Uma Esperança escrita por Mileide


Capítulo 9
Despedida


Notas iniciais do capítulo

Olá minna, nao me matem ainda!
Leiam o capitulo primeiro, hihi.



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Quem aquela garota pensava que era? Estava curtindo com a cara dele? E por que não revidava os ataques? Iria ficar naquela defesa até quando?

A arena do clã Hyuuga estava lotada de pessoas curiosas, quase todos do clã. Apenas Shinji que estava em destaque na plateia sem os olhos brancos e cobiçados. Assistiam em silêncio a luta da herdeira com o invejável Ko.

- Qual o problema dela? – se perguntava Hiashi que analisava cuidadosamente cada ataque do rapaz. Era agoniante ver sua primogênita apenas se defender, olhava com receio os anciões que sempre balançavam a cabeça negativamente, achavam Hinata fraca. – Pensei que ela havia mudado...

Não fazia nem dois dias direito que havia travado uma batalha difícil com o filho de seu mestre, seu chakra ainda não havia se normalizado, seus ferimentos não estavam cicatrizados e sua vista estava embaçada. Usaria o byakugan só em casos extremos e quando tivesse certeza que o acertaria, pouparia sua energia.

E aquele simples ato de não ativar seu doujutsu estava deixando o adversário raivoso, ela se achava boa demais para não utilizar o byakugan? Lembrou-se de quando recebeu a notícia do líder sobre a luta, a princípio não queria. Ele sempre cuidou de Hinata, sempre a levava e buscava na época da academia, a ajudava nas lições e alguns jutsus do clã.

- Vamos Hinata, reaja! – suplicava o sensei, aflito com aquela demora da Hyuuga de atacar. E quando menos esperou, viu o tal do shinobi Ko cair de bruços no chão. – ISSO AÍ! – ele levantou da arquibancada e começou a pular e gritar. – EU QUE A TREINEI! EU QUE A TREINEI!  FUI EU!!! – se viu sendo o alvo dos olhos brancos de todos presentes, ao contrário do que pensava ele era o único que agitava. Todos estavam sérios o olhando. –Eu que... a treinei... – se sentou meio desconcertado encarando a batalha a sua frente.

- Se contenha Shinji-san. – alertou Neji que estava sentado ao seu lado. Não era normal aquele tipo de cena dentro do distrito, podia ser considerado até falta de educação. Os Hyuugas eram muito nobres para alvoroços.

- Isso aqui parece até um cemitério. – cruzou os braços entediado.

[...]

Na mesma velocidade em que ativou, desativou seu doujutsu. Estava muito debilitada para aquela luta, qualquer desgaste atoa poderia lhe resultar em perda total. Tinha que ser cautelosa e cuidadosa. A pequena brecha que o adversário deixasse escapar, ela tinha que atacar.

Assim que Ko levantou, a luta voltara a ser apenas de defesa, da parte de Hinata. E como esperado ele a acertou na barriga, fazendo-a gritar de dor. Aquela área ainda estava sensível e muito dolorida.

- Kuso! Eu preciso fazer alguma coisa, continuar me defendendo não vai resultar em nada... – pensou enquanto se levantava.

Não tinha para onde fugir, concentrou todo o restante de chakra que tinha e correu para atacar o Hyuuga. A batalha tinha se tornado intensa, todos os espectadores olhavam vidrados na luta, Shinji roía o restante das unhas que ainda tinha, Neji apertava as mãos apreensivo e Hiashi analisava os ataques com os olhos mesclados em veias. Percebeu que Hinata tinha pouco chakra, o suficiente para apenas um ataque. O que provavelmente seria o decisivo.

- ISSO! – Neji saltou com os braços erguidos, sorrindo com o ultimo golpe de Hinata. Ouviu uma tossida severa de Hiashi. E rapidamente todos os olhos brancos se voltaram para ele. Droga, aquela alegria de Shinji contagiava!

Hanabi quase caiu para trás tentando segurar o riso, foi um ato surpreendente do gênio, o viu se sentar vermelho ajeitando o quimono no corpo.

Já Shinji o olhava dos pés a cabeça, com um olhar malandro.

- Contenha-se Neji! – devolveu rindo alto, fazendo os Hyuugas o olhar. – Que povo curioso! Tão olhando o que?

[...]

Hinata estava esgotada, tinha usado quase toda a energia que tinha. Olhou para a arquibancada e viu seu sensei estender os braços com os polegares levantados, ele estava feliz. Neji sorria sem mostrar os dentes e Hiashi continuava sério.

