Reprise Sa Chanson... escrita por Very Happy


Capítulo 4
Cap. 3: Visitando


Notas iniciais do capítulo

Então, sacumené, estou sentindo falta de reviwes..... -.- Tipo, muiiiittaaa falta :(

Mas enfim, tá ai mais unzinho..... :p

=D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335883/chapter/4

Acordei com a claridade intensa naquele quarto. Levantei-me, calcei meus tênis e segui até a recepção, onde paguei pela minha estadia e pelo meu lanche na noite anterior. Sai daquela espelunca e segui para meu apartamento...

Depois da palhaçada de Jon na noite passada, eu segui até o hotel mais próximo, onde talvez eu pudesse ter uma boa noite de sono. De nada adiantou... O bar ao lado era extremante barulhento. Logo, eu estava andando por aquela rua quieta parecendo um zumbi...

Não me demorei a chegar ao prédio, quase caindo de sono.

–Bom dia, senhorita. Tivemos uma noite cheia... - o porteiro falou, bocejando.

–Se tivemos. - falei. - Mas não se preocupe, eu dou um jeito no encrenqueiro.

–Hunf, boa sorte. Fomos lá ontem e de nada adiantou.

–Ah, mas comigo vai. Até mais. - falei, subindo as escadas.

Cheguei ao meu andar, ofegante. Olhei para meu apartamento... A porta estava aberta. Respirei fundo e segui até lá. É, o caos ainda estava ali.

As pessoas estavam amontoadas. Até do lado de fora do mesmo! Havia guardanapos, copos,... espalhados pela casa. Olhei para o apartamento de Jon e vi que ele também não estava diferente. Subi até o terraço, onde encontrei umas duas pessoas dormindo, garrafas jogadas por todo canto e um equipamento de som molhado por causa do sereno. Voltei ao meu apartamento e fui até meu quarto, onde vi a cena mais bizarra de minha vida. Jon. Deitado. Na minha cama. Agarrado. A uma blusa. Minha. A princípio achei a cena fofa. Mas depois, cerrei os punhos.

–Levanta! - falei, cutucando ele.- Levanta, droga! - gritei.

–Que foi...? - ele falou, virando-se para mim. - Ai minha cabeça... Onde estou?

–Na minha cama.

–Na sua... - ele despertou, e me encarou assustado. - A gente não...?

–Com você? Nunca! Sai logo dai!

Ele se levantou, bambo.

–Estou no seu apartamento? Pensei que a festa fosse no meu...

–Engraçadinho. - falei, irritada. - Olha o estado do meu apartamento, garoto! Esta arruinado! E a culpa é sua!

–Minha não. Eles que vieram para cá...

–Cala a boca! Isso é culpa sua sim! Tudo culpa sua! - falei, pegando minha bolsa.

–Aonde vai?

–E te importa! - falei, batendo a porta na cara dele.

[...]

O clima daquela tarde estava levemente frio. Tão frio que fazia encolher-me naquele banco gélido do Parque da Cidade. Uma garota sozinha, encolhida, em um banco qualquer. Isso me soava estranho. Levantei-me e voltei a andar pelo mesmo. Sim, voltei, porque desde que bati a porta na cara daquele idiota não havia saído dali. Era um lugar bom para pensar e relaxar. Andava observando as famílias, casais e pessoas que ali estavam. Era invejoso para eu ver como elas estavam felizes. Bufei ao pensar nisso. Novamente, olhei em meu relógio. 17:55 hrs. Estava na hora de voltar. Sem contar que já estava ficando entediada.

Seguia até o apartamento (não era tão longe dali), pensando em como ele estaria. Será que aqueles bêbados repugnantes ainda estavam lá? E Jon? Será que ele...? Ah, o que ele tem de especial! E só mais um... bêbado repugnante!

Segui direto para o elevador.Dentro do mesmo, bolava meus planos. Se ele ainda estivesse lá, iria brigar com ele novamente e chuta-lo de meu apartamento. É, talvez desse certo. A porta a minha frente "escorregou", indicando que havia chego. "É, vamos lá." Sai do mesmo e achei o local... estranho.

Silencioso. Arrumado. Sem copos e guardanapos. Nem nada. O corredor estava exatamente igual aos dias anteriores. Segui para meu apartamento, contando meus passos. Abri a porta devagar. E mais uma vez, me surpreendi. Estava mais arrumado do que quando eu arrumei. Sem contar na decoração nova. Os objetos quebrados haviam sido substituídos por peças novas em folha. Mas, o que mais me chamou a atenção, foi a minha mesinha de centro. Aproximei-me dela, encantada com o jarro de girassóis acima dela. Sentei-me no sofá, escandalizada.

–É... - falei, admirando o local. - Uma coisa temos de admitir: ele sabe como impressionar.

