Razões Para Sorrir escrita por nanna, Rebecca


Capítulo 5
Quinto dia.




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Sophia P.O.V

Bom dia, ótimo dia, tirando o fato que são 09:00 serio é impossível dormir nesse lugar, e o mais estranho de tudo isso foi que eu praticamente não dormi, pensando em como o Matheus virava outra pessoa com aquele violão, ele estava fofo comigo.
Hoje o meu pai e os sócios dele iriam na cidade aqui perto, e bem, acho que todos aqui sabemos nos cuidar. Levantei da cama, lavei meu rosto, troquei de roupa, e fui para a cozinha comer alguma coisa, porque eu estava faminta.
–Bom dia, minha linda.–Meu pai falou, entrando na cozinha
–Bom dia pai!–Respondi
–Então, você vai se comportar não é?–Ele perguntou
–Claro ué.–Respondi
–A comida tá no armário, tem nutella, pipoca, refrigerante, enfim, vocês conseguem sobreviver. E a empregada mora por aqui, ela vem, faz o almoço, limpa a casa, faz o jantar e vai embora. Nada de desligar o celular, se eu tiver que ficar mais dias ou acontecer um imprevisto eu te ligo.–Pai disse
–Ok, pai e eu sei, eu conheço esse lugar tão bem quando você.–Respondi.
–Tchau querida, te amo!–Meu pai disse se despedindo, me dando um beijo na bochecha.
–Também te amo pai, boa viagem.–Respondi
Luana e Felipe também vieram se despedir, e se foram, acho que o Matheus, o Diego e Mari estavam dormindo ainda.
Fui pro meu quarto, queria andar de cavalo um pouco, coloquei a minha calça de montar e peguei minhas botas, passei pelo corredor em silencio com elas na mão, não queria acordar ninguém, quanto estava chegando perto das escadas me deparo com a Mari com o cabelo todo bagunçado, podia dizer que foi o maior susto da minha vida, e não ela não é tão feia assim gente, na verdade ela é linda, mais eu não esperava ver ela ali.
–Bom dia!–Ela disse sorrindo e rindo da minha suposta cara que devia ser de espanto.
–Tá tudo bem com você? –Ela perguntou parando de rir um pouco, e eu assenti, estava com medo dela.
–Está indo a onde? –Ela indagou e eu nem prestei muita atenção, estava assustada.
–Tem como você me responder? –Assenti de novo e vi ela mudando de expressão, não estava mais rindo, estava seria.
–Tudo bem se não quer falar.–Ela disse e mais uma vez eu assenti,qual é o meu problema?
–Me responde PORRA!– Olhei pra ela assustada.
–Calma, eu só tomei um susto!– Disse com um ar mais aliviada.
–Não sou tão feia assim. –Ela disse e eu sorri
–Ta indo a onde ? –Mari perguntou
–Vou andar de cavalo, sabe andar?–Perguntei e ela assentiu.
–Se quiser ir comigo, só vou tomar café.–Disse e ela sorriu.
–Ok eu vou, só vou ali me trocar.–Ela disse saindo da minha frente e entrando no seu quarto do qual o Matheus saiu, só com a calça que supostamente seria do pijama, ar onde você se encontra?
–Te espero lá em baixo. –Disse e o Matheus desceu as escadas, estava com muita cara de sono, e mesmo assim lindo, logo vi o Diego lá em baixo com uma xícara na mão, como diabos aquele menino chegou lá em baixo? Ele sorriu em minha direção, ele era bonito, mais não chegava nem perto do que o Matheus era, não sei se é coisa da minha cabeça, mais aqueles olhos azuis, aqueles olhos azuis...Para Soph, FOCO! Desci e sentei na mesa do café.
–Bom dia Soph, dormiu bem?–O Diego perguntou sentando do meu lado, ainda com a xícara na mão.
–Sim e você?–Respondi, vendo o Matheus entrando na cozinha ainda quase nu.
–Vai vestir uma camisa Matheus!–Disse, que é? Eu tenho que me concentrar no meu café da manha, e acredite com ele ali estava fazendo a minha refeição do dia...
–Não, tá muito quente hoje. –Respondeu
–Não ta não, você vai acabar pegando um resfriado. –Falei, mas era verdade, hoje estava frio, e como estávamos na fazenda venta muito.
–Valeu mãe, já estou subindo pro meu quarto pra você parar de babar. –Retrucou e eu corei.
–Até parece.–Disse e ele sorriu convencido, preparou uma xícara de leite pra ele e quando estava saindo a Mari apareceu na porta, ele voltou pra trás e sentou em uma das cadeiras.
–Vamos?–A Mari disse e eu levantei da cadeira.
–Ok, mais você não vai comer?–Disse
–Isso tudo só pra ficar comigo, meu Deus.–O Matheus disse e eu e a Mari o ignoramos
–Não, já comi.–Ela respondeu e eu sorri, íamos em direção a porta, até vermos o Diego.
–Onde vão?–Ele indagou, e o Matheus apareceu na porta da cozinha, ainda sem camisa.
–Andar de cavalo, isso é meio obvio.– Ele disse nos olhando de cima em baixo, ignoramos os dois e saímos, fomos ao estábulo, peguei o meu cavalo e um pra Mari, depois de prontos montamos e saímos, passou cerca de meia hora e decidimos voltar, conversamos bastante, a Mari era divertida.
–Estou com fome!–Pude ouvir ela dizer.
–Também. –Disse olhei para estrada de onde estávamos indo para ver se faltava muito, e meu olhar parou em um ruivo que estava sentado em uma cancela, sorri automaticamente.
–Olha quem está ai.–Pude escutar ele dizer, parei um pouco perto da cancela.
–Vitor!–Disse e ele sorriu.
–Pensei que não se lembraria de mim, afinal já fazem 3 anos que não te vejo por aqui.–Ele disse e a Mari nos olhava como se não estivesse entendendo nada.
–Como me esqueceria de você?–Disse e ele sorriu, o Vitor era um amigo de infância, nós encontrávamos todo verão, era uma promessa que infelizmente foi quebrada por mim.
–Desculpa interromper, mais eu estou morrendo de fome. – Mari disse nós interrompendo e nós dois rimos.
–Porque vocês não almoçam aqui hoje?–O Vitor perguntou.
–Porque você não passa lá em casa hoje?–Disse, não iríamos almoçar lá, a Mari nem conhece ele.
–Ok, mais vai ter que ser mais tarde, tenho que fazer umas coisas pro meu pai antes. –Ele disse e eu sorri.
–Te esperamos lá.–Disse e ele sorriu pra nós duas.
–Como você cresceu hein!–Ele falou e eu corei.
–Tchau Vitor!–Disse e nós duas saímos de lá.
Logo chegamos, e sentia-se o cheiro da comida na entrada, e isso só me deu muito mais fome, mas faltava bastante para a hora do almoço, resolvi então subir para o meu quarto, tomei um banho demorado, peguei meus fones de ouvido até a Mari bater na minha porta e me chamar para o almoço, e eu literalmente voei da escada, e não eu não costumo ser assim é que eu estava louca de fome. Comi rápido e subi para o meu quarto, coloquei meu pijama, isso mesmo meu pijama, é que eu costumo ficar de pijama dentro de casa e não me julgue eu só queria dormir um pouco.
Acordei com a Mari me balançando.
–O seu amigo ruivinho ta lá em baixo. –Ela disse e eu arregalei meus olhos.
–Quantas horas são? –Perguntei levantando da minha cama e pegando uma roupa qualquer.
–Devem ser umas sete e pouco. –Ela disse e eu já vestia minhas roupas, depois de pronta nós duas descemos, vi o Vitor conversando com o Matheus e o Diego assistindo televisão.
–Esse ruivo, minha filha! -A Mari sussurrou pra mim, e eu ri, foi ai que o Vitor me viu e estendeu os dois braços pra mim, como se fosse me dar um abraço.
–Você ainda não deu o meu abraço.–Ele disse e eu sorri, ele então me abraçou.