Ko estava no chão, todos os tenketsus dos braços e pernas estavam trancados. Sentiu-se orgulhoso por Hinata, ela havia evoluído e ele tinha um mínimo de culpa nisso. Lembranças passadas de quando ele era seu responsável veio em sua mente, à menininha havia se tornado uma grande mulher.

- Ko, você ‘ta bem? – Hinata perguntou se agachando ao lado do rapaz que olhava para o céu.

A olhou ainda perdido em seus pensamentos. Seus olhos o enganaram por um momento, jurava ter visto à pequenina Hyuuga de sete anos ajoelhada ao seu lado.

- Você cresceu Hinata-sama. – ele constatou ao vê-la em forma de mulher. – Omedentou! Você venceu. – sorriu, vendo-a sorrir também.

- Hinata! – Shinji a chamava alegre junto de Neji e Hanabi.

- Fique bem. – ela sorriu gentil e levantou cambaleando. A vista estava muito embaçada e a tontura forte.

[...]

- Parabéns Hiashi, Hinata é motivo de orgulho. – dizia um ancião que passava por ele.

Hiashi apenas acenou com a cabeça. Estava sim muito orgulhoso da filha, era esse o potencial que esperava dela. Só a achou um pouco na defensiva, podia ter o atacado antes e lhe poupado os minutos de pura expectativa.

- Hiashi-san, creio que esteja tão radiante como eu! – disse Shinji, rindo aos ventos. – Eu dei minha palavra não foi? Hinata venceu!

- É, eu vi. – aquele tom sério do Hyuuga fez o coração do pobre velho entristecer. Oras, qual pai não ficaria feliz com a vitória do filho? Qual o problema de demonstrar afeto daquele cara?

- Sabe Hiashi-san, você tem uma filha preciosa. Eu fico extremamente feliz de ter sido para ela nesses poucos meses, o pai que ela nunca teve. – ele não brandou nas palavras que usara, viu o líder vacilar no olhar. – Tente a fazer feliz, ela merece.

[...]

Poucas horas depois do combate no clã Hyuuga, Hinata caminhava para os portões da vila, acompanhada de Neji, que insistiu em ir junto. Afirmava que ainda não estava recuperada das batalhas e que sua presença era essencial.

- Hai, hai, mas ainda não vejo problema de ter vindo sozinha, Neji-niisan. – falou Hinata avistando os portões grandes na entrada da vila.

Neji nada disse, apenas se recordou de algumas horinhas mais cedo, antes de saírem de casa:

- Gomen, gomen. Eu realmente não o vi!

- Algum problema Hinata? – perguntava Hiashi vendo a filha falar sozinha.

- Eu sem querer esbarrei nesse senhor, mas já me desculpei otou-san. – ela dizia enquanto fazia uma breve reverência. - Me desculpe mais uma vez.

- Uma árvore? – o líder coçava a cabeça enquanto via Hinata se distanciar.

- Hinata-sama...

Ou quando a encontrou na cozinha:

- Hinata-neesan, o que você ‘ta fazendo?

- Tentando entrar no meu quarto.

- Pela geladeira? – perguntava Hanabi desacreditada.

- Então foi por isso que ficou frio de repente...

- Hinata-sama...

Ou quando ela entrou no banheiro enquanto ele se barbeava. Tentou dizer algo, mas parou bruscamente ao vê-la jogar a toalha na pia, melando o pano com creme de barbear e tirar a blusa, mostrando o sutiã de oncinha.

- Hora do banho! – disse alegre.

- HINATA-SAMA!!!

Definitivamente ele não iria a deixar sozinha até seus olhos voltarem ao normal.

- Neji, você veio também! – afirmou alegre Shinji. – Ou melhor, por que você veio? Eu odeio me despedir!

- Shinji-san, tenha uma boa viagem. – Neji ergueu a mão como um cumprimento, mas se surpreendeu ao ser abraçado pelo velho, que já chorava sem vergonha.

Hinata sorria com a cena, seu professor era uma figura e tanto. Sentiria muito a falta dele, aprendeu tanto com aquele velho chorão. Devia muito a ele, ele depositara tanto quando não era nada.

- Então... Hinata. Você destruiu minha vida. – disse Jun chamando a atenção da garota. Ele estava com o braço e perna enfaixados e vários curativos pelo corpo. - Terei que assumir minhas responsabilidades no clã.

