Sophia P.O.V

Ontem eu acabei adormecendo mesmo no sofá, deitada no colo do Matheus, e ele me fazendo carinho, de vez em quando eu acho ele um fofo comigo, mas outras vezes ele me prova o contrario, eu realmente não entendo aquele menino, ele é extremamente bipolar.
Enfim, acordei agora e fui tomar café, peguei uma maça, tomei um banho rápido, troquei de roupa e fui cavalgar, já que aquele lugar era um saco e não tinha absolutamente nada pra fazer. Montei no cavalo, e sai por ai, sem rumo, até que avistei um menino dos cabelos castanhos e olhos cor de mel, e me parecia familiar... Diego? Cavalgando? A essa hora da manhã? Cocei meus olhos para ver se não tinha ficado louca, porque se tem uma pessoa que dorme bastante, o nome dela é Diego.
–DIEGO? VOCÊ POR AQUI? A ESSA HORA DA MANHÃ? –gritei, já que ele estava meio afastado de mim
–Opa Sophia! Surpresa é toda minha de te encontrar aqui! -Sua?–Ri comigo, ai tinha alguma coisa... –Que tal a gente... Ir pra cachoeira? –Jura Diego? –Juro, vem!

Dei de ombros e fui com o Diego, porque realmente eu estava sem rumo e não acharia nada mais interessante pra fazer aquele momento.
–Bora cair? –Diego indagou, apontando pra cachoeira
–Ah não.
–Vamos? Por favor?
–Não Diego, não estou muito afim.
–Vamos, por favor? Anda!
–Não Di...
E antes que eu pudesse terminar eu estava no seus braços e estava sendo ameaçada de me jogarem na cachoeira, que mania mais irritante que essa família tem de pegar os outros no colo, credo.
–E então...?
–Tudo bem Diego, eu topo, mas deixa eu pelo menos tirar a minha roupa.
Ele me colocou no chão, e eu tirei minha roupa, felizmente eu já estava de biquíni, pelo fato de mais tarde querer mergulhar na piscina
Pulei na cachoeira, e o Diego se aproximou, a gente ficou conversando por um bom tempo... Por mais que o Matheus falasse, eu acho que o Diego é um cara realmente incrível, ele é super fofo, atencioso, enfim, gosto muito dele, quem sabe rola com a gente, e não eu não e não eu não sou nenhum tipo de tarada e por mais que eu tenha ficado com o Matheus, foi ele que me beijou.
–Então, é melhor a gente... Ir não é mesmo? –perguntei, apontando para o céu, que estava meio nublado
–Você tem razão... É melhor mesmo. –respondeu-me
Vesti minha blusa, e nós fomos cavalgando juntos, e no meio do caminho encontramos o Matheus, ele estava estranho, não tava com nenhum cavalo e estava com a cabeça baixa, e por incrível que pareça eu fiquei com dó dele.
–Matheus! –chamei-o
–Oi?–ele indagou sem levantar a cabeça, achei aquilo bem estranho, por um momento eu pensei que ele estivesse chorando.

–Eu não quero atrapalhar vocês, então eu já vou indo. –ele disse finalmente olhando pra mim e pro Diego, apontou em frente, e vi que o Diego o tampava com o cavalo, os dois se encaravam até o Matheus abaixar a cabeça novamente, o Diego saiu com o cavalo dali, e pude ver o Matheus dando uns 5 passos antes de cair no chão, e me pareceu que tinha sido o Diego o jogado.
–Diego!–repreendi fazendo então o mesmo olhar pra mim. Pude ver o Matheus se levantar, e limpar a sua calça.
–Belo amigo. -ele disse e saiu caminhando, sem olhar para o Diego e muito menos pra mim, e aquilo havia me deixado mal.
–O que foi aquilo? –indaguei e o Diego se virou pra mim, voltando andar com o seu cavalo.
–Foi sem querer, o Matheus é que leva as coisas a sério demais. –o encarei abismada, mais não disse uma palavra, cheguei em casa e subi rápido para o meu quarto, tomei um banho e fui dormi.
( horas depois )
–Esse canal ai não. –estávamos eu e o Matheus, em casa sem fazer nada, já que o Diego havia acabado de sair com uns amigos da cidade próxima, algo assim, não entendi muito o que ele falou.
–Ah não, eu gosto desse. –Matheus disse.
– Ah Matheus, que saco! –disse e ele me olhou. –O que foi? –indaguei -Nada. –respondeu-me

