Matheus POV

Acordei já na hora do almoço, desci e nao tinha ninguém na cozinha, ou em casa, cosei os meus olhos, escutei alguém falando no telefone, Sophia, ela estava de biquíni, acho que tomando sol, mais estava um pouco mais distanciada da piscina, andei em direção a ela, que já havia desligado o celular, e voltado a sua posição normal, ela era incrivelmente gostosa, com todo o respeito, mentira, ela não merece o meu respeito, sentei ao lado dela.

–Já acordou? –ouvi ela perguntando.

–Não. –respondi irônico. –Onde minha irmã está?

– Saiu.

–Vitor?
-Sim.
–Aquele menino não perde um minuto, é sé eu dormir um pouco que ele resolve vir atormentar minha irmã. –pude ouvir a Sophia rindo irônica.
–Você mal mal liga pra ela, e fica ai. –a olhei incrédulo, se tinha alguém no mundo, do qual eu me importava, esse alguém era a minha irmã.
–Ei, eu me importo com ela! –disse, sendo frio
–Você só se importa com você mesmo... –Espera, o que eu perdi? Porque ela estava me tratando daquele jeito? Eu fiz o maior favor ontem, peguei ela, coloquei no meu carro, e levei para uma festa, eu nunca levo ninguém a festas. Levantei me naquele exato momento.
–Onde você vai? –ela perguntou, se era pra ser grosso, idiota, e hipócrita, eu iria ser.
–Não te interessa. –dei de ombros e sai, fui pra cozinha procurar alguma coisa pra comer, e nada, a mulher que costumava fazer o almoço não estava lá, decide então, ir almoçar em alguma cidadezinha aqui perto, subi as escadas pulando de 2 em 2 degraus, tomei um banho, me vesti e quando estava ajeitando o meu relógio, a Sophia entra no meu quarto, sem bater, e se tem uma coisa que me estressa mais do que gente que anda sem camisinha na carteira, é quando entram no meu quarto sem bater.
–Bata da próxima vez. –disse ríspido, não mandei ela falar merda pra mim, mais cedo.
–A onde vai? –ela perguntou, a mesma já não estava com o biquíni, ela vestia um short jeans uma blusa solta, e um Vans rosa.
–Já falei, não interessa. –ela colocou as mãos na cintura, e tirou um fio de cabelo do rosto que escavava do seu rabo de cavalo alto.
–Para com isso Matheus.–ri irônico, não foi ela mesma que disse que eu só me importava comigo mesmo? era o que eu iria fazer de agora em diante, fui em direção a porta, onde Sophia se encontrava, ela saiu da minha frente dando espaço pra eu passar, peguei as chaves do carro, desci as escadas e fui em direção a porta de entrada, Sophia estava atrás de mim.
–Onde cê ta achando que você vai?
–Sair... Por ai.

–Vou com você ué! –ela disse e eu parei de andar encostando na porta do carro.

–Não vai não! –entrei no carro e quando ia dar partida, a Sophia entrou no mesmo.
–Qual o seu problema? –perguntei a olhando incrédulo.
–Vamos a onde?
–Você não vai a lugar algum.
–Para com isso Matheus, eu to morrendo de fome, e a Tina não veio hoje, o Diego saiu, a sua irma também, eu não vou ficar sozinha, em uma fazenda qualquer bicho pode entrar ali, e me comer.
–Ninguém vai querer comer isso aí...– disse apontando para o corpo dela, na verdade eu até comeria, uma, duas, três, quatro vezes.... Talvez ate mais, ri comigo mesmo.
–Ha-Há, podemos ir agora?
–Já disse, você não vai a lugar algum.
–Não vou sair daqui, ate você me levar pra comer.
–Você é muito chata garota, puta que pariu, ate agora você não entendeu é? –ela balançou a cabeça negativamente, liguei o carro e sai daquele lugar, resmungando o quando eu me odiava pelo fato de ter vindo passar as ferias aqui, pude escutar uma risada vitoriosa vindo do meu lado, fechei mais a cara.
Chegamos em um restaurante que a Sophia julgava o preferido dela, sentei, e ela sentou ao meu lado.
–Quem era que você tava falando no celular hoje mais cedo ?
–Olha gente, que menino mais curioso. –ri sem humor, e a encarei serio.
–Ah uma prima minha que vai vir passar as férias aqui, com a gente. –pude ouvir ela bufar.
–Olha, se eu não te conhecesse, diria que você não gosta muito dessa sua prima aí. –ela riu, depois me olhou séria.
–Você não me conhece Matheus. –ri, era verdade.
–Me fala logo, o que ela fez de tão grave pra que você não goste dela? Não me diga que, você entrou no caminho dela do nada quando estava andando de cavalo, e por um acaso ela estava dirigindo para a sua fazenda. –ergui uma sobrancelha, com um sorriso debochado no rosto, pude ouvir ela murmurar um "patético" e me encarar seria.