- Eu sinto muito por isso. – Hinata estava meio sem jeito, ela não queria que ele sofresse por causa dela. Mas ela tinha vencido, não dava para voltar atrás. O viu estender o braço sem nenhum ferimento e pousar no topo de sua cabeça.

- Vou querer uma revanche! E se prepare para perder!

- Pode vim com tudo! – ela sorriu, mas logo fez uma careta quando ele bagunçou seu cabelo. – Iie!

- Eles fazem um belo casal, né Massashi?

- Hai, podiam até casar!

- Ouviu Neji? E nunca se deixe levar por encantos de uma mulher, elas só querem te usar!

- Hai, hai Shinji-san... – Neji tentava a todo custo se soltar do abraço de urso daquele velho, que naquele momento ele tinha certeza que era louco.

- Otou-san, vamos logo! – falara Jun pegando a mochila do chão e pondo nas costas.

Finalmente soltou-se do Hyuuga que agradeceu aos céus, andou a passos curtos até Hinata que já o esperava com o coração apertado.

- Esse dia parecia que nunca iria chegar... Como esta se sentindo? – perguntou Shinji com os olhos claros cheios de lágrimas.

- Triste. – Hinata não conseguiu segurar o choro, finas lágrimas desciam de seu rosto. – Não quero que vá Shinji-sensei! – o abraçou molhando as vestes do Takiwa mais velho.

Logo os dois já choravam, era um momento marcante de cortar o coração de quem assistia.

Hinata estava se despedindo de um ídolo, de alguém que sempre acreditou no seu potencial e sua personalidade. Seu coração estava apertado e doía profundamente.

- Você se tornou forte Hinata. Não esperava mais de você. – disse Shinji se separando do abraço e vasculhando algo na mochila. – Tome.

Ele ergueu um pacote enfeitado, Hinata pegou secando as lagrimas que insistiam em cair.

- Não precisava...

- É claro que precisava! Isso te ajudará a crescer, fará sua mente ficar mais aberta. – ele sorriu fechando a mochila surrada e suja, pondo nas costas. – Eu voltarei. Quando menos esperar estarei aqui.

- Hai! Será sempre bem vindo, Shinji-sensei. – deu um ultimo abraço antes de vê-lo se afastar acenando. Ainda chorava, mas estava feliz.

- Vamos Hinata-sama? – perguntou Neji que parara de acenar e encarou a prima, a viu abrir o presente cuidadosamente e ganhar uma coloração vermelha no rosto. – Hinata-sama?

- Aquele... Aquele... BAKAAAAA!

[...]

“BAKAAAAA!”

Shinji gargalhou ao ouvi-la gritar, imaginou ela vermelhinha, e provavelmente estava. Ele separou algumas revistas pornográficas, uma bela lingerie roxa e um livrinho de kama sutra. Oras, aqueles livros eram os melhores professores existentes na terra, a ajudaria em seu crescimento e ter a mente aberta a novas propostas de “aventuras”.

- Você ainda vai me agradecer um dia Hinata!

[...]

Fazia quase três semanas desde as lutas que teve, mostrou para todos que era uma incrível kunoichi. E desde então seu pai estava mais atento e conversava sobre qualquer coisa em qualquer horário, era estranho, mas estava adorando. Sentir seu pai mais amigável e harmônico era uma sensação única.

- Vai sair Hinata? – perguntou o líder ao ver a filha correr entre os corredores da casa.

- Hai! A Hokage-sama acabou de me convocar. – ela disse alto para que ele ouvisse, não parando seu trajeto.

- Certo, tome cuidado. – ao ouvir essas palavras um grande sorriso abriu em seus lábios, seu pai se importava com ela. Gostaria de saber o que o fez mudar de uma hora para outra.

- Hai! – não tinha certeza, mas sentia que Shinji tinha alguma coisa a ver com aquela mudança.

[...]

- Naruto, Sakura, Sasuke, Sai e Hinata, eu tenho uma missão para vocês! – falou Tsunade com a voz e o rosto mais sérios que o normal.


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Notas finais do capítulo

Ok, ok. Agora podem me matar...
Desculpe pela demora, não fiz de propósito, juuuuro!
Mas e então, o que acharam?
No proximo capitulo será só sentimentalismo e quem sabe perversão... HUUUUUM,aproveitem que minha mente esta naqueles dias hahahaha.
Kissu minna!!! Ja ne.