- Ainda acordada? Pensei que você estivesse cansada e com sono. - falou entrando no quarto.

- Pois é, fui interrompida do meu banho por um inconveniente. - falei sorrindo.

- Eu?

- Não, não é você. Você sabe que você nunca é inconveniente pra mim, né, Josh!

- Você também não, Demi! Mas, me diz aí, quem é o ser?

Foi então que Tom saiu do banheiro. Josh então ficou paralisado. E eu não sabia se ria da cara do Josh quando viu Tom ou, se chorava de rir daquela situação.

- Tom Kaulitz? - perguntou Josh me olhando incrédulo enquanto apontava para Tom.

- Oi! - respondeu Tom, tentando disfarçar o riso, o que me fez fazer o mesmo.

- Nossa, Demi, isso já tá virando perseguição! - comentou Josh brincando.

- Concordo, Josh! - falei rindo.

- Bom, foi um prazer imenso conhecê-la, Demi. - Tom disse enquanto beijava uma de minhas mãos me fitando com aquele olhar malicioso - E foi um prazer conhecê-lo também, Josh. - disse enquanto apertava a mão do produtor.

- Igualmente, Tom.

Depois disso ele saiu, me deixando à sós com Josh, que me fez várias perguntas sobre o que havia acontecido. Eu pacientemente expliquei tudo. Menos a parte do beijo, lógico. Logo ele mudou de assunto, me deixando séria.

- Demi, a gente precisa sair. - começou.

- Sair? Pra onde? - perguntei curiosa.

- Precisamos ir na farmácia. - completou meio desanimado.

- Por que?

- Temos que comprar os seus remédios.

- Remédios? Não era um só? - perguntei nervosa.

- É, mas graças à essa sua tontura, você vai ter que tomar um outro remédio pra parar de se sentir tonta. Mas, relaxa, será apenas por alguns dias.

- Tá, mas, o médico descobriu o por que dessas malditas tonturas?

- Ele disse que é psicológico. Provavelmente por causa da depressão mesmo. Pediu pra você ficar em repouso mental, ou seja, nada de passar nervoso. - terminou me dando um doce beijo na testa.

- Você que manda, chefinho! - respondi um pouco mais animada, pois sabia que não teria que passar por aquilo tudo sozinha.

Fomos até a garagem do hotel. Sim, nós tivemos que sair às escondidas para não sermos “atacados” pelos fãs que ainda sendo quase de madrugada, tumultuavam a porta do hotel. Saímos com um carro simples, nada de vans ou carros muito grandes. Tínhamos alguns carros à nossa disposição, entre eles um que me chamou muito a atenção.

- Josh, o que acha de nós irmos com aquele New Beattle vermelho? - falei fazendo bico de criança pidona.

- Pode ser. Só espero que ele não chame atenção.

- Relaxa! - entrei no carro comemorando a minha vitória.

Fomos até a primeira farmácia que vimos e Josh perguntou se eu queria alguma coisa de lá. Eu disse que queria Trident de menta (eu amo aquele chiclete), ele assentiu com a cabeça e entrou na farmácia.

Logo avistei ele vindo com três sacolas nas mãos. Pensei que talvez ele tivesse comprado algo pra ele também. Afinal, ele era mais vaidoso que eu e o resto da banda juntos. E pelo que pude observar, naquela farmácia tinha um setor enorme de perfumaria. Ele entrou no carro e colocou as sacolas no meu colo.

- O que você comprou? - perguntei curiosa.

- Os remédios e o chiclete, ué! - respondeu com aquela cara de tipo “é óbvio”.

- Josh, mas você... Você comprou... A caixa inteira de chiclete? - perguntei abismada.

- Ué, não era isso que você queria?

- Eu pedi um pacote, e não uma caixa! - falei rindo da cara dele.

- Ah, tudo bem. Olha pelo lado bom, você vai ficar um bom tempo sem precisar comprar nada disso. - falou rindo também.

Depois disso, ficamos em silêncio. O que estava me incomodando, como dizia Pink: “o silêncio assusta, porque grita a verdade”. E isso realmente era verdade. Liguei o som do carro e estava tocando uma música que, cando reconheci, me fez arrepiar inteira. Estava tocando Monsoon, do Tokio Hotel. Aquela música me fez lembrar dos momentos que passei naquele quarto de hotel junto com Tom; das coisas que sentia cada vez que ele tocava meu corpo. Logo estava viajando novamente em meus pensamentos.