Reparei em um cartão junto ao jarro. Peguei e abri-o, examinando a letra bem desenhada no papel.


"Desculpe-me por ontem. Precisava arejar a cabeça.




Jon.




PS:Da próxima vez, quero dançar com você."



Revirei os olhos e abri um sorriso bobo. "Precisava arejar a cabeça." Por quê? Por mais incrível que pareça, aquela era a única pergunta que vinha a minha cabeça. Voltei a encarar o ramalhete, admirando as flores. Puxei-as para perto de mim e senti um levíssimo aroma.




–Flores... - falei. Então, repentinamente me lembrei da única pessoa a qual eu dava flores. Arregalei meus olhos. - Droga!




Pulei do sofá e segui para meu quarto. Troquei de roupa rapidamente, colocando uma calça jeans, uma regata branca com um casaquinho azul. Calcei uma sapatilha qualquer e passei a mão pelos meus cabelos, enquanto voltava à sala. Peguei minha bolsa e sai do apartamento, batendo a porta e descendo rapidamente as escadas.


[...]

Bem que me avisaram sobre os ônibus da cidade. Lotados e precários. Desci na tão temida parada e encarei o hospital a minha frente, onde predominavam as cores azul escuro e amarelo. Adentrei o local e segui para a recepção.

–Posso ajuda-la? - uma garota loira me perguntou, com um largo sorriso no rosto.

–Sim. Eu vim visitar uma paciente. - falei, pousando minha bolsa no balcão.

–Qual o nome?

–Helena.

–Sobrenome?

–Não possui. Só Helena mesmo.

–Hum... - ela murmurou, enquanto procurava a mesma no computador a sua frente. - Achei. Helena, paciente do Dr. Thiago.

–Exato.

–Certo. Dê esse papel ao segurança em frente ao elevador e ele lhe informara o quarto dela.

–Obrigado. - disse, pegando o pequeno papel que ela estenderá para mim.

Segui para o elevador e entreguei o papel ao segurança. Ele me entregou um adesivo para eu colar em minha roupa e falou que o quarto dela era o 549. Agradeci e adentrei o cubículo. Dentro dele, respirei fundo e esfreguei minhas mãos levemente suadas. Logo, a porta se abriu. Segui pelo corredor e fui até a recepção do andar.

–Oi, onde fica o quarto 549? - perguntei.

–No fim do corredor. - a senhora me informou.

Agradeci e quando virei-me para seguir caminho, ouvi uma voz familiar.

–Mel? - Thiago me perguntou, fazendo-me virar para ele.

–Dr. Thiago. É um prazer revê-lo. - falei, apertando sua mão.

Você deve estar se perguntando: Mel? Isso não é intimo demais? Vai por mim, depois de tudo que esse homem já fez para mim, chamar-me de Mel não faz diferença.

–O prazer é meu. Veio visitar Helena?

–Sim. - falei, seguindo pelo corredor com ele ao meu lado. - Era para eu ter vindo ontem, mas tive uns problemas em meu novo apartamento, então... - deixei a frase morrer.

–Entendo. Mas, não se preocupe, ele está bem. Fui visita-la hoje e não notei nenhuma alteração em seu quadro.

–Nenhuma?

–Sim, mas, é melhor do que... Bem...

Ficamos um tempo em silêncio, até que chegamos ao quarto. Ele abriu a porta para mim e deu espaço para que eu pudesse entrar. Assenti e adentrei o local.

O quarto era de fato maior que o antigo, com uma vista para um matagal qualquer. Suas paredes eram brancas, exceto pela que ficava atrás da cama, que era amarela. E, na cama, eu a vi... Não estava muito diferente da última vez. Talvez estivesse até mais pálida... O barulho do aparelho que controlava seus batimentos cardíacos estava me deixando agoniada.

–Dr. Pedro? Não esperava encontra-lo aqui. - falou Thiago.

Só então percebi a presença do "vovô". Este possuía cabelos totalmente brancos e olhos acinzentados.

–Gosto de monitorar os pacientes de meu hospital, Dr. Thiago. - ele disse, abrindo um sorriso tímido. Logo, ele pousou os olhos em mim. - E a senhorita?

–Chamo-me Melanie, sou parente da paciente. - falei, simplesmente.

–Parente?

–Filha. - falou Thiago, um tanto incomodado pelo rumo que a conversa estava tomando.

–Oh. Sinto muito pela sua mãe, senhorita.

Assenti e voltei a olhar Helena.

–Bem, Dr. Thiago, posso falar com você? - Pedro falou, colocando as mãos nos bolsos.

–Claro, Dr. - Thiago falou, rapidamente. - Melanie, fique a vontade.

–Obrigado. - falei, enquanto ambos saiam pela porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviewsssssssssssssssssssssssssssssssssssss ????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

=D