Uma Esperança escrita por Mileide


Capítulo 8
Regras


Notas iniciais do capítulo

Olá minna. Bom só tenho a dizer que esse capitulo me deu um belo de um trabalho!
Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335855/chapter/8

Estava perturbada com as batidas fortes do coração, não queria ter que vê-lo novamente. Havia o deixado para trás, algo que nunca em sua vida imaginou acontecer. Mas estava acontecendo! E por esse motivo que seu coração reclamava da oportunidade de aproximação que perdera. Ela era uma tonta! Tentar fugir de um sentimento verdadeiro era impossível. Principalmente o dela, que começou tão inocente, uma forma de gratidão e admiração.

Saiu dos seus devaneios ao ver Shinji, estava elegante. Podia ser comparado até com uma pessoa importante. Correu em sua direção para pedir concelhos, mas estancou no lugar ao ouvir um berro de um rapaz:

– VOCÊE! – ela se viu sendo apontada, mas rapidamente se pôs na frente de seu mestre.

– O que você faz aqui? – tinha o reconhecido, era o cara com quem enfrentou uma pequena batalha no seu primeiro dia de viagem. Ele era realmente bonito e tinha uma semelhança notável com seu professor.

– Hinata, quero que conheça meu filho... – falou Shinji saindo de trás da Hyuuga se colocando no meio dos jovens. – Esse é Jun.

Obvio que ela estava surpresa, seus lábios estavam levemente abertos.

– Jun, essa é Hinata. – continuava o velho apontando de um para o outro, os apresentando. – A garota que treinei, pra acabar com você.

Agora quem estava surpreso era o Takiwa mais jovem, cruzou os braços em frente ao peito e conteve o riso. Mas falhou nessa tarefa, riu alto.

– ‘Ta de brincadeira comigo né velho?

– Eu não levantaria tanto o ego se fosse você. – disse Hinata incomodada, ele não se lembrava de meses atrás? - Já te derrotei uma vez, não vai ser difícil fazer de novo. – o encarou ameaçadora, também cruzando os braços.

– Vocês já lutaram? – perguntou Shinji surpreso, mas ninguém ligava para o velho naquele momento, se encaravam com fúria.

– Não me lembro de ser derrotado. – colocou a mão em baixo do queixo, tendo uma feição pensativa. – Lembro-me de vê-la fugir, como um covarde. – ele deu um sorriso de canto, ao vê-la desviar os olhos com as bochechas vermelhas.

– Hinata, por que não me contou essa história? – sussurrou Shinji para a Hyuuga. – E que história é essa de fugir? Não desonre meu nome!

– Shinji-sensei, isso aconteceu antes de nos conhecermos. – explicou.

– Certo, certo. – coçou a cabeça nervosamente. – Que roupas são essas? Esqueceu que lutaria hoje? Eu te falei pra vim com algo confortável!

– Gomen Shinji-sensei, eu esqueci completamente.

– Como alguém pode se esquecer de algo tão importante?

– Gomen...

– Pare de pedir desculpas! Isso me irrita, você sabe.

– Gomen...

– Se as mocinhas já acabaram de brigar, gostaria de informar que seu pedido foi negado. – disse Jun apontando para o velho. – Vamos!

Shinji caiu com os joelhos no chão desolado, não acreditava que seu garoto estava negando uma boa briga. Teve vontade de chorar e realmente chorou. Agarrou as barras do quimono de seu filho e gritou com os olhos aguados.

– NÃO! EU NÃO ACEITO NÃO COMO RESPOSTA!

– Shinji-sensei, para de drama... – Hinata suspirava pesadamente, seu professor adorava fazer uma cena.

– ME SOLTA SEU VELHO MALUCO! – gritou Jun, chamando a atenção das pessoas. – Eu devia ter te jogado num asilo!

