O Melhor De Mim escrita por Mrs Payne


Capítulo 16
Sozinha


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela MEGA demora. Mas eu estava sem internet!
Boa Leitura! :)



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POV Catherine

Hoje eu estava com uma vontade imensa de sair um pouco. Mas como eu sou antissocial e quase não tenho amigos eu saí sozinha mesmo. Depois que o Nicholas começou a namorar com a Lisa eles não se desgrudam. Às vezes eu me sinto um pouco excluída, mas eu não conto nada a eles, óbvio. Não quero atrapalhar essa fase tão legal, e eles estão muito felizes.

Vesti uma roupa mais quente e desci. Eram sete e meia da noite. Dei uma passada na cozinha, só pra beber uma água. O Nicholas estava lá sentado na mesa, tomando café.

– Vai pra onde?

– Vou sair. – estava colocando a água no copo.

– Vai com quem? – revirei os olhos

– Sozinha. Mais alguma pergunta? – ele riu

– Não, sua chata.

– Você vai pra casa da Lisa? – levei o copo até a boca

– Hoje não.

– Que milagre. Por que não? – ele suspirou

– O ex-namorado dela apareceu aí. – ele me encarou

– Ela me contou. Mas o que isso tem a ver? – eu sentei

– Eu estou achando que a Lisa está muito sufocada. Vou deixar ela um pouco sozinha, resolver as coisas do jeito dela.

– Okay então. Faça do jeito que achar melhor. Já estou indo, até mais. – dei um beijo nele.

– Até.

Eu decidi ir à cafeteria que tinha aqui perto. Perto que eu digo uns dois quarteirões de distância. Fui caminhando e pensando na minha vida, em como tinha sorte de ter meu irmão. De ter um emprego que eu gosto e perto de casa. Meus pais, apesar de não vê-los sempre, sei que estão bem. Mas alguma coisa ainda faltava. Sei lá. Às vezes eu queria alguém especial do meu lado, alguém em que eu possa confiar. Mas deixa pra lá.

Segui em direção à cafeteria e subi na calçada. Fiquei observando e o local estava praticamente vazio. Que bom, odeio aglomerações. Entrei e escolhi uma mesa recuada. Fiz meu pedido, um pedaço de bolo de chocolate e café com leite. A garçonete era bem simpática, aparentava ter uns dezenove anos. Depois que o meu pedido chegou eu comi sem pressa.

Depois de algum tempo começou a entrar algumas pessoas no estabelecimento. O barulho das vozes se misturando e das pessoas rindo foi notável. Mas uma que eu não esperava apareceu, e fez do meu café que estava tão doce de repente ficar amargo. Era a tal da Íris. Eu não tinha nada contra ela, mas depois dos últimos acontecimentos a minha vontade era de esfregar aquela cara dela em uma poça de lama bem no meio da rua.

Eu continuei no meu lugar, e já estava acabando de comer. Do meu lugar pude ver que ela estava acompanhada. O rapaz estava de costas pra mim, mas o rosto dela eu via muito bem. Estava prestes a sair dali e voltar pra casa quando o rapaz se levantou. Ele foi até o caixa e agora eu podia vê-lo melhor. Mas espera um pouco. Sim, ele era o ex-namorado da Lisa. Claro! Ela já tinha me mostrado umas fotos dele. Mas por que ele estava com a Íris? Eles se conheciam de onde? Que eu saiba eles dois não se conheciam, caso contrário a Lisa teria me contado. Aquilo estava definitivamente muito estranho. Decidi sair dali antes que eles me vissem. Precisava contar essa novidade pra Lisa, mas não agora.

A praça que tinha aqui era muito bonita. Eu brincava muito aqui. Fiquei um pouco no meu lugar preferido. Era uma pedra que tinha um formato de tartaruga. Quando éramos crianças, eu e o Nick a batizamos de Estefânia. Eu sei que não é normal por nomes em pedras. Mas sei lá, é coisa de criança mesmo. Ela servia de muralha para as nossas inúmeras brincadeiras. Só sei que agora ela não parece tão grande como antigamente.

Me recostei na pedra e comecei a mexer no meu celular. O céu estava limpo e muito bonito, mas não tinha lua hoje. Estava olhando na internet e vi que as últimas vendas da empresa estavam indo muito bem. A coleção de inverno era mesmo muito linda, ainda bem que o nosso trabalho estava sendo reconhecido pelo público. Estava mais do que distraída navegando na internet, quando um par de tênis brancos param na minha frente. Olhei pra cima e automaticamente revirei os olhos.

