela voz me chamando.




- Tom... - ela me chamou segurando em meu ombro.

- Demi, eu tô ocupado. - respondi seco sem nem sequer olhar pra ela, sabia que eu não resistiria e a perdoaria.

- Olha, deixa eu explicar... Não era isso o que eu queria e... - eu a interrompi, estava muito nervoso.

- Eu não tenho nada com você, então não precisa me dar satisfação nenhuma, tá! - respondi ainda seco, mas dessa vez olhando em seus olhos.

- Mas... - eu pude ver os olhos dela se encherem de água, aquilo me partiu o coração, mas ela ainda estava errada.

- Mas nada. Eu vô embora. - disse virando-me e deixando a bebida que tinha pedido no balcão mesmo, não me importava mais nada naquela noite e sai andando na direção de Bill e dos G’s.


Foi realmente muito chato, mas foi necessário. Ela não podia ter feito aquilo. Mesmo ela não sendo minha namorada, eu sentia um carinho enorme por ela e achava que
ela sentia por mim também, mas pelo visto eu estava completamente errado. E ela traiu minha confiança da pior maneira possível.

Me despedi dos rapazes e fui embora de carro, pois já sabia que dali não sairia um sóbrio. Bill ainda insistiu para que eu ficasse ele não estava entendo o porque de, de repente eu, Tom Kaulitz, o maior baladeiro plantão, querer ir embora de uma boate como aquela. Ninguém entendia. Eu disse que explicava depois e fui.
Cheguei no hotel e fiquei por alguns minutos pensando no carro. Cansei de ficar lá e subi. Fiquei sentado em uma poltrona do hall mais alguns minutos e decidi ir pra
piscina, ficar sentado lá olhando as estrelas. Pra ver se acalmava os nervos. Foi quando a vi. Ela estava com a maquiagem completamente borrada e ainda secava as lágrimas que caíam em seu rosto. Lágrimas que eu fiz cair. Me senti um tanto quanto culpado. Fiquei seguindo-a com os olhos, até que ela me viu. Ela parou de andar por alguns segundos, me encarou, olhou pro chão e foi para o elevador.

Eu fiquei lá na piscina esperando a culpa passar e a raiva também.

Narração Tom - off.


Entrei correndo no meu quarto e fui direto pro banheiro. Quando me olhei no espelho quase tive um infarto. Eu estava horrível, acabada, minha maquiagem estava completamente borrada e eu novamente me parecia com um panda. Liguei o chuveiro e me despi rapidamente. Entrei no box e me enfiei embaixo daquela água, que estava pelando, quase arrancando meu couro fora. Mas eu não me importava, eu estava com raiva e nojo de mim mesma.



Quando sai, não enxergava nem um palmo à minha frente de tanta fumaça que tinha naquele banheiro eu estava até zonza. Me sequei, coloquei um roupão e fui tateando a parede até encontrar a porta e assim que abri meu quarto inteiro parecia uma sauna. Abri a grande janela para que aquela fumaça toda saísse e me sentei na cama. Eu não tinha sono, então me troquei e tive a infeliz idéia de ir até a piscina.

Coloquei uma camisola roxa escura, de seda e um robe roxo também, mas esse transparente. Calcei minhas pantufas e fui até o elevador. Assim que a porta se abriu
eu tive vontade de chorar de novo, mas dessa vez não. Dessa vez eu ia ser forte. Além do mais eu estava errada. Não conseguia mover um só músculo. Ele saiu do elevador e ficou parado na minha frente me olhando nos olhos.

Narração Tom.

Cansei de ficar lá pensando, já estava até começando a cheirar queimado. Então, achei melhor subir para tomar um banho e ir dormir, ou pelo menos tentar. Assim que
sai do elevador, dei de cara com ela. Ela estava sem maquiagem e com o cabelo molhado e vestia uma camisola muito sexy roxa escura de seda e como sempre um
robe da mesma cor, mas dessa vez o robe é que era transparente. E como sempre ela estava com aquelas pantufas engraçadas.

Estava linda como sempre, mas o brilho que antes era tão evidente em seus olhos, agora encontrava-se apagado. Ela ficou parada na frente do elevador me olhando, então me aproximei e fiquei olhando naqueles olhos. O que mais queria era dar-lhe um beijo e dizer que estava tudo bem, mas como poderia mentir tão descaradamente? Ela nem ao menos havia se desculpado.

Narração Tom - off.