–Estava com saudade.– Ele disse e por um momento me senti mal por ter descumprido a nossa promessa, continuávamos abraçados.
–Eu também.– Soltei ele que ficou com um braço na minha cintura.
–Tenho que ir. –Ele disse e eu o encarei.
–Você não vai a lugar algum!–Disse cruzando o meus braços. –Tem três anos que não te vejo Vitor. –Disse e ele sorriu, continuei emburrada.
–Calma, prometo que amanha eu volto e fico mais, é que o meu pai me pediu para fazer umas coisas e não terminei ainda. –Ele disse e eu então tive uma ideia.
–Vamos fazer assim, quando der umas nove horas e trás o seu violão, ai você e o Math... –Quando eu ia falar Matheus o mesmo começou a tossir que nem um louco e olhar para o Diego e pra mim e balançando a cabeça negativamente como se eu não pudesse falar. –A gente pode fazer que nem fazíamos quando eramos menores, aquela fogueira, lembra?–Disse e ele assentiu.
– Claro, mais vou ter que trazer a Lidia, minha irmã. –Ele disse.
–Ok, esperamos vocês aqui.–Disse e ele sorriu me dando um beijo na bochecha e dando um beijo na da Mari também, em seguida deu um sorriso pra ela e eu e o Matheus nós encaramos confusos.
–Eu te levo até a porta Vitor.–Ela disse,espera ai acho que eu perdi alguma coisa...Eu e o Matheus nos entre olhamos e ele me puxou para o corredor onde o Diego e nem a Mari podiam nós ver.
–O que você ta fazendo?–Perguntei tentando sair de lá e ele me segurou.
–Você não pode falar pro Diego que eu toco, já foi um erro você ter descoberto.–Eu o encarei indignada, como um dia eu pude achar essa coisa fofa.
–Ok, Matheus eu não falo, mais não entendo a sua implicância com ele.–Eu disse e o Matheus revirou os olhos.
– Eu tenho os meus motivos.–Ele disse e saiu, não entendo esse menino.
Voltei para a sala, e fiquei conversando um pouco com o Diego, ele era super gente fina e não entendo a implicância do Matheus com ele, depois tomei um banho, e fui jantar, todos nos reunimos na mesa, e depois de terminarmos de jantar, cada um foi pro seu quarto se arrumar para a fogueira mais tarde.
Troquei de roupa e fiz uma maquiagem de leve, um gloss, e um lápis de olho para realçar meus olhos, depois desci as escadas, a empregada já tinha ido embora, e estávamos só eu, Matheus, Mari e Diego em casa.
De repente ouvimos o barulho de um carro, devia ser o Vitor e a Lidia chegando, todos nós nos reunimos em volta de uma fogueira, e o Vitor pegou o violão, o Matheus achou melhor fingir que não sabia tocar e fingir que nunca havia pegado em um violão. Antes de começarmos a tocar fui me apresentar a Lidia:
–Oi, sou a Soph. Então, você é a famosa Lidia?–Perguntei apertando a mão da menina ruiva e dos olhos claros.
–Sim, sou a Lidia, e você a famosa Sophia! Meu irmão fala muito de você!–Ela deixou escapar
Dei uma risadinha e apresentei Mari, Diego e Matheus a ela.
Nós tocamos algumas músicas em volta da fogueira, depois assamos uns Mashmellows, e combinamos de acampar na sexta, o meu pai só chegaria na segunda, ou depois, então daria tempo. Depois que acabamos de tocar, Vitor e Lidia foram para casa, e combinaram de vir aqui de novo amanhã, Diego e Mari foram dormir, e sobramos eu e o Matheus, como sempre.
–Então, que tal você tocar agora?–Falei olhando naqueles olhos perfeitos
–E...Já tô vendo que agora todo dia vai querer que eu toque pra você!– Ele disse convencido e nós rimos.
–Claro que não, se não quiser tocar não toca.–Eu disse e ele sorriu olhando pra mim, logo em seguida levantou de onde estava sentado.
–Espera ai que vou buscar meu violão. –Ele falou e eu assenti, peguei meu celular e fiquei mexendo. –Vê se não sai daí! –Pude ouvir ele gritar e correr em direção a porta, ri comigo mesma, como ele consegue ser tão perfeito quando tá sozinho comigo? Depois de uns minutos vi ele sentar ao meu lado com o violão, ele me olhou confuso.
–Qual musica você quer? –Ele perguntou e eu já ia dizer "qualquer uma" até que ele me interrompeu.