– Tudo bem Jun. – se levantou ajeitando a calça mudando completamente o humor, não ligando para os sussurros das pessoas. – Se você vencer, eu paro de te perseguir. E deixo você viver a vida do jeito que quiser. Agora, se ela vencer... Você volta comigo para o clã e assume suas responsabilidades. – ele soltou aquelas palavras com uma seriedade tão real que Jun custou a acreditar que fosse seu pai ali na sua frente. – E então, você aceita?

Hinata franziu as sobrancelhas ao ouvir as palavras de seu mestre, tanto Shinji como Jun deviam fazer parte de uma postura importante dentro do distrito em que moravam.

Jun encarou a morena a sua frente, aquela era uma proposta tentadora, se ver livre de seu pai e do resto do seu clã era algo que sempre sonhou. E estava muito interessado em ter sua liberdade completa, mesmo que pra isso, tivesse que acabar com aquela garota.

– Eu aceito.

[...]

Hiashi tinha desistido de ir ao festival, preferiu ficar em casa analisando os possíveis concorrentes de sua filha. Os anciões indicaram cinco dos mais fortes e prepotentes do clã. A última palavra era do líder.

– Eles não pegaram leve mesmo... – disse ao ver as informações de Neji. – Não seria justo coloca-los para lutar. – pensou. Depois que eles criaram um laço forte, seria covardia escolher seu sobrinho. Até por que, ele pegaria leve com Hinata.

Derramou o saboroso chá de canela na xicara enquanto olhava o resto das fichas. Todos tinham o mesmo potencial e missões de alto risco, todos eram fortes e destaques do clã.

E se fosse para avaliar sua filha, ele avaliaria com o melhor de todos eles. Separou uma ficha com o nome de Hyuuga Ko.

– Mostre seu potencial, Hinata.

[...]

Encaminharam-se para um campo de treinamento afastado do festival, as luzes dos postes e dos balões ajudavam na iluminação. Tinham marcado de se encontrar às onze da noite.

Hinata estava sentada em uma pedra observando a lua brilhante no céu, estava calma. Já Shinji não parava de andar de um lado para o outro, estava ansioso. Esperavam há quase vinte minutos e nada do seu filho aparecer.

– Ele não pode ter desistido... – disse baixo apertando as mãos uma na outra.

– Vamos acabar logo com isso! – ouviu a voz do filho, abriu um sorriso de alivio, finalmente havia chegado a hora!

Levantou-se da pedra devagarinho, pegou na bolsa uma kunai afiada e levantou a barra do yukata, iria cortar até metade das pernas, mas foi parada por Shinji.

– Esta louca? Sabe quanto vale uma roupa dessas? É mais fácil você tirar isso e lutar pelada! – ele falou pegando a kunai das mãos da Hyuuga.

– Shinji-sensei! – advertiu vergonhosa, rasgou a roupa mesmo assim, não ligando pros reclames do mestre.

Jun olhava o tratamento dos dois, quem olhasse de fora pensaria que eram da mesma família. Estava com inveja, Hinata estava tendo o tratamento que ele sempre quis ter.

– Jun-sama, não pegue leve dessa vez! – disse Tatsunaga bocejando. – E seja rápido também, estou com sono.

– Boa sorte, Jun-sama. – desejou Masashi, se sentando em baixo de uma arvore.

Estavam posicionados no meio do campo, a brisa gélida batia suavemente na pele, a grama recentemente cortada exalava um cheiro único que acalmava Hinata. Havia uma boa distancia entre os dois, esperavam pacientes qualquer ataque.

– Espero que sua promessa seja cumprida, otou-san. – falou Jun.

– Eu dou minha palavra. – Shinji não havia demonstrado, mas estava quase aos prantos por ouvir seu filho o chamar daquela maneira.

E como no mais rápido raio, Jun a acertara com um soco no meio do estomago. Ela voou longe, levantou-se depressa, sentindo dor.

Eu não o vi se mexer! – pensou surpresa, ele ainda se encontrava no mesmo lugar, com a mesma feição e a mesma posição. Ele era surpreendentemente rápido!

