Passos para o Abismo escrita por DebsMarfil


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

cap. beem grandinhuuu!!

espero q gostem!!



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Eles se aproximaram e logo me viram chorando, sentada na cobertura do prédio, naquele frio, vestindo uma regata. Não sei por que... Mas acho que eles acharam que eu era louca, pois me levantaram e desceram comigo pelo elevador segurando meus braços como se eu fosse o tal louco fugitivo.

Terry acompanhou tudo em silêncio. Não disse uma palavra depois de eu ter “caído” na cobertura. Eu estava mais assustada ainda. Foi quando eles pararam em frente à uma porta, que tinha uma placa com o nome de um médico (um psiquiatra, pra ser sincera). Eu então entendi tudo. Eles realmente achavam que eu era louca e que se não fosse pelo bondoso rapaz de dreads eu estaria estatelada no meio da rua à essa altura do campeonato. Não disse nada. Achei que seria melhor se eu não reagisse, pareceria normal.

- Você pode aguardar na sala de espera, ok! - disse um dos enfermeiros á Terry, que assistia à tudo assustado.

Ele continuou mudo e foi andando até a sala de espera. Logo, eles abriram a porta e me sentaram em uma cadeira dentro da sala. Em uma outra cadeira (uma poltrona enorme de couro) estava um homem de avental branco, que eu deduzi ser o tal psiquiatra (óbvio, né?!).

Ele começou a me medir, o que me deixou muito nervosa. Eu detestava quando as pessoas me mediam.

- O que é que tá acontecendo aqui, hein? - perguntei fria e nervosa, mas num tom normal de voz.

- Por que você queria pular? - perguntou me olhando com uma cara de bocó incrível.

- Eu não queria pular. - respondi séria.

- E como você se sente em relação á isso? - cara, por que psicólogos e psiquiatras sempre perguntam isso depois de fazerem uma pergunta, hein?

- Não sinto nada! Eu quero ir embora, me deixa em paz, tá!

- Você está muito alterada. Relaxe, vai ficar tudo bem, eu estou para ajudá-la a resolver os seus problemas.

- Do que é que você tá falando? Você nem ao menos me conhece! Como é que pode saber dos meus problemas? - falei me levantando e alterando o meu tom de voz.

- Escute aqui, mocinha... Eu sou um médico muito conhecido por aqui, portanto, abaixe o tom de voz e sente-se como uma garota da sua classe. - disse sério me fitando.

- Não me interessa quem você é ou como eu devo me comportar... Eu não devia tá aqui... Eu devia tá na sala de espera... Esperando o meu produtor. - disse pausadamente indo vagarosamente em direção à porta.

- Você foi fazer o que na cobertura? - perguntou ignorando tudo aquilo que havia ocorrido.

- Esfriar a cabeça... - respondi olhando-o nos olhos.

- E por que você precisava esfriar a cabeça? Sente-se e me conte o que está acontecendo com você. - falou calmamente retribuindo o olhar.

- Eu não sei... Tô me sentindo... Vazia. - eu não sabia como, mas o olhar dele me hipnotizava e eu respondia à tudo o que ele me perguntava olhando nos olhos dele, como se eu fosse um robô programado pra isso.

- Por que você se sente vazia?

- Eu sinto falta de alguma coisa...

- De que você sente falta?

- De alguém...

- Quem?

- Eu não sei...

- Não sabe?

- Não, não é uma pessoa certa... É... Um alguém.

- E você se sente muito sozinha, Demi?

- Às vezes, sim.

- E quando você se sente sozinha, tem gente perto de você?

- Sim.

- Muita? - afinal, onde ele tava querendo chegar com aquele questionário todo, hein?

- Sim.

- Você tem algum trauma emocional?

- Tenho.

- Qual?

- A quase separação dos meus pais... Não das mais calmas e civilizadas, diga-se de passagem.

- E como você se sente agora?

- Fria... Triste... Impotente... Vazia... - me interrompeu.

- Tá bom. - fez uma pausa - Pode se levantar.

Como se ele tivesse estalado os dedos numa sessão de hipnose eu acordei de um transe que, até então, não sabia explicar. Eu simplesmente me senti estranha. Levantei e ele me guiou até uma outra cadeira. Essa ficava na frente da mesa do consultório dele. O mesmo sentou-se na sua cadeira e começou a escrever algo que além de não ser muito legível, ao ficar de ponta cabeça se tornou mais ilegível ainda, o que não me deixou entender do que se tratava.

Ele escreveu umas coisas e pediu para que eu entregasse ao meu produtor. Me guiou até a porta, despediu-se e fechou a porta assim que eu sai. Eu estava completamente pasma. Como foi que aquilo tudo aconteceu? Eu estava viajando novamente nos meus pensamentos, tentando encontrar respostas, mas novamente fui interrompida.

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Notas finais do capítulo

flores.. preciso saber a opinião de vocês, oks!



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