–Não é isso? Ah ok.- disse ela virou o rosto com uma cara de reprovação, ate um garçom mais ou menos da nossa idade, perguntar o que queríamos, a Sophia estava quase o comendo com os olhos e não escondia nem um pouco, essa sua sede, vadia, pude entender naquele momento, o que ela quis dizer com o "vamos naquele, eu definitivamente amo a comida de lá." Fizemos o nosso pedido.
–Tem como você parar de dar em cima do garçom na minha frente?–perguntei, e ela me olhou confusa.
–Algum problema?
–Porra, me respeita! –disse estressado.
–Não te desrespeitei. –ela disse calma, ela quer jogar não é mesmo? Nós vamos jogar então. Naquele momento escutei o sino da porta se abrir e vi uma menina de short branco, muito gostosa andando em nossa direção, sorri, e definitivamente a comi com os olhos.
–Engraçadinho, pelo menos o garçom é bonito.–Sophia falou isso e eu ri.
–Quem disse que a menina do short branco não é ?
–EU disse!
–Vamos comparar você com o nada, poxa Sophia, o nada ganhou. –pude ouvir ela falando um Há-há extremamente irônico.
–Soph!
–Que intimidade que eu tenho com você pra te chamar pelo apelido?
–Matheus, você já me beijou.
–E?
–Já é intimidade o suficiente.
–Só começa a ser intimidade depois do segundo beijo. –eu me aproximei dela.
–Nem pense nisso.– ela disse colocando o dedo na minha cara, ri pelo nariz, o garçom idiota trouxe a nossa comida, e Sophia nem secou ele dessa vez... Comemos e saímos de lá.
–Onde vamos agora? –Sophia perguntou.
–Pra casa ué.
–Quero sorvete!
–M&M. –disse e ela deu um pulo
–Isso, M&M com sorvete.–ri
–Tudo bem, não tenho nada pra fazer mesmo. –dei de ombros –Me leve em uma sorveteria. –dei um beijo na bochecha dela. –Dona Soph... – ela riu entrando no carro, eu entrei também, Sophia me mostrou o caminho e nos fomos, a sorveteria ficava de um lado da rua, e a loja de M&M ficava do outro lado, eu fui comprar o sorvete e Sophia o M&M, comprei dois potes de sorvete de chocolate e peguei umas vinte colheres de plástico já que aquilo quebrava muito fácil, entrei no carro e fiquei esperando a Sophia ela chegou uns 5 minutos depois com um pacote gigante com M&M azul dentro, só azul.
–O azul é o meu preferido. –arquei uma sobrancelha, liguei o carro e a Sophia nos levou em um lugar, bem bonito.
–É incrível!–disse e ela sorriu, descendo do carro com o sorvete e sentando no capo, fiz a mesma coisa.
–Eu sei, eu vinha aqui com meu pai quando era menor.– Sorri eu olhava pra ela, mais ela olhava pra frente como se lembrasse de alguma coisa, peguei uma das minhas vinte colheres, e comecei a comer o sorvete.
–Por que tanta colher? –ela me perguntou rindo
–Isso quebra muito fácil, já viu? –ela riu, ficamos lá por volta da tarde toda, comendo e conversando.
–Já ta tarde. –disse e ela me olhou.
–Você esta me devendo um segredo!
–Olha quem fala. –entramos no carro, peguei todo o lixo e coloquei dentro da sacola que o M&M estava antes, liguei e fomos embora, conversamos o caminho todo, ela era legal, chegamos por volta de umas 8 horas peguei o lixo do carro e desci, mais me arrependi logo depois, que vi a imagem da Amanda na minha frente, gelei, o que ela estava fazendo ali ?
–Matheuzinho!– ela disse correndo em minha direção, recuei em um passo pra trás.
–Não encosta em mim.–a Sophia nos olhou com uma cara estranha da qual eu não consegui decifrar.
–Vejo que são grandes amigos! –a Sophia disse irônica, e eu a reprendi com o olhar, passei em frente a Amanda, saindo de lá, coloquei o lixo em cima da mesa do centro, subi e fui em direção ao meu quarto, tomei um banho rápido e gelado, deitei em minha cama e fui dormir, depois eu enfrentaria a Amanda perguntando o que ela estava fazendo ali, mais estava muito cansado pra isso agora, e eu perderia o meu tempo estragando meu dia, então deixei que ela fizesse isso amanha, ou talvez depois.