O Melhor De Mim escrita por Mrs Payne


Capítulo 17
Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :)



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Pov Nicholas

A Catherine chegou em casa, e eu já estava quase pegando no sono no sofá. Hoje eu quase não descansei, porque eu trouxe muito trabalho pra terminar em casa. A batida da porta me fez despertar do meu cochilo.

- Já estava dormindo? – a Cat se aproximou com um sorriso no rosto e se sentou no sofá ao meu lado.

- Quase. Eu estou um pouco cansado. Se importa se eu for pro meu quarto agora?

- Claro que não! Vai descansar. – ela passou a mão no meu cabelo.

Me levantei e segui em direção a escada. Antes de subir lembrei-me de algo e me virei.

- Cat. Desculpe-me por hoje. Eu sei que não sou o papai, mas às vezes eu me preocupo com você.

Ela não respondeu nada. Apenas deu um sorriso discreto, se levantou e me envolveu em um abraço.

- Eu te amo, Nick!

- Eu também te amo, Cat!

Naquela noite eu pensei em começar a ler um livro que ganhei da mamãe no último feriado. Mas eu desisti, estava sem cabeça pra me concentrar em algo que não fosse o trabalho. O tempo estava frio, então eu achei mais vantajoso me cobrir em um edredom e dormir.

(...)

Minha noite de sono tinha sido tranquila e sem sonhos. Eu levantei sem aquela preguiça que vinha me perseguindo nas últimas semanas. Depois de me arrumar, desci e vi que era mais cedo que o normal. Decidi fazer o café-da-manhã. Coloquei a chaleira no fogo e arrumei a mesa. Em pouco tempo a chaleira apitou e meu café estava pronto.

- Que milagre foi esse? Caiu da cama? – a Cat estava parada na porta da cozinha.

- Essa noite eu dormi bem. Acordei cedo e decidi preparar o café pra você! – eu disse apontando pra mesa.

- Toda vez antes de dormir eu vou dizer que te amo. – ela riu se sentando.

- Engraçadinha!

Ficamos conversando e rindo de coisas sem importância, até que de repente a fisionomia da Catherine muda, e ela fica séria.

- Eu tenho que te contar uma coisa. Eu pensei em contar primeiro pra Lisa, mas eu vou te contar assim mesmo.

- O que foi? – eu perguntei enquanto passava manteiga em uma torrada.

- Ontem na cafeteria eu vi a Íris.

- E daí?

- E daí que ela estava acompanhada. Com o ex-namorado da Lisa. – parei por um instante.

- Eles se conhecem? – franzi a testa.

- Que eu saiba não. Achei isso muito estranho. Acha que eu devo contar pra Lisa?

- Isso está muito estranho mesmo. Mas não conte pra Lisa. Não agora. Se estiver acontecendo alguma coisa, ele com certeza vai desmentir pra Lisa, e ela vai acreditar. Eu vou investigar isso mais a fundo.

- Está bem. Só não se meta em confusão, por favor.

Depois de minutos em silêncio, foi minha vez de falar.

- E que historia foi essa de você ontem com o Flack?

- Falando assim até parece que nós estávamos juntos.

- E não estavam?

- Claro que não! Ele que apareceu do nada, foi só coincidência. – houve uma pausa - Mas por incrível que pareça ontem ele estava, como eu posso dizer... Simpático.

- Mas o Flack é um cara simpático. Você que é muito chata com ele. Se você não desse uma de durona ia ver como ele é legal. – eu levantei e deixei ela lá, em pensamentos.

Depois do café nos fomos pro trabalho. Eu fui na frente, tinha muita coisa pendente pra resolver. A Catherine ia chegar mais tarde.

Estava dirigindo devagar esta manhã. Devagar o suficiente para ver o momento exato em que Austin entra no saguão de um hotel. Deve ser aqui que ele fica hospedado. Mas dentre tantos hotéis em Londres porque ele escolheu logo esse? Isso estava claro. Para ficar mais próximo da Lisa, e quem sabe da Íris. Isso estava cheirando mal, e eu ainda vou descobrir o que está acontecendo.

POV Lisa

Estava muito apreensiva. Eu queria ligar pro Nicholas, na verdade eu precisava. Estava em um restaurante no meu expediente de almoço. Coloquei a mão na bolsa, tirei meu celular e coloquei sobre a mesa. Fiquei pensando varias vezes se deveria mesmo ligar, e então digitei o número que já sabia de cor. Um, dois, três toques. O telefone chamava mas ele não atendia. Resolvi não insistir. Depois de uns instantes ele retorna.

- Oi Lisa.

- Oi Nick. Você pode falar agora?

- Claro, eu já estou no expediente do almoço.

- Eu também.

- Você está na sua sala?

- Não, eu estou no restaurante da esquina.

- Estou indo aí.

Não demorou muito e o Nicholas apareceu na porta do restaurante.

- Estava com saudade. – ele me deu um beijo rápido e depois se sentou.

- Não nos falamos ontem. Achei que precisamos conversar.

- Pois é. Te devo desculpas por ter saído da sua casa daquele jeito. Eu estava confuso.

- E eu ainda estou confusa. Na verdade o stress do trabalho, a volta do Austin, a saudade da minha família, tudo junto está me deixando confusa. – ele me olhava compreensivo.

- Eu entendo. Sei como é a pressão no trabalho. E sei muito bem como é sentir falta dos pais. – ele segurou minha mão.

- Ah Nick, - meus olhos estavam se enchendo de lágrimas. – como é bom ter você por perto. Não quero te perder nunca.

Ele se aproximou e me envolveu em um abraço forte e reconfortante.

- Aconteça o que acontecer, eu sempre vou estar aqui.

Continuamos ali por um tempo e depois voltamos pra empresa. Ele me deixou na porta da minha sala.

- Que tal se a gente saísse hoje à noite. Pra algum lugar legal?

- Está bem então. Vou gostar muito. – sorri – Te espero as oito?

- Ás oito então.

Não fazia ideia pra onde o Nicholas me levaria. O importante era a presença dele. Sentei na minha mesa, pronta para mais uma jornada de trabalho. Alguém bateu na porta.

- Pode entrar. – falei um pouco alto.

- Com licença! – o Austin entrou na sala. – Estou incomodando?

- Eu estou trabalhando. O que você quer? 

O Austin já estava me estressando. Além dele não dizer de vez o que quer, ele quase arruinou o meu namoro. E agora fica aparecendo assim do nada, a hora que ele quer.

- Eu queria te ver.

- Mas eu estou trabalhando.

- Pode ser hoje à noite.

- Hoje à noite eu vou sair com o meu namorado. E eu não vou ficar marcando encontro com você. Diga logo o que quer de uma vez.

- Eu não me lembro de você assim tão grossa!

- Eu não estou sendo grossa, apenas estou sendo direta. Agora se me der licença, preciso trabalhar. – disse apontando pra porta.

- Okay, mas você ainda vai me ouvir. Até mais Lisa!

O Austin estava muito convicto do que estava falando. Mas ele tinha razão. Uma hora ou outra eu ia ter que ouvir o que ele tinha a dizer.


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Notas finais do capítulo

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