Colocou-se novamente em posição de luta, no estilo Hyuuga, ativou sua linhagem e se concentrou em não perdê-lo de vista.

– ARGH! – e novamente foi lançada para longe. Nem mesmo seu doujutsu conseguia capitar tal rapidez. Era como se ele nunca tivesse saído do lugar.

– Sabe Hinata, hoje vou te ensinar as cinco regras de uma luta! Elas são muito importantes, por isso preste muita atenção. – disse o velho Shinji enquanto comiam deliciosas maças do alto da arvore.

– Hm. Estou preparada para ouvi-las! – Hinata o olhou fixamente, esperando-o continuar.

– A primeira regra é: Observar! – ele falou levantando um dedo. – É essencial analisar bem seu oponente antes de criar um plano para derrotá-lo. Por isso, o melhor a fazer é deixa-lo atacar, assim você terá uma base do que ele utilizará na luta.

– Hai. Observar, observar! – a Hyuuga dizia alto, queria memorizar a todo custo àquelas preciosas dicas.

– Ah, tente não ser impulsiva. Isso pode te render um belo machucado ou um caixão!

Certo, ela já tinha analisado seu oponente e sabia de três coisas. Ele usava jutsos de água, era veloz e muito forte!

Precisava de um bom plano, recordou que na luta que tiveram meses atrás ele não mostrou nem um terço do quanto era capaz e isso a deixava assustada.

Shinji também estava assustado, seu filho tinha progredido muito. Não era a toa que ele tinha um mandato de busca dentro de seu clã.

Se levantou novamente, sentiu seus músculos protestarem, havia recebido mais um soco perto de onde tinha sido atingida na primeira vez. Sua boca estava com gosto de ferrugem, seu abdômen dormente e a respiração ofegante. Céus, já estava cansada?

E por um triz não foi atingida por uma jorrada de agua que surgiu por trás de suas costas, mas os respingos cortaram sua pele e roupa.

– A segunda regra é: Nunca baixe a guarda! – Shinji levantou outro dedo enquanto via a moça a sua frente abocanhar outro pedaço da maça, o olhando atenta. – E nisso você é péssima! – sorriu quando Hinata fez uma careta. – Em uma batalha, ter a guarda levantada é questão de percepção e segurança. Você precisa ter olhos de tigre, estar atenta a cada movimento; afinal o golpe pode vim de qualquer lugar e em qualquer hora. Seu oponente não vai esperar você esta ligada na batalha para te ferir. Seja esperta!

– Hai!

E ela estava tentando com todas as forças ser esperta, decidiu correr para ataca-lo, uma luta corpo a corpo era o seu forte. E lembrou que a defesa dele era regular.

Ainda com a linhagem ativada, Hinata conseguiu chegar perto dele, tentando o acertar. Queria trancar seus tenketsus, o deixando vulnerável. Mas se surpreendeu ao ver a quantidade de chakra concentrada em uma das mãos, era algo anormal!

Jun por ser rápido a acertou em baixo do queixo a fazendo voar, a viu cair perto de seus parceiros e sem demora fez selos fazendo outra rajada de agua, dessa vez a acertando em cheio.

Tatsunaga e Massashi tiveram que ser rápidos para não serem acertados.

– Eu odeio lutar com garotas. – disse Jun, estava parado com os braços cruzados vendo a Hyuuga se levantar, ela tinha cortes por todo corpo, escorria sangue da boca e da testa e as vestimentas estavam sujas e rasgadas. – Eu sinto uma dó tão grande de vê-la dessa maneira. Tentarei pegar leve, ta bom? – era notável o sarcasmo daquele maldito. Ela queria acabar com ele e fazê-lo engolir aquele ego.

Droga... Esse cara é muito forte. Eu não estou preparada... Droga, droga, droga. – Hinata olhou rápido para Shinji, mas se arrependeu amargamente, ele olhava para o chão com o rosto contorcido e os olhos fechados. Ele apostava nela, apostava verdadeiramente.