–E não adianta dizer, aah Matheus qualquer uma, ou tanto faz. –Ele disse com uma voz de menina e nós rimos.
–Tudo bem, tudo bem! Você conhece One Direction? –Ele fez uma careta e balançou a cabeça negativamente.
–Como não? -Disse e nós rimos.

–Justin Bieber? –Ele fez novamente uma careta. –Nem vem dizer que não conhece. –Ele continuou com uma careta

–Ok machista, David Guetta? –Ele assentiu e nós rimos.
–Titanium?–Perguntou e eu acendi, ele começou a tocar –Canta comigo?–Ele disse e eu sorri, quando chegou ao refrão nós cantamos juntos, até o seu celular dele começar a tocar, ele tirou o mesmo do bolso viu quem era e desligou a chamada continuando a tocar, eu o olhei confusa.
–Algum problema?–Perguntei e ele balançou a cabeça negativamente, olhando fixo para as cordas do violão, segurei as mesmas o fazendo parar de tocar e me olhar confuso.

Então por que não atendeu? –Perguntei

– Porque não.–Ele disse frio e eu olhei confusa.
–Por acaso você sofre bipolaridade garoto? Uma hora você é comigo a coisa mais fofa do mundo, a outra você é todo groso.–Disse e ele me olhou com um expressão que eu não conseguia definir.
– Você quer saber da minha vida, não te devo satisfação e depois eu sou o grosso, garota cresce.–Ele disse e eu olhei com raiva.
–Eu aqui que tô precisando crecer, você tem certeza?–Indaguei já me levantando.

–Eu só tentei ser legal com você, mais tô vendo que você não é de ter amigos. –Disse e caminhei em direção a porta de casa, não escutei ele me chamar, ele não veio atrás de mim, não bateu na minha porta, não veio ver se eu já tinha dormido, simplesmente não fez nada, e naquele momento, eu sentia raiva muita raiva daquele garoto.


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Notas finais do capítulo

Desculpe a demora pra postar, enfim, espero que gostem.



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