–Ou melhor, que tal a gente... Fugir ?
–FUGIR MATHEUS? TÁ LOUCO? PRA ONDE?
–É, tipo a gente sair, pra uma balada qualquer aí.
–Mas Matheus, é muito longe... E você bebe, a gente não pode fazer isso.
–E daí, a gente dorme em um hotel e voltamos amanhã... Nossos pais só voltam daqui a dois dias, calma.
–Você tem razão, vamos.
–Sério?
–Porque não Matheus? Vamos logo antes que eu mude de ideia.
–E então, eu conheço uma cidade, que é cerca de 20 minutos daqui, lá tem umas baladas incríveis.
–E a mesma que o seu pai foi?
–Não, porque a cidade não tem a tal empresa que eles estão negociando e tudo, enfim, vamos logo?
–Vamos.
–Ok, me espere arrumar.
Subi para o meu quarto, por mais que eu não estava a fim de sair, eu resolvi ir mesmo assim, tomei um banho rápido, vesti um vestido curto, preto, colado, calcei um salto alto, e fiz uma maquiagem de leve, peguei minha bolsa, coloquei meu celular e meus documentos. Desci as escadas, e o Matheus já estava me esperando com a chave do carro, ele estava com uma jaqueta, uma calça jeans caindo, e uma blusa que marcava seus músculos.
–Opa! –Matheus disse
–Que foi idiota?
–Nada... É que... Você está até bonitinha.
–BONITINHA?
–É, digamos que se eu te visse, eu até pensaria em te dar uns pegas sabe...
–RIDICULO!
–Anda, vamos!
Entrei no carro e nós fomos, avistamos a Mariana e o Vitor e falamos que iríamos dar uma voltinha, e que já voltaríamos. Logo chegamos, a cidade era muito bonita, a lua estava cheia, dourada, lá havia uma praia, mas eu odeio praia.
Fomos para uma boate que havia lá, e como aqui é os Estados Unidos, maiores de 16 podem entrar na boate, ou seja, eu posso, eu e o Matheus entramos, e estava tocando Firework da Katy Perry, eu sei que é uma música meio velhinha, mas eu sou completamente apaixonada por ela, eu comecei a dançar e o Matheus ficou me encarando, logo vi uma loira dos olhos azuis se aproximar do Matheus e falar algo no seu ouvido, parecia estar “cantando” ele. Juro que nessa hora me deu vontade de dar uma voadora naquela menina exibida, mas eu ignorei e continuei a dançar, o Matheus começou a conversar com ela, eu fingi que nem estava ligando, e continuei dançando, até que olhei para trás, e senti alguém cochichar algo no meu ouvido como “Oi gatinha” eu olhei para trás e era um menino muito bonito, loiro dos olhos verdes, até que olhei para trás, e vi que o Matheus já estava quase se atirando naquela loira exibida.
–Oi. –Respondi ao lindo menino de olhos verdes
–Tá sozinha? –ele indagou
–Agora não mais! –respondi
–Opa.
–E então, qual seu nome?
–Alex, e o seu?
– Sophia... Soph - disse e sorri
–Ok Soph, e você é daqui mesmo?
–Ah não, sou de uma cidade meio distante, eu tenho uma fazenda aqui por perto, e resolvi passar a noite aqui, com um amigo.
–Sei.
Depois de muito papo e de descobrir que ele era da mesma cidade que eu, e era só um ano mais velho , eu olhei para trás, e vi o Matheus beijando a tal loira, juro que me deu tanta raiva que eu resolvi agarrar o Alex, bem na frente do Matheus, empurrando algumas pessoas que estavam na pista de dança. Já eram quase 3 horas da manha, quando olhei para o relógio, então resolvi me despedir do Alex, e trocamos telefones, depois chamei o Matheus para ir embora, ele não queria muito não, mas acabou concordando.
Entramos no carro, e já que ele não tinha bebido muito, voltamos para a fazenda, na maior tranquilidade.
–E então, gostou do passeio de hoje a noite? –indaguei
–Ah claro, aquela loira é um pedaço de mal caminho.
–Hmmm...
–Você também se divertiu com aquele menininho... Que tinha um jeito de gay.
–Gay? –comecei a rir na cara dele
–Porque está rindo?
– Não é nada, mais gay ele não é não, eu te garanto. -disse e ri me lembrando do Alex, aaaai Alex.
–Hm... –retrucou Matheus
Cara não dá pra viver assim, com esse ciúmes, puta que pariu, como eu queria beijar aquele menino loucamente. Logo nos chegamos e fomos dormir, até porque a gente tinha se cansado daquela festa toda.