E agora ele a via perder e ser derrubada tão facilmente. Tantos sentimentos confusos passavam pela cabeça do velho, ele estava amargurado e arrependido de ter a feito lutar com seu filho.

– Vou terminar isso logo! – falou convencido, correndo na direção de Hinata.

A terceira regra é: Técnica. – Shinji levantou outro dedo. – Tendo técnica você tem o controle da luta. Você pode vencer até mesmo o cara mais forte do planeta, mas pra isso você precisa de movimentos precisos, e como já falei de técnica.

– Não parece ser difícil.

– E não é. Por ser uma Hyuuga você tem uma técnica muito boa, só precisamos colocar mais força nos seus jutsus.

– Hai!

A Hyuuga se posicionou novamente, o olhar dela estava decidido, iria acabar aquela luta por Shinji, faria de tudo para vencer. Colocou a mão fechada com o indicador levantado em baixo do queixo e gritou:

– SHUGO HAKKE ROKUJYUU YONSHOU! (Lâminas Ocultas, 64 Palmas de Oito Divindades) - e com os braços ágeis formou uma esfera de chakra, que se intensificou quando Jun chegou perto, o fazendo cair com o impacto. – Consegui!

O Takiwa se levantou mancando, havia deslocado o joelho com a força do ataque. Ouviu sussurros de seus parceiros e olhou para a perna, tinha um grande machucado. Olhou para a Hyuuga, ela respirava rápido com os lábios entreabertos.

Fez alguns selos e a água emergiu das plantas, as fazendo morrer logo em seguida. Criou um chicote, liberou chakra controlando a corda d’agua. Hinata conhecia aquele jutsu. Quando ele chicoteou em sua direção ela o pegou no ar. O ouviu gargalhar.

– Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. – dessa vez ele quem a puxou, ela tentou soltar, mas a energia de Jun a envolvia com força. – Acabou pra você! – com a outra mão ele liberou de uma vez o chakra nas costelas dela. E pelo barulho que foi feito, havia quebrado pelo menos umas três.

Hinata vomitou sangue, tentou se levantar, mas não conseguiu. Quis chorar pela dor que sentia, parecia que varias navalhas a haviam perfurado. Ele era muito pra ela. Não estava preparada para uma luta daquele nível. Quem ela queria enganar? Fracassado sempre seria fracassado. Uma solitária lagrima escorreu de seu rosto. Não iria olhar para Shinji, não queria ver o peso de decepção que ele estava sentindo.

Todos aqueles anos de treinamento serviram para que? Que orgulho ela daria a família?

Ela era uma verdadeira estupida por tentar mudar, por tentar ser mais forte. Iria desistir e terminar aquela batalha, ela não conseguiria o vencer...

– Já acabou pra você? – perguntava Jun, riu alto para todos ouvirem. – Ei velho, pensou que uma garotinha dessas fosse me vencer?

– Gomenasai Shinji-sensei, no final das contas eu continuo a mesma... – ela pensou brava. Queria enfiar a cara em um buraco e nunca mais sair de lá.

– Nem mesmo o senhor conseguiu, achou que essa larvinha conseguiria? - Jun sorriu.

– LEVANTA HINATA! – o velho gritou alterado. – ANDA! Se você não levantar agora, eu vou ai te levantar aos chutes!

Hinata o olhou comovida, pensava que seu mestre estava arrependido de perder tempo com ela. De depositar esperanças.

– A quarta regra é: Insista! – o coroa levantou o dedo mindinho. – Terá um momento na batalha que você estará cansada, acabada e com poucos recursos de vencer. Mas lembre-se sempre de nunca desistir. Tenha força de vontade, isso mudará completamente o rumo da luta.

– Dizendo assim parece simples... – Hinata desviou o olhar para as nuvens.

– E outra coisa importante, quando se levantar, lute para matar!

