P.O.V Érica

Eu estava a vinte minutos da casa de meu pai, minha vontade era de sair correndo. Eu nunca senti tanto medo, podia sentir que algo ruim estava por vim. Senti um arrepio na nuca que percorreu por todo meu corpo, me fazendo soltar um suspiro, Daphinnie desviou toda a atenção para mim. Ela esta com cara fechada (O que não era novidade) mais acho que dessa vez peguei pesado, eu não podia me controlar, ela tinha um imã para a minha falta de educação, acho que seu espirito rebelde batia de frente com o meu espirito “santinho” , e eu sabia que o mesmo tinha acontecido com Annabeth mais ela sabia como se controlar.

Eu podia ver a casa de meu pai, a pintura descascando e a cerca caindo, sua cadeira de balanço estava exatamente igual a ultima vez que vim visita-lo no dia de Ação de Graças, mais tinha alguma coisa de errado, alguma coisa diferente, mas eu não sei dizer o que era. Do outro lado da rua tinha um carro estacionado, um Impala. Eu já tinha o visto antes há muito tempo atras, fiquei ofegante na hora. Algo estava muito, muito errado com meu pai.

- É aqui. - falei para Daphinnie, empurrei a cerca. Ela fez um barulho estridente. Daphinnie entrou logo atrás de mim. A porta da frente estava escancarada, entrei tentando não fazer barulho. Olhei para Daphinnie e ela pareceu entender o que estava acontecendo, nós nos separamos, ela foi até a cozinha e o banheiro e eu fui para o quarto de meu pai.

- MERDA – gritou Daphinnie meia ofegante, fui mais do que de pressa ver o que tinha acontecido. Dois homens a encaravam, eles desviaram a atenção para mim

- Érica. - disseram em unissono – O que faz aqui ?

- Ah não. Merda ! - Exclamei, se eles estavam ali, coisas boas não estavam acontecendo – Dean e Sam Winchester, quanto tempo rapazes.

- Sim. Tem noticias de seu pai ? - Perguntou Sam, aqueles dois eram como irmãos para mim, mais quando eles apareciam e não era Ação de Graças, coisas ruins estavam acontecendo.

- Nada e vocês? Estou preocupada com ele. - eu disse

- Bom, nós tambem. - disse Dean – E quem seria a sua Amiga ? - disse Dean com seu jeito todo safado.

- Daphinnie. - eu disse, e ela virou os olhos

- Bem, o que faz aqui você não devia estar naquele Acampamento ? - perguntou Sam, mudando de assunto.

- Sim. - eu disse, mais é uma longa historia. - Daphinnie você gostaria de rusumir a historia enquanto pego uma bebida ? - ela assentiu, e se sentou em uma das cadeiras que estavam esparramadas pela sala, os rapazes fizeram o mesmo. Fui até a cozinha e peguei cerveja, dei uma para cada um e me sentei. Daphinnie conseguiu resumir tudo, deixou os pontos principais em destaque, os rapazes de minuto em minuto se encaravam como se soubessem de alguma coisa. Ela contou tudo, desde os sonhos que vinha tendo até o momento que tinha encontrado os rapazes. Daphinnie terminou e respirou fundo, ficamos todos nós encarando por um tempo.

- Bem, não temos noticias do Bobby mais a ultima vez que falamos com ele, ele parecia saber que algo estava errado. Então ele nós entregou isso, e disse que nós saberiamos a quem pertence. - Dean tirou um presilha da jaqueta, e encarou Daphinnie ela ficou palida e quase caiu para trás. - Acho que isso pertence a você. - disse Dean esticando o braço, ela pensou se deveria pegar, e quando estava esticando o braço pensou de novo, então respirou fundo e pegou a presilha. A mesma brilhou, e no fundo ouvia o barulho de um trovão, o que me fez arrepiar. Percebi que Daphinnie tinha perguntas a fazer e eu não estava afim de responder, chamei Sam para dentro, talvez encontrassemos alguma pista do meu pai. - bem, vou comprar almoço. Esta afim de dar uma volta, Daph ? - perguntou Dean. Sem nem perceber virei os olhos e sai da sala, Sam veio comigo enquanto os outros dois foram comprar comida.

P.O.V Daphinnie

Dean era um gato e ele tinha me chamado para sair, e eu notei que isso irritava Érica então aceitei seu convite, mas até então eu nem tinha notado que ele estava me dando bola, na verdade milhões de coisas passavam pela minha cabeça, eu já estava quase esquecendo que minha morte esta marcada, nem tinha notado que tinha problemas enormes na minha mão, e algo me diz que alguma merda vai acontecer ainda mais agora que eu ganhei a presilha de minha mãe e eu nem sei o que ela é, ela era linda estava repleta de brilhantes e podia sentir um tipo de botão em um dos lado mas pela primeira vez me contive e segurei minha curiosidade, não queria mais problemas, não agora. Prendi no meu cabelo e fui até o carro com Dean, eu tinha muitas perguntas e ele pareceu entender.

- Pode perguntar – disse ele com um sorriso de canto que mataria qualquer menininha. Nesse momento notei que mesmo tendo milhões de perguntas não sabia qual fazer

- Como começou ? - ele me olhou, como se todas as perguntas valessem menos essa.

- Na caça ? - fiz que sim com a cabeça – bem longa historia, um demonio matou minha mãe – olhei para ele como se não entendesse

- Demonios ? Perguntei

- Exatamente. Bem, vocês lidam com deuses e monstros mitologicos, e nós com demonios e mosntros. - ainda o olhava boquiaberta, ele encostou o carro e desceu. Quando ele voltou, ligou o carro e ficamos em silencio por um tempo

- Qual foi a ultima vez que falou com pai de Érica ? - quebrei o silencio

- Faz umas duas semanas ele estava caçando Djinn

- Um o que ?

- Djinn, é tipo um genio. - me veio na cabeça a imagem do Genio de Aladin, mais decidi não comentar sobre, então só fiquei em silencio – e é por isso que estamos preocupados, ele pode estar vivo, mais não por muito tempo – disse Dean quebrando o silencio, com um tom de voz quase que implorando por uma noticia de Bobby ou por uma palavra que o confortasse, eu sabia bem o que era implorar por uma resposta, por uma noticia, só não sabia o que falar quando alguém se encontrava nessa situação, então continuei em silencio. Chegamos e entramos na casa de Bobby, tudo estava quieto de mais, não ouvia a voz irritante de Érica e nem a voz doce de Sam. Soltamos as sacolas sobre a mesa, enquanto e arrumava a mesa Dean foi chamar os dois para comer. Eles vieram as pressas e se sentaram, enquanto todos conversavam eu só conseguia pensar que talvez essa seja a ultima vez que eu possa comer batata-frita o que me desperou, afinal eu amo batata-frita, decidi deixar esses pensamentos ruins de lado e apreciar minha comida.