Golden Bird High School (HIATUS) escrita por MioBaskerville


Capítulo 12
A situação


Notas iniciais do capítulo

Pacheca aqui, como de costume ^^
Demorei pra postar, pq tava no Omegle (me julguem) e só consegui postar hoje.
Aproveitem ainda assim ;D



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Lucy POV~

   Sai correndo da casa do Logan e fui direto para lá. Quase fui atropelada umas 7 vezes, sem exagero. Mas não importava, eu tinha que chegar lá, e tinha que ser o mais rápido possível.

   Enfim, cheguei.

   Subi as escadas o mais rápido que eu pude. Andei e andei, subindo e descendo mais escadas, perambulando por corredores, mas não achei. Continuei andando, ainda procurando.

   Achei uma porta no fim do corredor. Parei em frente a porta, com a mão trêmula sobre a maçaneta. Fiquei parada, encarando a maçaneta, hesitante. O que me esperava do outro lado me apavorava.

   Quando eu já não podia mais ficar ali fora, girei a maçaneta devagar. Consegui vê-lo, deitado sob um lençol branco. Não consegui conter minhas lágrimas com aquela visão. Logo senti meu rosto molhado com as lágrimas descendo lentamente e pingando na minha blusa.

   Corri até a cama e me ajoelhei ao seu lado, escondendo o rosto molhado no lençol e sem saber o que fazer.

   ~Flashback da carta~

   Filha, é a mamãe. Tentei te ligar várias vezes no seu celular, mas não consegui.

   O seu irmão está sendo encaminhado pro hospital, me encontre lá

~Flashback off~

   Olhei ao redor, observando os aparelhos ligados ali perto. Aquilo tudo era horrível demais. A porta se abriu atrás de mim, me fazendo virar rapidamente.

   Era minha mãe. Ela fechou a porta e se ajoelhou ao meu lado. Ela estava abatida, com o rosto inchado e vermelho.

   – O que foi que aconteceu? – eu perguntei, soluçando.

   – Parece que alguns meninos jogaram a mochila dele no meio da rua e, quando ele foi pegá-la... – ela desviou o olhar, parecendo ainda mais frágil. Pressionei-a mais um pouco.

   – E? O que aconteceu, mãe? – eu estava quase gritando entre os soluços.

   – Quando ele foi pegá-la um carro em alta velocidade o acertou. Ele nem conseguiu tentar fugir. – Ela escondeu o rosto entre as mãos, soluçando.

   Eu não sabia o que estava sentindo. Queria confortar minha mãe ali, ao meu lado, mas não estava em condições de fazê-lo. Antes que eu descobrisse como devia reagir a porta se abriu de novo.

   – Oh, bom que vocês estão aqui. – A voz rouca de um homem soou pelo quarto até meus ouvidos. – Podem me acompanhar, por favor? Preciso conversar com vocês.

   Minha mãe e eu nos entreolhamos. Concordamos com a cabeça. Tive um pouco de dificuldade para me levantar, sentindo meus joelhos bambos. Seguimos o homem até uma outra sala.

   O escritório era imenso. Era cheio de objetos estranhos, com 3 computadores e um esqueleto pendurado num canto da sala. Várias outras coisas chamariam minha atenção, mas naquela situação eu mal as percebia.

   Era o doutor, mas eu sequer sabia seu nome – ele nem se apresentou, educado, né? – só o obedeci quando ele nos disse para nos sentarmos.

   Ele pegou alguns papéis em silêncio. Fiquei encarando a mesa enquanto o silêncio esmagador perdurava.

   – O caso do seu filho é grave, eu não vou mentir para vocês. – Senti falta do silêncio de poucos segundos atrás. – Infelizmente eu não tenho muita ação nesse caso.

   – C-como assim? – Minha mãe começou a tremer, soluçando.

   – Ele vai sobreviver, não se preocupe quanto isso. – Ele tentou dar um sorriso confortante, mas sem muito sucesso. – No entanto a situação dele ainda é delicada. Não é nada fácil e eu duvido que ele vai ficar feliz com a notícia.

   – Por que acha isso? – Me inclinei um pouco pra frente, ansiosa.

   – Pra simplificar, ele fraturou uma parte da coluna. – Ele tirou os óculos suspirando. – E é bem capaz que ele fique paraplégico.

   Meu queixo provavelmente caiu. Fiquei encarando meus pés, sentindo o olhar do médico sobre a parte de trás da minha cabeça. Eu estava em choque. Feliz por ter certeza de que meu irmão ficaria bem, mas paraplégico? Como ele reagiria a isso?

   Meu irmão adorava andar, caminhar pela rua, sem rumo, e agora ele não faria mais aquilo.

   Me levantei antes que aqueles pensamentos me afogassem e sai do escritório, voltando para o quarto do meu irmão. Parei no vão da porta. Um homem, sentado numa cadeira, usando um jaleco e fazendo alguma anotação.

   Me aproximei devagar, deduzindo que ele devia ser um enfermeiro. Coloquei a mão devagar em seu ombro, alertando-o. Ele se virou, levantando-se da cadeira num pulo.