Mas antes que ela pensasse alguma coisa viu outra rajada de agua ir em sua direção, fechou os olhos esperando o impacto, que não chegou. Quando abriu, se deparou com uma cabeleira loira a sua frente, estava repartindo a agua no meio com o famoso Rasengan.

– Eu continuo daqui, vá pra casa. – ele disse sem olhá-la, mas sabia que o havia escutado. – Cuide desses ferimentos.

– Finalmente uma luta de verdade! – ouviu o Takiwa mais novo falar alegre e empolgado.

Hinata sentiu uma fúria interna, era notório que ninguém depositava nada nela, mas aquele cara estava passando dos limites! Ela o odiava! Queria acabar com ele, queria muito acabar com ele! E ninguém tiraria essa oportunidade dela.

– Anda Hinata, saia daqui! – Naruto disse apressado.

– JYUUKEN! – o acertou em cheio. Estava brava, muito, muito, muito brava! E o pobre Uzumaki só acabou levando as consequências pela voracidade de Hinata.

O acertou em cheio na barriga quando ele virou para olha-la, o fez voar quase cinco metros, e ainda rolou umas quatro vezes até parar perto dos amigos que o seguraram, estavam todos ali, tinham escutado os estrondos da batalha.

– Essa luta é minha! – Hinata esbravejou trincando os dentes, ela queria ter a chance de derrotar o filho de seu mestre. – Não se intrometa. – encarou Naruto que limpava o sangue que escorria da boca. E correu velozmente para seu adversário que já a esperava para um taijutsu.

[...]

– ESSA GAROTA É LOUCA! – gritou o Uzumaki desentendido, ele só queria ajudar!

– Essa garota é demais. – comentou Sasuke, ver alguém com uma vontade tão grande como à dela de derrotar o inimigo, rejeitando até mesmo ajuda, era fascinante.

– Hinata-sama... – Neji ficou receoso de entrar na batalha depois de ver Naruto ser jogado longe como um saco de batatas.

– Que problemática... – até o Nara estava com receio, desfez o selo do jutsu que estava prestes a fazer.

– Sugoi! Hinata-san encontrou o seu fogo da juventude!!! – Lee fazia a torcida enquanto Hinata travava uma batalha difícil.

[...]

Estava tão zangada que nem se lembrou da dor que sentia, focava seus pensamentos na luta. Seu extinto era de matar, queria o ver destroçado no chão. Nunca na vida sentiu um sentimento tão forte como aquele, era devastador e ao mesmo tempo prazeroso.

Shinji a olhava bestificado, ela havia mudado de atitude da agua para o vinho. E aquilo o fez gritar junto de Lee, pulavam e torciam para Hinata. Ele estava muito orgulhoso, sabia que não tinha errado na escolha ao vê-la pela primeira vez. Ela tinha o espirito de vencedor, de nunca desistir e de nunca voltar atrás com suas palavras.

Jun estava caído no chão, àquela garota havia melhorado nos ataques em um curto período de tempo. Se levantou em um mortal, encarando-a.

– Parece que alguém saiu do casulo. – ele disse concentrando chakra nas mãos, mas percebeu que nada fluía. Hinata havia trancado seus tenketsus dos braços. – Eu preciso ter cuidado, ela parece mais confiante...

E ela realmente estava. A quarta regra a ajudou bastante em sua autoestima.

– Vamos acabar com isso! – afirmou Hinata o vendo sorrir de canto.

– Certo, não vou pegar leve. – e correram para atacar.

[...]

– Né Massashi... Acho que o Jun-sama precisa de uma torcida também... – dizia Tatsunaga olhando para Lee e Shinji que gritava e rodopiavam alegres.

– Hm. Vamos ensaiar alguns passos.

[...]

– HINATA! – gritou Naruto ao vê-la cair e topar as costas em uma arvore. Iria até ela se certificar se estava bem, mas foi parado por Shino e Sasuke que o seguraram. – Ela vai acabar morrendo!

