- Demi... Demi... - eu ouvia uma voz muito fraca me chamando, mas eu estava tão longe - Demi, tá ouvindo? - “acordei” assustada.

- Ah, tô, tô sim, Josh! - respondi rápido.

- Tá tocando a sua música! - disse todo animado.

- Minha música? Que música? - parei de falar para tentar ouvir o que estava tocando.

“Holding my last breath, safe nside myself, are all my thoughts of you, sweet rapture light, it ends here tonight....”

- Josh... É... É a minha música, Josh! Tá tocando no rádio! Espera... Tocando no rádio? Mas... Por que? - no Brasil, não é muito comum tocar músicas de rock pesados como Evanescence no rádio, então eu estava até assustada.

- Demi, você não está mais no Brasil, flor! - respondeu Josh, se vangloriando por dizer que eu não estava mais no meus país natal.

Eu não respondi, apenas sorri pra ele, que riu feito uma criança. Chegando ao hotel, vimos que a entrada não estava mais tumultuada do que jeito que estava quando saímos. Entramos e fomos em direção ao elevador. Quando chegamos no último andar (acho que Josh tinha complexo de altura, pois em todo hotel que ficávamos ele pegava os quartos do último andar), Josh me acompanhou até o quarto para me ajudar com os medicamentos. Assim que terminou, ele me deu boa noite e saiu do quarto.

Eu tomei os remédios, mas não senti diferença nenhuma. Acho que eu esperava um milagre e não uma melhora, pois fiquei inconformada quando tomei os remédios e não senti melhora imediata. Me deitei depois de escovar os dentes e trocar de roupa e fiquei esperando o sono chegar.

“Droga, por que o sono não chega? Amanhã eu tenho ensaio com a banda. Como é que eu vou ficar em pé se eu não dormir? Bom, de qualquer jeito eu vou ter que ensaiar! Que diferença vai fazer se for com sono ou sem ele?”

Como eu e o sono não nos dávamos muito bem, decidi descer e ficar na beira da piscina, o que sempre me acalmava um pouco e me deixava entediada também. Mas pelo menos eu ficaria em paz comigo mesma. Ou pelo menos era isso que eu achava...

Eu levantei e como achei que não veria ninguém lá embaixo, além do recepcionista e dos vigias noturnos, apenas coloquei um robe que era quase do mesmo comprimento que a camisola, bem acima dos joelhos. Assim como a camisola ele também era preto, mas diferente da mesma, esse era meio transparente. Coloquei as minha pantufas, aquelas de garra, mas de estampa de zebra e, desci.

Passei pela recepção, pelo bar e depois fui caminhando por um corredor que dava na piscina. Sentei na beira da parte funda da piscina. Estava uma noite calma, o céu estava estrelado e a lua iluminava cada canto escuro daquele lugar. Não resisti (eu nunca resisto), tirei minhas pantufas e coloquei os pés na água.

A água estava fria mas eu não ligava, não queria ligar, mas algo me incomodava. Sentia que alguém estava me observando e aquilo me incomodava e muito! Decidi distrair minha mente e comecei a me lembrar de Tom. Aquele garoto tinha realmente mexido comigo. Pensei que dessa vez eu poderia ficar “viajando” até a hora em que enjoasse, mas para a minha surpresa a pessoa que estava me observando decidiu agir. De repente senti uma mão em meu ombro.