   – Desculpa, te assustei? – Ergui uma sobrancelha.

   – N-não, não. – ele deu uma risada. O observei por um instante. Seus cabelos eram pretos e os olhos azuis, muito azuis, se destacando na pele branca. – Só achei que você ainda estariam na sala do meu pa, do doutor.

   – Ah. E você estava aqui para...? – cruzei os braços e me sentei na outra cadeira.

   – Ahn? Oh, sim. – ele se sentou de novo, colocando sua cadeira ao meu lado. – Eu estava fazendo umas anotações, o doutor me pediu. – Ele olhou minhas mãos, cruzadas sobre meu colo agora. – Nervosa? Está um pouco trêmula...

   – É, um pouco, eu acho... – fitei o rosto do meu irmão, ainda dormindo ali na cama.

   – Vem, vamos pro terraço. Tomar um ar vai te fazer bem. – Antes que eu respondesse ele me pegou pelo braço e me arrastou pelo corredor, me arrastou por uma escada e me fez ir para o tal terraço.

   Era enorme. Tinha vários banquinhos e um jardim pequeno. Nem parecia parte de um hospital. Fiquei olhando aquilo e a paisagem, pasma.

   – Nossa, pra que tudo isso?

   – Gostamos que os pacientes tenham um espaço agradável, ajuda na recuperação muitas vezes. – Ele riu com minha reação. – Bem, sente-se, eu vou pegar uma água pra você.

   Ele seguiu até uma máquina de bebidas num canto e eu me sentei num banco, ainda pasma. Era muito agradável, mesmo. Ele voltou com uma garrafa d’água e se sentou ao meu lado.

   – Obrigada. – sorri e bebi a água, percebendo que eu realmente estava trêmula.

   – De nada. – ele sorriu. – Então, não me apresentei. Mathew Benson.

   – Lucy, muito prazer. – Estendi minha mão, sentindo a dele a apertando.

   – O prazer é meu, Lucy.

   Alguém entrou no terraço antes que disséssemos qualquer coisa. Era o doutor não sei quem...

   – Mathew, vi que já se tornaram amigos. – O doutor parou e sorriu. – Pode levá-la pra casa, como uma favor? A mãe dela ainda vai ficar aqui.

   – Sim, senhor. – Ele se levantou. – Vamos?

   – Ok. – Não tentei discutir. Eu não tinha ficado amiga do cara, só aceitado uma água. Mas eu tinha mesmo que ir pra casa, e tentar discutir com adultos não funcionaria mesmo.

   Eu e Mathew saímos do terraço e fomos até a garagem. Mathew caminhou até uma Lamborghini preta, fosca. Parei, boquiaberta.

   – Seu? Não querendo ser intrometida, mas já sendo, quantos anos você tem?

   – 21. Velho, não? – Ele riu, abrindo a porta do carro. – Entre, senhorita.

   – Nem tanto. – Ri também. – Obrigada!

   Entrei no carro, pensando em quão caro aquele carro era. Não queria pensar aquilo, mas Mathew provavelmente era um daqueles filhinhos de papai. Sério, você não compra um Lamborghini sendo enfermeiro.

  Fui o guiando pelas ruas até chegarmos a minha casa. Soltei o cinto e sai do carro assim que ele disse:

  – Chegamos.

   Ele também saiu do carro, me ajudando a levantar do banco.

   – Isso pra mim só acontecia em filmes. – Ele sorriu e me deu a mão, me dando apoio quando consegui sair do carro.

   Fui até a porta da casa, sentindo-o atrás de mim. Ficamos parados ali, olhando um pro outro em silêncio. Decidi quebrar o gelo.

   – Então, valeu, por tudo. – sorri.

   Nessa situação a gente espera que ele diga “Não foi nada” e se despida, acenando um tchauzinho com a mão e indo até o carro. Mas ele não fez isso.

   Ele veio pra perto de mim, aproximando seu rosto do meu. Eu sentia a respiração dele se misturando com a minha, e então ele beijou o canto da minha boca.

   – Não há de que. – ele sorriu. – Sei que está num momento difícil, vou te deixar informada sobre seu irmão, ok?

   – Como? Minha escola é naquele sistema de dormitórios privados e tals. – Não sei como consegui falar sem minha língua enrolar.

   Ele tirou uma caneta do bolso e escreveu na palma da minha mão.

   – Meu número. Pode me ligar se precisar de qualquer coisa, eu vou correndo até você. – Achei a parte do qualquer coisa meio sugestivo, mas não disse nada. Ele guardou a caneta e foi até o carro. – Até mais.

   Fiquei olhando o Lamborghini indo embora, embasbacada. Claro que qualquer pessoa normal teria o afastado quando ele se aproximou daquele jeito, mas não, eu o deixei.

   Anotei o número dele no meu celular e entrei em casa. Só queria que meu irmão ficasse bem logo.                         


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Notas finais do capítulo

Título horrível, eu sei ¬¬
Deixem reviews para a amadíssima Mio *-*



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