– O que você faz aqui Flack? – falei com voz de tédio

– Te perturbar. – ele riu e se sentou do meu lado.

– Claro, pra que mais seria? – continuei no celular.

– Por que você sempre me trata assim? – olhei pra ele com cara de interrogação

– Assim como?

– Sei lá, sempre com desprezo e arrogância. – ele mesmo deu de ombros.

– Talvez porque você mereça! E você também não é nenhum santo. – ele sempre me irrita.

– Tá certo, não quero brigar. – ele levantou as mãos em forma de rendição - Afinal de contas, o que está fazendo aqui sozinha? – parei de mexer no celular e olhei pra ele.

– Nada de mais. Eu estava cansada de ficar em casa sem fazer nada então decidi dar uma passada na cafeteria. – sorri – E você?

– Eu estava voltando do curso de eletricista. Eu vi você sentada aqui sozinha e decidi vim te ver. – o olhei desconfiada. Por que ele estava sendo legal comigo de repente?

– Hum. Eu não sabia que você fazia curso de eletricista.

– Tem pouco tempo. O meu pai é eletricista e acabou me influenciando um pouco. Mas isso não quer dizer que eu vou seguir essa profissão. – ele olhava pras mãos.

– Mas por quê?

– Eu ainda estou indeciso!

O meu celular começou a tocar. Tirei do meu bolso e olhei no visor.

– Espera um pouco, é o Nick. – o Flack sorriu de canto.

Me levantei e me afastei um pouco. Quando estava em uma distância razoável, atendi.

– Fala Nick.

– Onde você está? Já está tarde. – a voz dele transmitia preocupação.

– Nicholas, você não é meu pai. – ele não era meu pai, mas às vezes era isso que parecia.

– Eu sei, me desculpa. Mas já está tarde pra você ficar por aí sozinha.

– Está certo. Mas eu não estou sozinha. – acho que falei de mais.

– Não? Quem está com você então?

– O Flack. – falei bem rápido

– O Flack? Como assim? E vocês ainda não se mataram?

– Idiota. Ele está só de passagem. Mas eu já estou indo, daqui a pouco eu chego aí. Não se preocupe.

Voltei pro lugar de antes e o Flack ainda estava lá sentado.

– Eu já vou pra casa. – ele olhou pra mim e se levantou.

– Está bem, eu te acompanho. – ele dizia enquanto se limpava da grama.

– Não!

– Por quê? – ele me olhou.

– Porque eu te odeio e você me odeia. Sempre foi assim, e sempre será. Não quero você atrás de mim. Agora licença, meu irmão está me esperando.

– Você acha mesmo que eu vou deixar a irmã do meu melhor amigo andando pelas ruas de Londres sozinha a essa hora? Claro que não. – ele me olhava com cara de quem iria aprontar.

– Mas eu não quero você atrás de mim, já disse.

– Eu vou te levar sim, por bem ou por mal.

De repente o Flack me abraça pela cintura e me faz ficar em cima do seu ombro.

– Me solta, seu idiota! – eu gritava, batendo nas suas costas.

– Não. – ele ria e ficava me girando.

– Me solta, estou ficando tonta. – eu continuava gritando. Que vergonha, todo mundo estava olhando pra gente.

– Só se você aceitar minha companhia.

– Tá bom, tá bom. Eu aceito. – de repente ele me coloca no chão.

– Eu pensei que ia ser mais difícil. – ele me olhava, rindo.

– Já chega, preciso chegar em casa. Já que você faz tanta questão de me levar, vamos logo. – me recompus e começamos a andar.

Fomos o caminho quase todo calados. Só o Flack que ficava puxando assunto. Estávamos andando devagar. O vento estava mais forte e o meu casaco não parecia o suficiente. Ficava esfregando meus braços na tentativa de me esquentar um pouco mais.

– Está com frio? – assenti com a cabeça. – Vamos andar mais rápido então.

Andamos mais rápido e logo chegamos na frente da minha casa. Paramos no portão.

– Está entregue! – ele sorriu sem mostrar os dentes.

– Não vai entrar? O Nicholas está aí.

– Não. Está tarde, eu vejo ele amanhã. Tenho que ir pra casa.

– Está bem então. Boa noite!

– Boa noite, até mais. – ele acenou e foi embora.

Definitivamente aquele não era o Flack que se via todo dia.




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Notas finais do capítulo

Comentários? :*



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