- Quem... Tom? - perguntei assustada.

- Sentiu minha falta? - perguntou mexendo naquele piercing novamente.

- Pra ser sincera... Não! - respondi rindo e logo olhando para a piscina novamente.

- Tem certeza? - perguntou puxando meu rosto e me encarando nos olhos.

- Não. - respondi mole, eu estava indefesa.

Ele começou a aproximar os lábios dos meus e quando eu achei que ele fosse me beijar, me segurou pela cintura e me pegou no colo.

- Tom! O que você tá fazendo? - gritei em meio à risos, assustada.

- A água tá fria? - perguntou um pouco ofegante.

- Tá sim, por que?

- Então nós vamos aquecê-la. - falou enquanto se preparava para me jogar na água.

Com um simples gesto ele me jogou na piscina. Eu quase tive um choque térmico, porque aquela água estava quase congelada. Eu subi rápido à superfície, a piscina era muito funda pra mim, e eu tinha que ficar me movimentando pra não afundar. Quando olhei na direção dele, pude vê-lo em pé, rindo enquanto me olhava com aquele olhar malicioso.

- Me joga na água gelada pra me fazer passar frio, é? - perguntei batendo o queixo.

- Tá com frio, é? - perguntou com uma cara de tarado, que só ele tinha!

- É lógico que tô! - respondi.

- Eu já vou te aquecer, então. - falou antes de pular na piscina de cabeça - Nossa, tá gelada mesmo. - falou batendo o queixo também.

- Eu te odeio, sabia? - perguntei com um sorriso de canto.

- Deve ser por isso, então! - falou rindo.

- O que?

- Que eu te quero. - respondeu sussurrando em meus ouvidos enquanto me prensava na borda da piscina.

Era demais pra mim. Ser assediada não estava sendo fácil, ainda mais quando o assediador era um tanquinho com pernas a braços (e que pernas e braços, diga-se de passagem). Mas não era hora e muito menos lugar para fazer aquilo.

- Tom... - eu suplicava.

- O que? - perguntou enquanto beijava loucamente meu pescoço.

- Pára...

- Parar com o que?

- Com isso... - ficamos alguns segundos em silêncio.

- Eu não consigo. - disse ofegante enquanto beijava meu pescoço e colo.

- Não consegue o que? - perguntei num sussurro.

- Parar de te beijar. - eu sorri e afastei seu rosto do meu corpo segurando o mesmo e olhando em seus olhos, aqueles olhos castanhos profundos e misteriosos.

- Então não pára! - disse rindo.