– Deixe-a Naruto. – disse Sasuke soltando o Uzumaki ao perceber que ele estava mais calmo. – Se você não quiser apanhar de novo, fique aqui.

– Apenas confie nela. – terminou Shino, olhando Hinata se levantar cambaleando.

O coração de Naruto estava apertado, observar aquela luta era desafiante. Ver a princesa dos Hyuugas tão machucada, tão indefesa, com as roupas rasgadas e o cabelo despenteado era muito para ele. Queria ir até ela, a colocar em seus braços e dizer que tudo ficaria bem, que ela era valente e forte, e não precisava provar nada para ninguém.

– Eu só quero que ela fique bem. – ele falou apertando os punhos. Sasuke o olhou de canto, presos em seus pensamentos pela atitude de Naruto.

[...]

– Ino, esteja pronta quando a batalha terminar. – comentou Sakura chegando perto da amiga que olhava tudo atenta.

– Hm, eu sei. Aquele ferimento aberto da Hinata precisa ser costurado... Me pergunto como ela ainda esta de pé. – analisou Ino.

– Isso se chama regra numero cinco! – disse Shinji sorrindo, estava perto das ninjas médicas e acabou escutando a conversa.

– E por ultimo, a regra número cinco... – ele finalmente tinha os cinco dedos levantados. A Hyuuga tinha os olhos vidrados no mestre. O esperou mastigar a mordida que dera na maçã e a olhou sorrindo.

– Diga Shinji-sensei!

– A regra numero cinco é: Junção! – ele deu outra mordida na fruta madura e olhou para o céu, que estava azul com belas nuvens branquinhas. – Você só tem que juntas todas as regras em uma. Você perceberá que se tornará tão forte que nem lembrará que esta machucada e precisando urgentemente de um médico.

– Junção... – ela repetiu pensativa. E depois de engolir o saboroso pedaço da fruta, sorriu. – Eu ainda vou utilizar essas regras... E vencerei!

– Hai, hai. E depois sairemos para comer hambúrguer e beber muito refrigerante para celebrarmos sua vitória! Ah claro, e leremos revistas pornográficas!

– Na-nani?

E ela estava vivendo as cinco regras. Iria acabar com aquela luta, por que tinha tudo que precisava.

Já tinha observado seu oponente, e sabia que provavelmente tentaria algo a distancia, já que estavam a uma distancia razoável. Mas o que ele não sabia, é que ela tinha um plano.

Sua guarda nunca ficava baixa, estava preparada para qualquer ataque, mesmo que seu corpo pedisse por descanso.

Ela tinha técnica em seus movimentos, a usaria sem pudor.

E o melhor de tudo ela era insistente. Não se permitia desistir.

E juntando todos esses quesitos ela correu com uma velocidade impressionante, desviando dos jatos de agua que ele lançava. E com um urro de bravura ela conseguiu o acertar, no meio da barriga. O fez cambalear para trás batendo em uma arvore. Concentrou o resto de chakra que tinha nas pontas dos dedos e falara:

– Juukenhou - Hakke Hyakunijuuhachi Shou (Estilo do Punho Suave: 8 Trigramas 128 Golpes) - aplicou os dedos em todos os tenketsus visíveis pelo byakugan. E quando acabou o viu vuneravel, sem circulação de energia. – Acabou pra você! – disse o fazendo engolir aquele ego e o machismo com um lindo golpe de pernas, acertando-o no rosto.

– Eu... Eu não... Acredito... – Jun disse tentando inutilmente se levantar. Não conseguia sentir seus braços ou pernas. – Como você conseguiu... Como conseguiu me derrotar? – ele parecia abalado, olhando para a garota cansada que estava ajoelhada ao seu lado.

– Foram às cinco regras de uma batalha. – ela disse com a respiração descompassada, estava visivelmente desgastada.

– As regras do otou-san... Não acredito que aquela babaquice funcionou com você. – Ele rosnou desviando os olhos, achava idiotice o jeito de seu pai treinar os ninjas. Nunca funcionou com ele que sempre se declarou forte, por que funcionaria com outro?

– Você só precisa acreditar em si mesmo. - Hinata sorriu meiga, olhou para os amigos que corriam a seu encontro. Ela tinha conseguido. Ela havia se tornado forte.

Levantou-se com dificuldade e sentiu seu corpo protestar, gemeu com a dor forte que sentiu. A adrenalina havia acabado e com isso trouxe de uma vez as dores de todos os cortes e ferimentos internos. Teria desabado no chão se Neji não a tivesse pegado.

– Isso foi incrível Hinata-sama. – ele disse a ajeitando no chão para Ino a atender com os primeiros socorros.

Sakura andou até Jun, verificando seus machucados. Ele tinha poucos expostos, o problema estava em seus órgãos internos e sua corrente de chakra.

– Eu ‘to com pena desse cara tebayo. – falara Naruto olhando a Haruno depositar as mãos envolvidas em energia verde. Ele tinha levado apenas um golpe de Hinata e estava sentindo dor ate aquele momento. A sorte dele é que o chakra da Kyuubi o curava rápido.

Depois de muitos parabéns e elogios, e de Shinji a convidar para comerem hambúrguer no dia seguinte, estava radiante. Havia vencido! Viu os amigos conversarem animados sobre a luta, sorriu quando Lee a convidou para treinarem, mas foi puxado por Tenten que dizia para deixa-la descansar.

Olhou Jun encarar um ponto qualquer naquele campo, ouvindo o consolo dos amigos. Ele estava desapontado, ainda não tinha caído à ficha que ele perdera. Para uma garota... De novo.

Shinji se aproximava do filho, e ela percebeu que seria melhor deixa-los sozinhos. Tentou se levantar, mas caiu no mesmo lugar. Estava fraca.

– Eu te ajudo. – disse o Uzumaki estendendo uma mão para ela. Que mesmo receosa a pegou. – Foi um belo golpe. ‘Ta doendo até agora. – ele sorriu sem graça coçando a cabeça.

– Gomen ne, Naruto-kun... – ela disse envergonhada. Viu Neji se aproximar para leva-la para casa.

– Foi uma luta incrível Hinata, você mereceu vencer. – dizia aos ventos, pois Hinata estava absorta em outra coisa.

– Né Naruto-kun, eu queria te pedir um favor. – ela falou, encostando-se na arvore que tinha naquele local.

– Claro Hinata, o que você quiser. - ele esperou ela continuar a falar.

– Na próxima luta que eu tiver... Onegai, fique longe. – por fim ela devolveu o mal que ele tinha a proporcionado.

Naruto nem conseguiu falar, não tinha argumentos para aquele recado. E com um aceno rápido de mão, ela se afastou com Neji, que a ajudava a andar.

Droga! Ele finalmente a entendia, e sentiu na pele o que ela sentiu quando ele lhe dissera aquelas palavras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, oq acharam? Podem dizer verdadeiramente, se ficou ruim ou bom.
Bem, eu pensei muito nessa luta, em como deveria ser... Sabe, eu não queria fazer uma Hina fodona acabando rapido com a luta e se tornando a heroína, recebendo míseros golpes e pronto. Eu acho bem mais interessante aquela velha história do estilo "Goku" de estar perdendo feio e de repente com forças do além ressurgir super fodones! kkk Sério, é bem mais legal.
Fala serio né, qm não gosta de ralar muito nos estudos e na entrega do resultado ter tirado nota maxima? (eu adoro!) Foi um esforço necessário nao é?
E eu pensei exatamente nisso enquanto escrevia. Espero que vocês tenham gostado.
Apesar do capitulo ter ficado grandinho, eu espero que tenham gostado da reviravolta da Hina com o Naruto, hihi.
Beijos minna!